Capítulo 15
N/A: Oi meus amores! Depois de uma eternidade, vamos a mais um capítulo? O capítulo está sem revisão porque eu queria postar logo pra vocês, então perdoem os erros tá? Boa leitura! ah Escutem a música tá? ;)
"Estou ferrado". Esse foi o primeiro pensamento de Leonel ao ver o lindo par de olhos azuis de Clarie, apesar de assustados, aqueles olhos eram lindos. Era como se ele estivesse revivendo o dia em que viu Samantha pela primeira vez, ela também era uma menina de olhos lindo e assustados, foi impossível não se encantar com ela, mas imediatamente ele tratou de expulsar esses pensamentos de sua mente, pois Clarie não era Samantha, era apenas uma garotinha, muito jovem, virgem, meio-irmã da mulher que ele amava e isso ia dar uma confusão infernal, então a melhor decisão era ignorar aquele belo par de olhos azuis.
A garota acordou completamente assustada ao ver aquele belo homem tocando seu corpo e apesar da maneira cuidadosa e delicada com que ele fazia isso, o pânico tomou conta dela e ela começou a gritar e se debater sobre a cama. Leonel se assustou também e imediatamente soltou a garota que tentou correr para a porta, mas estava muito fraca e acabou desmaiando aos pés da cama. Ele a pegou nos braços e a colocou novamente sobre o colchão esperando que ela recobrasse os sentidos. Leonel estava preocupado, a garota estava traumatizada demais e não tinha certeza se ia conseguir acalmá-la sozinho, então resolveu ligar para Samantha novamente.
- Leonel?
- Sam, você tem que ser rápida, a garota está surtando, não para de chorar e tentar fugir, como vou controla-la?
- Onde ela está agora?
- Na cama, ela desmaiou, mas já recobrou a consciência e está me olhando com tanto medo que parece querer desaparecer sobre o colchão.
- Apenas passe o telefone pra ela, certo?
- Ok, passando.
- Clarie?
- Quem é você? Por que eu tô aqui?
- Calma querida! Eu estou do seu lado, eu sou amiga do seu irmão Caleb e eu vou te ajudar a voltar pra casa.
- EU QUERO IR PRA CASA, EU QUERO MINHA FAMÍLIA!
- Não precisa gritar Clarie. Eu sei que está confusa e com medo, mas preciso que ouça com bastante atenção o que eu vou lhe dizer certo? Você vai parar de gritar e vai me ouvir?
- Vou. – a garota respondeu num sussurro.
- Muito bem, meu nome é Melanie, mas pode me chamar de Mel, sou amiga do Caleb e quando ele me disse que estava preocupado com sua falta de notícias eu resolvi investigar e descobri o que estava acontecendo com você.
- Meu Deus minha família deve me odiar. – Clarie começou a chorar.
- Ei mocinha, me escuta primeiro. Respira. – ela inspirou e a garota a acompanhou do outro lado da linha. – Sua família ainda não sabe de nada, eu não podia levantar suspeita sobre o que acontecia e nem coloca-los em risco mais ainda. Por isso resolvi resgatar você primeiro, pra depois falar com seus pais. Essa gente com quem você se meteu é extremamente perigosa e se você voltar pra casa agora eles podem te fazer mais mal e também à sua família.
- Por que você está me ajudando? Quando eu poso voltar?
- Um dia você vai entender, mas eu gosto muito de você e do Caleb embora você não me conheça. Um dia você vai saber de tudo e vai ver que só tive boas intenções e que vocês são importantes pra mim. Você ainda não pode voltar, terá que ficar escondida por um tempo e ainda tenho que preparar sua família. Mas primeiro preciso saber o que eles fizeram com você?
- Eles... - ela chorava copiosamente. - E-eu...
- Se não puder me contar agora tudo bem, só preciso que confie nesse homem que está aí com você, ele é o Leonel – a garota olhou para Leonel que estava sentado à beira da cama olhando para ela. – Ele é meu melhor amigo, confio nele de olhos fechados e preciso que você faça isso também, ele vai ficar com você até você poder voltar pra casa.
- Como eu vou saber que você também não está mentindo pra mim e que não vai me vender também?
- Boa garota! No fundo do meu coração eu estava esperando que em algum momento você duvidasse de mim, isso mostra que você é esperta e vai te ajudar não cair mais nessa. Estou indo agora mesmo falar com o Caleb e contar o que aconteceu, ele precisa saber a verdade, depois volto a ligar para que você fale com ele.
- O Caleb vai me odiar, por favor, não conta nada pra ele, a gente pode inventar alguma coisa.
- Não Clarie e nem adianta chorar, o Caleb tem que saber a verdade, pra sua segurança e pra dele. O homem que te comprou e vai procurar por você, tanto ele quanto as pessoas que te sequestraram perderam muito dinheiro na noite passada em que o Leonel resgatou você e vão fazer de tudo pra te pegar novamente, no mundo do tráfico de mulheres você é valiosa garota, você é linda e virgem e isso desperta o desejo dos homens.
- Mas e se o Caleb contar para os meus pais? E se ele não me deixar mais voltar para casa?
- Nós duas sabemos que o Caleb jamais vai odiar você, ele te ama tanto querida, ele está tão angustiado pelo seu sumiço, está fazendo de tudo para seus pais não surtarem. Deixe-me ajudar você! Agora eu preciso desligar, seja uma boa menina e deixe o Leonel cuidar de você.
- Me prometa que logo eu vou poder voltar pra casa, me prometa Mel que não vai deixar aqueles homens me tocarem de novo.
- Eu prometo. – e desligou.
Clarie observou o homem à sua frente, ele era lindo, seus traços fortes e másculos, o olhar intrigante, cabelos negros como a noite caindo na nuca, braços fortes marcados sob a camiseta branca que usava. Ele continuava olhando firme para ela, apesar de muito jovem, ela lembrava muito a Sam, era tão linda, uma pele tão clara, tão macia, suas mãos formigavam para tocá-la. Foram vários minutos olhando um para o outro em silêncio, até que Clarie tomou a iniciativa que quebrar o silêncio.
- Sinto muito. – ela murmurou de cabeça baixa.
- Pelo que?
- Isso. - ela aproximou-se e tocou levemente o machucado no rosto dele.
- Não foi sua culpa. – ele sentiu aquele toque queimar sua pele de um jeito bom.
- Foi sim, eu só estou tão assustada.
- Não se preocupe a Mel vai resolver tudo e você vai poder voltar pra casa. A propósito meu nome é Leonel. – ele estendeu a mão para ela.
- Clarie. - Ela apertou a mão dele e seu corpo estremeceu. Ela não podia estar desejando um homem, não que ela não desejasse homens ou que ele não fosse desejável, mas naquela situação ela devia se concentrar em conseguir voltar para casa em segurança e com certeza ele não daria a mínima para ela. Leonel percebendo que o toque também afetava a garota, imediatamente soltou a mão dela e se levantou.
- E-eu preciso ir a cidade comprar umas coisas, tem comida na cozinha e roupas na cômoda. Não tente sair da casa. – e saiu imediatamente dali deixando-a sozinha.
Depois que Leonel saiu, ela foi até a cozinha, mas não conseguiu comer, os machucados em seu corpo doíam muito, as lembranças dos dias em cativeiro a atormentavam. As horas passavam e ela se sentia cada vez mais sozinha. Já estava escuro e nada de Leonel voltar, o medo de ser encontrada tomava seu corpo e sua mente. Tentou se distrair, ler um livro, mas não conseguiu. Resolveu tomar um banho gelado, lavou os cabelos e chorou debaixo do chuveiro, ela já não sabia se seu corpo tremia com o frio ou de tristeza e dor. Ela havia se metido numa encrenca sem tamanho e agora ela e sua família corriam risco. Sentia-se culpada, se não tivesse insistido com seus pais para fazer esse intercâmbio nada disso teria acontecido, Caleb falara tantas vezes para ela desistir e ela havia discutido com o irmão por se intrometer em sua vida, havia gritado que nunca mais queria vê-lo e agora estava ali, longe dele, sem poder voltar pra casa. De repente o choro se intensificou e os soluços começaram a balançar seu corpo violentamente.
Após comprar o que precisava, Leonel vagou sem rumo pelas ruas da cidade, sua vontade era desistir de tudo, de Sam, de Clarie, dos Frank, de tudo e sumir, cada dia as coisas ficavam mais obscuras e ele cada vez mais confuso, amava Sam de todo coração, mas como podia estar tão mexido com Clarie? Aqueles olhos, ela parecia tão doce, mas era encrenca. Depois de algumas horas voltou para a casa escondida no meio da floresta, estranhou que todas as luzes estivessem apagadas, sacou a arma que mantinha embaixo do bando do carro e entrou na casa, um barulho vindo do andar de cima lhe chamou a atenção, aproximou-se devagar e percebeu que o barulho era choro, Clarie estava chorando muito, soluçando forte.
Entrou no quarto e acendeu a luz e a garota não estava, continuou seguindo o choro e parou na porta do banheiro, estava entreaberta e ele foi entrando, a cena que viu o chocou, ela estava sentada no chão logo abaixo do chuveiro com o queixo apoiado nos joelhos e os braços em volta do corpo chorando sem parar, seu corpo tremia, a água estava gelada.
- Clarie? – ele chamou, mas ela nem sequer olhou, parecia absorta, em outro mundo. Ele invadiu o box rapidamente e seu corpo tremeu quando sentiu a água fria, mas mesmo assim ele continuou, agachou-se na frente dela e segurou seus ombros tentando tirá-la do transe.
-Clarie, Clarie, sou eu Leonel. – mas ela se debatia, gritava, chorava e isso o desesperava ver o sofrimento dela tocava numa parte de seu coração que ele já nem lembrava que existia.
Ele não pensou duas vezes, envolveu seu corpo frio em seus braços bem apertados e a levantou dali levando-a para o quarto. Colocou-a na cama e a envolveu com o edredom na tentativa de aquecê-la, ela olhava para ele, mas era como se não o visse, seus olhos estavam sem brilho, vermelhos e inchados. Ele a soltou e tentou levantar-se para buscar uma toalha, mas ela o impediu, enroscou-se ao corpo dele afundando o rosto em seu peito e chorando mais ainda.
- A culpa é minha, a culpa é minha. – ela balbuciava.
- Xiiiii, a culpa não é sua, pequena. Está tudo bem. – apertando seus braços em torno dela.
- Eles me bateram, tocaram em mim, eu não queria, eu não queria, eu juro.
- Eu sei, eles não vão te tocar de novo.
- Eram muitos, um deles colocou a boca lá... – os soluços aumentaram. – e-eu implorei pra parar, mas eles não paravam, eram várias bocas, eles vendaram meus olhos.
- Filhos da puta. - xingou Leonel, com seu sangue fervendo nas veias, ela era tão jovem e a trataram como uma puta.
- Eu tive que colocar minha boca neles, eu vomitei. Meu Deus, sou tão imunda, minha família não vai mais me querer, eu sou uma puta.
- Ei, olha pra mim. – ele gentilmente levantou o queixo dela para que olhasse para ele – Você não é uma puta, aqueles animais te obrigaram a fazer isso e tenho certeza que sua família deve estra muito preocupada com você, confie na Mel, ela vai te ajudar.
- Um deles me colocou de costas e encostou o... – ela baixou o rosto novamente com vergonha – em mim ele ia me usar, mas um homem que usava terno, ele apareceu, não consegui ver o rosto dele, ele mandou parar, ele disse que não eram pra me tocar lá de jeito nenhum até que meu dono me comprasse.
- Você não tem dono Clarie, nunca vai ter, você é livre e vai ter uma vida linda, vai encontrar um cara que tire todos os seus traumas e vai ser muito feliz. Vem agora você precisa se vestir, se aquecer, você está com os lábios roxos, logo isso vai passar e você vai estar em casa. Vou sair do quarto pra você se vestir e vou trocar de roupa, estou todo molhado.
- Leonel. – ele já estava na porta do quarto e se virou para ela.
- Oi?
- Obrigada. – ele apenas sorriu com o canto da boca e saiu fechando a porta para que ela tivesse privacidade.
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Sam aproveitou que Liam estava em uma importante reunião e marcou um encontro com Caleb, precisava lhe contar o que estava acontecendo com sua irmã o mais rápido possível. Saiu apressada e foi direto ao apartamento do rapaz, suas mãos suavam. Ela estava correndo um grande risco em envolver o rapaz nisso, mas daria um jeito de omitir seus verdadeiros planos. Ao chegar lá, Caleb já esperava por ela e ela podia ver a ansiedade no olhar dele.
- Mel, o que aconteceu? Você disse que era urgente! Me deixou preocupado.
- Acho melhor você sentar, é sobre a sua irmã.
- A Clarie, meu Deus! O que aconteceu? Me diz que você a encontrou, que ela está bem. – ele já foi puxando ela para o sofá, onde se sentaram de frente um para o outro.
- Calma, o assunto é delicado, mas fique tranquilo, ela está bem.
- Me conta logo de uma vez e me leva pra ver minha irmã.
- Sua irmã foi aliciada por uma quadrilha de tráfico internacional de mulheres.
- Que brincadeira da porra é essa? – Caleb se levantou nervoso.
- Não é brincadeira.
- Como você sabe disso?
- Quando você me falou que ela tinha ido para a Hungria estudar e me disse o nome do colégio, eu fiquei desconfiada, porque morei um tempo lá e esse colégio havia sido fechado há muito tempo. Não falei nada pra não preocupar vocês, pedi pra um amigo meu investigar e ele descobriu que a sua irmã tinha sido traficada junto com outras meninas.
- Temos que chamar a polícia e trazer minha irmã de volta.
- Sua irmã já está a salvo, mas ela ainda não pode voltar pra Londres, a polícia da Hungria armou um esquema que fez os compradores e aliciadores da sua irmã perderem muito dinheiro e ela ainda corre risco de vida.
- Você disse compradores?
- Caleb, sua irmã ainda é virgem e isso despertou a atenção de muitos no meio do tráfico de mulheres, ela foi leiloada, mas conseguiram resgatá-la antes que fizessem mais alguma coisa com ela. Alguém em quem eu confio a minha vida está cuidando dela, eu falei com ela hoje e disse que depois vamos ligar pra você falar com ela.
- Eu só preciso falar com ela, liga pra ela, por favor.
- Caleb, primeiro você precisa me prometer que não vai contar sobre isso pra ninguém, é perigoso, sua irmã está assustada.
- Eu prometo o que você quiser, depois você me explica mais sobre isso, eu faço qualquer coisa, pago o que for, mas primeiro eu preciso falar com a minha irmã.
- Eu jamais cobraria pra salvar a vida de alguém. – Samantha estava magoada com as palavras de Caleb, pensava se ele a trataria da mesma forma se soubesse toda a verdade.
- Desculpa Mel, eu não quis ofender, eu só preciso saber como ela está, ela é a minha menina, minha princesinha, minha irmãzinha.
- Ok, vamos ligar.
Leonel só atendeu na terceira tentativa de Sam.
- Leonel?
- Oi Sam!
- Cadê a Clarie?
- Tá no quarto, ainda bem que você ligou, saí pra comprar umas coisas e quando voltei a garota estava num surto, ela tá muito machucada, eles abusaram muito dela, se não fosse pelo chefe da quadrilha eles teriam feito atrocidades maiores ainda com ela, ela está se culpando, achando que a família não vai mais aceita-la quando souber o que aconteceu.
- Liga o face time, que eu vou colocar o irmão dela pra falar com ela.
- Você contou pra ele?
- Sim, depois converso com você.
- Ok, vou levar o celular até ela, bendita hora que instalei aquela antena via satélite aqui, esse lugar não tem nada.
Em poucos minutos Clarie aparecia na tela do Iphone, com o rosto bastante inchado e com alguns hematomas.
- Clarie?
- Maninho. – ela já chorava sem parar.
- Como você está princesa?
- Me perdoa Caleb, me perdoa, eu não queria que isso acontecesse me perdoa irmão. – ela chorava e implorava o perdão do irmão como se fosse realmente culpada de alguma coisa.
- Ei meu anjo, me escuta, para de chorar e me escuta. Clarie, você não teve culpa de nada meu bem.
- Eu tive tanto medo, medo de não ver você nunca mais, de não ver a mamãe, o papai. Ai meus Deus o papai vai me odiar.
- O papai não vai te odiar nunca, você sabe disso, sabe que o papai faria qualquer coisa pra trazer você de volta. O que eles fizeram com você? Seu rosto está machucado, você está muito magra, meu Deus o que fizeram com você.
Clarie abriu o coração para o irmão, contou exatamente tudo o que aconteceu nos mínimos detalhes, além de Caleb ser seu irmão mais velho, ele também era seu melhor amigo, alguém em que ela confiava de olhos fechados, alguém a quem ela sempre contava tudo. Caleb sabia que sua irmã era esperta, inteligente e jamais cairia numa armadilha dessas se pelo menos desconfiasse de algo, mas era muito jovem e sonhadora e estava apenas querendo ir atrás de seus sonhos.
Caleb chorava de raiva por não poder fazer nada contra os homens que machucaram sua irmã, chorava de alegria por saber que ela estava a salvo, seus sentimentos eram confusos naquele momento, mas o alívio predominava em saber que logo Clarie voltaria para casa.
Ela a observava através da câmera do celular e via o quanto ela estava mais magra, seu rosto abatido, olheiras profundas, seu lindo cabelo loiro estava bagunçado, mal cortado, antes chegava à cintura, agora passava um pouco dos ombros num corte mal feito, vários hematomas já roxos pelo rosto, cortes na sobrancelha e lábios, ela deve ter sofrido muito pensava ele. Ele seria capaz de trocar de lugar com ela para que ela não sofresse.
Samantha observava com atenção a conversa entre os irmãos e seu coração doía, nunca teve ninguém além de sua mãe que se preocupasse assim com ela, nem podia falar a verdade a eles, dizer que era sua irmã, viver com aquela família, sentir aquele amor. Estava condenada a uma vida solitária e vazia, sem amor, viveria apena para concluir sua vingança.
Depois de horas conversando Clarie começou a dar sinais de exaustão.
- Querida, vá descansar, assim que puder falo com você novamente, obedeça ao amigo da Mel e não se preocupe comigo, nem com os nossos pais, quando você voltar, estaremos aqui pra você.
- Irmão, eu te amo. – ela falou bocejando. – me perdoe.
- Não há o que perdoar, agora descanse e logo estaremos juntos novamente. Também te amo, se cuida.
Quando desligou o telefone Caleb apenas deixou seu corpo escorregar até o chão e chorou como uma criança na frente de Sam, seu coração estava esmagado de saber por tudo que sua irmã passou e só de pensar em como seus pais reagiriam sua cabeça começava a doer.
- Como eu vou contar isso para os meus pais? Como?
- Calma Caleb, eu vou estar com você e nós vamos contar juntos, vamos prepara-los para isso.
- Meu Deus! Minha irmã Mel, minha irmã sofreu tudo isso. Eu deveria estar lá para protegê-la.
- Ei, para de se culpar, você não poderia fazer nada. – Sam sentou-se ao lado dele no chão. – Você agora tem que ser forte pra ajudar seus pais e sua irmã a superarem tudo isso.
Antes que ela falasse mais alguma coisa, Caleb a abraçou apertado, chorando em seu ombro e agradecendo sem parar.
- Obrigado, muito obrigado Mel, você é o nosso anjo, se não fosse por você, jamais teríamos nossa princesa de novo.
- Não se preocupe em me agradecer, você sabe que me sinto ligada a você de uma forma que eu não sei explicar, eu faria qualquer coisa pra ajudar.
- Também sinto isso por você, você é meu anjo da guarda tenho certeza disso. – se ele soubesse que ela mais se sentia como um demônio do que como um anjo.
- Agora eu tenho que ir, preciso resolver algumas coisas, assim que seus pais estiverem aqui, me ligue e eu venho para falarmos com eles juntos. – ela se desvencilhou do abraço e se levantou indo em direção à porta.
- Mais uma vez muito obrigado Mel, nunca vou cansar de te agradecer. – ele beijou a testa dela com ternura e ela voltou pra casa.
Durante todo o caminho, Sam se questionava como teria sido a sua vida se seu pai não a tivesse abandonado naquele dia ou como seria se Caleb soubesse que ela era sua irmã. Ela não ia desistir de se aproximar deles, de conhecê-los, de protegê-los e precisava se preparar porque a guerra estava apenas começando. Desceu do táxi e apertou mais seu casaco contra o corpo, a noite estava muito fria em Londres, o elevador do prédio mais uma vez estava quebrado e ela teve que subir pelas escadas, quase não encontra as chaves na bagunça que era sua bolsa, assim que entrou tirou os sapatos e jogou a bolsa em cima do sofá e acendeu as luzes e para sua surpresa Liam estava sentado na poltrona esperando por ela com uma cara não muito boa.
- Liam?
- O que você estava fazendo no apartamento de Caleb Elbertz?
N/A: O que acharam desse capítulo? O que vocês acham que vai acontecer agora? Quero ver as opiniões nos comentários tá? Não esqueçam de dar estrelinha também e indicar pras amigas!! Muito obrigada por acompanharem e pra quem quiser saber mais e interagir é só ir lá no grupo do face:
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Espero vocês lá! Beijos :*
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