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Capítulo 23: Em busca de si mesma

Olá, leitores!  A partir desse capítulo, recomendo que leiam o conto O Lado Sombrio, derivado de A Magia Dos Reinos, uma breve aventura da Sofia no mundo espiritual. Um abraço.

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Sofia

  O mundo parecia estar em cima da minha cabeça.
  Nada fazia sentido e eu queria achar o buraco mais próximo, me esconder e nunca mais sair.

  Usei minha mais nova habilidade para fugir e acabei no quintal do mestre Naamah, ele não está em casa, então tenho alguns minutos para pensar. Mas a grande questão é: pensar em quê?
  Na vida estranha e cheia de pressão que fui jogada ou nas mentiras que me cercam? Talvez na duas.

— Que bela vida, Sofia — acabei falando em voz alta e chutei uma pedra.

— Posso te ajudar? — uma voz saindo da casa me fez olhar em sua direção.

— Eu estou procurando o mestre Naamah — comuniquei ao ver uma menina ruiva, parecia ser mais nova que eu.

— Sinto muito, mas ele saiu, voltará amanhã a tarde, estou molhando as plantas de seu jardim por enquanto. — ela sorriu de maneira amigável, eu retribui.

— Ah, sim! Que gentileza da sua parte — comecei a me arrastar. — Já vou indo, obrigada.

— Quer que eu diga que você veio? — perguntou.

— Não! Não precisa! — recusei com a cabeça. — Voltarei depois! Até logo.

  Caminhei, percebendo que meu corpo já não estava em seu campo de visão, novamente usei o teletransporte, mas eu estava um pouco mais longe. Em Vultor, próximo a torre.

É isso mesmo que vou fazer?

  Ignorei esses pensamentos, seguindo as escadas, a rainha estava no fim de todos os degraus e pela primeira vez na vida iria confronta-la.

  Havia um guarda na porta, procurei por uma pedra e a joguei do outro lado, ele estranhou e se afastou, indo em direção ao barulho, segui com cuidado, coloquei a mão na porta, deixando a luz branca se manifestar e em alguns segundos, ela destrancou, entrei antes que o guarda voltasse.

  Ao entrar, a rainha estava em uma cadeira, olhando a paisagem de Vultor.

— Vossa majestade — pronunciei e a vejo levantar da cadeira assustada.

— Sofia? Você está aqui — ela parecia muito emocionada para fazer alguma coisa. — Como? — questionou.

— Aprendi o teletransporte, e outras coisas também.

— Estou tão orgulhosa — ela sorriu e tentou se aproximar, mas eu não demonstrei que a queria por perto. — O que foi?

— Aconteceu muita coisa desde a última vez que nos vimos — falei, ela respirou fundo e bateu a mão na pequena cama para que eu me sentasse.

— Pelo visto, não será uma conversa fácil — ela sentou e eu sentei ao seu lado. — O que houve?

— Além de tudo que já aconteceu? — perguntei, a rainha acenou. — Descobri que meus pais estão vivos.

  Kali arregalou os olhos e engoliu em seco.

— Sofia, eu posso te explicar... — a interrompi.

— Não pode! Algo assim não tem justificativa, como pode ser tão cruel? Como pode esconder isso? — eu perguntei, a rainha não me olhava nos olhos, apenas se levantou.

— A pior coisa que já me aconteceu foi a morte de meus irmãos, seguida da ascensão de Zagan para a destruição da magia, você foi a solução e eu precisava proteger você. — virou-se lentamente, revelando lágrimas em seus olhos.

— Vamos ser sinceras, precisava mais de mim do que eu precisava de você. — também me levantei. — Não teve nada de bom em suas atitudes!

— Fiz de tudo para que você fosse feliz.

— Agradeço todo seu trabalho para me criar, jamais serei ingrata sobre seus esforços na minha criação, mas o que você fez — tive que parar para retomar o fôlego. — Vou precisar de tempo para te perdoar. — silêncio e ela murmura algo como desculpe-me, continuo com minha expressão séria.

— Eu entendo, e sinto muito. — abaixou a cabeça.

— Eu quero que saiba, tudo que já me aconteceu e a dor que eu já senti, não se compara com o que fez comigo, ninguém nunca me machucou tanto — ela fica em silêncio, porém vejo que lágrimas escorrem pelo seu rosto, continuo séria.

— Eu realmente sinto muito e se — ela tenta, mas eu impedi.

— Sei que sente. E outra coisa, preciso que me diga algo — andei calmamente em sua direção. — Onde meus pais estão?

— Sofia, não posso...

— Você me deve — continuei. — Me fala.

— Eles estão em Tier, uma vila afastada próximo as montanhas, precisa atravessar uma ponte e caminhar pelos rochedos — disse e não me encarou.

— Você vai comigo. — segurei sua mão.

— Não vou. — tentou se soltar, mas eu não deixei.

— Vai — franzi a testa, ela revirou os olhos. — Pense onde é, vou nos levar. — Kali apenas fechou os olhos.

— Pronta? — perguntou.

— Sim — também fechei os olhos, senti um arrepio leve e quando abri meus olhos novamente, me deparo com um lugar frio e com folhas secas, ao longe tinha uma casa. — É aqui?

— É. O que vai fazer? Vai falar com eles? — Kali perguntou, enquanto andava calmamente pelo local.

— Não sei. Acho que não tenho essa coragem, talvez devesse voltar para essa missão. — olhei para a casa e vi uma movimentação.

— Devia ir mais perto para vê-los. — apontou para a casa.

— E você devia aproveitar que esta livre para fugir de seu irmão.

— Não posso fugir do meu reino. Vultor é minha, uma rainha permanece em seu posto mesmo que não governe. — cruzou os braços. — Mas estou planejando tomar meu trono de volta.

— Espero que consiga, e se precisar de mim — sugeri, ela negou.

— Você já tem problemas demais para uma pessoa — advertiu. — Vou voltar para a minha torre, deixar você sozinha, mas tome cuidado, está em Tier. — ela acenou com a cabeça e sumiu.

  Olhei em volta, porém não havia ninguém por perto, resolvi me aproximar. Caminhei, vendo um homem passar para entrar na casa, parei. Será que ele é o meu pai?

  Fiquei observando, até ver uma menina correndo pelo jardim seguida de um menino que tentava jogar algum inseto nela. Eu tenho irmãos?

  Uma mulher saiu da casa quando escuta as crianças brigando e gritando, tinha um pano em seu ombro e ela bateu nos dois com o pano fazendo eles se soltarem. Ela deve ser a minha mãe...

  Talvez fosse a emoção, mas senti que meu rosto estava ficando molhado devido lágrimas que eu nem notei, passei a mão para secar e sorri ao ver a minha família. Eu tenho uma família!

  Pensei em me aproximar, dizer quem eu sou, mas sinto que ainda não está na hora de encontrar com eles.
  Preciso cumprir o meu destino.

  Passei dias longe de Urs. Fui a casa de mestre Naamah e conversei com ele, foi bom ter alguém que estava querendo ser sincero comigo, para variar.

  Mas como ele mesmo diz - O problema não some se fugir, a solução é enfrentar e seguir em frente.

  Então, seguindo os ensinamentos do meu mestre, voltei para nossa casa na capital de Urs.
  Assim que avisto a casa, meu dragão vem em minha direção, estica um pouco a sua cabeça e fecha os olhos. Eu seguro sua enorme cabeça e encosto minha testa, também fechando os olhos.

— Também senti saudades — me afastei, porém ainda segurava sua cabeça, queria ter levado ele, mas fugi tão louca que nem pensei em levá-lo.
— Desculpa ter sumido, não vou fazer de novo. — encarei seus olhos verdes e eu não sei como, mas senti que ele entendeu. Soltei o meu dragão calmamente e segui para entrar na casa, bati na porta e Val atendeu.

— Posso ajud... Sofia? — ela me olhou, pasma. — Você voltou — soltou a porta e me abraçou apertado, não pude deixar de sorrir e também a abracei.

— Também senti saudades — nos soltamos. — Desculpe ter sumido.

— Está tudo bem. E eu estou feliz que você voltou. — ela segurou a minha mão e entramos na casa. — Não precisa se preocupar com a missão, combinamos que assim que você voltasse, a missão continuaria de onde paramos. — ela estava animada e agitada, nunca a vi tão elétrica.

— Que bom, e eu estou disposta a realizar tudo com mestria e sem interrupções. — paramos no meu quarto, ela negou com a cabeça.

— A missão não poderia continuar sem você, então não tem que se desculpar tanto, você é a vítima de toda essa loucura. — sentamos na cama, mas ela não soltava a minha mão.

— Obrigada por me entender, senti sua falta — sorri, ela também. — Cadê os outros?

— Nate foi no comércio, precisava de uma bainha nova e o Daren, não faço a menos ideia de onde pode estar. — ela ergueu as sobrancelhas como se estivesse cansada. Porém, ainda sorria.

— Tenho que me desculpar com eles também.

  Valentina Orcus podia ser teimosa e estressada na maior parte do tempo, entretanto, era aquela que eu mais me abria e falava o que sentia, pois ela nunca me julgou. A minha melhor amiga, na maior parte da minha vida, foi a única que eu pude contar.

  Mais tarde, Nate e Daren voltaram e ambos ficaram surpresos quando me viram, porém reagiram de maneiras diferentes.

— Você voltou — Nate praticamente gritou assim que me viu na sala, seus olhos brilharam e um sorriso surgiu em seus lábios.

— Eu... — fui interrompida por ele, que me abraçou apertado, não deixando que eu terminasse de falar.

— Senti sua falta. — sussurrou ao meu ouvido, eu sorri.

— Desculpa ter indo embora. — ele não falou nada, apenas acenou com a cabeça e eu entendi que isso significava está tudo bem".
  Me virei e vi Daren, seus ombros caídos e o olhar baixo, não se aproximou, então eu fiz isso.

— Desculpa ter falado aquelas coisas pra você.

— Desculpa ter escondido algo tão sério. — o mago colocou as mãos no bolso. — Estou tão envergonhado.

— Não precisa ficar assim na minha frente, não posso concluir a missão sem você, então vou ser cordial pelo bem do que temos que fazer. — Ele respira fundo.

— Me desculpe, de verdade, eu... — parou por alguns segundos. — Não quis mentir pra você.

— Não vamos falar disso, por hora, esse assunto está encerrado. — o encarei, ele concordou. — Eu vi os meus pais.

— O quê? — os três falaram juntos.

— Fui até a rainha que me levou aos meus pais — dei de ombros e fui para a saída. — Pasmem, eu tenho irmãos.

— Você falou com eles? — Val perguntou, neguei com a cabeça.

— Ainda não está na hora, enfim, tenho que ir na mestre Clairo explicar o meu sumiço — atravessei a porta. — Daqui a pouco eu volto! — gritei, do lado de fora.

  Segui para a casa da mestre Clairo e a encontrei em seu jardim, enquanto executava yoga calmamente, seguindo os movimentos sincronizados e a sua respiração branda.

— Mestre Clairo, com licença — me aproximo, ela abre os olhos, mas continua o que estava fazendo.

— Senti falta da minha aprendiz esses dias — sorriu. — Daren me contou o que houve e eu sinto muito.

— Estou bem agora, vim me desculpar pelo sumiço. — sorrio sem graça, ela assentiu. A mulher intimidadora veio lentamente e quando chegou, me abraçou apertado.

— Está tudo bem — sussurrou. — Estou feliz que está bem. — sorriu e se afastou. — Quer me fazer companhia na meditação e yoga?

— Claro, quer dizer, sim, mestre. — segui pelo portão e acompanhei Clairo pelo seu jardim.

— Tem certeza que é uma boa ideia? — perguntei a Nate, quando paramos em frente a casa de sua irmã.
  Alguns dias passaram desde que voltei para a missão, e eu havia aceitado conhecer Dália, mas agora que estou perto, comecei a reconsiderar.

— Você estava tão animada, o que houve? — questionou, suas sobrancelhas se juntaram.

— Eu nunca tive que conhecer a irmã de ninguém antes, me dá um desconto. — revirei os olhos, ele riu.

— Acabou de conhecer toda a família da Valentina, por quê a minha irmã é diferente? — sorriu. E não sei porque, mas Nate ficava tão bonito quando sorria.

— É diferente sim, a Val tem uma missão comigo e família dela está de acordo com a nossa amizade, mas eu não sei o que a sua família pensa sobre mim. — falei, como se fosse óbvio, ele negou com a cabeça.

— Você vai descobrir se entrar e conhecer ela — segurou a minha mão e me guiou até a porta, onde bateu três vezes. — Não se preocupe, ela vai gostar de você. — sorriu.

— É impressionante como você me convence a fazer qualquer coisa. — fingi estar brava, mas eu sorria de canto.

— É porque você me ama — ele disse, mas nós dois tomamos noção daquela frase, Nate ficou corado e encarou o chão, eu fiquei calada por alguns segundos sem saber o que dizer, até que alguém abriu a porta.

— Duque Kawami — um homem surgiu e fez uma reverência sutil à Nate. — Que surpresa, a minha senhora não avisou que o senhor vinha.

— Jeremy, bom revê-lo! E a Dália não sabe que eu estou aqui, mas eu vim apenas fazer uma visita. — Nate ainda estava um pouco corado, porém sua voz era firme e serena, como sempre.

— E essa bela jovem? É sua namorada? — Jeremy perguntou, segurou a minha mão, beijando-a em seguida.

— Sou Sofia, amiga de Nate. — respondi, envergonhada com os últimos momentos.

— Sofia de Vultor? — Jeremy questionou, Nate e eu confirmamos com a cabeça.
— Vossa alteza, é uma honra conhecê-la, por favor, entre.

  Entramos na bela casa e fiquei impressionada com o bom gosto de Dália, havia algumas pinturas espalhadas, mas todas em tons suaves e os traços delicados, só de olhar para a pintura você sentia paz de espírito.

  Os móveis impecáveis da mesma totalidade, alinhados e ornando com o ambiente. Além de Dália ser uma grande maga, tem um bom gosto indiscutível.

— Jeremy, quem está aí? — uma linda mulher de cabelos escuros como a noite e olhos azuis penetrantes entrou no lugar, tinha um vestido preto simples, mas ainda estava linda. — Nate? — ela parou enquanto olhava para o irmão e depois para mim e sorriu simpática. — Então, essa é a Sofia?

  Eu sentia meu rosto esquentar devido a vergonha de conhecer alguém da família de Nate. 

— Sofia de Vultor, encantada. — sorri e a fiz uma reverência.

— Você é linda. — Dália se aproximou e me abraçou. — Que bom poder te conhecer.

— Igualmente — olhei para Nate que segurava o riso, eu devo estar vermelha, que raiva. — A sua casa é linda.

— Obrigada, venha, vamos para o jardim. — Dália me guiou pela mão até o espaço aberto, com muitas plantas e uma mesa de madeira com cadeiras.
— Sente-se, vou mandar Jeremy trazer algo para vocês — Dália nos deixa, Nate e eu nos entreolhamos.

— Viu? Não foi tão ruim — ele puxou a cadeira para mim e eu até estranhei, mas aceitei sua gentileza. — Ela não te mordeu. — riu.

— Você está chato hoje, não sei como estou aguentando. — revirei os olhos, ele riu alto.

— Mil desculpas, vossa alteza, mas se me permite, fica uma graça quando está brava. — Nate apoiou a cabeça com a mão em cima da mesa, e sorriu de lado.

— Não consigo ficar séria com você, satisfeito? — sorri e também apoiei a minha cabeça na minha mão em cima da mesa.

— Muito, gosto de te fazer sorrir e ainda mais saber que eu sou o motivo. — piscou.

— Você tem sido o motivo há muito tempo. — falei e vejo ele erguer as sobrancelhas, Nate puxou a cadeira e ficou muito perto, tão perto, que eu sentia a sua respiração no meu rosto.

— E você tem sido a razão para que eu lute todos os dias pra ser alguém melhor, porque você merece alguém que acho que nunca vou ser. Porque você é a mulher mais linda do mundo. — as suas mãos seguraram meu rosto com delicadeza, nem parecia o toque do Nate que eu conheço. Eu suspirei com as suas palavras, todo meu corpo reagiu ao seus toques, a minha pele arrepiou e esquentou, em sequência, minha garganta ficou seca, mas eu precisava sentir o corpo dele em minhas mãos, então as levei até seu peitoral e as subi pelo pescoço.
— Faz tempo que eu quero fazer algo. — nós aproximamos e nossas bocas se encontraram, o primeiro toque foi tão leve que mal senti, mas ele avançou com os lábios sobre os meus, eu nem estava acreditando que aquilo estava acontecendo. Tivemos que nos separar, pois o ar faltou, porém eu estava em transe, a sensação de beijar Nate foi como finalmente encontrar água fria no deserto.

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