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Jisung chorou silenciosamente durante a maior parte do caminho para casa. Na hora em que ele não estava chorando, ele estava dormindo. Assim como ele sempre dormia para esquecer seus problemas.
Em um ponto ele ouviu Seungmin e Hyunjin se desculparem por chamá-lo de vagabundo, e ele apenas acenou com a cabeça. Depois disso, eles perceberam que ele não queria falar.
Quanto a Minho, ele estava sozinho, sentado em silêncio no acampamento, no veículo, afogando-se em seus pensamentos. Ele não estava tão triste quanto seus pensamentos habituais que ele vinha tendo ultimamente, ele estava pensando no futuro com Jisung que ele finalmente poderia ter.
Um futuro cheio de felicidade e sorrisos, talvez uma casa própria e com sorte, algumas crianças ou animais.
Era finalmente algo que ele poderia esperar.
Ayami deixou Seungmin e Hyunjin na delegacia para que eles pudessem resolver as coisas enquanto ela levava Jisung de volta para seu dormitório.
Era bem tarde, e a loja de celulares estava fechada durante a noite. Ela pensou que deixaria o garoto usar o dela para ligar para o namorado essa noite. Ela o levaria à loja pela manhã.
— Jisung? — Ela disse levemente, sacudindo o garoto para acordá-lo.
Jisung não estava necessariamente dormindo, no final da viagem ele estava apenas descansando os olhos enquanto sentia que estavam perto do campus.
Ele abriu os olhos, balançando a cabeça para mostrar que entendia que deveria sair do carro agora.
— Eu posso voltar sozinho, obrigado por me trazer aqui. — Ele agradeceu e estava prestes a sair quando ela o interrompeu.
— Aqui. — Ela lhe entregou o seu próprio celular. — Ligue para o Minho e diga a ele que você chegou em segurança.
Mais uma vez, ele respondeu com um leve aceno de cabeça. Ele então clicou no contato que foi salvo como 'Lee Minho', bastante simples, mas esperava mais, já que eram amigos de infância.
Depois de alguns toques, alguém na outra linha atendeu ansiosamente, é claro que era Minho.
— Estou de volta ao campus. — Jisung falou baixinho, com medo de explodir em lágrimas a qualquer momento.
— Estou feliz que você voltou em segurança, descanse um pouco na sua cama. Já faz um tempo que não dorme em algum lugar confortável e agradável.
— Eu não quero dormir na minha cama, eu quero dormir nos seus braços. — Você podia ouvir sua garganta apertar enquanto ele segurava o choro.
— Oh, bebê, sinto muito por não estar aí agora, mas eu prometo que essa semana vai voar e estarei bem ao seu lado antes que você perceba.
Não houve resposta no final da ligação de Jisung, apenas choros suaves.
— Jisung, me escute, lindo. Vá passar um tempo com o Jeongin, convide-o para o nosso dormitório por um tempo e deixe-o passar a noite para te fazer companhia. Eu sei que ele não é eu, mas eu não quero você dormindo sozinho também. Por favor, não chore por mim, eu te amo tanto que dói e odeio ouvir você chorar.
— E-Eu também te a-
A ligação havia terminado.
O celular de Ayami havia morrido.
Jisung caiu de joelhos e chorou. Ele nem tinha certeza se Minho o ouviu dizer 'eu te amo' ou não.
Ele não estava sendo dramático, dadas as circunstâncias e tudo o que estava acontecendo, era apenas tanta coisa para lidar, apenas essa coisinha o levou ao limite.
Ele caiu no concreto e chorou. Isso dói. Tudo dói. Ele só queria estar com Minho.
Eu acho que você poderia dizer que ele estava um pouco emocionado, mas se você estivesse no lugar dele, você entenderia porquê ele se sentia daquele jeito.
Ayami se abaixou para ajudar o garoto a se levantar e decidiu que era melhor que ela o acompanhasse de volta ao dormitório.
Ele se levantou vagarosamente, sem se importar em enxugar os olhos, pois mais lágrimas cairiam. Ele então deixou Ayami acompanhá-lo de volta a seu quarto. Bem, pelo menos para seu andar.
Depois de pegar o elevador até seu andar, Ayami o deixou, como ele havia pedido a ela.
O garoto então rapidamente chegou ao quarto de Jeongin e parou em frente à porta, procrastinando se deveria bater ou apenas ir embora.
Depois de um minuto sólido, ele finalmente ergueu o punho e bateu de leve na porta. Ele não esperou nem um segundo antes de ouvir leves embaralhamentos do lado oposto.
Logo a porta se abriu para revelar Jeongin.
— J-Jisung? Oh meu deus, Jisung! — Ele rapidamente o puxou para um abraço e ficou em silêncio. Jeongin estava bem ciente de que as palavras provavelmente provocariam lágrimas.
Ele confortou o garoto e o trouxe para dentro, colocando-o na cama de Chan. Demorou um pouco para ele se acalmar, mas por fim os soluços ficaram mais baixos, seu batimento cardíaco ficou estável e sua respiração voltou ao normal na maior parte.
Jisung olhou para o casal que tinha olhos preocupados sobre ele.
— Me d-desculpem por interromper s-sua noite, e-estou com muito medo de f-ficar sozinho.
— Não há necessidade de se desculpar. Não temos ideia do que está acontecendo ou como você voltou aqui, mas parece que você precisa de ajuda e estamos sempre aqui para um amigo... Não importa as circunstâncias.
Com toda a honestidade, Jeongin e Chan são as pessoas mais compreensivas que existem. Se você estava com problemas com a lei ou simplesmente com problemas com garotos, eles estavam lá, não importa o quê.
Jisung decidiu que se sentia confortável em contar a eles tudo o que aconteceu, toda a verdade. Claro que havia algumas partes sobre as quais ele não tinha 100% de certeza, já que não era seu passado, era o de Minho. Mas mesmo assim, ele os informou sobre coisas importantes, como onde estavam o tempo todo, o que aconteceu no posto de gasolina e como ele voltou.
Isso, claro, levou a que Minho não estivesse com ele e ele começou a chorar mais uma vez.
O casal ficou extremamente triste por tudo que Jisung e Minho haviam passado, eles podiam ver a dor em seus olhos quando ele olhou para trás e viu o que havia acontecido com eles, desde quando ele falou sobre como eles estavam felizes por finalmente estarem livres, até então se sentirem como se não tivessem esperança.
Deve ter sido difícil para eles, então eles prometeram a Jisung que ele poderia ir até eles a qualquer hora. Tempo para boas ou más notícias, momentos tristes ou felizes, eles estariam lá, não importa as circunstâncias.
Chan deixou Jeongin cuidar de Jisung pelo resto da noite, o garoto mais novo levou Jisung de volta para seu dormitório e o ajudou a se preparar para dormir. Logo eles se deitaram na cama de Jisung e Jeongin abraçou seu amigo.
Ele era muito grato pelo menor. Ele realmente era um amigo incrível.
Naquela noite, Jisung foi para a cama com um pensamento semi-bom, agora que ele estava de volta, ele seria capaz de ter os amigos que nunca teve. Construir os relacionamentos que nunca teve a chance de ter, e sentir o amor extra de que precisava de pessoas como Jeongin.
trαdυtσrα
Palavras: 1194.
「 𝐚𝐮𝐭𝐡𝐨𝐫 • yongbox 」
「 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐥𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧 • 𝐦𝐢𝐧𝐦𝐢𝐧𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐭 」
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