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I. Respire Antes de Tudo.

O sol da Península de Yucatán despontava no horizonte, iluminando com seus tons dourados as selvas densas e a cidade de Mérida, que, de longe, parecia pacífica. Era difícil imaginar que um mistério sombrio estava lentamente enraizando-se naquele lugar ensolarado. Mas Akainu e Getsu sabiam que, por trás de fachadas tranquilas, histórias inquietantes sempre espreitavam.

O helicóptero rugia sobre a paisagem, cortando o céu com um barulho que parecia alheio à serenidade abaixo. Lá dentro, a dupla de detetives vivia suas próprias turbulências... e não apenas as causadas pelas pás do rotor.

— Eu vou vomitar... — murmurou Getsu, segurando o braço da poltrona com tanta força que parecia prestes a arrancá-lo. Apesar de sua elegância e compostura habituais, o jovem detetive claramente não lidava bem com alturas, muito menos com viagens aéreas.

Sua pele negra brilhante e cabelos crespos bem cuidados, que caem abaixo do recomendado para um detetive tradicional, adicionam um toque elegante ao seu visual. Ele mantém os fios penteados para trás com precisão, reforçando sua aparência profissional.

Seu traje é um conjunto simples, mas impecável, de terno preto. A camisa de botão branca e a gravata preta estreita completam o visual clássico. Porém, seus óculos escuros, que raramente tira, criam um contraste curioso, ocultando parcialmente suas expressões e adicionando um ar de mistério. Em seus pés, sapatos de couro preto brilhante. Apesar de sua formalidade, sempre carrega um relógio de bolso prateado, que herdou de seu avô, e o usa tanto para marcar o tempo quanto como um amuleto de sorte.

Akainu, por outro lado, estava relaxada. Encostada no banco de couro, ela usava o leque de madeira para se abanar, como se estivesse aproveitando uma brisa inexistente. Com um olhar de divertimento, observava Getsu em sua batalha contra a gravidade.

É uma mulher determinada, com uma presença marcante que dificilmente passa despercebida. Sua aparência é nitidamente nipônica: cabelo preto médio e espetado que parece refletir sua personalidade impetuosa, olhos sempre fechados que dão a impressão de uma calma misteriosa, e uma pele clara levemente amarelada. Apesar de seu exterior tranquilo, sua determinação e bravura a tornam uma figura intimidante quando necessário.

Seu visual mistura o clássico estilo detetive com toques culturais asiáticos. Ela usa um longo sobretudo cinza-claro com detalhes sutis de bordado no colarinho e nos punhos, que remetem a padrões florais japoneses tradicionais. Por baixo, veste uma camisa branca de colarinho alto e calças ajustadas pretas, além de um cinto de couro simples. Completa o visual com sapatos de couro envernizado e um lenço vermelho amarrado ao pescoço. Em seu bolso, sempre carrega um leque dobrável de madeira, que ela usa tanto para se abanar quanto como ferramenta de persuasão ou distração.

— Sinceramente, como é que você consegue ser tão meticuloso em tudo e ainda assim entrar em pânico por causa de um helicóptero? — perguntou ela, abanando-se preguiçosamente.

— Porque helicópteros são aberrações da física! — exclamou Getsu, gesticulando com a mão livre. — Aviões eu aceito, eles têm asas. Mas helicópteros? Eles só desafiam a lógica! É como se estivessem dizendo "vamos ver quanto tempo dura até a gravidade lembrar que existimos!"

Akainu riu, claramente se divertindo com o drama do parceiro. — Talvez a gravidade goste de helicópteros. Já pensou nisso?

— Muito engraçado. — Getsu bufou, tentando manter o olhar fixo no horizonte para evitar outro enjoo. — Me diga, por que não poderíamos simplesmente pegar um carro? Ou um trem? Ou, sei lá, caminhar?!

— Caminhar até Mérida? Deixe de ser dramático. Além disso, isso não é só eficiência; é estilo. — Akainu abriu o leque e o agitou como se reforçasse sua declaração. — Nada como chegar de helicóptero para mostrar que estamos aqui para resolver problemas sérios. Você deveria agradecer ao prefeito por isso.

— Agradecer por me jogar numa máquina voadora barulhenta? Ah, com certeza. Vou mandar flores pra ele. — Getsu resmungou, ajeitando os óculos escuros no rosto. — Só espero que o piloto saiba o que está fazendo...

Como se em resposta, o helicóptero deu uma sacudida repentina, fazendo Getsu soltar um grito abafado enquanto se agarrava ao encosto do banco. Akainu explodiu em risadas, incapaz de se conter.

— Relaxa! Você não confia nem no piloto? — ela zombou, com um sorriso maroto.

— Eu confio no piloto! — ele rebateu, ofendido. — Não confio é no helicóptero!

Enquanto Akainu ria e Getsu lutava contra sua fobia, o piloto, um homem com uma calma imperturbável, virou-se levemente e falou pelo rádio.

— Estamos nos aproximando de Mérida. Altitude baixa para uma vista panorâmica, como solicitado.

Getsu arregalou os olhos. — *Vista panorâmica?* Quem pediu vista panorâmica?!

Akainu levantou a mão, como uma criança admitindo uma travessura. — Eu. É minha primeira vez aqui, então pensei, por que não aproveitar a vista?

— Por que não aproveitar a vista?! Porque estamos num helicóptero! — Getsu praticamente gritou. — E não precisamos de uma vista para resolver um caso sobrenatural!

— Claro que precisamos. Reconhecimento inicial. — Akainu deu de ombros, voltando a se abanar.

O helicóptero fez um giro suave, revelando a cidade abaixo. Mérida parecia uma joia brilhante sob a luz do sol, com suas ruas de paralelepípedo, praças vibrantes e casas coloridas. No entanto, mesmo de cima, havia algo inquietante no ar, como uma camada invisível de tensão pairando sobre os bairros.

Getsu, apesar de sua aversão ao helicóptero, acabou permitindo-se um momento de admiração. — Bem... pelo menos a vista é bonita.

— Viu só? — Akainu piscou para ele. — Você reclamou tanto, mas no fundo está gostando.

— Não se empolgue. Ainda quero descer desse troço inteiro. — ele resmungou, mas um pequeno sorriso se formou em seus lábios.

Quando o helicóptero finalmente pousou no heliponto do centro da cidade, Getsu praticamente pulou para fora, beijando o chão para o desgosto de sua compostura usual. Akainu, descendo com toda a elegância do mundo, observou a cena com um sorriso.

— Bem-vindo à Mérida, Getsu. Mal posso esperar para ver como você vai reagir aos fantasmas.

Getsu se levantou, limpando a poeira do terno com dignidade recém-recuperada. — Eu prefiro lidar com fantasmas do que com outro helicóptero. Vamos começar logo isso.

[...]

Depois do pouso dramático e da breve reconciliação de Getsu com o chão, a dupla seguiu em direção à prefeitura de Mérida. O local era um prédio colonial imponente, com sua fachada em tons de vermelho e detalhes brancos, típicos da arquitetura espanhola, e um relógio antigo no topo. Lá dentro, o ambiente era movimentado, com funcionários indo e vindo em um ritmo frenético, típico de uma cidade tentando manter as aparências apesar do caos crescente. 

Akainu entrou com passos confiantes, seu sobretudo oscilando suavemente enquanto ela segurava o leque fechado em uma das mãos. Getsu, atrás dela, ajeitava o terno e os óculos escuros, tentando recuperar sua dignidade enquanto ajustava o relógio de bolso para sincronizá-lo com o horário local. 

Eles se dirigiram ao balcão de informações, onde uma recepcionista de rosto simpático e um tanto distraído parecia mais interessada no aplicativo de mensagens do celular do que nos visitantes. 

— Com licença, estamos aqui para falar com o prefeito. — disse Akainu, com um sorriso polido que escondia um leve tom de autoridade. 

A mulher levantou os olhos e os avaliou de cima a baixo. — O prefeito está ocupado no momento. Têm hora marcada? 

Getsu bufou baixinho, já prevendo que isso se tornaria mais um de seus dias longos. Akainu, no entanto, não perdeu a compostura. 

— Somos os especialistas chamados para ajudar com os... *incidentes recentes*. — Ela pausou, escolhendo cuidadosamente as palavras. — Tenho certeza de que ele nos receberá. 

A recepcionista olhou para eles com ceticismo, mas a menção aos "incidentes" pareceu ter um efeito. Depois de um momento de hesitação, ela pegou o telefone e fez uma ligação rápida. 

— O senhor prefeito os verá. Sigam pelo corredor à esquerda até a última sala. 

— Muito obrigada. — Akainu respondeu, abrindo o leque com um gesto teatral antes de virar-se para Getsu. — Vamos lá, pantera

— Só espero que o prefeito não tenha uma sala cheia de ventiladores. — murmurou Getsu, ajustando novamente os óculos enquanto seguia Akainu pelo corredor. 

[...]

A sala do prefeito era tão impressionante quanto o exterior do prédio. O teto alto, adornado com vigas de madeira esculpida, dava ao ambiente um ar grandioso. Quadros de ex-prefeitos decoravam as paredes, enquanto uma mesa de mogno polida dominava o centro da sala. Atrás dela, sentado em uma cadeira grande e um tanto exagerada, estava o prefeito Alfonso Trejo, um homem de meia-idade com bigode espesso, terno bege e uma expressão de alívio contida ao ver os dois entrando. 

— Ah, vocês chegaram! — ele exclamou, levantando-se para apertar suas mãos. — Bem-vindos a Mérida. Espero que tenham tido uma boa viagem. 

— Depende do que o senhor considera "boa". — respondeu Getsu, com um tom levemente sarcástico. 

— Ignore o meu parceiro. — interveio Akainu, sorrindo de forma calorosa. — Ele só não gosta de helicópteros. A propósito, prefeito, obrigado por providenciar nosso transporte. 

O prefeito soltou uma risada meio nervosa e voltou a se sentar. — Claro, claro. Sabemos que o tempo é precioso, e os casos aqui estão... bem, como posso dizer... saindo do controle. 

— É por isso que estamos aqui. — disse Getsu, cruzando os braços. — Mas antes de começarmos, precisamos acertar alguns detalhes. 

O prefeito inclinou-se para frente, os dedos entrelaçados sobre a mesa. — Certamente. Do que precisam? 

Akainu puxou uma pequena caderneta do bolso do sobretudo e começou a listar calmamente: 

— Primeiro, queremos acesso aos relatórios de desaparecimentos e qualquer documentação relacionada aos incidentes climáticos ou avistamentos anômalos. Segundo, precisamos saber mais sobre os símbolos que têm aparecido. Alguma fotografia ou descrição seria útil. Terceiro... 

Ela parou e olhou para Getsu, que completou: 

— Precisamos de um lugar para ficar. E, por favor, nada de hotéis turísticos. Um local discreto e com fácil acesso aos bairros afetados seria ideal. 

O prefeito assentiu, anotando mentalmente as demandas. — Entendido. Os relatórios estão sendo organizados por minha equipe, e podem ser entregues a vocês ainda hoje. Quanto à hospedagem, providenciarei um lugar apropriado. 

— Ótimo. — Akainu fechou a caderneta e colocou-a de volta no bolso. — Agora, senhor Trejo, queremos ouvir de você. O que realmente está acontecendo aqui? 

O prefeito recostou-se na cadeira, visivelmente desconfortável. 

— Bem... tudo começou há algumas semanas. Primeiro, foram os desaparecimentos. Depois, as pessoas que voltaram... diferentes. E esses malditos símbolos... eles aparecem em lugares cada vez mais próximos ao centro da cidade. Algumas testemunhas dizem ter ouvido vozes ou visto sombras, mas... 

Ele hesitou, parecendo constrangido por acreditar em algo tão fora do comum. 

— Mas? — pressionou Getsu, erguendo uma sobrancelha por trás dos óculos. 

— Mas ninguém tem explicação lógica. E o pior é que os mais velhos da cidade começaram a sussurrar sobre... rituais antigos. Coisas obscuras que supostamente aconteceram aqui no passado. 

Akainu e Getsu trocaram um olhar rápido. 

— Rituais antigos? — repetiu Akainu, inclinando-se para frente. — E o senhor acredita nisso? 

O prefeito suspirou, passando a mão pelo rosto. 

— Não sei no que acreditar. Mas o que sei é que minha cidade está em perigo, e as pessoas estão começando a entrar em pânico. Preciso que vocês descubram o que está acontecendo antes que isso fuja completamente do controle. 

Getsu cruzou os braços, avaliando o homem com um olhar crítico. — Entendido. Começaremos imediatamente. 

— Ótimo. E, por favor, se precisarem de algo, minha equipe está à disposição. 

Akainu levantou-se, ajustando o lenço vermelho no pescoço. — Prefeito, não se preocupe. Vamos descobrir o que está acontecendo e resolver isso. 

Enquanto a dupla deixava a sala, Getsu olhou para Akainu com uma expressão cansada. 

— Rituais antigos, símbolos estranhos, vozes e sombras. Parece que vai ser mais uma semana longa. 

— É, mas pelo menos estamos em um lugar quente e bonito. — respondeu Akainu com um sorriso. — Só não vá pedir para voltarmos de helicóptero quando terminarmos aqui. 
De volta ao saguão da prefeitura, Getsu e Akainu foram conduzidos por um assistente do prefeito, um rapaz chamado Ernesto, que parecia nervoso demais para alguém em um trabalho administrativo. Ele era pequeno e magro, com uma camisa de manga curta que claramente já havia visto dias melhores. 

— O senhor prefeito me pediu para levá-los até o local onde ficarão hospedados. — disse Ernesto, segurando uma pasta de documentos como se fosse um escudo contra o peso da missão. 

Getsu olhou de soslaio para Akainu. — Espero que "discreto" não seja um código para "inabitável". 

Akainu sorriu. — Vamos descobrir. 

O caminho até a hospedagem foi feito em um pequeno carro utilitário que balançava mais do que o helicóptero. Ernesto parecia desconfortável com o silêncio na viagem e, ocasionalmente, tentava puxar conversa, mas os olhares impassíveis de Getsu o desanimaram rapidamente. 

Quando chegaram, estacionaram em frente a uma casa modesta no limite de um bairro mais afastado. A casa era feita de alvenaria, com um telhado de telhas cerâmicas e paredes pintadas em um tom de creme desbotado. As janelas tinham grades simples, e a porta de madeira apresentava algumas marcas do tempo. Era discreto o suficiente para não atrair atenção, mas não tão precário a ponto de ser impossível de habitar. 

— Não é um hotel cinco estrelas, mas tem água quente e eletricidade. — Ernesto explicou, quase como se pedisse desculpas. 

Akainu desceu do carro e caminhou em direção à porta, batendo levemente no batente para testar a solidez. — Está ótimo. Perfeito para não levantar suspeitas. 

Getsu, saindo do carro e observando a área ao redor, não parecia tão convencido. — Só espero que as grades nas janelas não sejam por causa de algo além de roubos. 

— Ah... não, senhor. É só por precaução. — Ernesto respondeu, tentando parecer casual. 

Ao entrarem, o interior revelou-se simples, mas funcional: uma sala de estar com um sofá surrado e uma pequena televisão, uma cozinha básica com utensílios necessários e dois quartos com camas de solteiro. No canto, um ventilador de pedestal parecia ser o herói não anunciado do lugar. 

Akainu largou sua mala na cama de um dos quartos, enquanto Getsu fez o mesmo no outro. Ambos analisaram rapidamente os cômodos, como se procurassem possíveis armadilhas ou lugares para esconder armas, por hábito. 

Depois que tudo parecia em ordem, Getsu jogou seu paletó em uma cadeira, afrouxou a gravata e desabou na cama, encarando o teto. Ele suspirou profundamente e olhou para Akainu, que já estava organizando suas coisas com eficiência militar. 

Getsu sentou-se lentamente, pegando seu relógio de bolso para verificar a hora. — Certo. E o que faremos enquanto esperamos? 

Akainu abriu o leque, abanou-se uma vez e sorriu de canto. — Primeiro passo: amanhã cedo, encontramos um padrão. 

— E o que isso significa em linguagem menos enigmática? 

— Significa que vamos estudar os relatórios do prefeito, mapear os desaparecimentos e as ocorrências estranhas, e conversar com quem viu algo que preste. Mas... isso é problema pra amanhã. — Ela fechou o leque com um clique audível e jogou-se no sofá da sala com um suspiro aliviado. 

Getsu ergueu as sobrancelhas, surpreso. — Você, deixando algo para amanhã? Isso é novo. 

— Até mesmo eu sei que nada de bom sai de uma mente cansada. Além disso, o helicóptero e o carro sacolejando me tiraram toda a paciência. 

Ele riu de leve, tirando os sapatos e deixando-se cair na cama com um gemido satisfeito. — Certo, "descanso estratégico". Eu aceito. 

Akainu, ainda do sofá, olhou para o ventilador no canto da sala e deu um leve sorriso ao sentir a brisa fresca. — Desligue as paranoias por hoje. Amanhã é outro dia, e os problemas não vão a lugar algum. 

— Claro, claro. Mas se eu ouvir um símbolo misterioso sussurrando à meia-noite, vou te acordar. 

— Faça isso, e você dorme no carro. 

Os dois riram, e pela primeira vez desde que chegaram, o clima pareceu um pouco mais leve. Afinal, por mais sombria que fosse a missão, uma noite de descanso era essencial para enfrentar o caos que os aguardava ao amanhecer.

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