27 capítulo
Sem revisão de novo. Tenho muita preguiça de revisar me perdoem.
Boa leitura.
Camila sorri vendo uma manga na fruteira, a pega animada sabendo que Lauren iria gostar e vai para a área externa vendo Lauren olhando para a árvore, vendo como iria escalar.
- Amor, olha só o que eu achei! - Lauren a olha com curiosidade enquanto de aproximava - Manga! - ergue a fruta.
Os olhos de Lauren brilham, um sorriso animado aparece em seus lábios até que seus olhos ficam peauenos e mexe os ombros. Solta um gritinho animado e vai de encontro a Camila a envolvendo em um abraço.
- Obrigada, amor! Eu te amo. - diz com a voz carregada de felicidade dando um beijo na bochecha da mulher para se afastar e pegar a fruta.
- Espero que esteja doce do jeito que você gosta. - entrelaça os dedos na frente do próprio corpo vendo Lauren fincar os dentes maiores na casca da fruta para poder a descascar.
- Obrigada, eu amo manga. - repete o agradecimento concentrada demais em descascar a fruta.
- Vai subir mesmo? - indaga. Lauren sobe o olhar para seu rosto e da uma mordida na manga.
- Uhum, é fácil. Ela é meio inclinada e tem os galhos fortes, além de que o brinquedo está ali. - aponta para cima onde havia localizado o helicóptero preso entre os galhos.
- Não precisa subir, uma hora vai cair. Eu não quero que você se machuque. - aperta os lábios tendo os olhos claros sobre o seu rosto.
- Não vou, pode confiar. Scarlett me ensinou muitas coisas, uma delas foi escalar sem me machucar. - tranquiliza Camila.
- Tipo?
- Abrir uma porta apenas com um grampo de cabelo, arrombar a porta de um carro, pular muro independendo da altura... Além de fazer ligação direta.
- Sua mãe é realmente uma policial? - contraí as sobrancelhas.
Lauren tomba a cabeça para trás e ri soltando um "ai Deus".
- Sim. Ela disse que é só para eu fazer essas coisas caso realmente for necessário porque se ela descobrir que eu fui presa por algo, ela vai comer o meu cu com sal. - Camila tenta segurar a risada mas acaba rindo baixo.
- Acho que a Scarlett me expulsa da sua vida se descobrir que eu já fui presa.
- Ela sabe. - confirma - Ela puxou a sua ficha criminal assim que nós saímos da casa delas.
- Mentira. - abre a boca surpresa.
- Eu lembro dela me ligando enquanto a Sandra passava o pano para você.
- Meu Deus... - arregala os olhos.
Lauren solta uma risada e fica em silêncio para poder terminar de chupar a manga. Ao terminar, ela joga o caroço no lixo e limpa a mão voltando a olhar para a árvore.
- Com licença, amor. - pede arrumando o tênis em seus pés.
Teddy se aproxima vendo que Lauren finalmente iria escalar e a encara para ter certeza que ela iria subir.
- Vai conseguir? - aponta para a árvore.
- Vou. - afirma com a cabeça esfregando uma mão na outra - Só me dá um impulso, não alcanço o primeiro galho. - aponta para o galho mais baixo que ficava a quase trinta centímetros acima da sua cabeça.
- Certo. - Teddy se inclina, entrelaça os dedos e Lauren sorri colocando o pé em suas mãos, pousa a mão sobre o ombro do homem e pega impulso para subir até o primeiro galho.
Lauren solta um gemido pelo esforço que fazia com os braços para conseguir erguer seu corpo e sorri orgulhosa se sentando no primeiro galho.
- Viu? Nem é tão ruim. - fala com um tom orgulhoso prendendo o cabelo em um coque apertado.
- Você! - Camila da um tapa no braço de Teddy - Fica aqui para ser feito de almofada para caso a minha mulher cair.
- Eu não vou cair. - Lauren protesta segurando no tronco para se colocar de pé no galho.
Ela coloca a língua entre os dentes e sobe mais um galho com cuidado. Olha para baixo e vê Camila com uma expressão aflita no rosto, a mais velha lhe lança um olhar sapeca e continua a subir sem quase nenhuma dificuldade.
- Achei. - grita ao chegar no topo da árvore, se segura em um galho mais fino e estende o braço para pegar o helicóptero pequeno.
Ao dar um passo em falso, Lauren se desequilibra fazendo Camila soltar um gritinho pronta para correr ao encontro de Lauren para tentar a pegar. Lauren respira fundo e volta a se equilibrar de volta no galho, volta a se inclinar e por fim pega o brinquedo.
- Está tudo bem? - Teddy pergunta a olhando.
Lauren apenas faz um sinal positivos e coloca o brinquedo dentro da sua blusa, apoiado no sutiã para que não caía e tomando cuidado para não quebrar ou se machucar com as hélices. Camila troca o peso nas pernas, esfrega as mãos tentando ficar menos apreensiva enquanto Lauren desvia com a mais facilidade que havia usado para subir.
- Teddy, pegue aqui. - Lauren se deita sobre o galho mais baixo para poder entregar o helicóptero para ele.
- Espera. - o homem estica o braço para o pegar e entrega para Camila - Vem, eu te ajudo a descer.
- Eu acho que consigo. - se senta no galho, respira fundo, apoia as mãos no galho e começa a se escorregar soltando um gemido doloroso sentindo os músculos dos seus braços doerem.
Camila engole seco e Lauren se solta do galho assim que seu corpo fica suspenso no ar. Ao pousar no chão, a mulher torce o nariz sentindo seu tornozelo reclamar. Em segundos, Camila a abraça sentindo sua respiração desregulada.
- Você está bem? - pergunta preocupada segurando o rosto da mulher vendo uma fina camada de suor em sua testa.
- Estou, eu falei que levo jeito. - se gaba vendo o Camila a analisar. Por sim, ela pega suas mãos e as olha com atenção.
- Você arranhou. - murmura vendo a pele em seu pulso um pouco arranhada mas nada a ponto de sangrar.
- Camila, Camila. - a chama fazendo com que os olhos castanhos a olhem - Eu estou bem, amor. - solta uma risadinha colando seus lábios com um ar risonho.
- LISA, OLHA O QUE A NAMORADA DA SUA TIA FEZ! - Teddy grita fazendo o casal se assustar.
- O QUE? - a menina sai correndo de dentro da casa e o homem ergue o helicóptero - MEU DEUS! OBRIGADA, TIA LAUREN! - continua a gritar pulando até seu pai.
- Só tome cuidado com as árvores. - aconselha enquanto Camila se pendurava em seu pescoço.
- Não faz mais essas coisas, pelo amor de Deus. - Camila sussurra - Eu ficou agoniada com a idéia de você se machucar. - faz um bico manhoso ignorando todas as pessoas presentes na casa que agora estavam na área externa.
- Tudo bem. - sorri vendo os olhos de Camila brilharem em preocupação.
Camila solta um suspiro aliviado colando seus lábios para iniciar um beijo calmo mas ele é interrompido por o barulho de limpar a garganta vindo de Alejandro. Elas se afastam e encaram o homem que estava ali perto com uma expressão seria.
- Obrigado por pegar o helicóptero, Lauren. - fala fazendo com que elas se afastem.
- Não foi nada, Ale. Eu até sentia vontade de fazer essas coisas. - deu de ombros.
- E não vai fazer mais isso, misericórdia! Senti que iria morrer de palpitação. - Camila nega com a cabeça.
- Se machucou? - Alejandro pergunta olhando para seus pulsos que estavam avermelhados.
- Não, só devo ter arranhado na hora de descer. - torce o nariz e Camila volta a se pendurar no pescoço da mulher.
Pelo resto do dia, Lauren continuou animada conversando com os familiares da Camila que haviam ficado ainda mais admirados pela mulher. Lisa era quem mais estava apaixonada por Lauren, a cada fala dela a menina ria como se sua vida dependesse daquilo. Depois da ceia, como de costume dos Cabello's, eles foram para área externa colocar música latina e dançar um pouco. Por fim, perto das duas da manhã todos foram dormir para continuarem a conversa ou a festa na manhã seguinte.
Logo cedo, Camila é a primeira a acordar, vai para o banheiro fazer sua higiene matinal, e depois, volta para a cama para poder ficar contemplando Lauren adormecida ao seu lado com um sorriso bobo.
- Pare de me encarar. - Lauren murmura sonolenta, ainda de olhos fechados pegando Camila de surpresa.
- Não consigo evitar, você fica a coisa mais linda do mundo. - fala manhosa dando um beijo na bochecha da mulher.
Quando Lauren se vira de barriga para cima, ela suspira vendo sua ereção se fazer presente e Camila a encara com a sobrancelha levantada.
- Com o que a bonitona estava sonhando? - estreita os olhos. Lauren solta uma risadinha sonolenta, leva as mãos até o rosto e o esfrega três vezes.
- Com você. - a olha vendo uma expressão desconfiada no rosto de Camila.
- E como seria esse sonho? - apoia a cabeça na mão que tinha o braço flexionado e leva a outra mão até o vale entre os seios de Lauren fazendo círculos.
- Você estava me chupando e implorando para eu te foder. - um sorriso safado aparece nos lábios de Camila.
- Que sonho pervertido. - estala a língua, negando com a cabeça - Enquanto eu sonhava com você dizendo que me amava, você sonhava que me comia. - suspira de maneira teatral deslizando a mão para dentro do edredom, passa pela barriga de Lauren e adentra seu short do pijama. Camila a olha de maneira safada assim que toca seu membro duro por cima da cueca e o aperta vendo as sobrancelhas de Lauren se mexerem como sempre fazia.
- Não prepara a massa de não vai colocar no forno. - Lauren fala.
Camila para de mexer sua mão, encara Lauren com o cenho franzido e então gargalha alto.
- Cada dia que se passa eu tenho mais certeza que você é a minha pessoa. - afirma com a cabeça se inclinando para beijar Lauren mas a mulher desvia.
- Eca, eca. Beijo sem escovar os dentes, eca eca. - Lauren tira a mão de Camila de dentro da sua calça e salta da cama correndo para o banheiro. Camila a acompanha com o olhar, joga a cabeça contra o travesseiro e ri da reação da mulher.
Não muito tempo depois, Lauren saí do banheiro na mesma velocidade que havia entrado e Camila tira o edredom de cima das suas pernas, as separa e espera que Lauren se encaixe ali, mesmo ainda estando com todas as roupas.
- Agora posso te beijar ou tem nojinho de beijo de manhã? - brinca assim que sente o corpo de Lauren se deitar sobre o seu.
A mulher solta um som nasal que poderia se passar por uma risada abafada. Se inclina capturando o lábio inferior de Camila com seus lábios e logo a latina aprofunda o beijo com urgência sentindo seu corpo começar a esquentar.
Não muito longe dali, Alejandro se levanta para ir preparar o café para a família, quando o cheiro de café toma conta de toda a casa, Sofia desce com sua filha e o marido sendo seguida por Sinuhe, todos atraídos pelo delicioso cheiro de café da manhã que saía da cozinha.
- Elas estão dormindo ainda? - Sinuhe questiona vendo que sua outra filha, nem a nora estavam ali.
- Provavelmente sim.
- Deixa elas dormirem, depois comem. - Teddy diz pegando um pedaço de bolo do dia anterior.
Alejandro se concentra em brincar com sua neta perguntando o que ela iria gostar de comer já que na mesa havia diversas coisas. A pequena escolhe um pedaço do mesmo bolo que seu pai comia junto com um copo de leite. Ao servir sua neta, ele pega uma xícara, coloca um pouco de café e completa com leite, separando um pedaço de pão caseiro que Sinuhe havia feito no dia anterior.
Ele segura a alça da xícara com a delicadeza que havia aprendido graças a sua esposa, a leva de encontro aos seus lábios e da um gole. Antes que pudesse completar a ação de engolir, um barulho não muito alto, da cabeceira da cama batendo contra a parede vem do andar de cima fazendo com que ele pare de se mexer, fique encarando a mesa e ao ouvir um gemido, ele desvia o olhar para Sinuhe horrorizado, logo em seguida Sofia que dava um gole no suco de frutas e Teddy que como sempre, se segurava para não rir.
- Dona Sinuh... - Teddy começa a falar quebrando o silêncio que havia se instalado, atraindo a atenção da sua sogra - Você deveria chamar uma ambulância. - sugere.
- Teddy! - Sofia o repreende vendo que ele ia fazer uma piada.
- Por que?
- Porque temos duas opções, o Alejandro
quebrar a Lauren no soco ou ele ir parar no hospital por ataque cardíaco. - tenta controlar sua risada vendo o homem se forçar a engolir o café com leite que tinha na boca.
- Por que o vovô quebraria a Lauren na porrada? - Lisa questiona confusa.
- Porque ela está brincando de montanha russa com a sua tia. - Sofia fala com simplicidade fazendo Sinuhe e Alejandro começarem a tossir em sincronia por terem se engasgado.
- Que legal, posso brincar também? - pergunta de forma inocente. Dessa vez, Teddy é quem engasga.
- Nem pensar, você vai brincar disso só quando tiver trinta e nove anos. - nega com a cabeça freneticamente enquanto Sofia ria.
- Por...
- Filha, deixa para lá. - Sofia aconselha fazendo a menina afirmar com a cabeça, balançar as pernas que estavam suspensas no ar e voltar a dedicar toda sua atenção no bolo que tinha granulado colorido sobre a cobertura.
- Acho que a minha pressão tá caindo. - Alejandro murmura agravando ainda mais a crise de risos de Sofia.
- Alejandro, não começa. - Sinuhe o olha vendo o homem pálido.
"Filhas não transam, filhas não transam" Alejandro repete diversas vezes em sua cabeça sentindo que poderia ter uma síncope a qualquer momento. Porra, na sua visão Camila e Sofia ainda tinham cinco anos, não importa que uma já era casada, tinha uma filha e a outra estava na faculdade, em um relacionamento sério.
- Vivi para presenciar essa cena. Ai Deus... - Sofia enxuga uma lagrima que ameaçava escorrer pelo canto de seus olhos.
Os barulhos da cabeceira da cama param algum tempo depois permitindo que a crise de riso de Sofia e até mesmo de Teddy cessarem. Alejandro, por fim, pode tomar o seu café da manhã em paz.
Assim que as duas adentram na cozinha com os cabelos molhados, todos as encara; Teddy e Sofia com um ar risonho parecendo dois adolescentes, Alejandro com uma expressão seria e Sinuhe com um sorriso gentil.
- Bom dia! - Camila fala de bom humor se sentando de frente para seu pai percebendo que ele encarava Lauren.
- Bom dia. - Lauren deseja enquanto se sentava ao lado da namorada.
- Grande dia, em. - Sofia comenta como quem não quer nada.
Quando os olhos de Teddy visualizam uma vermelhidão próxima a clavícula de Lauren, ele encara Alejandro com um sorriso divertido antes de rir discretamente.
- Bom dia, Tia Lauren! Por que a tia Camila e você estavam brincando de montanha russa às oito da manhã? A mamãe diz que não pode brincar sem tomar café da manhã primeiro. - Lisa dispara fazendo Sinuhe e Alejandro voltam a tossir, os pais da menina rirem e o casal mais novo abaixar a cabeça corando com força.
- Lisa, isso não se diz! - Teddy repreende a menina. Ela o encara confusa.
- Nós... - Camila engole seco vendo o olhar fulminante de seu pai sobre Lauren - Nós vamos dar uma volta assim que terminarmos de tomar café. - fala tentando mudar o curso daquela conversa sentindo que podia se enfiar em um buraco a qualquer segundo.
- Onde vão? - Sinuhe questiona. A única que tentava disfarçar o seu desconforto em saber o que havia acontecido.
- Caminhar. A Lauren não faz exercícios físicos a um tempo devido a neve em Nova York e ela comentou que queria sair para correr. - Camila olha para a namorada vendo suas bochechas extremamente vermelhas enquanto ela não conseguia encarar ninguém daquela mesa, comia com os olhos sobre a mesa.
- Tomem cuidado. Nunca se sabe se um carro, sem querer, atropela a sua namorada. - Alejandro murmura fazendo a nora o encarar de olhos arregalados.
- Ele está brincando... - Teddy fala atraindo a atenção de Lauren - Com o tempo você se acostuma. - estende o punho fechado em direção a mulher esperando que ela retribuía o seu toque. Com extrema vergonha, Lauren bate seu punho na mão de Teddy.
As duas tomam café com rapidez e se retiram da mesa voltando para o quarto enquanto Lauren ainda tinha os olhos arregalados.
- Eu disse para você que aquela posição ia fazer a cama bater na parede! - Lauren exclama assim que Camila fecha a porta do quarto.
- Amor! - chama a atenção da namorada - Foi você que me colocou naquela posição. - segura a risada vendo Lauren passando as mãos pelos cabelos castanhos - A minha única culpa foi implorar para você ir mais rápido, o que fez mais barulho.
- Você viu como o seu pai estava me olhando? Meu Deus! Eu vou dormir de porta trancada, imagina se ele tenta me matar sufocada de noite? - se senta na cama com uma expressão amedrontada - É, vou ter que me mudar para o Alasca. - afirma com a cabeça como se não tivesse outra opção fazendo Camila rir.
- Lauren, se acalma. - fala se divertindo com o pânico da namorada - Ninguém vai matar ninguém. - toma o rosto da mulher com suas mãos e encosta seus lábios na testa da mesma - Como a Dona Sinuhe disse, todo mundo trepa.
- Meu Deus... - murmura.
- Nós pod... - Camila para de falar assim que o celular de Lauren volta a tocar, a mulher deita na cama, estica o braço para pegar o aparelho e volta a se sentar vendi que era uma das suas mães, novamente.
- Posso falar com elas a sós? - pede apertando os lábios.
- Claro. - volta a beijar sua testa.
- Obrigada. - força um sorriso voltando a ficar com uma expressão abatida.
Camila se segura para não acabar perguntando se tinha acontecido alguma coisa e deixa o quarto, permitindo que sua namorada tenha privacidade para conversar com suas mães.
Aproximadamente vinte minutos depois, Camila precisa retornar ao seu quarto para pegar seus chinelos.
- Laur, posso entrar? - da algumas batidinhas na porta ouvindo um "entra".
Ao abrir a porta, Camila vê Lauren sentada na porta da cama com os braços caídos sobre o colchão e uma expressão incrédula em seu rosto.
- Aconteceu alguma coisa? - indaga fechando a porta, atraindo a atenção de Lauren.
- Meus pais biológicos querem me conhecer. - junto com sua voz carregada de incredulidade, Lauren negava com cabeça como se não aprovasse a idéia - Depois de vinte e quatro anos eles simplesmente entram em contato com as minhas mães falando que querem me conhecer? Pelo amor de Deus! - se levanta passando as mãos pelo cabelo, irritada.
Camila abre a boca sem saber o que dizer vendo que Lauren não gostava daquela idéia. Ela realmente não sabia o que dizer, Lauren nunca havia tocado nesse assunto e nem ao menos sabia sua história antes de chegar aos braços de Sandra.
- Você não gosta da idéia? - da um passo em direção a Lauren que se vira para ela, cruza os braços e nega com a cabeça.
- Por que eu iria querer conhecer as pessoas que me abandonaram em uma caixa de papelão em um dia chuvoso e só um guarda-chuva improvisado me protegendo das gotas de chuva? - sua voz começa a falhar - Eles me abandonaram da forma mais desumana possível e depois simplesmente reaparecem querendo me conhecer?! - seus olhos enchem de lágrimas - Pelo amor de Deus! Poderiam ter me deixado na frente de um orfanato ou sei lá, mas me deixaram em uma praça vazia!
Como um raio, Camila cruza o quarto e envolve Lauren em um abraço apertado tendo os braços da mulher rodeando o seu corpo de maneira automática.
- Está tudo bem. - murmura sentindo as lágrimas de Lauren tocarem o seu pescoço - Você não precisa fazer o que não quer, está tudo bem. - afaga os cabelos castanhos sentindo Lauren balançar a cabeça diversas vezes como se tivesse entendido.
- A Scarlett quer que eu os conheça... Já a Sandra é contra. - continua chorando baixinho, sentindo um buraco em seu peito que a anos havia sido ignorado voltar a sangrar.
- Você decide o que fazer, eu vou te apoiar em qualquer decisão que você tomar, está bem? - sussurra com a boca perto do seu ouvido tentando passar confiança e a acalmar.
- Obrigada. - murmura chorosa apertando o corpo da mais nova tentando fazer aquela dor sumir.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro