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Capítulo 29: Família que podemos escolher

Aris

— Ele vai ficar bem? — perguntei ao curandeiro, que terminava de cuidar do ferimento de Kieram. Após ver o machucado dele, saímos e encontramos esse um pouco afastado da capital. Foi um alívio quando ele concordou em ajudar.

— Vai demorar um pouco, o ferimento foi grave. — respondeu, Khalida e eu nos olhamos.

— Ele pode morrer? — ela questionou. O curandeiro negou com a cabeça.

— Não, só vai demorar para acordar. — suspiramos aliviados.

— Obrigado, senhor. — falei. O homem nos deixou, Khalida sorriu e cobriu Kieram com o manto.

— Foi aquele garoto, eu vi o fazer isso! Ainda vou matar ele! — esbravejei, e deixei o quarto.

— Você não vê a verdadeira questão? Aris, essa guerra, aquela garota, não é nosso problema! Você não é destinado a lidar com tudo isso! — ela gritou.

— Eu preciso lidar com isso, Khalida. — a encarei. — Você não entende.

— Então me explica, sou capaz de entender — cruzou os braços.

— Quando meu pai morreu, encontrei uma carta dele, dizia muita coisa, mas ele pedia que eu levasse Tier à glória, que eu não podia me deixar levar por Sofia. — essas lembranças me fazem ficar enjoado.

— Mas como seu pai poderia saber disso? — Khalida perguntei, pasma.

— Eu não sei, talvez ele me explicasse quando eu estivesse mais velho, entretanto, ele morreu — revirei os olhos.

— Aris, eu não posso te dizer o que é isso, ou o motivo do seu pai escrever algo assim pra você, mas parece certo, Sofia não vai parar, ela é o ser mais poderoso desse plano. Olha, só me escuta — Khalida se aproximou. — Isso já foi longe demais, quase perdemos o Kieram.

— Como acha que eu fiquei quando o vi levar um golpe? — ela me abraçou, retribui. — Fiquei apavorado.

— Essa guerra não pode levar mais ninguém, só restou nós três, vocês são a única família que eu tenho — chorou, eu também, mas disfarcei.

— Está tudo bem, não dá pra saber o que vai acontecer, ela venceu na invasão e Zagan sumiu. — expliquei, meu corpo estava cansado, desde antes da invasão não parei um segundo.

— Vamos ficar em Urs por um tempo, para Kieram melhorar, depois decidimos o que vamos fazer. — ela afastou-se.

— Está certo, mas não podemos dizer quem somos, estamos em terras inimigas — ela concorda e entra no quarto novamente.

 O que pode acontecer enquanto estivermos aqui?

***


Valentina

  Parei próximo ao quarto de Helena, respiro fundo, puxo o ar três vezes antes de encostar na porta. Até que, finalmente abro e a encontro deitada na cama, desacordada. Me aproximo lentamente da cama, sua expressão é serena, mas seu rosto está pálido.

— Eu devia ter te protegido, irmã, desculpa — segurei sua mão, estava gelada.

— Não adianta pedir desculpas, sua irmã já se machucou — minha mãe apareceu. Ela me olhava com mais desprezo do que o normal.

— Mesmo assim eu a peço desculpas, não vai mudar o que sinto. — voltei a encarar Helena.

— E o que você sente olhando sua irmã agora? Felicidade? — nessa hora, eu a olhei confusa.

— O que? — perguntei.

— Sei que entendeu, Valentina, está se divertindo vendo sua irmã assim? — ela me olhava como se eu tivesse machucado Helena.

— Mãe, isso é sério? — questionei novamente, incrédula. — Não, eu não estou feliz por isso, na verdade, estou muito triste. Não é só a senhora que se importa com ela!

— Será mesmo? Nunca fez questão de ser dessa família! Nos odeia?

— A senhora está se ouvindo? Teve noção alguma vez na sua vida? — alterei a voz, ela me olha com fúria, segurando meu braço e tentando me tirar do quarto, mas eu me soltei.
— Estou cansada nessa palhaçada! Para com essa mania de achar que sabe de tudo, quer mesmo saber o que penso? Eu só vinha aqui por causa dos meus irmãos, pois a senhora não merece um pingo de consideração. — de uma vez, ela me deu tapa no rosto.

— Eu nunca quis que você nascesse, essa sua cara de sonsa me dá nojo! Mas eu fingia quando seu pai estava por perto, ele te amava tanto, só ele deve ter te amado porque, mas ninguém vai fazer isso! Acha mesmo que um dia terá uma família? Você jamais será feliz! — ela me soltou pra fora do quarto. — Vai embora da minha casa.

— Não precisa falar duas vezes, acha que quero ficar mais um minuto nessa casa? Adeus, Eleanor! — gritei e a empurrei. Vladimir apareceu.

— O que está acontecendo?

— Nada, irmão. Já estou indo — o abracei e comecei a deixar a casa o mais rápido possível, até que encontrei Sofia. Ela estava com Hades, os dois brincavam com meus irmãos mais novos, Eliza e Demétrius.

— Val, você vai brincar com a gente? — Eliza perguntou enquanto corria em minha direção.

— Liz, eu não posso, temos que ir.

— Mas já? Vocês acabaram de chegar. — pronunciou Demétrius.

— Depois eu volto pra ver vocês. — me abaixei, os dois me abraçaram de uma vez.

— Val, está tudo bem? — Sofia me pergunta, neguei com a cabeça.
— Então, crianças, vão abraçar o Hades porque ele vai sentir saudades de vocês. — eles correram para Hades que deitou com a barriga pra cima, os dois o abraçaram.
— Foi a sua mãe? — minha amiga perguntou, apenas confirmei.

— Helena está em boas mãos, vamos embora? — ela concorda e, alguns minutos depois, estamos voando com Hades. Sofia guiava o caminho e eu estava olhando o céu.

— Sinto muito, acho que sei o que aconteceu. — disse, me aproximei.

— Ela só disse o que eu já sabia, não foi uma surpresa, afinal, o que eu estava esperando? Um bom trabalho vindo dela? Isso não aconteceria nem em sonho — senti meu rosto esquentar e  uma lágrima escorreu, mas a limpei.

— Sua mãe pode não ter orgulho de você, mas eu tenho, é a pessoa mais corajosa que conheço, se dedica ao máximo, coloca seu coração e sua alma, se sua mãe não vê isso, azar o dela. — Sofia sorriu, segurei sua mão e sussurrei um obrigada.

  Talvez a melhor coisa que aconteceu na minha vida foi essa missão.

Memórias de Valentina

  Em uma manhã ensolarada quando tinha treze anos, enquanto Vlad e eu tentávamos nos esconder de Helena entre o jardim, vimos alguém bater no portão. Um homem moreno, alto e de olhos verdes cintilantes.
  Nos aproximamos e vi que o homem conversava com meu pai, os dois entraram dentro de casa e não me importei em saber o que era até que um dos empregados veio me chamar para que eu me limpasse e fosse ao escritório.

— O que será que querem com você? — Vlad perguntou, estava sentado na minha cama enquanto a babá arrumava meu cabelo.

— Não sei, mas aquele homem é de Vultor. Já o vi quando estava lá com o papai — sempre que tinha oportunidade visitava Vultor até porque eu tinha uma amiga na corte.

— Espero que não seja confusão. — Vlad passou a mexer em minhas bonecas e eu neguei com a cabeça. Estava com medo, mas sentia que seria algo bom.

  Alguns minutos depois, a porta do escritório se abre pra mim.

— Querida, vem cá — meu pai estendeu a mão e eu a alcancei.
— Quero te apresentar alguém. — o homem se virou e me encarou, sorrindo. — Esse é Daren Wilker.

— Encantada, senhor Wilker — o fiz reverência, ele também.

— Me chame de Daren. — se aproximou. — Soube que tem sido a melhor na academia.

— Estou dando o meu melhor, não é assim que todos deveriam ser? — continuei, segurando a mão do seu pai, ele sempre me passou segurança.

— Está certo, mas no seu caso é diferente. — sorriu.

— Sério? — o olhei confusa.

— Sim, você é amiga de alguém importante — ele encarou. — E essa pessoa confia em você.

  Por alguma razão, o rosto de Sofia veio em minha mente.

— E o que o senhor faz aqui? — perguntei.

— Vim fazer uma proposta, vejo em você um grande potencial.

— E qual seria? — dessa vez, soltei a mão de meu pai, já me sentia mais segura.

— Uma missão para acompanhar a criança da profecia durante sua jornada. — Daren cruzou os braços.

— Eu? Mas isso é muito importante! Tem certeza que me quer para isso? — olhei para meu pai, ele tinha um olhar de orgulho, nunca vi um olhar desses de minha mãe.

— Querida, o mago está dizendo que você foi escolhida para uma grande missão, isso é ótimo. — meu pai falou, animado. Sorri, ele confiava que eu podia fazer isso, que eu faria um bom trabalho.

— A escolha é sua. — ouvi a voz do mago e olhei em volta. Meu pai voltou a segurar minha mão.

— Acredito que pode fazer qualquer coisa, mas se não quiser jamais vou tocar nesse assunto. — sorriu. Que saudades do meu pai.

— Eu quero, aceito a missão.

  E foi ali que a minha vida mudou para sempre.
  Não me arrependo, lutar ao lado de Sofia é minha motivação, porém perdi os últimos anos de vida do meu pai.

  Lembro da última que conversamos, eu estava com quinze anos.

— Posso entrar? — perguntei, praticamente meu corpo inteiro estava dentro do escritório.

— Filha. Não sabia que vinha — deixou a cadeira e corri para abraça-lo.

— Que saudades, pai. Desculpa ter demorado. — chorei um pouco. Ele também.

— Está tudo bem, como você está? — nós nos sentamos no sofá.

— Estou bem, na verdade, tenho dormido mal. — passei as mãos sob os olhos.

— Sofia voltou com os pesadelos? — perguntou, concordei com a cabeça.

— Sim, e ela sempre me chama quando está com medo, diz que tem garras tentando corta-la em tiras. Até acalmar ela pra que volte a dormir é uma luta — sorri sem graça, ela tinha feito catorze anos, e toda vez que completava aniversário seus pesadelos voltavam.

— Ela tem sorte por ter você.

— Pai, o senhor não pode ir comigo pra Vultor? Faz tempo que não vai pra lá, seria bom ter alguém da família. — segurei suas mãos.

— Não posso, tenho muito o que fazer por aqui, seu irmão Vlad anda muito rebelde. — riu.

— Também, não estou aqui para deixar ele na linha. — rimos ainda mais.

— Ele senti sua falta, e também gosta de deixar sua mãe louca. — revirou os olhos.

— Agora me lembrei o motivo de ter aceitado a missão.

— Você aceitou, pois sabe que é capaz de qualquer coisa, você vai conseguir e vai ajudar a Sofia. Não ligue pra sua mãe ou qualquer outra pessoa que te diga o contrário.

— Prometa que vai viver pra sempre. — o abracei.

— Até o cento e cinquenta anos, pode ser? — eu o abracei ainda mais.

  Alguns meses depois, eu estava em seu velório.

  Quando voltei pra Vultor não aguentava de tanta tristeza, Sofia não saiu do meu lado. Ela penteava meu cabelo e lia pra mim. 

  E foi assim os dois momentos que marcaram a minha vida. Talvez eu veja um pouco dele em Sofia, ou é coisa da minha cabeça pra dizer que ele sempre está comigo.
  Mas o pior é pensar que eu não estava com ele quando isso aconteceu.

Ainda sou a menina que precisa da segurança que só seu pai podia oferecer.

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