Capítulo 3
P.S: CAPÍTULO NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS!!!! Pra acompanhar o capítulo, sugiro que baixem a música: Do I wanna know? Do Arctic Monkeys, *--* Vamos deixar de enrolação e vamos à leitura!! \o
Assim que desembarcou Samantha se dirigiu a um salão de beleza, cortou um pouco o cabelo e clareou alguns tons, deixando seus fios negros quase loiros, semelhante à sua cor natural a qual escondeu por muitos anos, fez as unhas, recebeu uma massagem relaxante, sentia-se revigorada. Comprou uma langerie preta bem provocante e foi pro seu apartamento. Estava feliz pelo que havia feito na Rússia, cada toque, cada mentira havia valido à pena e pensava em comemorar da única maneira que sabia: na cama com Leonel.
A relação dos dois era complicada, estranha, eram melhores amigos, mas mantinham seus segredos bem longe um do outro, não se intrometiam na vida um do outro embora Leonel sempre tentasse desvendar os mistérios dela, que afirmava não ter sentimentos e o lugar onde mais se entendiam era na cama. Hoje ela queria provoca-lo, ser provocada por ele, chegar ao êxtase junto com ele e sabia que ele não ia decepcioná-la nesse quesito, nunca a havia decepcionado.
Adentrou ao apartamento e inspirou aquele cheiro, aquele era o único lar que conhecia, pois as lembranças de sua infância eram tormentosas, visitou cômodo por cômodo tocando cada móvel, cada objeto naquele cantinho que era seu. Depois de um longo banho quente, se perfumou, vestiu sua lingerie nova junto com uma minúscula camisola e deitou-se sensualmente na cama, esperando por Leonel, mas o rapaz estava demorando muito.
Já passava de uma hora da manhã e Sam já estava com sono, cansada da viagem, mas não estava chateada, sempre o deixara livre e sabia que ele sempre voltava, afinal, ela havia passado um bom tempo na Rússia e ele tinha suas “necessidades”, acabou pegando no sono, mas foi desperta por beijos em seu pescoço com um hálito de nicotina que ela conhecia bem. Antes que pudesse se mover sentiu suas mãos sendo presas à cabeceira da cama com as algemas que Leonel guardava na gaveta do criado-mudo ao lado da cama, isso fez com que ela sorrisse de forma sensual, inclinado a cabeça para trás, o que deixou o rapaz ainda mais excitado.
- Olha só quem voltou... Senti sua falta Foster!
- Eu disse que voltaria Delvis.
- Ótimo, porque eu realmente senti falta de cada centímetro desse seu corpinho lindo. – tudo o que ela conseguiu fazer foi beijá-lo com ainda mais intensidade, ele sabia como excitá-la e ela adorava isso.
Ele sabia que ela jamais colocaria sentimentos naquilo tudo, mas o sexo com ela era sempre fenomenal, ele estava com saudades e não se importava em colocar os seus sentimentos e seus desejos ali, a única coisa que ele queria naquele momento era tocá-la, possuí-la, mesmo sabendo que ela chegaria ao orgasmo sem dizer seu nome, ela nunca havia dito, mas Leonel a queria, a desejava com cada fibra de seu ser e se ela se entregasse ao prazer como sabia que ela faria, pra ele era mais que suficiente por enquanto.
Após distribuir beijos e carícias por todo corpo dela, inspirou seu cheiro mais uma vez e levantou-se a deixando surpresa e querendo mais. Foi até o aparelho de som e apertou o play e voltou a beijá-la, quando ela fechou os olhos para absorver as carícias ele falou em seu ouvido:
- Samantha, abre os olhos e presta atenção! – ela de imediato obedeceu, ao ouvir os primeiros acordes de Do I wanna know? Do Arctic Monkeys, ela olhou dentro dos olhos dele e ele sorriu de volta, com aquele sorriso sacana, mordendo a ponta da língua, fazendo-a tremer de desejo.
Ele começou a abrir os botões do sobretudo que ainda vestia, um a um, lentamente, conforme as batidas da música, aquilo não era um strip tease, era apenas uma tentativa de seduzir Sam, que aliás estava dando muito certo, pois ela estava adorando ser provocada por ele. Assim que o sobretudo caiu aos seus pés, ele começou a tirar a camisa da mesma forma e a jogou no meio do quarto.
Do I wanna know? (Eu quero saber?).
Have you got colour in you cheeks? (Você tem cor nas suas bochechas?).
Do you ever get the fear that you can’t shift the type sticks around like something in your teeth? (Você já teve aquele medo de não poder muda a maré que gruda ao redor como algo em seus dentes?).
Are there some aces up your sleeve? (Tem alguns ases na sua manga?).
Have you ideia that you’re in deep? (Você não tem ideia de que é minha obsessão?).
I dreamt about you nearly every night this week? (Eu sonhei com você quase todas as noites essa semana)
How many secrets can you keep? (Quantos segredos você consegue guardar?).
‘Cause there’s this tune I found that makes me think of you somehow and I play it on repeat (Porque há essa música que encontrei que me faz pensar em você de alguma forma e eu a coloco pra repetir).
Until I fall a sleep (Até eu dormir).
Spilling drinks on my settee (Derramando bebidas no meu sofá).
Tirou o sinto bem devagar enquanto Sam se contorcia impaciente pelo toque dele e foi assim com a calça também, quando estava apenas com sua boxer preta e aproximou-se dela que assistia a cena boquiaberta e começou a tirar a camisola dela, sussurrando em seu ouvido a letra da música. Leonel era naturalmente sensual, mas aquilo a estava enlouquecendo de desejo, ela queria mais, queria tocá-lo, mas não podia e ele estava torturando com aquela lentidão, ela não aguentou e falou em tom de ordem:
- Anda Leonel, essa lerdeza tá me matando! – ele de imediato reagiu, sendo ainda mais mandão que ela.
- Sam, eu esperei esse tempo todo você voltar de sua viagem, então me deixa aproveitar e só abre essa boca se for pra gemer! Porque hoje eu vou provar você inteira! – Então ele não estava com outras mulheres? Pensou ela, mas onde ele estava até tão tarde? Ele passou a mão sobre a intimidade dela e isso foi o suficiente pra que ela se deixasse levar pelo momento, era disso que ela estava precisando, de ordens, de força, de um homem que a fizesse gemer por mais.
(Do I wanna know?) (Eu quero saber)
Ifs this feelings flows both ways? (Se esse sentimento é recíproco)
(Sad to see you go) (Triste te ver partir)
Was sort of hoping that you’d stay (Eu meio que esperava que você ficasse)
(Baby, we both know) (Querida, nós dois sabemos)
That the nights were mainly made for saying things that you can’t say tomorrow day (Que as noites foram feitas, sobretudo, para dizer coisas que você não conseguirá dizer amanhã)
Ele retirou a cada peça de roupa dela lentamente, mas ela se mexia fazendo com que seus corpos se tocassem cada vez mais, ele sabia o que ela queria, mas ela merecia ser torturada, então ele avançou sobre seus seios, beijando-os, lambendo-os, mordendo levemente os mamilos, ela permanecia calada prendendo os lábios, mas ele estava disposto a fazê-la gemer e foi aumentando a intensidade dos chupões e mordidas e ela já respirava ofegante.
Ela conhecia aquela música, já o havia visto escutar várias vezes. Então era assim que ele se sentia? Rastejando para ela? Ela queria por um fim nisso, mas era egoísta demais pra se importar. Lutava o tempo todo contra seus desejos, mas Leonel Delvis era gostoso demais pra deixar passar e estava ali, seduzindo-a, então nada melhor que aproveitar o momento.
Crawlin’ back to you (Me rastejado de volta pra você)
Ever thought of calling when you’ve had a few? (Já pensou em ligar quando você tomou umas?)
‘Cause I always do (Porque eu sempre penso)
Maybe I’m too busy being yours to fall for somebody new (Talvez eu esteja muito ocupado sendo seu pra me apaixonar por um novo alguém)
Now I’ve thought ii thought (Agora tenho pensado bem sobre isso)
Crawlin’ back to you (Me rastejando de volta pra você)
Após deixa-la completamente nua e seus lábios foram descendo por todo seu corpo e encontraram a receptividade que ele tanto conhecia em sua intimidade, sentia saudades daquele gosto, daquele cheiro, da maneira como ela empurrava seus quadris em sua direção. Ele continuou investindo, sua língua ora a penetrava, ora brincava com o ponto sensível dela, era uma tortura deliciosa e Sam começava a soltar seus primeiros gemidos, ele a penetrou com dois dedos e continuou brincando com a língua, ela já estava sem controle, os acordes da música deixavam tudo mais intenso, ela não aguentou e fechou seus olhos atingindo um prazer intenso, gemendo e entregando-se de vez ao prazer.
- Leonel, eu preciso de você agora. – ela falou entre gemidos, ainda trêmula de prazer.
- Calma Sam, ainda não estou satisfeito, hoje você vai gritar por mim. – e continuou a provocando com os dedos.
So I have got the guts? (Então, você tem coragem?)
Been wondering if your heart’s still open (Fico me perguntando se seu coração ainda está aberto)
And if so I wanna know what time it shuts (E, se estiver, eu quero saber que horas ele fecha)
Simmer donw and pucker up (Se acalme e prepare seus lábios)
I’m sorry to interrupt (Sinto muito interromper)
It’s just I’m constantly on the cusp (É que apenas estou constantemente à beira)
Of trying to kiss you (De tentar te beijar)
But I don’t know if you feel the same as I do (Mas eu não sei se você sente o mesmo que eu sinto)
But we could be together if you wanted to (Mas nós poderíamos estar juntos, se você quisesse)
- Jamais meu querido!
- É o que veremos. – ele respondeu e antes que ela pudesse revidar a provocação, ele já havia soltado suas mãos e a penetrou sem aviso fazendo-a cravar as unhas em suas costas e atingir outro orgasmo violento. Continuou dentro dela aumentando a velocidade das estocadas enquanto sussurrava em seu ouvido a letra da música e atingia o seu clímax.
(Do I wanna know?) (Eu quero saber?)
Too busy beinhg yours to fall (Muito ocupado sendo seu pra me apaixonar)
(Sad to see you go) (Triste te ver partir)
Ever thought of calling, darling? (Já pensou em me ligar, querida?)
(Do I wanna know?) (Eu quero saber?)
Dou you want me crawling back to you? (Você me quer rastejando de volta pra você?)
Ficaram tão perdidos entre gemidos e orgasmos que quando perceberam o sol já estava nascendo. Sam gemeu, mas não o nome dele, seu orgulho era maior que seu prazer, embora estivesse mais que satisfeita com o sexo. Aquilo deixou o ego de Leonel ferido, mas seu corpo estava exausto, suado e satisfeito de ter sido o causador de seu prazer, gemidos e arrepios. Dormiram feito pedra, um por cima do outro até mais de meio dia.
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Flash back on
Samantha tinha por volta de 17 anos, era madrugada, ela estava sozinha numa calçada e segurava contra o peito uma pena sacola plástica com alguns objetos dentro, era inverno, chovia muito, sua roupa estava toda molhada e ela sentia frio, muito frio. Tentou pedir ajuda, mas ninguém a ajudava olhava pra ela como se ela fosse um animal perigoso, como se tivesse uma doença contagiosa, os carros não paravam. Seu queixo tremia e ela se encolhia inutilmente na tentativa de se aquecer, seu corpo doía, havia hematomas por todo lugar, sua boca sangrava, estava com fome, com dor, sem esperanças, fraca, sem ter pra onde ir, havia sangue em sua blusa e em seu minúsculo short.
Levantou-se decidida a pôr um fim nisso tudo, estava no centro de Budapeste, foi em direção à ponte Ponte Széchenyi Lánchíd queatravessava o Rio Danúbio, com o intuito de pôr fim a sua vida. Escondeu seus únicos pertences sob as ferragens daquela ponte, jamais alguém os encontraria ali e debruçou-se sobre a barra de proteção da ponte, prestes a pular, quando sentiu seu corpo sendo puxado de volta e mãos fortes a segurarem, depois disso só escuridão.
Acordou num quarto de hospital bastante iluminado e um rapaz muito bonito cochilando ao seu lado, ela aparentava ser um pouco mais velho que ela, tentou levantar-se e dar o fora dali, mas as dores por seu corpo a impediram e seu gemido fez com que o rapaz acordasse e viesse ajuda-la.
- Que bom que você acordou! Achei que fosse a bela adormecida. – ele falou sério, mas seus olhos pareciam sorrir pra ela, ela ficou em silêncio, tinha medo, sabia que não podia confiar em ninguém. Ele tentou tocar-lhe o rosto, mas ela desviou de seu toque encolhendo-se na maca.
- Não vai ao menos me dizer seu nome ou que uma garota linda como você fazia na ponte aquela hora? – ela limitou-se apenas a balançar sua cabeça. – Vejo que está assustada, fica calma. Meu nome é Leonel Delvis e eu não vou machucar você, só quero te ajudar.
Nesse instante o médico entrou no quarto para lhe dar alta, pediu que ele saísse do quarto e sorriu docemente pra ela.
- Ora se não é a nossa moça sem nome! Sou o Alfred, seu médico e desde que você chegou aqui a 3 dias atrás que todos querem saber seu nome, será que pode dizê-lo pra mim?
- Samantha.
- Ótimo Samantha, você esteve desacordada todo esse tempo, mas sempre sussurrando palavras desconexas, chegou aqui muito machucada e sei que foi abusada. – imediatamente, ela se encolheu na cama. – Você quer falar sobre isso?
Ela apenas balançou a cabeça em negação.
- Você precisa denunciar o culpado, você se lembra de quem fez isso com você?
- Não, eu não me lembro de nada. – ela mentiu.
- Você está de alta, mas ainda não está totalmente recuperada, tem que repousar por uns dias, fizemos alguns exames e está tudo bem com você, mas preciso que você volte aqui para repetir alguns.
- Eu...- antes que ela pudesse dizer alguma coisa, o médico a interrompeu.
- Não se preocupe com as despesas já foram pagas pelo rapaz que a trouxe, ele parecia muito preocupado.
- Eu posso ir mesmo embora? – ela perguntou com voz baixa.
- Sim. – assim que o doutor respondeu, ela levantou-se pra ir, mas ele a chamou novamente. – Samantha?
- Sim?
- Você não pretende sair daqui com essa roupa de hospital né? – ela olhou pra ele e ele entendeu que ela não tinha roupas e ele respondeu. – Aqui, o rapaz trouxe isso pra você, acho que vão servir e se você precisar de ajuda é só me chamar ou a uma de nossas enfermeiras.
- Muito obrigada.
- Apenas cuide-se e denuncie quem te fez isso.
Ela vestiu-se rapidamente, mesmo em meio à dor e saiu rápido dali passando por Leonel que estava do lado de fora do quarto, ao lado da porta esperando.
- Ei, Samantha? É esse o seu nome né? Eu ouvi o médico falando! Aonde você vai?
Ela continuou andando, tentando acelerar o passo, mas suas pernas ainda doíam e ele conseguiu a acompanhar já do lado de fora do hospital.
- Você não tem pra onde ir não é? – Ela continuou andando. – Nem vai falar comigo? Ok! – ele a segurou pelos braços fazendo-a olhar pra ele e falou.
- Olha aqui garota, eu salvei sua vida e estou tentando te ajudar, se você quer bancar a muda o problema é seu, mas eu não vou te deixar sozinha nesse inverno por aí, vou te levar pra minha casa e cuidar de você! Agora entra nesse carro, porque eu estou congelando! – ele abriu a porta do carro, mas ela não entrou, ele então pegou uma pequena faca no porta luvas e entregou pra ela. – Eu não vou te machucar, mas se você se sentir mais segura, toma isso, e pode usar se eu não cumprir minha palavra.
Ela pegou aquela faca, e segurou forte, entrou no carro, precisava de ajuda, mas não hesitaria em usá-la caso ele não cumprisse sua palavra.
Chegaram ao apartamento dele e ela tremia de frio, ele lhe entregou um edredom e lhe mostrou o pequeno quarto onde dormiria.
- Olha Samantha, imagino que você deve ter passado por coisas horríveis, e você não quer falar sobre isso, tudo bem. Mas se quer que eu te ajude, precisa falar alguma coisa.
- Obrigada, muito obrigada. Meu nome é Samantha Foster. – ela falou. Sua voz era baixa e suave, quase um sussurro.
Flask back off
Aquele foi o primeiro encontro dos dois e Sam se lembrava disso todos os dias, devia sua vida a Leonel e por mais que seu coração fosse fechado para o amor ela seria eternamente grata ao homem que salvou sua vida. Terminou de tomar seu chá e discou aquele tão conhecido número.
- O que aconteceu? – a voz do outro lado soou fria.
- Ainda não acabou!
- Samantha, chega!
- Pra mim ainda não acabou, ainda falta um!
- Achei que já estivesse satisfeita.
- Isso só quando eu destruir ele e toda sua família!
- Ele é um homem muito perigoso!
- FODA-SE! Eu posso ser ainda mais! Se não vai me ajudar fale de uma vez! Preciso pensar no que vou fazer, quero ir pra Londres o mais rápido possível!
- Isso vai te matar garota!
- Eu já estou morta desde o dia em que ele entrou na minha vida! Preciso de mais informações!
- Ele é casado, tem dois filhos e muito dinheiro!
- Isso eu sei, é por onde vou começar: pelos filhos! Um a um, mas preciso de mais!
- Tudo bem, eu disse que ia te ajudar, eu vou te ajudar. Do que você precisa?
- O de sempre.
- Ok, em duas semanas no mesmo local.
- Combinado! Em duas semanas!
Duas semanas depois, Samantha estava no Általános Értékforgalmi Bank, rodou sua chave no cofre e assim que retirou o envelope amarelo, seu telefone tocou.
- Confira tudo. – ela abriu o envelope e lá estava um passaporte e documentos novos.
- Ok
- Ótimo! Boa sorte senhorita Lizzie Johnson!
- Mais uma vez obrigada!
- Manterei contato, nos veremos quando tudo isso acabar.
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Leonel estava perdido numa pilha de relatórios e contratos. Não precisava trabalhar, nunca precisou, ele sempre soube disso. Mas sua briga com seu pai o fez tomar outro rumo, ele precisava manter as aparências.
Era louco por Samantha, mas atravessar a barreira que ela criara em seu coração, era um trabalho digno de Hércules, nada do que ele dissesse ou fizesse se quer ameaçava derreter o gelo de seu coração. Cruzou seus pés em cima da pequena mesa e acendeu um cigarro, ainda estava buscando uma maneira de fazê-la lhe dar uma chance quando seu celular tocou. Quase caiu da cadeira quando identificou o número no visor.
- Delvis?
- Sim, sou eu.
- Cadê a garota?
- A deixei no shopping hoje pela manhã. Compras. – ele suspirou, havia certo medo em sua voz.
- Quero todos os passos dela, me ouviu?
- Sim e você sabe que eu lhe dou isso.
- Mas da ultima vez, você a perdeu de vista. – Ele sempre a acompanhava, mas dessa ultima vez, não conseguiu fazê-lo.
- Mas ela voltou, não voltou? E Nada aconteceu a você, porque não a deixa em paz, eu não entendo essa sua obsessão por ela.
- Isso não é da sua conta, apenas faça o que tem que fazer.
- Não se preocupe você vai continuar como está e ela também, eu espero.
- Assim é melhor.
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Samantha tinha tudo o que precisava. Em suas supostas idas ao shopping, ela se dedicava a pesquisar, pensar e planejar. Ela e Leonel sequer desconfiavam dos planos um do outro. Era hora do jantar e ela precisava colocar algumas cartas na mesa.
- Estou indo pra Londres semana que vem.
- Como assim Indo Pra Londres?
- Como você ouviu! Indo!
- Sinto pelo seu tom que a coisa é séria dessa vez.
- Sempre foi séria, Leonel, você que sempre viu isso como um meio de se divertir e conseguir dinheiro.
- Você fala como se eu fosse o único errado nisso tudo.
- Não estou dizendo isso, mas você sabe o que isso significa pra mim.
- Samantha, você tem que parar.
- Por quê?
- Porque vai ser melhor pra você.
- Como assim? Do que você tá falando?
- Você sabe! Já foi longe demais com essa história, vai viver sua vida.
- Não tenho vida.
- E o que temos é o que?
- Não me vem com essa pergunta, não confunde as coisas.
- Viu, sempre egoísta, você só pensa em você e nessa merda! Acaba esquecendo que eu! EU! Sempre estive aqui com você, pra você, sempre, desde aquele dia na ponte.
- Chega Loenel, achei que você fosse me apoiar.
- Não, não dessa vez, você já passou todos os limites, já foi longe demais com essa história toda. – ele só queria protege-la de si mesma, do mal que ela causava a si própria.
- Quer saber Leonel? Eu vou até o fim, você querendo ou não!
- Se você for, vai sem mim! – era exatamente isso que ela queria ouvir, dessa vez não teria volta, queria mantê-lo longe dessa sujeira toda, porque talvez dessa vez não houvesse mais volta, precisa protegê-lo.
- Ótimo! EU NÃO PRECISO MAIS DE VOCÊ! – essas palavras doeram profundamente no coração de Leonel, ele engoliu seco e foi apara o quarto, batendo a porta com força. Sam havia passado dos limites, estava obcecada com esse plano e disposta e se destruir pra ir até o fim.
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Estavam sem se falar a vários dias. Leonel estava magoado, mas dessa vez não ia dar o braço a torcer, não ia fazer a vontade dela. Sam estava mais que disposta a ir em frente, esse seria o ultimo, depois desse talvez encontrasse um pouco de paz, talvez conseguisse o perdão dele ou talvez apenas se afundasse ainda mais em sua tormenta.
Esperou ele sair, pegou suas malas, cancelou a passagem de avião e comprou uma de trem, assim teria mais tempo pra esfriar a cabeça e se dirigiu à Estação de Trem Keleti que fica ao leste de Budapeste e embarcou rumo à Londres. Encostou-se em seu acento e sussurrou:
- Londres, aí vou eu e dessa vez é pra sempre! - Mal sabia ela que estava sendo seguida.
N/A: Oi oi gente!! Tudo bem com vocês? Espero que sim, porque por aqui tá um bolo doido (muito trabalho, provas na universidade, carnaval chegando. LOUCURA, LOUCURA, LOUCURA).
Devo confessar que esse capítulo me dói um pouquinho o coração, a Sam rejeitando o amor? E eu aqui solteira (que dó kkkkkk), E que tal uma strip-tease ao som de Do I wanna know do Arctic Monkeys? Amo o AM e essa música e acho que fica sexy pra C******, a Samantha louca surtou e vai pra Londres (vem babado por aí, aguardem!!!!)
Quero agradecer de todo o meu coração a vocês que estão lendo A Lista, comentem viu? ler os comentários de vocês, me fazem querer ainda mais continuar, talvez não dê pra amar A Lista ainda (tá no comecinho ), mas ainda tem muito pano pra manga!! Espero que esse capítulo aguce ainda mais a curiosidade de vocês e que me acompanhem pelo que está por vir! (adoro parênteses, vocês já perceberam e eu ainda continuo usando), bjus amores, adicionem o livro à lista de leitura de vocês, indiquem pras amigas, comentem, votem e continuem! *--*
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