Ana Luíza
Uma semana se passou e Alba estava ansiosa por notícias da filha e sua localização, pois até o momento nada havia sido descoberto sobre ela, mas quando o desespero tomava conta de Alba, Serafim apareceu com novidades.
Serafim: Patroa, eu posso entrar?
Alba: Entre. (Vai até sua poltrona e se senta). Alguma novidade sobre a minha filha?
Serafim: Uma detetive da equipe que o seu avô deixou arranjada pra ajudá-la no que fosse necessário fez o trabalho.
Alba: E? (Ansiosa).
Serafim: Entre, por favor. (Chama a detetive).
Xx: Bom dia, dona Alba, meu nome é Daniela.
Alba: Não me chame de dona e pule direto ao que importa, encontrou a Aurora?
Daniela: Sim.
Alba: Onde ela está?
Daniela: Foi difícil encontrá-la, pois o sobrenome dela mudou após o casamento.
Alba: Então ela casou. (Se joga pra trás, encostando-se na poltrona).
Daniela: Sim e está morando em uma cidade próxima daqui e esse é o endereço, mas agora ela se chama Ana Luíza. (Entrega o mesmo a patroa).
Alba: Perfeito. (Pega o endereço e sua bolsa e se retira).
Daniela: Vai atrás dela, ela não pode ir sozinha.
Serafim: E por que não?
Daniela: Porque essa moça fugiu dela e nunca a procurou, não acha que se ela rejeitá-la a dona Alba não vai ficar destroçada?
Serafim: Tem razão e se isso acontece ela não poderá dirigir. (Corre pra alcançar a patroa).
Serafim levou a patroa até o endereço que Daniela conseguiu e assim que o carro foi estacionado, Alba desceu quase que correndo e foi até a porta tocar a campainha, quando uma senhora que parecia ser a empregada abriu a porta, Alba não perdeu tempo e entrou, enquanto a empregada foi avisar que havia visita, Alba foi até a sala e se deparou com duas fotos em cima da lareira, uma da filha e do marido e a outra dela com ele e um menininho.
Alba: Que linda foto. (Segura a foto da filha com a família).
Ana Lu: Solte essa foto. (Disse descendo as escadas).
Alba: Filha! (Sorri).
Ana Lu: Não me chame de filha.
Alba: Por favor, não me trate assim com tanto desprezo.
Ana Lu: O que queria? Que eu a recebesse de braços abertos? A senhora é uma assassina, sem contar que sei que se vingou de uma mulher.
Alba: Ela foi a culpada por eu ter passado quatro anos na prisão e não ter visto você se casando.
Ana Lu: Me poupe, não acredito nas suas palavras.
Alba: Apenas me diga, esse menino na foto é meu neto?
Ana Lu: Ele é meu filho, mas não o chame de neto.
Alba: Mas ele é meu neto e seu avô deve ter te explicado que sou inocente do que me acusaram. (Olhos marejados).
Ana Lu: Não tenho mais nada haver com a senhora e se retire da minha casa.
Alba: Não faça isso comigo, filha.
Ana Lu: Não me chame assim e vá embora.
Marcelo: O que está acontecendo aqui? (Pergunta descendo as escadas). Essa conversa se ouve lá de cima e vai acordar o pequeno.
Ana Lu: Não é nada, essa senhora já estava de saída.
Alba: Por favor, não me faça isso.
Marcelo: Ela é...
Ana Lu: Sim, ela é.
Marcelo: Dê uma chance a sua mãe, meu amor.
Ana Lu: Ela não merece conhecer o nosso filho, amor.
Marcelo: Mas o nosso filho desde que começou a falar sempre perguntou pela avó materna e pelo avô também.
Ana Lu: Isso é outra coisa em que ela me decepcionou, nunca me contou quem é o meu pai. (Encara a mãe).
Marcelo: Talvez se você deixá-la se aproximar.
Alba: Por favor, eu só quero recuperar o seu amor, filha.
Ana Lu: Não e o meu filho não te conheceu porque a senhora foi presa antes que eu contasse sobre meu relacionamento ou mesmo descobrisse a gravidez.
Alba: Então ele já tem quatro anos?
Ana Lu: Sim e vá embora antes que ele acorde e a encontre aqui.
Marcelo: Ana, por favor, deixe que ela conheça o neto.
Ana Lu: Está bem, só porque eu não sou um monstro.
Marcelo: Vou buscá-lo. (Sobe correndo).
Não demorou para que Marcelo voltasse segurando a mão do filho que automaticamente sorriu ao ver a avó, mesmo sem saber quem era ela.
Henry: Quem é essa senhora, papai? (Sorri).
Marcelo: Ela é a sua avó, mãe da sua mamãe.
Henry: A senhora é minha vovó?
Alba: Sou, meu anjo. (Emocionada).
Henry: Por que tá chorando?
Alba: É a emoção de te conhecer, me dá um abraço?
Henry: Vovó. (A abraça). A senhora é mais linda do que eu imaginei.
Alba: Obrigada e você é um príncipe, meu anjo. (Corresponde o abraço do neto). Qual seu nome?
Henry: É Henry.
Alba: Lindo nome. (Acaricia o rosto dele).
Marcelo: Não fomos devidamente apresentados, me chamo Marcelo e é um prazer conhecê-la, minha sogra.
Alba: O prazer é meu, me chamo Alba.
Ana Lu: Filho, se despede da sua avó que ela já está de saída.
Henry: Mas já? (Faz bico). Fica mais um pouco.
Alba: Não posso, meu anjo.
Marcelo: Vamos brincar no quarto, filhão. (Sobe com o filho).
Ana Lu: Não volte a aparecer aqui.
Alba: Está bem, ainda que me doam as suas palavras eu não voltarei aqui, mas te deixo o meu número caso mude de ideia. (Entrega um cartão pra filha e se retira).
Quando saiu, Alba chorava inconsolavelmente, pois além de não ter o amor da filha descobriu a existência de um neto que não poderia voltar a ver por decisão da mãe dele e isso a machucava profundamente.
Serafim: Patroa, a senhora está bem?
Alba: Estou sim, mas vamos embora daqui. (Entra no carro com os olhos vermelhos de tanto chorar).
10/1/22
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