Capítulo 21
- Filha, não! Você não é igual a ele! - Morgan tentou intervir.
- Ele tem que pagar, não só por isso, mas por tudo o que fez, sabe quantas mulheres ele machucou, ele violentou? Foi ele quem mandou fazer aquilo com a Clarie.
- Eu sei Samantha, eu sei! Mas não vale à pena sujar suas mãos com ele, não seja igual a ele. - Morgan falou.
- CHEGA! Você não tem noção do que eu passei por causa da família dele. - as mãos dela tremiam de raiva.
- Vamos putinha, atire. Eu sempre soube que você não valia nada mesmo, se você fez tantos outros se matarem, irem pra cadeia, por que não faria isso comigo? - Liam estava com raiva e provocava ela atodo instante. - Vamos lá vagabunda, apete esse gatilho, acabe comigo. mas não se preocupe, minha mãe vai te caçar e te achar até no inferno e tudo o que você viveu, vai ser muito pouco comparado ao que ela vai fazer com você.
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Helena estava muito desconfiada daquele telefonema de Sam, assim que ela desligou o telefone, sentiu um arrepio por todo o corpo, um pressentimento ruim, uma sensação de algo estava muito errado, então ela resolveu seguir Liam e tamanha foi a sua surpresa quando viu que ele foi ao galpão onde Sam estava se encontrando com o avô.
Ela demorou muito a encontrar o galpão certo, mas um disparo lhe chamou a atenção, ela seguiu em direção ao barulho e se escondeu por trás das caixas, observando atentamente tudo ao seu redor e percebeu o realmente acontecera ali: seu filho havia matado um homem e agora estava sob a mira do revólver de Samantha. Seu coração batia acelerado, o medo de perder seu filho fazia seu corpo tremer e ver como ele estava reagindo fazia sua alma doer, ele havia se tornado um homem mau, perverso e frio. E ela não podia fazer nada e relação a isso.
- Você acha mesmo Morgan, que esse parasita merece viver? - Leonel perguntou, tirando outra arma das costas e apontando para a cabeça de Liam. - Eu encontrei Clarie, eu vi o estado em que ela estava. Você sabe muito bem do que ele é capaz, Sam!
- Huuuum, tá estressadinho por que? A vadiazinha da sua namorada te contou que eu fiz? Era bastante excitante vê-la chorando engasgada com meu pênis na boca. - Liam era sarcástico e suas palavras fizeram com que Loenel se descontrolasse.
- Chega! - Leonel perdeu a paciência e atirou contra Liam. - cale a boca seu merdinha, você não é homem pra falar da Clarie.
- NÃÃÃÃOOOO! - Helena gritou saindo de trás das caixas, correndo em direção a Liam que sangrava no chão. - Filho! Olha pra mim, filho.
- Helena? - Liam falou gemendo e pressionando o ferimento que sangrava sem parar em sua coxa.
- Meu filho, o que você fez? Não de mexa! - ela ajoelhou-se ao lado dele amarrando o lenço que estava em seu pescoço no no local do tiro, na tentativa de parar o sengramento.
- Helena? O que faz aqui? - Sam perguntou.
- Você disse que não ia machucar o meu filho! - ela bradou para Sam.
- Eu não prometi nada! Seu filho fez seu próprio caminho.
- Saiam daqui, eu chamei a polícia antes de vir. Se vocês estiverem aqui vão ter que ir à delegacia, isso não será bom. Saiam agora! - Helena ordenou.
- Helena, seu filho matou meu avô! Não vou deixar ele fugir!
- Ele não vai fugir, Samantha. Ele vai se entregar à polícia, eu mesma vou me encarregar disso, agora vão embora, você sabe que muito ainda precisa ser feito.
- Helena? Você também está envolvida nisso? - ela baixou a cabeça, voltando sua atenção para o filho, que estava pálido no chão - Sempre esteve não é? - Morgan estava descobrindo a trama de intrigas e mentiras que envolvia seu passado.
- VÃO! - ela gritou. - Sam, você sabe onde me encontrar, ainda hoje, entro em contato com você. Vou providenciar que saiba sobre o que vai acontecer com o corpo do seu avô.
Eles correram dali, deixando Helena com Liam. Ao se afastarem do local puderam ouvir as sirenes dos carros da polícia.
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Logo ali atrás de umas caixas mais afastadas, Dayane assistia tudo em silêncio. Estava em desvantagem e não ia se arriscar, nem mesmo por Liam. Ele sempre fora impulsivo e isso sempre acabava atrapalhando seus planos. Deixaria Helena cuidar dele, depois resolvia o que faria com Liam, pois se ele abrisse a boca poderia acabar com ela e seus negócios. Pelo menos uma coisa ele havia feito certo: havia acabado com Magnus.
Mas, por hora, ela tinha que sumir dali e pensar com mais calma e frieza em como se livrar de Samantha de uma vez por todas.
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Samantha estava trêmula e hiperventilando, não tinha condições de dirigir, quando chegou próximo ao local onde o carro de Leonel estava, ela desmaiou e Morgan a pegou nos braços e a colocou no banco de trás do carro com a cabeça dela em seu colo.
- Vamos levá-la ao hospital! - Morgan falou para Leonel.
- Acho melhor irmos para casa. - o rapaz respondeu.
- Leonel, minha filha está desmaiada, ela precisa de um médico.
- Morgan, me escute! Eu a conheço melhor que você, sinto muito dizer isso. Mas é a verdade, ela só precisa de descanso para absorver tudo o que aconteceu hoje, ela não tinha ninguém, de repente ela tem um pai e dois irmão e um avô que a usou para se vingar de seus inimigos, fora toda a vida que ela teve. - enquanto Leonel falava, Sam acordou assustada por estar no colo de seu pai, sentia-se segura ali, como era quando era criança, mas ao mesmo tempo seu coração se enchia de raiva.
- O que aconteceu? - ela perguntou endireitando-se no banco do carro.
- Você desmaiou filha, estamos levando você para o hospital.
- Eu não vou a hospital nenhum, vamos para casa, eu estou bem!
- Mas, filha...
- Não, já disse que estou bem, vamos para casa!
- Eu avisei, Morgan! - Leonel sorriu balançando a cabeça e acelerando o carro.
- O que você está sentindo, Sam? - Morgan perguntou.
- Nada, já passou! eu estou bem. O que vocês foram fazer lá? Vocês me seguiram? - ela perguntou ainda meio tonta.
- Eu fiquei muito preocupado, filha! Com um prescentimento ruim.
- E você Leonel? Não tinha coisa melhor pra fazer? Tipo, ficar com sua namorada?
- Pára, Sam! Você estava em perigo! Se nós não tivéssemos vindo, aquele filho da puta tinha matado você! salvei sua vida e você me vem com interrogatório?
- Ah Leonel, para de drama! Você sabe que vocês se arriscaram demais. Ainda mais trazendo o pai do Caleb.
- Eu sou seu pai Samantha! - Morgan falou irritado - E você vai ter que aceitar isso!
- Meu pai sumiu quando eu era pequena e nunca mais apareceu! Eu não tenho pai! - ela virou-se e encostou a cabeça na janela e deixou uma lágrima escorrer pelo seu rosto. Era muito difícil para ela, preferia pensar que seu pai estava morto, em vez de que ele a havia abandonado, doía demais.
Morgan calou-se, pensando em alguma forma de reconquistar sua filha e faê-la entender o que aconteceu com ele para tê-la abandonado, mas estava difícil. Samantha era uma mulher forte, teimosa, segura de si e decidida, seria muito difícil reconquistá-la, mas ele faria de tudo para conseguir isso. O restante da viagem foi no mais absoluto silêncio.
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- Filho, agenta firme! a polícia já está chegando, uma ambulância vem também! - Helena estava aflita, o tiro havia sido na coxa e ela só torcia pra não ter acertado nenhuma artéria, embora não estivesse sangrando muito, Liam começava a ficar com aparência pálida.
- Helena, a Sam, me contou a verdade. Que você é a minha verdadeira mãe! Porque nunca me contou?
- Eu não podia Liam, Dayane sempre me ameaçou, eu tinha muito medo. Eu era jovem, muito bonita e estudei com seus pais na faculdade. Eu e seu pai nos interessamos um pelo outro e nos envolvemos. O que eu não sabia, era que ele já era noivo da Dayane e estavam de casamento marcado. Quando eu descobri a verdade, eu já estava grávida de você e também descobri que realmente eram Dayane e Joseph. Eu era pobre, bolsiata na universidade e seu pai me ofereceu emprego num bar, eu estava desesperada por emprego, meus pais me botaram pra fora de casa quando souberam que eu estava grávida. O que eu não sabia, nem esperava, era que o bar na verdade fosse um prostíbulo disfarçado de casa de shows. E quem começava a trabalhar lá, não poderia mais sair pra não falar com a polícia, que saía sempre aparecia morto depois, era tudo muito sigiloso. Logo, alguns homens tentaram pagar pra ir pra cama comigo, mas eu estava grávida, seu pai descobriu e mandou os capangas dele me darem a primeira de muitas surras que eu levei enquanto estava ali. - Helena respirou fundo e continuou - Sua mãe sabia que seu pai amava outra, não era eu, nem ela, ela a Alice, mãe da Sam. E pra garantir o casamento e a junção dos negócios, ela inventou que estava grávida, na verdade ela estava, mas era de um dos seus amantes, ela sempre teve vários. Seu pai acabou casando com ela e quando sua mãe estava perto dos 5 meses, ela sofreu um aborto, mas escondeu do seu pai e continuou sustentando a gravidez com uma barriga falsa e ela me mandou para a fazenda dos pais dela, lá eu trabalhei até o fim da gravidez. No último mês, ela inventou que precisava de tranquilidade e descanso e foi para a fazenda, seu pai não ligava muito e nem se importou.
Liam estava quase desmaiando enquanto Helena falava, mas logo eles ouviram o barulho das sirenes e a polícia e os paramédicos chegaram. Dentre os policiais, estava o amigo de Magnus, que se encarregou de resolver toda questão da morte dele, dando voz de prisão a Liam.
- He-helena... - ele sussurrou - por que você chamou a polícia? Eu não posso ser preso!
- Querido, esse policial é um amigo, ele vai nos ajudar, mas para isso você precisa se entregar, antes de vir aqui falei com um advogado conhecido e ele vai nos ajudar, mas você precisa fazer e dizer tudo o que a gente mandar. Por favor filho, vai ser melhor pra você!
- Tudo bem, mas por favor, me ajude. A-acho que Dayane me abandonou.
Liam foi colocado na ambulância e encaminhado ao hospital. Helena o acompanhou e por sorte o tiro não afetou nenhuma arteria, mas ele iria precisar ficar internado e fazer uma transfusão saguínea. Quando Liam acordou, já estava em um quarto, medicado e de repouso com Helena ao seu lado.
- Helena?
- Ai! Graças a deus, filho! Você acordou! Como está se sentindo?
- Meio tonto ainda, mas bem, pode terminar de me contar tudo!
- Como eu falei, estava perto de ter você e Dayane esperou até o dia do seu nascimento. Você nasceu na fazenda, num quartinho ao lado do curral onde eu vivia, ela acompanhou o parto e uma senhora que trabalhava na fazenda vizinha foi quem fez. Ela pagou a mulher para fazer e dar o bebê pra ela.
- Por que você não brigou, não me tomou dela?
- Ela ameaçou você, disse que se eu tentasse algo ou contasse a Joseph, ela mataria você. Eu chorei, implorei, prometi que sumiria dali pra sempre levando você, que ela nunca mais nos veria, mas não teve jeito, você era a salvação do casamento dela e ela faria qualquer coisa para ter você. Então me ofereci pra trabalhar na casa dela, pra poder amamentar você. E ela disse a seu pai que eu havia perdido o bebê, seu pai me odiou por causa disso e me mandou de volta pra casa de show onde trabalhei como prostituta por algum tempo, mas dayane ficou com medo que eu abrisse a boca e me trouxe pra casa de vocês de novo.
- Você podia ter me contado, eu teria te ajudado! Eu sempre amei você como uma mãe!
- Você conhece seus pais e sabe que eu não poderia ter contado. Me perdoa, filho! - Helena falava com a cabeça baixa aos prantos.
- Vem cá mãe! - Liam chamou e abriu os braços para ela. Ela imediatamente o abraçou.
- Esperei tanto por esse dia, em que você me chamasse de mãe e me abraçasse sabendo de toda a verdade.
- Tudo bem, mãe. Eu te entendo, mas por favor, não me abandone outra vez, porque ainda temos muito o que resolver com a polícia.
- Sim, filho, mas agora descanse, você perdeu muito sangue. Nunca mais eu vou deixar você.
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Ao chegarem em casa, Sam abriu a porta do carro, estava exausta e precisava além de descansar, fazer várias ligações, inclusive para Helena. Mas, assim que abriu a porta do carro e desceu, ela desmaiou e logo foi amparada por Leonel e Morgan que a levaram para dentro da casa e a colocara deitada no sofá.
Na sala, estavam Caleb, Clarie, Pietra e Louis, advogado de Magnus. E todos ficaram muito assustados pelo estado em que ela chegou. A esposa de Morgan observava tudo de canto, todos ainda estavam chateados com ela e ela ainda tinha muito a explicar.
- Sam, acorda! - Caleb chamava ajoelhado ao lado dela.
- Eu disse que era melhor levá-la ao hospital- Morgan andava de um lado para o outro da sala, preocupado.
- Você já viu o quanto ela é cabeça dura! Ela não quis ir, ela não vai querer ir. - Leonel completou.
Sam recobrou a consciência e sentou-se no sofá, tonta.
- O que aconteceu? - ela perguntou.
- Você desmaiou de novo! - Leonel respondeu.
- Acho melhor você ir ao hospital, assim o Leonel não precisa ficar cuidando de você toda vez que você desmaiar. - Clarie falou irritada.
- Clarie! - Leonel a repreendeu.
- Ah que saco, tudo acontece por causa dela, parece que o mundo gira em torno dessa daí! - ela bufou e subiu as escadas irritada em direção ao quarto.
- Leonel, muito obrigada por tudo! Você salvou minha vida mais uma vez. Pode subir, acho que sua namorada está com ciúmes. - ela sorriu fraco. Ele deu um beijo na testa dela e subiu, indo atrás de Clarie.
- Gente, eu estou bem. - ela tentou levantar, mas sentiu uma forte dor na barriga. - Ai!
- Filha? O que você tem? Vamos pro hospital agora! - Morgan se aproximou.
- Na-nada! Ai! - ela gemeu de novo.
- Samantha, você está sangrando! - Pietra falou. Todos olharam pra baixo junto com Sam e viram sangue descendo entre as pernas dela.
- Chega, agora nós vamos para um hospital. - Morgan pegou a chave do carro.
- NÃO! - Ela gritou se contorcendo de dor.
- Louis, liga pro Enzo e diz que estamos indo pra Clínica. Ele vai nos ajudar. - Caleb, pegou Sam nos braços e foram em direção ao carro.
- O Enzo não vai me atender, ele me odeia! - Sam falou.
- Ele vai te atender, nem que eu tenha que obrigá-lo a isso. - Louis falou
- Fica calma sam, eu estou aqui, eu sou seu irmão e vou cuidar de você.
Eles foram às pressas para a Clínica e Sam desmaiou outra vez quando já estavam chegando. Louis ligou para Enzo e explicou que era urgência e que ninguém podia saber, mas em momento algum ele citou o nome de Sam. Ao chegarem na Clínica, entraram pelos fundos, levado sam desmaiada até um quarto isolado.
Enzo foi às pressas para a Clínica, embora seu coração estivesse destroçado por tudo o que descobriu, ele havia decidido voltar a clinicar e cuidar de seus pacientes e iniciar uma nova fase de sua vida. Sam seria passado, assim como Liam e toda aquela família. Mas sua surpresa foi imensa ao entrar naquele quarto e ver sam desmaiada sobre aquela cama.
- Por que não me diceram que eram ela? Eu teria pedido a um colega para atendê-la, Louis!
- Sinto muito Enzo, mas tem que ser você! Ninguém pode saver que ela está aqui.
- Você também está envolvido nisso, meu amigo?
- É uma longa história, depois conversaremos com calma, se você quiser.
- Enzo pelo amor de Deus, examine minha irmã, ela já desmaiou três vezes e está sangrando muito e estava gemendo como se tivesse com uma dor na barriga. - Caleb suplicou.
- Tudo bem, mas depois que ela for medicada, eu vou embora e não quero mais me envolver em nada que diga respeito a ela.
Eles saíram da sala e Enzo começou a examiná-la e ela acordou.
- E-enzo? Onde eu estou?
- Por favor, não fale nada! Não quero ouvir a sua voz, vou apenas examinar você porque meus amigos praticamente imploraram.
- E- eu tenho que sair daqui, não posso ficar aqui. Eles vão me achar. - ela estava agitada e com muita dor. - A-ai.
- Ninguém vai achar você aqui, não se preocupe. Vamos fazer uma ultrasonografia e ver o que você tem.
Ela foi examinada e ambos permaneceram em silêncio. Enzo ficou chocado com o resultado dos exames que fez nela e imediatamente aplicou uma anestésico no soro dela e a levou a sala de curetagem. Ela precisou de sangue e ficou preocupado pois ela tinha um tipo raro.
- Ela precisa de sangue.
- Qual o tipo dela? - Louis perguntou, enquanto Morgan andava de um lado pra outro no corredor, nervoso, preocupado.
- O -.
- Eu tenho. - Morgan e Caleb falaram ao mesmo tempo.
- Vou precisar apenas de um de vocês.
- Eu vou, pai. Ela não vai gostar de acordar e saber que recebeu sangue de você. Sinto muito, tenha calma com ela, com o tempo ela vai te aceitar.
- Tudo bem filho, eu entendo.
Após feito o procedimento de curetagem, ela foi levada de volta ao quarto e recebeu o sangue de Caleb. Acordou sonolenta, dolorida e percebeu que Enzo estava saindo do seu lado. Imediatamente ela segurou o braço dele, tentando fazer força e ele se virou para ela.
- Enzo, muito obrigada por cuidar de mim, mesmo me odiando.
- Fiz apenas minha obrigação de médico, não foi nada.
- Mesmo assim, obrigada.
- Ok. - ele foi seco.
- O- que eu tenho? É grave? - ela sussurou olhando nos olhos dele.
- Você estava grávida! - e saiu do quarto.
N/A: Oi meus amores, o que acharam do capítulo? Grávida? De quem será esse filho? Como será que ela vai reagir? E Enzo? Vocês acreditam mesmo que Liam vai colaborar com a polícia? AAAAAAAAAAAAAHHHH! Me contem o que estão achando!! Não esqueçam de votar, tá? e de compartilhar cazamiga tudo viu ;*
Muito obrigada por me compreenderem, me acompanharem e lerem! Vocês são especiais demais!! Beijos
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