Quero ficar ao seu lado.
❝Você não pode se apaixonar por mim. Podemos ser amigos, podemos nos ver... mas você não pode me amar.❞
— Um Amor Para Recordar.
Amber pov:
Sentia meu corpo cansado e dolorido enquanto me movia lentamente, infelizmente escutava o maldito som de bip que mostrava os meus batimentos cardíacos, esse barulho era pior do que o do despertador às seis da manhã, demorei um pouco e finalmente abri meus olhos me encontrando em um quarto de hospital, vestia aquela camisola horrorosa, agulhas em meus braços, uma cânula um pouco maior e fios no meu peito, olhei para o lado encontrando meu pai assistindo um noticiário na televisão.
— Pai? - O chamei atraindo sua atenção que me olhou rapidamente com uma expressão de alívio.
— Oi, meu raio de sol, como está se sentindo? - Perguntou enquanto pegava a minha destra e a segurava com cuidado.
— Um pouco cansada, o que aconteceu?
— Seus pulmões se encheram de água, mas conseguiram drenar e logo você vai poder ir para casa. - Suspirei aliviada e me arrumei um pouco sendo ajudada pelo meu pai que arrumou meus travesseiros.
— E o tumor?
— Ele não cresceu, nem um centímetro sequer, não precisa se preocupar. - Minha mão foi erguida e meu pai deixou um beijo nas costas dela.
— E a mãe e o Max?
— Sua mãe saiu daqui não faz muito tempo, foi ver como seu irmão estava já que ele ficou em casa, mas ela já me ligou e os dois estão bem. - Meu pai toca a ponta do meu nariz com o indicador da mão livre e sorri minimamente. - E sabe quem está aqui desde ontem? - Franzi minha testa balançando minha cabeça em negação. - O Edward, pelo o que parece o Max contou, a gente sabe como os médicos são para deixar as pessoas que não são da família entrarem, mas eu posso conversar com a Melissa e talvez ela...
— Não! - O interrompo balançando minha cabeça em negação de forma rápida. - Eu não quero que ele me veja assim.
— Querida, ele se preocupa com você, acha que ele vai se importar por você estar com o cabelo bagunçado assim? - Meu pai tinha um tom risonho e soltei minha mão da dele.
— Ele me ver puxando um cilindro não me preocupa, mas olha como estou... tem um cano saindo de mim por ter drenado a água, não quero ele aqui!
— Querida...
— Pai, por favor. - O olho e o vejo suspirar, se levantando e deixando um beijo em minha testa antes de soltar a minha mão com cuidado sobre a cama.
— Está bem querida, vou falar que você ainda está dormindo, tudo bem? - Assenti enquanto o olhava se afastar um pouco. - Vou pegar um café, falar com a médica e já pedir para alguma enfermeira trazer algo para você comer, volto logo.
— Tá bom. - Em seguida recebo um sorriso antes dele sair do quarto, passei as mãos em meu cabelo respirando fundo por um momento, por quê isso tinha que acontecer logo agora?! Bom, a explicação mais simples é por eu estar morrendo, pelo menos ainda não fui comer bolo com Deus, mas só por enquanto. Eles poderiam ter me dado uma roupa melhor, essas camisolas mostram tanta coisa que se não as usar no hospital, seria algo bem inadequado.
— Com licença. - Desviei meu olhar da televisão e encontro a enfermeira Mary, uma senhora muito gentil que já me viu nos piores momentos, ela tinha cabelos pretos encaracolados, com alguns fios brancos e pele levemente bronzeada, ela trazia uma bandeja em suas mãos. - Como está a minha paciente?
— Oi Mary, estou bem, já irá me torturar com essa comida? - Pergunto enquanto ela colocava a bandeja na mesa acoplada ao lado da cama e escuto seu riso.
— E a senhorita já irá fazer o seu drama?
— Magoou. - Coloco a mão em meu peito e a cama é erguida me fazendo ficar sentada e logo a mesa é colocada na minha frente. - Droga, hoje é dia de gelatina verde. - Faço uma careta e Mary ri novamente enquanto colocava meu cabelo para trás e o prendia com um elástico, já que ela sabia que eu ficava com dor por conta do tubo.
— Eu tento trazer de outro sabor mais tarde, agora coma tudo. - Falou enquanto abria as embalagens e me entregava o garfo
— Está bem, obrigada. - Mary sorri antes de sair do quarto, olho para o meu prato encontrando frango com legumes e arroz, o prato era tão triste que me dava vontade de chorar, tinha um copo com suco de maracujá e a gelatina verde, credo, gravo o garfo em uma cenoura e a como, será que eles conhecem uma coisa chamada sal? Reprimo uma careta continuando a comer, era péssima mas não iria desperdiçar. Soltei o garfo por um momento e peguei o controle da televisão que estava ao meu lado e troquei de canal enquanto mastigava, até deixar em um que estava passando um filme qualquer, deixo o controle ao meu lado e volto a comer e escuto a porta ser aberta, mas não me dei o trabalho de olhar pensando que poderia ser alguma enfermeira ou até mesmo meu pai, mas uma embalagem pequena foi colocada na minha bandeja e por ela ser transparente, encontro um pedaço de torta de mirtilo, engoli o frango que estava comendo e ergo meu olhar encontrando Edward vestindo um jaleco de médico.
— Olá. - Falou assim que abaixou a máscara que usava em seu rosto, ele deu a volta e se sentou na cadeira que meu pai estava antes.
— O que está fazendo aqui? Não pode entrar aqui.
— Você está bonita. - Edward fala de repente e coloco meu garfo sobre a bandeja. - Como está se sentindo?
— Para com isso e saia do quarto ou vou chamar os enfermeiros. - Ele tombou levemente sua cabeça para o lado.
— Pensei que tínhamos falado sobre isso já, não vou deixar você sozinha e ainda mais em um momento como esse.
— Não quero você me vendo desse jeito. - Edward se aproximou mais e apoiou seus braços na cama enquanto me olhava.
— Eu não me importo em como você está, para mim continua sendo linda e eu já falei, quero ficar ao seu lado pois não quero ficar no meu quarto chorando enquanto escuto música. - Era isso o que mais gostava no Edward, podíamos estar falando algo sério mas ele tentava tirar um sorriso ou até mesmo uma risada minha. - Então por favor, pare de tentar me afastar de você e tomar decisões por mim. - Engraçado ele ter falado isso, mas quando tentei explicar que tinha tomado uma decisão sobre a minha vida, ver ele daquele jeito foi uma das piores coisas que poderia ter acontecido comigo. - Combinado?
— Alice está certa, você é muito grudento. - Desvio meu olhar voltando a pegar meu garfo e comecei a comer.
— Como está se sentindo? - Repetiu a pergunta ignorando completamente o que eu falei.
— Um pouco dolorida. - Deixo o garfo e pego o copo bebendo um pouco do suco. - Obrigada pela torta. - Agradeço sem olhá-lo e deixo o copo de volta no lugar.
— Não tem o que agradecer, vida. - Arregalei levemente meus olhos e virei meu rosto em sua direção o encontrando com um sorriso. - O que foi?
— Do que você me chamou?
— Vida. - Ele continuava sorrindo e pegou minha mão que estava do lado do meu corpo e a levou até seus lábios onde deixou um beijo demorado. - Posso te chamar assim mais vezes? - Eu fiquei um tanto perdida com o seu pedido.
— O que você está tentando fazer? - Ele ergueu sua sobrancelha de forma divertida e deixou mais um beijo em minha mão.
— Vou deixar você comer a sua comida super saudável. - Deixou minha mão sobre a cama antes de se levantar e fiquei confusa por um momento. - A propósito, eu cheguei na hora. - Tombei minha cabeça para o lado ainda sem entender. - Vamos assistir um filme quando você sair daqui. - Ele arrumou sua máscara antes de sair do quarto, voltei minha atenção para a comida e não demorou para o meu pai entrar no quarto com um copo de café, o destino estava ajudando o Edward.
— Oi querida, ganhou torta? - Perguntou surpreso e balancei minha cabeça positivamente.
— Ganhei... pai?
— Sim? - Ele se sentou ao meu lado bebendo um pouco do café.
— Que horas você pediu para me trazerem a comida?
— Eram quase três da tarde. - Seguro o garfo mexendo em uma ervilha.
— E que horas são agora?
— Hm... 3:20, porquê? - Sorrio de forma discreta agora entendendo bem o que Edward tinha falado, então apenas dei de ombros.
— Por nada, curiosidade mesmo.
[...]
Estava olhando de forma tediosa para a televisão, meu pai tinha se despedido de mim e saído pois daqui a pouco minha mãe iria chegar para passar a noite comigo, já que não podia ficar mais de uma pessoa no quarto, protocolo ridículo esse, estava mexendo na ponta do lençol de forma lenta enquanto esperava o tempo passar, odiava ficar no hospital e principalmente ficar internada, era simplesmente um saco isso, bufei baixo e escutei batidas na porta antes dela ser aberta.
— Oi Amber. - A voz de Melissa soou e virei meu rosto em sua direção a encontrando com sua roupa de médica diária e seu cabelo preso em um coque alto. - Como está se sentindo?
— Até que bem. - Respondo parando de mexer no lençol e o arrumando antes de deixar meus braços sobre ele.
— Nota de um a dez. - Pediu enquanto escrevia algo na prancheta e revirei meus olhos, figurinha repetida essa.
— Hm... três.
— Bom... - Respondeu de forma vaga e finalmente ergueu seu olhar em minha direção. - Amanhã iremos retirar o cano para ter certeza que não tem mais nem uma água em seus pulmões. - Balancei minha cabeça positivamente. - E vamos aproveitar para fazer alguns exames só por precaução.
— Não é um desperdício de recursos? - Pergunto e Melissa sorri para mim enquanto negava.
— Nem uma vida é um desperdício, Amber. - Ela anota mais algumas coisas e abaixa a prancheta. - Mais tarde irei vir com uma enfermeira, por enquanto descanse e acho que sua mãe já está chegando.
— Está bem. - Em seguida a vejo sair e voltou a olhar para a televisão e coço a minha bochecha tossindo um pouco enquanto cruzava minhas pernas que estavam esticadas, então novamente escuto batidas na porta e ela é aberta, ao olhar encontro minha mãe com uma bolsa média e uma mochila nas costas.
— Oi, meu raio de sol.
— Oi mãe. - Sorrio para ela que já me lançava um sorriso caloroso em minha direção após ter fechado a porta. - O que trouxe?
— Algumas coisas para você, trouxe até o seu notebook. - Sorriu enquanto andava até o sofá que tinha perto da janela e deixou a bolsa antes de tirar a mochila e abrir ela. - Assim não vai precisar ficar vendo esses programas chatos. - Soltei um riso baixo e apertei o botão erguendo um pouco mais a cama enquanto minha mãe abria meu notebook e o colocava em meu colo. - Então, seu pai me falou uma coisa.
— Hm, o que ele disse? - Pergunto após apertar o botão para ligar o notebook.
— Que você não queria que o Edward te visse. - Suspiro enquanto ela se sentava na cadeira do lado da cama. - Quer conversar sobre isso?
— Ele é um fofoqueiro. - Resmungo enquanto colocava a senha e logo vejo o plano de fundo da Bela e a Fera na minha tela.
— Amber. - Seu tom era de censura e virei meu rosto em sua direção.
— Eu realmente não queria que o Edward me visse assim, poxa ele me vê "bem" durante alguns dias e então quando voltamos a nos falar realmente, isso acontece, é uma merda isso.
— Olha a boca. - Faço uma breve careta ao ser repreendida. - Você não pode decidir pelos outros o que vão fazer querida.
— Eu sei, mas tentar não custa nada. - Praticamente resmungo enquanto entrava no meu jogo.
— Você tem como mandar uma mensagem para ele?
— Talvez.
— Então mande uma mensagem e explique o motivo real de não querer que ele entrasse. - A olhei por um momento, mal sabia ela que já tinha me resolvido, então apenas suspirei.
— Agora não dá. - Sua expressão fica confusa enquanto me olhava.
— Por que?
— Porque a minha personagem está tendo o bebê dela. - Aponto para a tela do notebook e a vejo rir enquanto colocava uma mecha atrás de sua orelha.
— Tudo bem, faça o parto dela, mas depois mande uma mensagem. - Pediu enquanto se levantava andando em direção ao banheiro, ergo minha destra com meu polegar para cima.
— Pode deixar. - Abaixei minha mão após ela fechar a porta do banheiro. - Aquele besta, conquistou até meus pais. - Resmungo para mim mesma enquanto acelerava o tempo no jogo e acabo me lembrando de quando Edward apareceu pela tarde, ele realmente não perdia o horário das coisas, solto um riso baixo balançando minha cabeça em negação.
Dois dias depois:
Finalmente eu estava saindo do hospital, não aguentava mais ficar aqui, estava sentada na cadeira de rodas e Max a empurrava enquanto tinha meu cilindro nas costas ele deveria estar na aula mas alegou dizendo que não deixaria de me levar para casa depois da alta, meus pais estavam mais atrás e teriam que assinar meus papéis de "soltura da prisão". Durante o tempo que fiquei aqui, Edward tentou me visitar mais vezes mas tinha que sair rápido por conta das enfermeiras, isso acabava me fazendo rir por ele quase ser pego. Logo fomos parando e Max virou a cadeira em direção aos nossos pais.
— Max, leva a sua irmã até a porta e nada de correr. - Nosso pai fala em tom de aviso enquanto apontava seu indicador em nossa direção, balancei minha cabeça positivamente e eu e Max nos entreolhamos antes dele virar a cadeira, escuto seu riso baixo e me arrumei na cadeira antes de segurar nos braços dela.
— Preparada?
— Com certeza. - Respondo e meu irmão começou a correr enquanto empurrava a cadeira de rodas me fazendo rir alto.
— MAX! - Escuto meu pai e logo ele sendo repreendido por alguém enquanto íamos em direção a saída do hospital, algumas pessoas desviavam do caminho mas apenas por serem alertadas pelo meu irmão que os mandavam sair. Eu deveria dizer para o meu irmão não fazer isso, mas tínhamos esse "ritual" depois que recebia alta ele sempre fazia isso, claro que teve a vez que isso não deu nada certo e resultou no meu irmão com um enorme galo na testa e eu com meu pulso torcido, mas quem disse que deixamos de fazer isso? Meu irmão era um chato e um tanto sério às vezes, mas isso não o impedia de tentar me alegrar.
[...]
— Acho que deveríamos sair e comer uma pizza. - Meu pai comenta enquanto dirigia, minha mãe estava sentada ao seu lado enquanto eu e meu irmão estávamos atrás, ele jogando no celular enquanto eu estava lendo uma hq do homem aranha que tinha sido deixada no carro.
— A última refeição é feita apenas na prisão. - Digo quase em um sussurro enquanto virava a página.
— Disse algo querida? - Minha mãe pergunta e ergo meu olhar a encontrando sorrindo para mim, sorrio de volta balançando a cabeça em negação e balanço a hq levemente.
— Eu estava lendo. - Respondo arrumando minha cânula em seguida. - Mas poderíamos comer algo em casa mesmo.
— Ou comer alguns peixes em La Push. - Max sugeriu enquanto olhava para a tela do celular e inclinei minha cabeça levemente para o lado. - O peixe do Harry é muito bom.
— Mas não é temporada dele ir pescar. - Comentei fechando a hq assim que notei que entramos na nossa rua.
— Como sabe disso? - Meu pai perguntou curioso me olhando pelo retrovisor.
— O Paul ajuda ele às vezes a levar as coisas e já me contou como é. - Dou de ombros tirando uma mecha de cabelo do meu rosto, não demorou para o carro ir diminuindo a velocidade e estacionar o carro em frente a nossa garagem e escuto Max bufar baixo.
— Mas ele é pior do que chiclete. - Franzi minha testa escutando meus pais rirem, em seguida minha porta é aberta e quando olho encontro Edward segurando um buquê de tulipas vermelhas em sua mão esquerda enquanto a direita estava esticada em minha direção.
— Olá. - Ele sorriu em minha direção e coloquei o carrinho do oxigênio para fora do carro antes de segurar sua mão sorrindo. - São pra você. - Esticou o buquê para mim e o peguei após soltar sua mão, passei as pontas dos meus dedos de forma lenta pelas pétalas.
— Obrigada, são muito bonitas.
— "Obrigada, são muito bonitas." - Escuto Max fazer uma voz fina e reviro meus olhos.
— Mãe.
— Aí, aí, aí, minha orelha, aí. - Logo minha mãe entra em casa enquanto puxava Max pela orelha enquanto o mesmo reclamava, pude ouvir um riso de Edward.
— Vou salvar seu irmão. - Meu pai fala enquanto soltava um riso baixo. - Mas rapaz, não esqueça que estou dentro de casa.
— Mãe! - Ela não demorou a aparecer e puxou meu pai pelo braço e nos olhou antes de fechar a porta.
— Fiquem à vontade, crianças.
— Desculpa por isso. - Digo assim que a porta é fechada e Edward balançou sua cabeça em negação dando de ombros.
— Está tudo bem, mas eu tenho uma suspeita que seu irmão não gosta de mim. - Brincou erguendo sua sobrancelha enquanto me olhava, acabei rindo de forma baixa.
— Eu também estou com essa suspeita.
— Como você está? - Perguntou levando sua destra até a minha bochecha onde tirou uma mecha do meu cabelo e depositou um carinho suave.
— Melhor. - Dou um sorriso fraco e não demorou para sua mão descer de minha bochecha e sentir seus braços me puxando para perto de seu corpo, acabei por ficar com o meu corpo de lado por conta de estar segurando o buquê. - Edward, eu estou cheirando a hospital. - Ele move levemente sua cabeça e sinto meu cabelo se mover um pouco.
— Para mim, você tem cheiro de pêssegos. - Soltei um riso fraco ao ouvir sua fala.
— É por conta do meu shampoo. - Assim que digo o senti apertar seus braços em minha volta.
— Amber... você não imagina o que eu senti quando vi seu pai te levando para o carro... - Mordo o interior da minha bochecha enquanto o escutava. - E depois que seu irmão falou o que tinha acontecido, eu me senti perdido. - Acabei por esconder meu rosto em seu peito enquanto apertava o buquê contra meu corpo.
— É por isso que eu não queria que você se aproximasse, você vai sair machucado. - Minha voz saiu um pouco abafada e senti minha garganta se apertar por conta do choro que queria vir.
— Mas o tratamento está funcionando, não é? Mesmo que tenha esses empecilhos, eu não vou te deixar. - Quando Edward falou isso, senti como se tivesse uma tonelada sobre os meus ombros, não consegui segurar o choro que estava preso e um soluço involuntário tinha escapado dos meus lábios. - Ei, está tudo bem. - Edward sussurrou em meu ouvido e balancei minha cabeça em negação tentando me afastar. - Por favor, não me afaste. - Pediu e senti certa dor em suas palavras.
— P-Por favor, me solta.
— Não posso, se eu te soltar tenho medo de você não me deixar mais vê-la. - Respirei fundo acabando por tossir um pouco e ergo meu olhar.
— A gente vai se ver amanhã. - Tento soar o mais firme que conseguia e sua canhota foi em direção ao meu rosto onde secou as lágrimas que caiam.
— Promete? - Sorrio entre as lágrimas e balanço minha cabeça positivamente.
— Prometo. - Ele me olhou de forma fixa, provavelmente tentando acreditar em minhas palavras que nem eu mesma conseguia, então Edward apenas se aproximou e depositou um beijo demorado em minha testa.
— Vou vir te ver depois da aula. - Apenas assenti enquanto ele se afastava, acabei me sentindo um tanto estranha ao não sentir mais seu abraço.
— Tá bom. - Segurei o carrinho e comecei a puxar em direção a minha casa, subi as curtas escadas ainda sentindo seu olhar em minhas costas, em nem um momento olhei para trás pois sabia que acabaria chorando mais, abro a porta com rapidez e entro em casa fechando a porta, encontro meu pai assistindo ao jogo, Max jogando em seu celular e minha mãe começando a preparar o jantar, abaixei minha cabeça e puxei o cilindro até as escadas.
— Querida, como...
— Vou tomar um banho. - Interrompo minha mãe e me abaixei pegando a alça e a colocando sobre meu ombro antes de começar a subir as escadas, minha visão estava um pouco embaçada quando cheguei no corredor e apenas soltei o cilindro quando já estava em meu quarto, mas assim que fechei a porta mais um soluço escapou dos meus lábios, soltei o buquê sobre a minha cama antes de cobrir minha boca, aos poucos fui me agachando até estar sentada no chão encostada na minha cama. As lágrimas tinham voltado e com mais força, assim como os soluços que eu tentava abafar, porque Edward tinha que ser assim? Ele podia ter sido apenas mais um novo morador na cidade e fingido que eu nunca existi, mas ele tinha que se aproximar e estragar tudo, tossi um pouco e acabei pulando levemente no lugar ao sentir braços em minha volta quando alguém se sentou ao meu lado.
— Você sempre foi péssima para esconder o que sente. - A voz de Max soou enquanto me puxava levemente. - Sua voz te entregou. - Deitei minha cabeça em seu ombro tirando algumas lágrimas que caiam.
— Eu só queria que ele não se envolvesse...
Sim, eu sei que vocês devem estar esperando um capítulo pela visão do Eduardo, para saber as reações dele em relação a nossa menina.
Não se preocupem que esse capítulo vai sair, mas ele vai ser como a C-CORALR sugeriu no capítulo anterior (sim, leio o que vocês me pedem, mas não irei trazer o Cedric de volta na outra 👺), irá ter mais de um capítulo e vai mostrar a visão do Edward desde que ele a conheceu, maaaas vai demorar um pouco para isso acontecer pois irei esperar um acontecimento específico, então aguardem e se preparem para sofrer, amo vocês 💕
Menino Eduardo é muito rebelde e mãos leves, pegou a roupa de médico mesmo ksksks
E ele já encantou os pais da Amber kskskssks
Amber se sentindo mal por esconder do Edward que o tratamento não funciona mais ;-;
Eu já até imaginei como vai ser quando ele descobrir, fiquei sofrendo no quarto
Desculpe por qualquer erro e obrigado por ler '-')sz
-W
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