15° Capítulo
BRUNNA
Eu ainda não acredito que contei para ela dessa forma, agora que ela vai me odiar para sempre.
Ludmilla: O que você disse Brunna, minha o quê? - Perguntou absolutamente sem entender nada.
Brunna: Olha Lud, eu sei que é difícil de entender agora, mas não temos tempo. Eu não tenho o mesmo sangue que o dela, e o único que pode doar é o pai dela, que no seu caso é a outra mãe. Depois eu te explico tudo, Por favor. - Implorei, Ludmilla saiu cabisbaixa, entendo que esteja totalmente em choque, perdida em seus sentimentos, do nada receber uma notícia assim, nessa situação não é nada fácil. - Senhor proteja minha filha. - Falei soluçando aos prantos.
(...)
Ludmilla: Brunna. - Voltou depois de um tempo doando sangue.
Brunna: Ludmilla, deu tudo certo ? - Perguntei nervosa.
Ludmilla: Sim! Fique calma, sua filha vai ficar bem. - Disse sem olhar em meus olhos.
Brunna: Luiza é sua filha também. - Falei me levantando ficando em sua frente.
Ludmilla: Olha Brunna, não tô muito bem psicologicamente, preciso ficar um tempo sozinha, clarear meus pensamentos, vou tomar um ar e já volto, logo conversamos. - Disse Suspirando.
Brunna: Tudo bem! - Respondi triste, posso imaginar como ela deve estar se sentindo, sei que não vai me perdoar tão fácil, mas o importante é que minha filha vai ficar bem, e logo vamos resolver tudo isso. Depois de uma hora mais ou menos, a Lud volta com uma garrafa de água para mim.
Ludmilla: Toma, você precisa se hidratar. - Disse me entregando a garrafa.
Brunna: Obrigada. - Agradeci dando um meio sorriso.
Ludmilla: Como ela está? - Perguntou.
Brunna: Do mesmo jeito. - Respondi.
Ludmilla: Podemos conversar agora? - Perguntou se sentando ao meu lado.
Brunna: Podemos. - Respondi olhando para aquele rosto lindo.
Ludmilla: Ela sabe sobre mim? - Perguntou curiosa.
Brunna: Sim, sempre falei de você para ela, mostrei fotos, vídeos e mesmo vocês nunca terem se visto, ela diz que te ama muito. - Respondi sorrindo triste.
Ludmilla: Eu não acredito, meu Deus. - Disse frustrada. - Eu descobri que tenho uma filha, em um pior momento. - Falou me encarando. - Mais uma vez você me decepcionou. - Disse triste.
Brunna: Eu sei, nada justifica isso, Porém, por favor espera tudo isso passar. - Falei chorando novamente.
Ludmilla: Não chore, eu não te odeio, só estou tentando digerir tudo isso. - Disse passando a mão em meu cabelo.
Brunna: Pode me dar um abraço ? - Perguntei olhando em seus olhos.
Ludmilla: Claro. - E me abraçou, me consolando de alguma forma, sei que eu não mereço isso, porém é a minha filha que está ali.
(...)
Médico: Ela está fora de perigo, porém vai demorar um pouco para acordar, ela teve um sangramento interno, quebrou um braço e uma perna, mais vai se recuperar bem. - Disse o médico sorrindo.
Ludmilla: Obrigada Dr. - Disse dando a mão para o médico.
Médico: As mães estão liberadas para entrar agora. - Disse saindo.
Brunna: Obrigado Deus. - Falei abraçando novamente a Ludmilla.
Ludmilla: Que bom que ela está bem. - Disse retribuindo o abraço.
Brunna: Você quer entrar ? - Perguntei esperando sua resposta.
Ludmilla: É uma boa ideia ? - Perguntou me olhando.
Brunna: Claro. - Sorri e entramos no quarto dela. - Ohhh minha princesa. - Fui até sua cama vendo a mesma ainda dormir. - Meu amor acorda, mamãe trouxe a Mama para te ver. - Falei olhando para a Ludmilla, que estava fixa olhando para cama.
Ludmilla: Ela é tão linda. - Falou se aproximando da cama. - Eu nem acredito que tenho uma filha. - Disse toda boba.
Brunna: Ela é a sua cara, tem seu sorriso quadrado, sua alegria. - Olhei para ela, vendo uma lágrima escorrer do seus olhos. - Eu sei que não mereço seu perdão, mas a Luiza sonhou com esse momento. - Peguei na mãozinha dela.
Ludmilla: Ela sabe quem eu sou mesmo? - Ela ainda estava com dúvidas.
Brunna: Sim ela sabe e te ama muito. Ela te chama de Mama Lud - Sorri. - Ela sabe quem é a Larissa e a Emilly também. - Suspirei olhando para minha menina.
Ludmilla: Muita coisa para assimilar. - Disse olhando para o teto.
Brunna: Depois que eu fui embora, eu juro que ia te ligar Ludmilla, mas eu descobri a grávidez e não tive coragem mais. - Suspirei. - Eu tive medo de estragar sua vida de alguma forma. - Falei por fim.
Ludmilla: Você nunca iria estragar minha vida Brunna, eu te amava muito e iria enfrentar tudo isso com você. - Disse me olhando. - Foi muito errado você ter escondido minha filha de mim. - Suspirou. - Mas eu não vou te julgar agora, a única coisa que eu quero é que a Luiza fique bem para eu poder conhecê-la e dar todo amor de outra mãe que ela precisa, que eu não dei quando ela nasceu. - Ela pegou uma cadeira e se sentou.
Brunna: Eu não vejo a hora dela te ver, ela vai ficar tão feliz. - Sentei ao seu lado. - Só não tira ela de mim Ludmilla, por favor. - Pedi.
Ludmilla: Eu jamais iria tirar a filha de uma mãe, até parece que não me conhece Brunna. - Me olhou triste. - O que eu mais quero é conhecer ela agora. - Falou.
Brunna: E você vai. - Sorri. - Ludmilla, pode ir para casa descansar, quando ela acordar eu te ligo. - Falei olhando para ela.
Ludmilla: Esquece, não vou embora. - Respondeu... - Só vou pegar um café. - Se levantou indo até a porta. - Vem vamos tomar um café e já voltamos. - Estendeu a mão para mim.
Brunna: Não, eu quero ficar com ela. - Neguei.
Ludmilla: Se você não tomar nada, você vai acabar dormindo. - Ela veio até mim e pegou na minha mão. - Depois voltamos. - Por fim saiu me puxando, fomos a cafeteria do hospital.
Brunna: Eu preciso ir agora pagar a conta do hospital. - Disse a ela.
Ludmilla: Não se preocupe com isso, a conta já está paga. - Disse bebendo seu café.
Brunna: Por que você fez isso ? - Perguntei surpresa.
Ludmilla: Por que eu sou a mãe dela. - Respondeu dando um sorriso sarcástico.
Brunna: Tudo bem, não vou dizer nada. - Respondi.
Ludmilla: Olha, eu ainda estou muito chateada, melhor dizendo inconformada por descobrir que tenho uma filha e com você, ainda mais só agora. - Disse colocando as mãos no rosto.
Brunna: Lud, vê se me entende por favor, se coloca no meu lugar só por um minuto. - Implorei.
Ludmilla: Você se colocou no meu lugar alguma vez Brunna ? - Perguntou se levantando rápido.
Brunna: Sempre e por isso me sinto um lixo, por ter feito o que fiz. - Respondi chorando.
Ludmilla: Chega desse assunto. Minha cabeça está doendo. - Disse.
Brunna: Desculpa. - Abaixei a cabeça, tomando rapidamente o meu café. - Vou voltar. - Peguei minha bolsa. - Não espero que voltamos a ficar juntas, só espero que tenhamos uma relação boa, pela nossa filha. - Limpei as lágrimas e sai deixando ela sozinha.
POR HOJE CHEGA GENTE, SÓ VOLTO AMANHÃ! Só voltei, pq bateram um recorde de comentários kkkkkkk
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