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XI. Inimigo Invisível.

O ar estava pesado e carregado de tensão, como se o próprio espaço fosse ceder à sua presença. Bob analisou cada canto com cuidado, enquanto Getsu vasculhava o ambiente em busca de qualquer pista que pudesse ter passado despercebida.

— Está diferente — comentou Bob, examinando a parede de tijolos que Akainu havia descrito anteriormente. — Não há nenhum símbolo aqui agora. Parece que algo mudou desde que você esteve aqui.

Akainu se aproximou da parede, tocando os tijolos com a ponta dos dedos, como se esperasse encontrar algum indício de calor ou de vibração que revelasse o símbolo oculto. Mas nada aconteceu.

— Ele sumiu — disse ela com a voz baixa, quase inaudível. — Não faz sentido. O símbolo estava aqui, eu o vi.

Getsu franziu o cenho e andou até o centro do quarto, observando atentamente o chão. Seu olhar finalmente caiu sobre um objeto no canto, perto da parede de tijolos onde Akainu desaparecera.

— Espera — ele disse, se abaixando para pegar algo do chão. — O que é isso?

Bob se aproximou e olhou para o objeto que Getsu estava segurando. Era um gato morto, caído de lado, seus olhos vidrados para o teto. O animal estava claramente morto há algum tempo, não havia sinal visível de ferimento que explicasse sua morte súbita.

— Isso não é normal — observou Bob, abaixando-se para examinar o gato mais de perto. — Não tem marcas, cicatrizes, nada que sugira que foi atacado. Parece que ele apenas... morreu.

Akainu chegou mais perto, agachando-se ao lado do gato morto. Seus olhos passaram pelo animal, como se estivesse procurando por alguma resposta que o cadáver não pudesse fornecer.

— O que você acha, Akainu? — perguntou Getsu, tentando manter a voz calma, mas com uma pontada de preocupação. — Você sente alguma coisa?

Ela olhou para Getsu e, depois, para Bob, sua expressão uma mistura de confusão e tristeza.

— É como se alguma coisa estivesse puxando a vida dele para fora — Akainu respondeu finalmente, sua voz suave e baixa. — Como se não houvesse um ataque físico, mas algo mais... sutil, invisível. Como se ele fosse sugado para fora deste mundo.

Bob olhou para o cadáver do gato e depois para Akainu, sua expressão grave.

— Isso é bem parecido com o que aconteceu com você, não? — ele perguntou, tentando entender a conexão. — É como se... tudo aqui estivesse conectado de alguma forma.

Getsu observou o gato morto por mais um momento antes de levantar-se e dar uma volta no quarto, como se estivesse tentando enxergar além do que estava na frente deles.

— Não há marcas, não há sangue... — ele disse lentamente, como se estivesse falando mais consigo mesmo do que com os outros.

[...]

Bob pegou a adaga que guardava consigo, examinou-a por um momento antes de decidir que precisavam ver o que estava dentro do gato.

— Talvez tenha algo aqui — murmurou ele, falando mais para si mesmo do que para os outros.

Ele se aproximou do gato morto, deslizando a lâmina pela barriga do animal com cuidado. O corte foi limpo e preciso, mas logo que a lâmina atravessou a pele, um líquido preto espesso jorrou para fora, pingando no chão.
Akainu e Getsu se afastaram rapidamente, sua expressão de nojo e choque evidentes. O líquido negro era denso, viscoso, e parecia se mover de maneira errática, como se fosse vivo. Bob continuou cortando, tentando abrir mais do que apenas a barriga do gato. Quando a adaga penetrou mais profundamente, o líquido começou a espirrar, jorrando do cadáver em jatos rápidos e imprevisíveis.

— É só o que faltava — murmurou Bob, seus olhos estreitos e atentos enquanto observava o líquido negro se espalhar pelo chão, formando uma poça que rapidamente crescia.

Os outros ficaram parados, observando à distância enquanto o líquido começava a se mover de maneira mais coordenada, quase como se estivesse ganhando forma. Logo, a poça se elevou, cobrindo o corpo do gato com uma camada de lodo negro que rapidamente assumiu a forma de uma criatura.

Akainu deu um passo para trás, sua expressão tensa enquanto observava o que parecia ser um monstro feito de lodo negro se levantar da poça no chão. Seus olhos se tornaram focados e intensos enquanto ela se preparava para a luta.

Ela murmurou, olhando para o que restava do gato agora transformado. — É como se o próprio espaço estivesse se distorcendo, ganhando vida.

Getsu pegou sua mochila e puxou a bomba de fumaça alquímica que havia escolhido mais cedo.

— Isso pode nos dar tempo — ele disse, atirando a bomba para frente. Assim que ela estourou, uma fumaça densa e negra encheu o espaço, cegando a criatura momentaneamente.

O monstro de lodo preto miou grotescamente de dor e confusão, agitando-se violentamente enquanto a fumaça o envolvia. Bob pegou sua adaga e avançou cautelosamente, mirando na criatura enquanto ela se contorcia.

Akainu pegou a espada de lâmina viscosa e a ergueu, girando-a em uma série de movimentos rápidos e precisos que rasgaram o ar à medida que a espada cortava através da fumaça. Cada golpe fazia o monstro recuar, deixando um rastro de lodo preto espalhado pelo chão.

— Isso não vai durar muito tempo! — Akainu gritou, tentando manter o controle da espada pesada enquanto avançava para cima da criatura.

Getsu jogou uma segunda bomba de fumaça, esperando que a distração fosse suficiente para mantê-lo temporariamente cego enquanto eles tentavam encontrar uma maneira de destruir a criatura.

— Temos que encontrar o ponto fraco! — ele gritou por cima do rugido do monstro.

Bob pulou para o lado quando o monstro esticou uma das formas líquidas para agarrá-lo. A adaga em sua mão brilhou com uma luz fraca enquanto ele atacava, tentando cortar o lodo, mas a lâmina parecia apenas fazer pequenas rachaduras na criatura.

— Não é por aqui! — ele gritou, afastando-se de um golpe que por pouco não o acertou.

A criatura parecia confusa, incapaz de entender o que estava acontecendo. Seus movimentos eram erráticos, seu corpo de lodo negro ondulando de um lado para o outro enquanto tentava atacar seus inimigos.

— Isso não vai funcionar — Akainu gritou, sua voz abafada pela fumaça. — Precisamos de uma solução mais definitiva!

Com um último esforço, Getsu pegou sua bomba de fumaça restante e a atirou diretamente para o monstro de lodo. A bomba estourou no centro da criatura, liberando uma quantidade massiva de fumaça negra que envolveu completamente o monstro.

O monstro uivou de dor e agonia, suas formas líquidas se contorcendo enquanto tentava resistir à fumaça. Akainu aproveitou a distração para correr até o monstro e perfurar uma das formas líquidas com sua espada. O golpe foi preciso, e o monstro se agitou violentamente antes de finalmente se desintegrar em uma poça de lodo preto.

Os três ficaram em silêncio, ofegando e tentando recuperar o fôlego depois da luta.

— Isso foi... — Bob começou, sua voz trêmula.

— Bizarro — Akainu terminou, ainda segurando sua espada com firmeza.

Getsu se aproximou da poça de lodo, observando-a por um momento antes de balançar a cabeça.

— Parece que estamos lidando com algo que não deveria existir — ele murmurou, mais para si mesmo do que para os outros.

Akainu respirava fundo, ainda segurando sua espada com força enquanto observava o lodo negro se espalhar lentamente pelo chão. A batalha tinha terminado, mas a sensação de que aquilo era apenas o começo a fazia manter a guarda alta.

— Esperem um segundo — disse ela, abaixando-se e guardando sua espada. De sua mochila, ela retirou um pequeno frasco de vidro com tampa hermética.

— O que você está fazendo? — perguntou Getsu, limpando a poeira das roupas enquanto mantinha o olhar fixo na poça de lodo.

— Quero respostas — respondeu Akainu com firmeza, usando um pedaço de pano para recolher um pouco do lodo sem tocar diretamente. O líquido se moveu estranhamente, como se ainda tivesse uma espécie de vida própria, mas ela conseguiu selá-lo no frasco antes que algo mais acontecesse.

— Esse troço quase nos matou, e você quer guardar? — Bob cruzou os braços, olhando para ela com uma sobrancelha levantada. — Você tem tendências autodestrutivas ou é só teimosia mesmo?

— Pode ser as duas coisas — retrucou Akainu, fechando a tampa do frasco com força. — Mas precisamos descobrir se isso aqui tem alguma ligação com o que aconteceu antes, quando eu desapareci.

Bob suspirou, balançando a cabeça, mas acabou concordando.

— Tá bom, Sherlocks. Só não venham me culpar quando essa coisa resolver escapar e tentar nos engolir de novo.

Akainu levantou-se com o frasco seguro em suas mãos, o olhar sério enquanto observava o conteúdo se mexer levemente dentro do vidro.

---

A sala era envolta em penumbra, iluminada apenas por uma luz fraca que emanava de um candelabro grotesco feito de ossos e couro. O ambiente tinha um cheiro metálico, como se o ar estivesse impregnado de sangue e ferrugem. No centro, duas figuras estavam próximas, mas suas feições eram quase indiscerníveis, cobertas pela sombra. Apenas as vozes ressoavam no espaço vazio.

A primeira voz surgiu com uma entonação fina e ao mesmo tempo grave, carregada de sarcasmo e impaciência.

— Que beleza de trabalho, hein. — disse o homem, exagerando nas palavras com um tom zombeteiro. — Você teve UMA tarefa. Só uma! E conseguiu estragar. Como é que alguém tão incompetente ainda respira no meu domínio, eu não sei. Se eu quisesse amadorismo, contratava uma mula cega, não um suposto Voidiano fodão como você. Que vergonha, porra!

A segunda figura se moveu um pouco, revelando olhos que brilhavam com um tom opaco, quase como se fossem dois buracos negros em um rosto pálido e alongado. A voz dele era a mesma que Akainu ouvira no vazio — uma cacofonia sinistra de murmúrios e lamentos, mas agora misturada com uma pontada de irritação.

— Eu trabalho sozinho porque é assim que funciona melhor. Você sabe disso. Se não está satisfeito, porque não me dá alguma coisa para me ajudar ao invés de só reclamar como uma velha azeda? — Ele cruzou os braços, sua presença na sala exalando algo quase tangível, um peso que parecia encher o ar ao redor.

A figura de voz fina gargalhou, mas não havia humor verdadeiro em seu riso, apenas desdém.

— Olha só, o pobrezinho tá magoado. Vai chorar? Hein? Tá com saudade de ter coleguinhas no seu joguinho? Me poupe. — Ele caminhou até uma mesa próxima, passando os dedos longos e finos por cima de um objeto que parecia pulsar com uma energia escura. — E outra coisa, não vem querer jogar a culpa pra cima de mim, não. Você que tá aí deixando os mortais ficarem espertinhos. Essa dupla de detetives já tá pegando o fio da meada rápido demais. Se não fosse aquele doente abrindo o gatinho, eles iam estar totalmente perdidos ainda. Agora, eles já têm até o lodo como pista!

O Voidiano estreitou os olhos, seu tom escorrendo com uma raiva contida.

— E você acha que isso foi minha culpa? Eu nem sabia sobre essas criaturas de lodo. Isso é algum joguinho seu, não é? Você está criando complicações onde não precisa. É óbvio que isso só vai atrapalhar tudo. Eu não vou ser responsabilizado por essa merda.

A figura de voz fina deu de ombros, despreocupada, enquanto examinava suas unhas como se nada mais importasse.

— É o começo de tudo, cara. Eu ainda tô ajustando as peças do tabuleiro. Você devia saber que esses mortais adoram se meter onde não são chamados. Eles vão tropeçar em coisas que não entendem até acabarem se ferrando, e eu vou estar lá pra rir na cara deles. Até lá, você só... faz o que você faz. Ou tenta, né?

O Voidiano se aproximou, sua silhueta agora imponente, como uma sombra viva prestes a engolir tudo ao seu redor.

— Se essas criaturas de lodo continuarem interferindo no meu trabalho, você vai se arrepender de ter começado isso. Acha que é engraçado? Eu não vou ser responsabilizado por algo que saiu do seu controle. Isso pode me custar mais do que você imagina.

O homem de voz fina girou nos calcanhares, gesticulando como se não tivesse paciência para mais discussões.

— Blá, blá, blá. Sempre o mesmo discurso. Faz o teu trabalho, sombra ambulante. Eu cuido das minhas coisinhas aqui. E, se você perder seu cargo por causa de uns mortais com armas e uma poça de lama, bem... talvez eu precise de um Voidiano menos dramático na próxima vez.

Ele deu uma última risada carregada de sarcasmo antes de desaparecer na escuridão, deixando o Voidiano sozinho. A figura grotesca permaneceu imóvel por alguns momentos, o som de seu respirar pesado preenchendo o espaço vazio.

Com um murmúrio baixo e ameaçador, ele desapareceu também, deixando apenas o silêncio inquietante daquela sala.

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