Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 41: Decisões difíceis

Sofia

   Olhar para ele agora, nesse estado, é como reviver o trauma do dia do ataque em Vultor, parando para pensar, quando o encontrei em Urs, ele parecia outra pessoa, pensei que fosse porque eu não via há alguns meses, mas não era isso, ele realmente tornou-se outra pessoa, e isso foi por minha culpa. Ninguém está seguro perto de mim.

  Fechei os olhos, e direcionei as mãos para seu corpo, lentamente, sinto as luzes rodearem ele por inteiro, entretanto, eu não conseguia adentrá-las, como se tivesse uma barreira. Após mais algumas tentativas, resolvi verificar seu interior, vi correntes e cadeados, mas o que mais me chamou atenção foi duas serpentes entrelaçadas, impedindo que eu me aproximasse de sua essência novamente, seja lá o que for isso, tem total controle sobre ele, céus, preciso descobrir como libertá-lo, sinto que o medo o consome e ele mal consegue respirar, porém, quando tentei novamente, fui jogada para fora e despertei para o mundo físico. Não terei como ajudá-lo agora, então preciso encontrar um lugar seguro. 

  Antes que ele despertasse, coloquei a mão sob sua testa, fazendo-o entrar em sono profundo, depois, usando o teletransporte, nos levei para o templo Arend do Sul. Mestre Naamah estava lá desde que vim para Lup, ele podia ajudar.

— Sofia?— o encontrei na varanda, ele levantou-se, indo em minha direção e encarou o corpo de Luca ao meu lado. — Está tudo bem?

— Preciso de ajuda, mestre.— me abaixo, segurando a mão do meu amigo. — Ele está em coma, preciso que ele fique aqui até que eu encontre uma solução para seu problema.

— Nós vamos cuidar dele. Sinto muito, ele parece ser importante.— Naamah abaixou ao meu lado, colocando suas mãos sob o peito de Luca, vi que luzes azuis brilharam em volta dele. — Ele está bem debilitado, seu corpo e seu espírito, mas vamos ajudar ele. 

— Obrigada, mestre. Muito obrigada por tudo.— o faço uma reverência, ele sorriu.

— Fique um pouco, pode ser? Vou levar seu amigo para um quarto.— Naamah se levantou e o corpo de Luca se iluminou com as luzes azuis, fazendo com que flutuasse, o mestre saiu com meu amigo e eu segui até o fim do templo, sentei embaixo de uma das colunas. A reforma do templo continuava, sendo assim, vi partes ainda por serem feitas, provavelmente, os monges devem estar dormindo para trabalhar mais no dia seguinte.

  Respirei fundo, apoiando a cabeça em meus joelhos. Nem consigo chorar. No que me transformei?

  Espero que um dia Luca me perdoe.

— Está com fome?— voltei a realidade quando ouvi mestre Naamah me chamar. Ele sentou ao meu lado.

—Não, obrigada.

— Deve ter sido muito difícil prender seu amigo no mundo espiritual, tomar essa decisão está te matando. — ele pronuncia, eu assenti.

— Está. Mas foi melhor assim. Não posso arriscar que ele morra.— explico, olhando o nada, ele respira fundo.

— Aron também teve que prender um amigo no mundo espiritual, era seu antigo dragão. Foi muito difícil para ele o ver morrer.— Naamah contou, e encarei. Sabia dessa história, mas fingi que não, se o mestre não quis me contar sobre ser parte da equipe de Aron, não ficarei perguntando, prefiro respeitar sua vontade.

— É o Elidriell?— questionei, ele assentiu. — Deve ter sido horrível para ele.

— Quanto mais o tempo passa, mais vocês ficam parecidos. Assim como você, ele tinha uma equipe também.— Naamah sorriu, eu também.

— O senhor era da equipe dele?— questionei, ele assentiu. 

— Sim, eu e outros jovens, mas a maioria de nós já se foi.— ele tinha um sorriso contido, mordi o lábio, preocupada.

— Vocês continuaram a serem amigos depois?

— A vida afasta as pessoas. Cada um tinha suas responsabilidades, mas sempre fomos amigos, se um precisava, o outro estava lá.

— Que bom. É difícil se afastar dos amigos, sinto que talvez isso aconteça comigo e com a minha equipe. Vou amar eles para sempre, mas a vida pode nos separar.— pensar nisso é doloroso, mas pode acontecer, então talvez eu já esteja me acostumando que, por mais que os ame a vida, tem planos diferentes para todos nós.

— Não se preocupe com isso. Eles sempre vão ser a sua equipe. Seus amigos. Ninguém pode mudar isso.— explicou Naamah, sorri. Ele tinha razão, o que passei ao lado deles ninguém pode tirar de mim. Se eu ganhar, vai ser uma vitória deles também.

  Quando voltei ao Castelo já estava de madrugada, fiquei no templo ouvindo histórias e conversando com os monges que não vi a hora passar, também queria ter certeza que Luca estaria seguro e ele está. Isso me alivia muito.

  Abri a porta dos aposentos de Saleos com todo cuidado para não acordar ninguém, mas assim que fiz isso, vejo minha equipe na sala.

— Nós estávamos preocupados.— Daren foi o primeiro a se levantar. Eu sorri sem graça.

— Desculpa. Eu devia ter voltado antes.— coloquei as mãos nos bolsos.

— Onde estava?— perguntou Val.

—No templo Arend. Deixei o Luca sobre os cuidados dos monges, ele vai ficar bem.

— Você tomou uma decisão muito difícil, mas fez o melhor por ele.— disse Nate, sorri. Os três me abraçaram e, por um segundo, era como se tudo estivesse no lugar.

Aris

  Passei pelos aposentos de Zagan, eu precisava de alguns documentos para dar continuidade em algumas reformas em orfanatos e mosteiros, mas lembro daquele espelho e fico todo arrepiado. Dei algumas voltas ao redor da porta, tenso. Sem perceber, entrei, encarei o espelho, mas desviei o olhar para a mesa, procurando os papéis, abri as gavetas e encontrei cartas de seus irmãos e até algumas dele que nunca enviou. Mas por qual motivo Zagan ainda tinha essas cartas? Será que uma parte dele se arrependeu da guerra?

  A maioria das cartas são da rainha Kali. Eles realmente eram próximos, dava pra notar pelas cartas. Deixei isso de lado e fui para uma cômoda, abri mais gavetas e encontrei o que procurava, mas uma brisa gelada me fez olhar para o espelho, pois as janelas estavam fechadas, não tinha como ventar dentro do quarto. Embora meu corpo inteiro gritasse para que eu corresse para o mais longe dali, minha curiosidade me impediu, segui calmamente pelo quarto, encarando o espelho, coloquei a mão lentamente e ela atravessou.

  Tirei a mão de dentro com cuidado, e fui entrando no espelho, fechei os olhos, sentindo um frio muito grande. Quando abri meus olhos, vi uma versão mais vazia e assustadora dos aposentos do rei, meu corpo inteiro tremeu, havia símbolos de cabeça para baixo e aranhas por toda parte.

  Entrei um pouco mais e vi alguém deitado na cama. Me aproximei, e percebi Zagan dormindo.

— Vossa majestade?— chamei, ele acordou

— Lucius?— perguntou e levantou-se, suas roupas eram completamente escuras, marcas de correntes em seus pulsos, seu rosto era de alguém que não dormia há dias.

— Não, Aris. Sou filho dele.— expliquei, olhei em volta, nesse lugar, parecia que o tempo não tinha passado.

— Ele disse que quando tivesse um filho, o chamaria de Aris...— sorriu. — Onde ele está? Só o vi na semana passada.

  Zagan realmente acreditava que isso era verdade, em sua mente, meu pai ainda estava vivo.

— Ele morreu. Faz dez anos.— expliquei, ele negou com a cabeça três vezes e se levantou. Vejo que se desespera, começou a jogar os candelabros no chão e depois virou a mesa. Segurei seus braços, ele se jogou no tapete e cobriu o rosto.

— Se acalme, já faz muito tempo.— abaixei, ficando na sua altura e segurei seu ombro esquerdo. Isso me fez voltar ao dia que meu pai morreu, Zagan fez o mesmo comigo.

— Não pode ser! Como eu não fiquei sabendo disso?— ele soluçava, segurei em seus ombros, mas Zagan não me olhou.

— Mas o senhor estava lá. E quando fiquei sozinho, tive sua ajuda.— falei, ele franziu as sobrancelhas e limpou os olhos. — Se lembra disso?

— Não, eu não me lembro de nada, eu não vejo ninguém, estou muito confuso.— afundou seu rosto entre as suas pernas, segurando a cabeça, assustado.

— Eu me lembro de ir para a sala do trono e contava para o senhor como tinha sido o meu dia, sobre o que aprendi e se tinha visto meus amigos, uma vez, ficou tão feliz por eu ter aprendido sua canção favorita e me fez cantar no baile do seu aniversário, eu tinha dez anos, se lembra disso?— perguntei, ele me olhou, ainda confuso, mas parecia querer ouvir mais.

— Eu fui uma boa pessoa para você?— ele se afastou um pouco. — Sempre me falaram que eu não era bom.

— Mas foi bom pra mim. E eu agradeço muito por sua ajuda, ter me feito companhia, ter incentivado tudo que eu queria fazer.— sentei, encostado na cama, até que enfim ele sorriu.

— Eu jamais deixaria o filho do meu amigo desamparado. Aris, era mais novo que você quando conheci Lucius, vim para Tier ser príncipe regente, meu pai ainda era vivo — Zagan se aproximou, passei a encará-lo. — Quando cheguei fiquei intimidado, todos os lordes eram bem mais velhos que eu. Seu avô, Lorde Edmund, era o mais respeitado da corte e me auxiliou no começo, um dia fui até sua casa e encontrei seu pai lá. Não nos gostamos de primeira, ele disse que me achou arrogante. — Zagan riu. — Se ele achou é porque deve ser verdade, nos tornamos amigos depois e quando eu vi já tinha um irmão. O que é engraçado, já que eu nunca tive uma boa relação com Haures. Mas Lucius foi o irmão que a vida me deu.— vejo Zagan secar as lágrimas.

— Para ele, o senhor era mais que um soberano, era família. Meu pai não era de bajular, se ele o fez algo bom foi porque realmente gostava do senhor, a amizade de vocês era verdadeira e, esteja ele onde estiver, quer que o senhor seja feliz.— digo, ele concorda com a cabeça, sorrindo e respira fundo, depois soltou o ar calmamente.

— Eu me sentia muito sozinho. Isso mudou quando vim para Tier. Soube que tinha que fazer o possível para esse reino ser glorioso, mas agora as coisas mudaram.— seu olhar estava distante enquanto falava, engoli em seco.

— O que quer dizer?— pergunto, ele sorriu tristemente.

— Estou condenado, mesmo que ainda tenha sentimentos, não tenho como escapar do limbo e da escuridão eterna.— explica, franzi as sobrancelhas.

— Pode sair daqui, não é? Tem um reino achando que está morto.— respondi, ele nega com a cabeça.

— É melhor para ele que eu esteja — Zagan se afasta. — Aris, algo ruim se aproxima, tome cuidado, enquanto ela estiver livre, nenhum de nós está seguro.— aos poucos, a visão de Zagan some, virando fumaça preta. Ainda meio desnorteado, deixei aquele lugar, corri para fora dos aposentos e tranquei a porta. Isso é só o começo.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro