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Capítulo 94

Como combinado, Natália ligou duas horas depois e passou o endereço e o horário, era de uma estrada fora da Capital e ela marcou para às quatro horas da tarde, Dulce novamente pediu para falar com a filha e dessa vez Natália decidiu provar que a menina estava bem e colocou o aparelho na orelha da menina.

Filha…

Mamãe, me ajuda por favor - ela chorava e aquilo partiu o coração da mãe

Eu prometo que eu vou te tirar daí minha vida, vai ficar tudo bem, eu te amo - disse chorando

Eu também te amo mamãe… - Natália tira o celular do ouvido dela

Pronto, já ouviu a voz dela, chega de melação e siga as regras - disse irritada e desliga

Me ajude meu Deus, que dê tudo certo - Dul diz olhando pra cima


Dulce então toma um banho e coloca uma roupa confortável, ela pesquisa qual o caminho deve fazer. Christopher que estava em seu escritório na mansão, nem desconfiava do que a esposa iria fazer e ela decide ir sem se despedir dele com medo que ele desconfiasse de algo, ela deixa um bilhete e nele deixa o endereço que Natália passou, pois sabia que a probabilidade dela estar mentindo de soltar a filha era grande, e ela temia pela vida das duas, então achou que seria melhor deixar o endereço, mesmo infringindo a regra, pois acreditava que Christopher as encontraria.

{...}

Uma hora depois, Chris decidiu ir até o quarto falar com a esposa mas não encontrou, mas havia um bilhete em cima do travesseiro.

" Me perdoa mas Natália ligou e o acordo era fazer uma troca, eu por nossa filha e eu aceitei, não poderia deixar que nada de ruim acontecesse para ela. Eu te amo, eu juro que te amo me perdoa.

Ps. Esse é o endereço: Estrada Valle del Bravo km 21"

Droga eu não acredito nisso Dulce - ele diz bravo - que loucura é essa


No mesmo instante ele liga para o delegado que está cuidando do caso,passa o endereço e diz que está indo para lá. Antes de sair ele avisa Ale o que está acontecendo e pede que ela cuide de Luna.

Na hora que estava saindo da mansão, ele encontra Poncho, que ao saber o que está acontecendo entra no carro com ele e vai junto.

{...}

Quatro horas da tarde.

Dulce estava parada no local marcado a quase dez minutos, ela só conseguia pensar na sua filha. O celular toca, é Natália, ela avisa que seu alguém está a caminho para levá-la até o local certo.

Não demora e um homem alto com cara rude aparece com uma arma na mão.

Me siga e não tente nenhuma gracinha ou você vai se dar mal - ele diz

Tá..tá bom - ela diz com medo e começa a andar


Os dois entram em caminho na mata, ela na frente e ele atrás com a arma mirando pra ela, enquanto vai falando onde ela deve ir. Quase vinte minutos depois, eles chegam um chalé que parece abandonado.

Enfim chegaram - Natália abre a porta sorrindo cínica - Como vai Dulcinha?

Onde está minha filha?

Calminha, que tal conversarmos primeiro - dá espaço para ela entrar


O local era pequeno, empoeirado e mal tinha janela para circular o ar, então o cheiro não era agradável. As duas entram e o homem fica do lado de fora.

Eu quero ver minha filha - Dulce diz seria

Aqui quem manda sou eu - a mulher lhe aponta uma arma - aqui você não é ninguém queridinha

Por favor Natália, eu estou aqui não estou? - diz com lágrimas nos olhos - solta minha filha

Ainda não está na hora - diz com raiva - caramba quando você vai deixar de ser chata...eu devia matar logo aquela pirralha

Nesse momento Dulce nem pensou na arma apontada, apenas partiu pra cima dela, mas Natália foi mais rápida e lhe deu um tapa, fazendo com que ela caísse no chão.

Não tente nada - diz próxima dela com a arma na cabeça dela - ou eu não vou pensar duas vezes em atirar, sua maldita. Você achou que ia tomar o Christopher de mim e ser feliz? Está enganada, se ele não vai ficar comigo também não ficará com você

Dulce que já tinha lágrimas escorrendo pelo rosto e o lábio estava cortado, levou uma coronhada de Natália, fazendo-a apagar no mesmo instante.

Quando Dulce acordou, sua cabeça doía muito, olhou para suas mãos e pés e estavam amarrados, ela estava deitada em cima de caixotes virada pra parede mas então uma voz a fez tentar se virar para olhá-la.

Mamãe...você acordou - diz a menina

Filha, meu amor - Dulce consegue se sentar nos caixotes com dificuldade - você está bem? Ela fez alguma coisa com você?

Não... só tô com muita fome - diz chorosa - seu lábio tá sangrando, ela te machucou?

Não se preocupe comigo, eu estou bem. Graças a Deus que você está viva, tive tanto medo de te perder

Eu também tive medo, achei que você não viria - abaixa a cabeça

É claro que sim meu amor, eu dou minha vida pela sua - ela diz - você e sua irmã são tudo pra mim nunca esqueça disso

Nunca esquecerei mãe - a menina sorri - como vamos sair daqui?

Não sei, mas espero que seu pai nos encontre - ela diz temerosa - Deus não vai nos abandonar

Mãe me ensina a orar?

Claro - Dulce sorri


As duas então começam a orar juntas, pedindo para que Deus a ajudasse a sair dali com vida.

{...}

Christopher dirigia como doido para chegar logo, ele temia pela vida da esposa e filha, logo atrás duas viaturas da polícia em que uma delas estava o delegado e a pedido de Chris as sirenes não haviam sido ligadas para não serem descobertos.

Quando enfim chegaram no local escrito no bilhete, todos descem do carro, ao redor só havia mata.

E agora? - o delegado pergunta

Não sei, só tinha esse endereço - ele diz nervoso olhando de um lado para o outro

Vamos nos dividir em dois grupos e procurar


O delegado e três policiais vão para um lado e Chris, Poncho e outros dois policiais vão para o lado em que sem saberem, Dulce seguiu.

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