"It's dangerous to fall in love, but i wanna burn with you tonight. Hurt me, there's two of us. We certain with desire, the pleasure's pain and fire. Burn me!"

"É perigoso se apaixonar, mas eu quero queimar com você esta noite. Me machuque, há dois de nós. Nós temos a certeza do desejo, o prazer está na dor e no fogo. Me queime!"

Fire meet gasoline – Sia

- Enzo o que faz aqui?

Ele apenas a olhou com tanta intensidade que o corpo dela tremeu. Ele levantou-se do chão e a segurou fortemente pela nuca e a beijou com força, saudade, intensidade e ela se rendeu ao beijo mesmo sabendo qual seria o fim daquele encontro.

Desajeitadamente ela conseguiu pegar a chave do pequeno apartamento e abrir a porta sem se separar dele. Assim que entraram, ele afastou-se dela apenas para fechar a porta e pressioná-la contra a mesma e beijá-la intensamente.

Sam não conseguia entender o por quê de Enzo tê-la procurado depois de tudo e antes que ela pudesse raciocinar direito, ele a tomou nos braços e deitou no sofá ficando por cima dela. Em instantes, suas roupas eram apenas um emaranhado de tecido amassado no chão da sala e seus corpos pairavam sedentos um do outro no sofá.

"So come on now, strike the match, strike the match now. We're a perfect match, perfect somehow. We were meant for one another, come a litle closer."

"Então venha agora, risque o fósforo, risque o fósforo agora. Combinamos perfeitamente, perfeitos de algum jeito. Fomos feitos um para o outro, se aproxime um pouco mais."

- Enzo, espera! - ela se afastou rapidamente dele.

- Não amor, não posso esperar, eu estava morrendo sem você! - e voltou a beijá-la e encaixou suas intimidades de uma vez, fazendo com que ela gritasse e estremecesse de prazer.

As estocadas eram fortes, intensas, exatamente como Samantha gostava, o suor já escorria livremente entre os corpos e aumentava a luxúria entre eles. Ele a segurava forte, apertado, como se quisesse fundir seus corpos, com certeza aquilo deixaria marcas, mas naquele momento ela não se importava, ela queria queimar junto com Enzo.

Separavam suas bocas apenas para buscar o fôlego que perdiam entre logos e ardentes beijos. Enzo estava chegando ao limite, estar dentro dela era como pólvora para seu prazer, estava enlouquecido, enebriado pelo cheiro, pelo gosto, pela maciez daquela mulher.

- Sam, eu estou perto! - ele exclamou.

- Eu também, não para!

"Flame, you came to me. Fire meet gasoline. Fire meet gasoline. I burning alive, i can barely breathe, when you're here loving me... Burn with me tonight."

"A chama que veio de mim, fogo encontra gasolina, fogo encontra gasolina. Eu estou queimando viva, eu mal posso respirar, quando você está aqui me amando... Queime comigo esta noite."

Os dois explodiram juntos num orgasmo intenso e ficaram deitados buscando fôlego um de frente para o outro.

"But it's a bad bet, certain death. But i want what i want and i gotta get it. When the fire dies, dark in the skies, hot ash, dead match, only smoke is left."

"Mas é uma aposta perdida, morte certa. Ma sei o que eu quero e eu tenho que conseguir. Quando o fogo se apaga, escuro nos céus, cinza quente, fim de jogo, só resta fumaça."

Em minutos, Enzo estava dormindo, mas seu semblante era tenso, sua testa franzida, ar de preocupado. Ele estava inquieto e balbuciava palavras desconexas, como se estivesse sonhando, mas Sam pôde entender uma frase que mexeu com ela.

- "Sam meu amor, esquece essa vingança, fica comigo!".

- Sinto muito, mas não posso. Ela sussurrou para si mesma.

Ela imediatamente levantou, se fazer barulho para não acordá-lo, vestiu-se, deu um beijo na testa suada dele e saiu dali, deixando-o para trás. Tomou um táxi e voltou para casa. Durante todo percurso, as palavras de sua mãe martelavam em sua mente: Vá, seduza-os, brinque com eles, humilhe-os, enlouqueça-os, destrua-os." E seu coração, ou melhor, o que restara dele, se rasgava de dor. Ela cumpriria sua promessa, não importa o quanto isso lhe custasse e vingaria a morte de sua mãe.

Ao chegar em casa, todos estavam na sala, preocupados, esperando por ela. Ela engoliu sua dor e encarou sua "família".

- O que está acontecendo? - ela perguntou.

- Estávamos preocupados com você! O que aconteceu? Você chorou?- Caleb falou após perceber que os olhos dela estavam vermelhos e inchados e a abraçou.

- Está tudo bem, está muito frio lá fora, espirrei muito. - ela mentiu.

- Leonel voltou sozinho ontem a noite e não falou nada. - Morgan disse.

- Eu precisava pensar e pedi pra Leonel me deixar em um lugar. Não entendo o porquê desse alvoroço. - Ela cruzou os braços, de pé no meio da sala.

- Temos novidades. - Louis se pronunciou.

- Até que fim, alguém me diz algo que me alegra. Pode falar Lou.

- Bom, estive na delegacia, fui ver o Liam e soube que a audiência dele foi marcada. Se tudo correr bem, ainda essa semana Dayane e Joseph serão indiciados. E Sam?

- Sim?

- Precisamos da confissão de Joseph, antes que ele tente fugir. Os bens dele estão bloqueados, ele perdeu todos os contratos, Dayane está foragida, não temos muito tempo.

- Não se preocupe Louis, ainda essa semana teremos a confissão, ele caiu direitinho e está achando mesmo que eu sou a minha mãe. E quanto ao advogado que prometemos a Helena?

- Tudo certo, uma amiga minha aceitou o caso e já está inteirada de tudo. Esperamos que ele não mude de ideia. Meu amigo do Serviço de Inteligência, aquele que vem acompanhando você desde o começo, já está cuidando de tudo. Liam me pareceu realmente arrependido e apesar de tudo, creio que terá pena reduzida, além de mais algumas penas alternativas quando acabar seu tempo na prisão, por ter ajudado a desmontar esse esquema.

- Espero que ele realmente tenha mudado. Hoje não vou atrás de Joseph, quero que ele fique bem confuso e na expectativa, no próximo encontro ele me contará tudo!

- Ótimo, mas tome muito cuidado!

- Sim, senhor meu querido advogado! - apesar de toda preocupação, todos sorriram com ela. - Agora eu preciso subir para o meu quarto, tomar um banho e descansar.

************************************************************************

Enzo acordou preguiçosamente, sentindo-se leve, relaxado e logo sentiu falta do calor do corpo de Sam. Levantou-se abruptamente procurando por sua amada, procurou em todos os cômodos e nada dela. Sentou-se novamente no sofá passando as mãos pelo rosto em sinal de agonia e se deu conta de que ela o deixara, assim como ele havia feito com ela no dia em que discutiram.

Vestiu a roupa lentamente, atordoado, pensando no que acontecera. Havia sido uma noite intensa de amor, onde palavras não se fizeram necessárias. Ele sentia que Sam lhe pertencia, assim como ele pertencia inteiramente a ele. Ele precisava saber dela e para isso ele ia pedir ajuda do seu melhor amigo e irmão de Samantha: Caleb.

- Alô?

- Caleb, sou eu, Enzo!

- Aconteceu algo?

- Preciso conversar com você, tem que ser pessoalmente! Você pode me encontrar naquele café que íamos perto da faculdade?

- Claro.

- Ótimo, pode ser em uma hora então?

- Pode sim, em estarei lá.

- Certo, até já então!

- Até!

Enzo deixou a chave do apartamento de Samantha na portaria e seguiu direto para casa, tomou um banho rápido, se trocou e seguiu para o café. Sentia falta das longas conversas com seu melhor amigo e dos conselhos que Caleb sempre lhe dava. Depois da morte de Anne, eles havia se afastado um pouco, mas seu amigo nunca o havia abandonado. Ao chegar no café, Caleb já estava lá, em uma mesa de canto, onde eles poderiam conversar livremente sem serem incomodados.

- Enzo! Aconteceu alguma coisa meu amigo? Você sumiu! - Caleb levantou-se para cumprimentar o amigo.

- Eu sei, estou em falta com nossa amizade, mas você sabe porque. - Os dois se acomodaram em suas cadeiras.

- Eu sei e nunca poderei agradecer o suficiente o que você fez pela minha irmã. - Caleb falava enquanto pedia um café à garçonete.

- Você sabe que eu faria tudo por ela. - Enzo respondeu triste.

- Quase tudo você quer dizer não é? Porque havia algo muito simples que você poderia fazer e não fez.

- Olha Caleb, não quero brigar com você. Você não entenderia!

- E o que você quer então, porque se bem me lembro você queria distância de nós.

- Eu preciso da sua ajuda, preciso que me diga como ela está.

- Eu não deveria dizer nada, mas depois de ver o estado em que ela chegou hoje, suponho que vocês estiveram juntos não é?

- Sim! - Enzo não conseguiu encarar o amigo.

- Ela está bem, pelo menos é o que aparenta, mas ela chegou estranha, com os olhos vermelhos e inchados. O que você fez?

- Nada, não chegamos a conversar, ela foi embora antes.

- Olha Enzo, eu sei que vocês se amam! Você conseguiu ocar o coração da minha irmã, como ninguém conseguiu, nem mesmo a família. Mas, infelizmente você não conseguiu suportar a carga que é estar ao lado de uma mulher com desejo de vingança.

- Caleb, eu amo sua irmã, mas não posso compactuar com isso! É minha família! - Ambos sabiam que Enzo estava mudado, que estava arrependido.

- Sua família? Um pai machucou sua mãe e te abandonou, um irmão que te odeia e quase te matou? - Caleb sabia que essas palavras machucavam o coração de Enzo, mas ele precisava dizer a verdade.

- Eu sei, mas mesmo assim! Nós conversamos, eu pedi pra ela deixar tudo isso para trás. Pra ela vir comigo, pra esquecer e nós recomeçarmos juntos.

- Enzo, você acha mesmo que depois de tudo o que ela passou e sofreu, ela vai mesmo deixar pra lá e recomeçar, sem finalizar isso? Sem colocar os culpados atrás das grades?

- Mas Caleb, ela vai se machucar!

- Ela já está machucada meu amigo, muito machucada e o fato de ter perdido o filho e você tê-la abandonado foi a gota d'água.

- E-eu sei, eu estou confuso, perdido, mas eu a amo de verdade! Depois da Anne, eu achei que jamais amareia outra vez e sua irmã derrubou todas as minhas barreiras. Eu não sei o que fazer.

- Se você não sabe o que fazer, aí vai um conselho: tire um tempo para pensar, deixe-a. Se não está pronto para ela e toda bagagem que carrega, deixe-a em paz, porque a cada encontro de vocês, ela fica mais frágil. E isso está a atrapalhando de concluir seus planos.

- Eu só preciso de um tempo mesmo, mas preciso que você cuide dela, que me diga como ela está e o que está acontecendo. Por favor, Caleb!

- Tudo bem meu amigo, vou manter você informado até você estar pronto para ela, mas por favor, não demore muito, pode aparecer outro no seu lugar e minha irmã merece ser feliz.

- Muito obrigada bro, eu sabia que podia contar com você. - Os dois se abraçaram como nos velhos tempos. Enzo sabia que Caleb era seu amigo de verdade.

- Eu preciso ir, tenho uma reunião agora. Se cuida meu amigo.

- Você também!

Depois daquela conversa, Enzo voltou para casa e resolveu ligar para sua mãe. Era a hora de Agnes voltar para casa.

*********************************************************************

A audiência de Liam foi adiantada e Louis conseguiu uma amiga sua para acompanhar o rapaz como sua advogada. Suzan era uma advogada espetacular, uma mulher incrível e uma grande amiga de Louis, além de ser muito bonita.

Eles se conheceram quando Louis começou a trabalhar para Magnus e desde então eles se tornaram amigos. Louis contou toda história a ela e ela se dispôs a representar Liam no tribunal.

Aquela mulher era linda, tinha um sorriso impactante e não o tratava como um criminoso. Ela seria sua advogada, o defenderia, mesmo sabendo de tudo o que ele fez e isso fazia o coração de Liam vibrar. Ele sentia-se envergonhado de sua história, dos crimes que havia cometido. O tempo ali naquela cela, o fez refletir.

Suzan ficou surpresa ao encontrar seu cliente pela primeira vez. Liam era muito mais bonito do que nas revistas e jornais onde ela já o havia visto. E mesmo ali, naquele ambiente, vestindo aquele uniforme, com a barba por fazer, ele era lindo e isso mexeu com Suzan. Mas ela estava ali como advogada e não deveria misturar as coisas, até porque ela sabia que ele não sairia tão cedo dali.

Louis os apresentou e eles foram levados para a sala de interrogatório da delegacia para conversarem com mais privacidade. Louis deixou os dois a sós, pois tinha outras coisas para resolver. Liam contou tudo o que sabia a Suzan e ela foi analisando os pontos da história que usaria em sua defesa. Liam se emocionou ao falar de sua mãe biológica e cada vez que ele vacilava, Suzan o encorajava a continuar falando; até que em determinado momento suas mão se tocaram em cima da mesa e ambos sentiram a eletricidade daquele toque.

Depois de horas de diálogo, eles estavam prontos para enfrentar o juíz e contar toda a verdade. O olhar de Suzan o encorajava, mesmo ele sabendo que não havia esperanças tanto em relação ao seu caso como ao seu coração. Ele sentia-se pronto para começar a pagar pelos seus erros.

***************************************************************

E na mansão dos Frank, Joseph bebia cada vez mais, na esperança de poder ver novamente sua "Alice", desde quando ele a viu naquele beco, linda, jovem, começou a perder cada vez mais a lucidez. Ele achava que a vida estava lhe dando uma nova chance de ter finalmente a mulher que sempre amou.

Dayane continuava sumida e ele sabia que enquanto ele estivesse sem dinheiro ela não voltaria. Aquela casa era enorme e parecia um mausoléu de tão vazia e silenciosa que estava. Ele sentou-se na sua poltrona favorita no escritório e ao seu lado mais uma garrafa de wisk, já havia perdido as contas de quantas garrafas já havia esvaziado naquele dia e sua mente já começava a divagar em direção a "sua Alice'.

Depois de secar vários copos, ele já bebia diretamente da garrafa, quando ouvi aquela voz suave:

- Joseph... - parecia o canto sussurrado de uma seria.

- A-alice? Você veio.

- Eu disse que voltaria para te ver.

- vo-voxê veio. - ele estava falando embolado, embriagado.

- Eu vim, e você tem que me contar o que fez.

- Alice! - ele se ajoelhou. - Me perdoa Alice, eu não queria que você morresse, eu só queria que você me amasse! Mm-me perdoa!

- Eu perdoo, mas você precisa me contar tudo desde o começo. Me dizer pra onde mandou as mulheres, porque participou disso e que está envolvido com você nisso tudo. - as escutas já tinham sido instaladas no local anteriormente e agora a polícia ouvia tudo o que eles falavam em tempo real.

- Eu conto! Eeeu conto tu-tudo!

- Pode começar então. - ele se endireitou no chão, segurando sua garrafa de wisk, enquanto ela continuava próxima a porta, na penumbra do corredor.

- Você não va-vai acreditar quando eu te disser os no-nomes...

E aí meus amores? Que será que está envolvido nessa sujeirada toda? e o conselho do Caleb? Será que o Enzo vai seguir? E a Suzan? O que estão achando de tudo?

Obrigada por não desistirem de ler e não esqueçam de dar estrelinha e comentar!! Bjus e até o prox capítulo!!