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Minho tinha o corpo, enterrou-o com lágrimas, não de tristeza ou emoção em absoluto, às vezes você só chora sem nem saber a razão. O corpo enterrado no mesmo local da última vez. De volta à floresta perto da margem do rio.
Ele desligou suas emoções. Ele não sentia nada, não desejava sentir nada até encontrar Jisung novamente.
Depois de voltar para casa, ele tomou um longo banho. Enxaguando o arrependimento e a sujeira, é claro.
A casa estava muito quieta.
Ele sentia falta de como Jisung preenchia o silêncio com seu eu falante, estando falando ou explodindo uma música aleatoriamente. Sentia falta de como o menino era grudes e nunca saía do seu lado, sempre o seguindo pela casa que nem um cachorrinho. Ele sentia falta do toque dele, fosse agressivo, apologético ou sexual. Ele sentia falta dele. Haviam se passado apenas horas, mas ele sentia falta dele como um louco.
Ele relaxou em sua cama, decidindo que a melhor maneira de passar os tempos eternos seria dormir. Assim que ele começou a adormecer, seu celular tocou.
Aborrecido, ele atendeu, se perguntando quem estaria ligando para ele. Ele olhou para a tela, a luz o cegando no escuro. Era um número desconhecido, mas ele atendeu mesmo assim.
— Olá, aqui é o oficial Kang do Departamento de Polícia de Seoul, estou falando com Lee Minho? — A voz do outro lado da linha disse.
Minho sentiu uma espécie de alívio ao ouvir alguém que tinha contato com Jisung.
— Ah sim, aqui é o Lee Minho. Como está tudo? Ele está bem? Ele está se sentindo bem? Vocês o alimentaram? Espere, ele está sendo solto? — Ele entrou em pânico, esperando que a ligação fosse por bons motivos.
— Vejo que você se preocupa muito com ele, mas não. A gente não o está deixando ir, mas ele está bem. Sim, nós o alimentamos, mas ele é um inferno de personagem. Ele tentou me subornar com sexo pelo menos 5 vezes. Ele também pediu que se ele fosse condenado à morte, que ele queria... — O policial pigarreou. — ...ter você como sua última refeição...
— Esse é o meu bebê. — Minho disse, sorrindo contente.
— De qualquer forma, isso não vem ao caso. Liguei para notificá-lo que o julgamento de Han Jisung será realizado amanhã às 10h e ele pediu que você comparecesse.
— Vou poder vê-lo? Posso ter contato físico com ele?
— Presumo que sim, mas não em particular. Ele será supervisionado o tempo todo. Ele é um criminoso perigoso, Sr. Lee. Por favor, entenda.
Criminoso perigoso... Pfft.
— Eu entendo, Senhor. Eu estarei lá.
— Entendido, isso é tudo. Você tem mais perguntas?
Minho hesitou...
— Na verdade, sim, posso falar com ele? Por favor?
— Sim, mas tenha em mente que a ligação será gravada, não diga nada de que você se arrependerá.
— Entendido.
O policial foi até o garoto e passou o celular pelas grades.
— É o Lee Minho, ele pediu para falar com você.
Jisung alegremente pegou o celular.
— Minho!
— Oi, bebê, você está bem? Como você está?
— Estou bem, só quero sair dessa porra de cela. Só queria que eles me deixassem ir.
— Eu também, bebê, tenho algumas novidades para contar quando a gente se vir amanhã. E aguente firme. Eu te amo.
Jisung ainda sentiu algo dentro de si quando Minho disse que o amava, assim como quando o mais velho disse da primeira vez. Ele gostaria de estar com Minho, ouvir suas palavras positivas o fez querer ficar pequeno com Minho o segurando em seus braços. Mas ele não podia, se ele regredisse, quem sabe como os oficiais reagiriam... Ou como eles o tratariam.
Jisung não costumava se emocionar e sempre confiava em seus planos de fuga, mas ele começou a se preocupar com o que aconteceria se não desse certo. O que aconteceria se ele não pudesse escapar, ele nunca seria capaz de ver Minho novamente, a menos que fosse em horas de visitas na prisão, ele não seria capaz de crescer e viver uma vida feliz com o mais velho como ele desejava.
A família que ele sonhava ter não existiria.
— Eu também te amo, mas por favor, eu não posso ir para a prisão. Minho, eu não posso. E quanto a eu ser pequeno? Eu nunca posso ser pequeno perto de outros homens na prisão. Eles vão me machucar e provavelmente me traumatizar mais do que estou. Eu sei que sou louco e eu sei que sou um psicopata, mas eu não quero me machucar. — Ele não estava chorando, mas sua voz parecia instável.
Minho sentiu uma dor no coração ao ouvir as palavras do menor. Ele também não queria isso para ele e prometeu a si mesmo que o tiraria de lá, não importava o quanto custasse.
— Não se preocupe, meu bem, amanhã vamos resolver isso, vou ter certeza de que você não terá que sofrer. Essa é a última coisa que eu quero que aconteça. Vou garantir que você fique seguro, mesmo que seja a última coisa que eu faça. — Minho falou suas palavras do fundo do coração. Ele quis dizer tudo o que disse. — Apenas tenha um bom sono por mim essa noite, vejo você amanhã. Não se estresse muito.
— Porra, eu te amo tanto... E não se preocupe, também estou confiante, pelo menos estou tentando ser.
— Eu também te amo, Ji. Eu acredito na gente.
E assim a chamada terminou.
O policial ficou confuso, perguntando-se no que eles estavam confiando e por que ficavam repetindo coisas como 'a gente consegue fazer isso' ou 'eu acredito na gente', mas mais uma vez, isso era normal, dizendo coisas como 'nós conseguimos' e 'ainda estaremos juntos para sempre, esteja você na prisão ou não'. Não era algo que o oficial não tivesse ouvido antes... Mas ele mal sabia, não era disso que se tratava.
Era sobre como os dois estão planejando escapar.
trαdυtσrα
Palavras: 983.
「 𝐚𝐮𝐭𝐡𝐨𝐫 • yongbox 」
「 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐥𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧 • 𝐦𝐢𝐧𝐦𝐢𝐧𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐭 」
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