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A Luz Do Natal

Dezembro.

Mês do Natal, da magia, do branco da neve, do frio, do mundo de encantar.

Pelo menos para cinco meninas que amavam esta época: a Matilde, a Ana, a Leonor, a Sara e a Maria.

Cinco primas que adoravam brincar aos índios e aos cowboys, às princesas e dragões, ao "Era uma vez" com super heróis, polícias e ladrões.

Foram ensinadas, desde cedo, que deviam pedir os seus presentes ao Menino Jesus, e que os mesmos eram trazidos pelo Pai Natal e as suas Renas.

Os pais sempre deixaram as suas mentes fluir, pedirem os presentes que desejassem.

Contudo, ensinaram-lhes também, que mesmo pedindo o que mais quisessem, nem sempre o iriam receber. Ensinaram-lhes que muitos meninos e meninas nem um presente teriam. Então, caso não recebessem o que queriam, deviam agradecer sempre pelo que recebiam.

E as cinco primas aprenderam bem a lição. Nunca faziam má cara quando a Tia Rita, aquela tia velhinha que tão carinhosamente chamavam de avozinha, lhes oferecia todos os anos umas meias quentinhas.

Este ano, os pais decidiram passar esta quadra em casa de alguém muito especial para as cinco meninas: o Avô João.

Elas adoravam ir para casa do avô João. Ele não era daqueles avôs velhinhos, com barba e óculos na ponta do nariz. Não, ele não tinha barba, e embora usasse óculos, não os usava na ponta do nariz.

O avô João gostava muito de ir com elas aos museus, de ver bailados, de passear ou simplesmente contar histórias de encantar. E era com cada história que ele contava. As cinco adoravam o "Avô das Histórias".

Assim que chegaram, cinco dias antes do Natal, as cinco saíram dos respectivos carros correndo para o interior para abraçar o "velhinho".

- Avô...avô...- gritavam as meninas...

- Olha quem chegou. As minhas cinco piratinhas...- as cinco param olhando com um bico torto...- As minhas cinco palhacinhas...está melhor?

- Não.- Diz a Maria, que é a mais nova das cinco, no alto dos seus 5 anos.- Mas, nós perdoamos-te porque tu estás velhinho e deves ter-te esquecido dos nossos nomes.

- Maria.- Grita a mãe...- Pede já desculpa ao avô.

- Mas porquê? Não dize nada que não fosse verdade. O avô está velhinho. Não é avô?

- Será que estou? E se eu te fizer isto...- e nessa altura pega na neta ao colo e começa a fazer-lhe cócegas, até ela pedir quase a chorar para que ele parasse com aquele súbito ataque...- e então ainda estou velhinho?

- Sim. Mas és um velhinho bem forte e bonito.

- Bem, e com essa do bonito, estás perdoada...

- Não, não está. Maria pede desculpa agora ao avô.- Maria ia responder, mas a mãe logo continuou...- ou ficas sem presentes de Natal.

- Desculpa Avô. Mas...- chegando-se bem perto do avô, diz-lhe algo ao ouvido para que apenas ele a ouça...- Tu és o meu velhinho preferido do mundo inteiro.

E não há como não rir daquela frase da pequena. João amava ter as netas em casa. Com elas não havia momentos tristes, não havia momentos de silêncio, não havia essa coisa de ter a casa arrumada. Eram os momentos mais felizes que ele tinha, desde que perdera a sua esposa Anabela.

Os dias foram passando, e para João infelizmente estavam a passar depressa demais, logo, logo era Natal. Depois o Ano Novo, e as suas meninas iriam de novo embora, e ele...bem ficaria de novo só.

Na véspera de Natal, as meninas como sempre pediram ao avô que lhes contasse uma história. João decidiu, nessa noite, não inventar.

Ele iria contar a sua história, ou melhor a história dos seus antepassados.

Quase ninguém sabia, mas João era descendente do estalajadeiro onde Maria e José foram antes de ir para o estábulo onde tiveram o menino Jesus.

Noah e Samara eram seus antepassados, e donos da estalagem onde tudo aconteceu há 2019 anos atrás.

Quem lhe contou esta história foi o seu avô, que ouviu do seu avô, que ouviu do seu avô... Era uma história passada de geração em geração.

Se era verdade ou não, nunca soube, mas no Natal, tudo era magia, tudo reinava em torno da família. Então sendo verdade ou não, era algo que ele aprendera que deveria passar aos seus netos, e por sua vez os netos passariam aos seus netos.

- Hoje vou contar-vos uma história que jamais contei a alguém. É a história dos vossos antepassados.

- Ante quê...?- pergunta Maria.

- Antepassados Maria. São as pessoas da nossa família que já morreram há muitos, muitos anos atrás.- Explica Ana à sua prima, que olha para ela espantada.

- Isso mesmo Ana...- diz o avô...- e agora vamos começar...

"Imaginem um lugar, muito, muito longe daqui. Com camelos para passear, e onde tudo é imenso. Onde os ventos vindos do Leste e o Sol que nasce no Oeste se encontram.

Onde há perfumes no ar, e em cada bazar sedas, cetins, especiarias para comprar. E se olharem ao redor podemos ver que não há nada mais belo. Seja noite ou dia, é sempre quente, é sempre acolhedor.

Têm palácios e casebres. Ricos e pobres. Enfim têm de tudo um pouco. Esse lugar chama-se: "Belém".

E é lá que um homem chamado Noah morava com sua esposa Samara. Eram casados há 20 anos, e tinham três filhos: Nathan, Jonas e Sarah."

- A mais nova tinha o meu nome avô...

- Sim. E era tão malandra como tu.- Disse o avô, sorrindo para a neta.

"Eram donos de uma estalagem, onde todos ajudavam: Samara cozinhava, Nathan o mais velho ajudava o pai, Jonas tratava dos animais que acompanhavam os hóspedes, na sua maioria cavalos, e da vaca e burro que eles tinham no estábulo.

E Sarah, bem a pequena, apenas ficava pela cozinha, brincando e ajudando a mãe. Ou pelo menos ela assim pensava. Mas ela gostava era de ir para perto de Boo e da Moo, o burro e a vaca da família.

Sim eram nomes bem estranhos. Porém, quando ela os viu, pela primeira vez, tinha apenas um aninho e mal sabia falar. Quando os pais lhe disseram que era um burro e uma vaca, a menina saiu-se com um "boo" e um "muu", e assim os animais receberam os seus nomes.

Felizmente a estalagem dava algum dinheiro, mas naquela semana, por terem o recenseamento marcado por César Augusto, todas as estalagens estavam praticamente sem quartos. E a de Noah, não era exceção.

Andavam todos muito ocupados: limpando, cozinhando, servindo. A única sem nada para fazer era a pequena Sarah.

De repente bateram à porta, todos estavam tão ocupados que nem ouviram, então a pequena decidiu que ela iria abrir a mesma. 

- Boa Noite pequena.

- Olá...- diz ao homem que está à porta.- Ela engoliu uma bola?

- Não pequena, a minha esposa está...bem ela tem um bebé aqui na barriga. Andamos à procura de um lugar para ficar.

Nesta altura, Noah vê a sua pequena à porta a falar com estranhos e corre para lá. A pequena, sabia bem que ele não gostava que ela abrisse a porta.

Como pensava que a Sarah estava com a mãe, nem se dera conta que ela estava ali.

- Sarah. O que é que eu já te disse em relação a abrir a porta?

- Que eu sou pequena, e não posso abrir.

- E o que é que tu fizeste?

- Eu abri. Mas vocês estavam todos ocupados, e ninguém ouviu, e depois esta senhora tem um bebé na barriga...e precisa de descansar...e...

- Boa Noite. Tenho muita pena mas não posso receber-vos, tenho a estalagem cheia, desculpem.

- Mas papá...o bebé não pode apanhar frio, ele vai ficar dói-dói...

- Sarah. Vai ter com a tua mãe, agora...- sem outra solução ela encaminha-se para a cozinha...- Desculpem mesmo, mas não tenho como vos receber.

- Tudo bem. Agradeço na mesma a sua simpatia, que Deus abençoe a sua casa.

Noah fica a olhar para aquele casal estranho, mas que ao mesmo tempo o faz sentir tão bem. Fecha a porta e segue para o trabalho que o espera.

O recenseamento tinha sido pelo menos uma boa forma para equilibrar as contas para o restante do ano. Nunca tinha tido a estalagem com tanto movimento."

- Avô, o casal que foi à estalagem do Noah, era a Maria e José?

- Achas Leonor!? Talvez, vamos continuar sim...

"Assim que chega à cozinha, Sarah fica bem quieta e pensativa, o que faz com que Samara estranhe um pouco. Pois, algo que a sua filha nunca foi: uma criança calma e pensativa.

- Sarah. Em que tanto pensas? Estás muito quieta e isso não é normal. Estás doente, sentes alguma dor?

- Não mamã, estou só a pensar.- Ela cala-se e de repente olha para a mãe...- Mamã, o estábulo é um lugar quentinho não é?

- Depende querida, mas porque perguntas, queres ir ver o Boo e a Moo.

- Sim. Posso ir? Aqui não tou a fazer nada, deixas?

- Sim. Podes ir, mas quando te chamar para entrares vens logo. Não te quero doente.

- Tudo bem mamã. Até já...

Sarah sai muito depressa, quase tropecç num banco. Se ela  correr um pouco pode ser que ainda consiga apanhar o casal com o bebé na barriga.

O Estábulo não é o melhor lugar do mundo, mas como a mãe disse é quentinho. Ao sair olha para os dois lados e vê já um pouco distante o casal.

A menina corre o mais depressa que pode, chamando por eles...

- Ei...Ei esperem...esperem aí...- finalmente eles param, o que Sarah agradece pois correr não é o seu forte...- Venham comigo tenho um lugar para vocês.

- Mas o teu pai disse que a estalagem estava cheia, e não tinham camas...

- Não é lá dentro da estalagem do papá. Não é lá aquela coisa, mas é quentinho, e não vão ficar sozinhos...

- Como assim...- neste momento a mulher começa a ter algumas dores...- Maria?

- José, acho que não vamos conseguir lugar em nenhuma estalagem, e não aguento mais...- outra dor...

- Tudo bem. Vamos contigo, e o teu pai sabe que nós vamos para lá.

- Sim, claro que sim. Foi ele que me pediu para vos vir chamar.- diz a pequena com as suas mãos a esconder o riso.

Sarah não sabia o que o pai iria dizer sobre tudo isto, mas a única coisa que sentia é que tinha que ajudar este casal, e principalmente este bebé que estava ainda na barriga.

Assim que chegaram ao estábulo, ela colocou as mantas que estavam lá guardadas e que sempre usava quando ia falar com os seus amigos, e logo Maria e José se sentaram.

- Este é o Boo...- disse a menina apontando para o burro...- e esta é a Muu. Eu vou buscar um pouco de comida para vocês.

Sarah sai do estábulo, sem nem esperar a resposta dos dois, e entra na cozinha.

Pede à mãe alguma comida dizendo que está com fome. Samara logo lhe serve um prato, mas a pequena diz que quer mais, porque está com muita, muita fome..."

- A Sarah parece a Ana, sempre com fome...- diz a Matilde rindo...

- Eu sou alta, em fase de crescimento preciso de me alimentar. Não tenho culpa que tu sejas assim um palito...- diz Ana zangada com a prima.

- Meninas, não precisam de se zangar. Até porque todas são bem comilonas, tal como a pequena Sarah.

"Logo a menina volta para o estábulo com a comida. José e Maria estão abraçados, Sarah consegue perceber que Maria não está bem.

Porém logo lhe dizem que é apenas o bebé a mexer dentro da barriga de Maria, e que às vezes é tão forte que parece que a barriga vai saltar.

- Sarah. Sarah, está na hora de entrares. Sarah.

- Tenho que ir antes que a mamã venha aqui.- Maria olha para a pequena, desconfiada...- É que ela não gosta quando eu não vou logo que ela me chama. A mamã diz que as meninas bem comportadas são as que obedecem sempre aos pais.

- E ela tem razão Sarah. Deves sempre obedecer aos teus pais...

- Eu tento. Mas às vezes estou tão distraída no meu mundo que nem os ouço. Não é por mal, eu prometo. E Deus sabe disso...

- Claro que sim, Deus tudo vê. E Ele sabe que tu és uma menina com um coração enorme. E tenho a certeza que te vai dar inúmeras graças.

- Sarah.- grita de novo Samara da porta da cozinha.

- Tenho que ir, até amanhã.

E assim Sarah vai para casa, a mãe olha para ela assim que a menina entra. Algo lhe parece diferente na filha, contudo, ela não consegue perceber bem o que é.

Sarah parece que reluz, como se tivesse sido banhada no brilho do luar. Como se tivesse sido agraciada pelo Senhor.

Já com tudo arrumado e os hóspedes servidos e acomodados; Noah e Samara também eles se vão deitar. Nathan e Jonas estavam também eles a dormir."

- Então e o Je...

- Calma, Matilde. A história ainda não acabou.

"Quando as doze badaladas soaram..."

- Tal como na Cinderela avô?- pergunta Maria com os olhinhos brilhantes.

- Sim pequena, tal como na Cinderela...

"Quando as doze badaladas soaram, uma luz forte e cintilante ilumina toda a casa. Sarah foi a primeira a acordar, olhou pela janela do seu quarto e a viu: a estrela mais brilhante que algum dia surgiu. 

- Mamã, papá...Nathan, Jonas...venham, venham ver...- gritou a pequena maravilhada com o que via.

- Sarah, porque...- quando olha pela janela...- Senhor, nos ajude...o que é esta luz...

- É uma estrela mamã...e está mesmo por cima da nossa casa...- Sarah olha de novo e percebe que a mesma está não por cima da estalagem, mas por cima do estábulo...- O bebé...ele nasceu...vamos, vamos ver...

- Sarah, que bebé? Não existe bebé nenhum...

- O bebé da Maria e do José. Ele nasceu, vamos mamã...vamos papá...

- Maria e José, mas...- Noah fica a pensar...um casal, um bebé...- Sarah, essa Maria e José é o casal que veio aqui bater à porta?

- Sim papá. Eu...eu não podia deixá-los ir. A Maria estava com dores porque o bebé estava a mexer muito dentro da barriga...e então lembrei-me do estábulo. Não é muito confortável, mas é quentinho, como a mamã disse...então eu...

- A comida...- diz Samara...- era para eles filha?- a pequena apenas acena com a cabeça...- Porque é que não nos contastes?

- Porque eu tive medo. Porque eu não queria que os mandassem embora.

- Sarah, minha pequena princesa. Apesar de teres errado por não nos teres contado, estou orgulhoso de ti. És boa e caridosa...

- Agora podemos ir ver o bebé? Por favor...

- Vamos...Nathan, Jonas vão buscar mais umas mantas, Samara vai fazer algo para lhes levar para comer. E nós vamos ver se encontramos algo para levar ao bebé para ele vestir...

E assim que todos foram buscar o que Noah lhes disse, encaminharam-se para o agora pequeno estábulo.

Sarah foi passando pelas várias pessoas que se reuniram ali: vizinhas e vizinhos que ela tão bem conhecia, pastores e as suas ovelhas que também correram para o local, e até três Magos lá estavam.

Quando finalmente olhou para o casal, eles a chamaram.

- Sarah, vem. Alguém quer agradecer pela tua bondade, caridade e generosidade.- diz José.

- O bebé nasceu.- diz Sarah maravilhada ao olhar para o menino.

- Sarah este é o Jesus...- diz Maria...- E tenho a certeza que Ele nunca te irá esquecer. Porque vou contar-lhe que quem nos ajudou, quando precisámos, foi a menina mais bonita e caridosa que algum dia conheci.

- Jesus. Eu gosto do nome...- olha para o pequeno bebé...- Olá Jesus, eu sou a Sarah e vamos ser amigos para a vida inteira.

- Jesus...o Salvador...o Messias...- diz um dos Magos...- O Rei dos Reis...

- Jesus é Rei Maria?

- Sarah...- Samara chama a sua filha...- Lembras-te do Senhor Deus, Aquele a quem damos graças e pedimos ajuda...- a pequena apenas balança a cabeça confirmando...- Hoje, no nosso estábulo, nasceu o Seu Filho, o Salvador.

- Maria, Jesus é...o filho de Deus?- Maria acena...- Eu sabia que o bebé era especial, só não sabia porquê...

- Esta noite ficará sempre na história da nossa família. Nathan, Jonas e Sarah: esta será uma história que sempre contarão aos vossos netos, e os vossos netos contarão aos seus. Será algo que passaremos de geração em geração. Jesus o Salvador nasceu em Belém, no estábulo de uma pobre estalagem. Porque uma pequena e doce menina viu algo que ninguém viu...A LUZ DO NATAL."

- Vitória...Vitória...Acabou-se a nossa História.

- Acabou, queria mais...- diz Maria.

- Avô. Quer dizer que nós...o Noah e a Samara...eles são da nossa família?- Pergunta Matilde

- Sim minha querida. Noah e Samara são meus antepassados, são avós dos meus Tetra-Tetra-Tetra-Tetra-Tetra...olha nem sei...

- Quer dizer que vamos ter que contar esta história aos nossos netos?- pergunta Ana.

- Sim.

- Mas eu não vou conseguir contar, tu podias escrever.- Diz Leonor.

- Ler o que o avô nos contou, tira todo o encanto da história.- Diz Ana.

- Mas como é que nós vamos conseguir decorar essa história enorme?- pergunta Sara.

- Não se preocupem, vou contar esta história todos os anos até vocês a saberem de cor e salteado.

- Todos os anos a mesma? Isso é chato...- diz Maria.

- A partir deste ano vou contar duas histórias, combinado.

- Sim, sim...- gritam as cinco.

- Mas sabem, a magia da história não está no facto de ser sobre os nossos antepassados. Mas sim na atitude da pequena Sarah. 

- Sermos bondosos...- diz Matilde

- Caridosos...- diz a Ana

- Generosos...- diz a Leonor

- Humildes...- diz a Sarah

- E comilões que nem a Sarah...- ficam todos a olhar para Maria...e é inevitável não rirem.

O Natal tem tudo a ver com Família. É a época do Ano em que os nossos corações estão mais recetivos e harmoniosos, e nossas esperanças são renovadas.

Há mais, muito mais no Natal do que a luz da vela ou a alegria de receber presentes.

Há o espírito da doce Amizade que brilha todo o ano.

Há a bondade dos gestos que temos.

Há a humildade de agradecer ou perdoar os outros. 

Mas sobretudo existe o AMOR. 

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