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Prólogo

Hoje, Katrina Maicá honraria o sangue indígena guerreiro de sua mãe, sua avó, sua bisavó e de tantas outras mulheres antes dela. Ou seria condenada à vergonha infinita de ser a primeira Maicá a ser derrotada na prova dos 17 anos, desde que seus antecedentes se uniram à Liga dos Escorpiões.

A noite estava quente e sem vento, as nuvens cobriam a ilha como um manto protetor. Katrina trançou o longo cabelo negro enquanto observava o pequeno quarto da casa das crianças com suas seis camas estreitas formando duas fileiras encostadas nas paredes de pedra, do qual, independente do resultado ao fim da noite, não retornaria. Quando o relógio no castelo batesse dozes vezes comunicando o fim do dia vinte e um de dezembro, ela seria uma aprendiza e outro lugar seria seu lar. Não sentiria falta daquela casa onde os órfãos eram criados, não deixaria amigos ou recordações significativas dali. Foi apenas um lugar no qual dormia, alimentava-se e aprendera sobre os costumes socialmente adequados.

O mormaço característico do solstício de verão acumulava-se juntamente com a ansiedade em forma das gotas de suor em suas costas, a regata de algodão branca estava colada em sua pele bronzeada ao acompanhar as outras garotas de dezessete anos em direção ao grande salão no castelo dos Escorpiões esculpido na pedra da montanha. O ar estava preso em seus pulmões e o coração batucava no ritmo acelerado da música dos tambores e pandeiros dos músicos sentados em roda ao lado da arena.

Há dezessete anos, ela visitava aquelas paredes de pedra em cada solstício, ou em outras festividades, sem lhe ser permitido passar do grande salão oval rusticamente iluminado por grandes tochas presas às paredes e algumas mesas de madeira com bancos compridos colocados aleatoriamente deixando o centro vazio para servir de arena. Mas hoje ela entrava naquele espaço como uma lutadora, e se tudo desse certo, sairia como uma Viúva-Negra e, finalmente, ali seria seu lar.

— Ina, finalmente chegou seu dia! — Bruno, um dos seus melhores amigos de infância e quem lhe roubou o primeiro beijo, envolveu-a em um abraço. Os braços mais definidos do que quando passara em sua prova dos 17 para os Escorpiões no solstício de inverno, há seis meses.

— Essa espera me mata. — Suspirou sincera.

— Na minha vez, eu também estava impaciente. —Bruno sorriu e manteve os olhos escuros com longos cílios nos caramelos dela ao segurar seus ombros com gentileza. — Ina, você sempre me venceu nos treinos, vai arrasar contra essas garotinhas.

— É o que pretendo.

Katrina agarrou-se a esse sentimento. Afinal, Bruno tinha razão, por que ela deveria temer? Ela era uma das melhores alunas nas arenas, e sua mãe foi uma das mais temidas Viúvas-Negras. Esse era o problema. E esse não honrasse sua mãe? E se fosse menos do que ela? Os cidadãos que cruzaram seu caminho, durante a semana, a lembraram de sua responsabilidade para manter viva a lembrança da grande Kari Maicá, em forma de tapinhas no ombro e sorrisos de incentivos.

— Ina! — O apelido ecoou na multidão, ela sorriu ao ouvir o chamado reconfortante do seu outro melhor amigo, Lorenzo, irmão mais novo de Bruno. O garoto lançou os braços pegando-a e o irmão em um mesmo abraço um pouco desajeitado. — Vai dar tudo certo.

Ela acenou em acordo, Lorenzo sabia como fazê-la sentir-se melhor. Ele não dissera que ela venceria, apenas que tudo ficaria bem. Ou seja, independente do resultado, ele estaria ali para ampará-la. O trio era inseparável desde os quatro anos, e logo estariam juntos novamente. No semestre passado foi a vez de Bruno agarrar-se ao seu destino ao tornar-se um Escorpião, nessa noite seria a de Katrina e, no próximo solstício, Lorenzo também se tornaria um deles. Essa fora a promessa olho no olho feita um ao outro na primeira vez em que entraram naquele castelo de mãos dadas para assistirem aos mais velhos nas arenas.

Os tambores silenciaram, convocando a atenção dos espectadores que reverenciaram quando o Rei-escorpião regente com seu corpanzil definido de guerreiro, apesar de ser cinquentenário, suas esbeltas quatro Viúvas-Negras e o Conselheiro Real avançaram pelo salão oval com seus mantos de seda decorados com belos escorpiões bordados a mão. O rei parou ao centro onde a sua poltrona Real coberta por almofadas de couro de ovelha o aguardava na frente da arena.

— Mais um solstício de verão nos presenteia com sua glória — Hugo, o rei regente, rugiu ao seu povo ao erguer os braços cobertos pelo manto vermelho com escorpiões em fios de ouro bordados nos punhos, o peito nu revelava a imensa tatuagem de escorpião que se projetava do peito aos gomos de sua barriga até desaparecer na amarra da calça negra também de seda. — Nesse solstício de verão, nossas garotas se tornarão mulheres na arena, como muitas antes delas. As mais fortes nos honrarão ao se juntarem a nossa elite de caçadoras ao renascerem como Viúvas-Negras: sedutoras e mortais. As não afortunadas serão úteis à nossa sociedade com seus serviços. Em nossa pequena comunidade, todos têm lugar, nossas origens são distintas, mas nosso objetivo é apenas um: acabar com os demônios sugadores de sangue que assombram o mundo, principalmente em nosso amado estado. Os irmãos Henke nos salvaram dos demônios, e nossos ancestrais escolheram segui-los. E assim nossa sociedade se iniciou.

Homens, mulheres e crianças gritaram em uníssono e deram-se as mãos formando uma corrente, inclusive Katrina e seus amigos:

— Somos a Liga dos Escorpiões, agora e sempre.

— O sangue Henke corre em minhas veias — o rei rugiu acima de todos —, e com a força dos meus ancestrais dou início às provas dos 17 deste solstício de verão.

O povo gritou e assobiou animado quando o rei voltou a se sentar sorridente com suas Viúvas-Reais sentadas aos seus pés. Pais, mães, irmãos, tias... torcendo pelos seus, desejando que seguissem as tradições de suas famílias famosas ou que as quebrassem ao finalmente ter uma guerreira depois de tantas gerações. A fala do rei regente vibrava em Katrina com euforia. Chegou o momento de ela provar a todos, e a si mesma, que possuía mais do que o belo rosto indígena de sua mãe, possuía também suas habilidades mortais. Katrina beijou a face de Lorenzo e depois a de Bruno e se posicionou ereta ao lado da arena à espera de sua vez.

Duas garotas por vez eram convocadas para a arena quando seus nomes eram retirados de um copo de chifre de carneiro ao serem sorteados por Cássio Klein, Conselheiro Real, em pé ao meio da arena. Duas entravam na arena, só uma saía. A luta finalizava quando uma não conseguisse mais se reerguer. Mortes não eram desejadas, mas toleradas. Contudo, o comum era que perdedoras carregassem cicatrizes, pernas mancas e dedos tortos por uma vida.

Quando as lutas se iniciaram, Katrina sentiu a adrenalina percorrer suas veias, mergulhara em seu modo concentrado de treino, tão confortável para ela, desde seus seis anos. Nas arenas de treino, sabia o que fazer, sabia quem era e sabia pelo que lutava. Sua mãe a gerara para ser uma Viúva-Negra e era isso que seria.

Finalmente seu nome ecoou pelo salão, juntamente ao de uma garota qualquer, filha de um dos barqueiros comerciantes. Não importava quem seria sua oponente, ela iria vencer a qualquer custo. Foi isso que lhe ensinaram nos treinos. Foi por isso que respirou todos os dias, agarraria seu destino com mãos fortes e honraria sua mãe.

O Conselheiro Real convocou as duas garotas com um aceno. Elas posicionaram-se frente a frente, posição de ataque com os punhos fechados sobre o peito. Cássio Klein começou a se afastar da arena, mas parou por um segundo ao lado de Katrina e inclinou-se ao seu ouvido:

— Seja como sua mãe! Honre todos nós.

Ele piscou-lhe, o olho em tom mel parecido com os dela, mas os dele lhe lembravam os de um felino: astuto e misterioso. Antes de ser o Conselheiro Real, ele fora da equipe de sua mãe, e talvez por isso tivesse essa mania de sussurrar-lhe incentivos desde quando lhe monitorava os treinos juvenis. Os tambores reiniciaram em seu ritmo crescente, Katrina puxou o ar mantendo a calma e concentração. Seu corpo com os músculos tensionados em alerta.

Seus ouvidos ignoraram os gritos ao redor, e concentrou-se nos movimentos de sua oponente. A outra garota avançou sobre ela com uma sequência de chutes e socos, os quais Katrina desviou com destreza. Mais um soco veio em sua direção, Katrina girou e chutou as costelas da outra sem esforço. E quando essa caiu, arfando, ela a prendeu em uma chave de braço. A garota se debateu tentando soltar-se, cravando as unhas no braço de Katrina, a dor lhe fez arfar, mas Katrina rolou mantendo a garota firme em seu abraço mortal a prendendo abaixo de seu corpo, e assim tirou qualquer possibilidade de reação da outra. O corpo abaixo de si relaxou ao desmaiar diante da falta de ar ao mesmo tempo que os tambores silenciaram, a luta encerrara-se.

Katrina ergueu-se gritando eufórica jogando os punhos para o céu, sorria e reverenciava enquanto as palmas do povo lhe parabenizavam. Ela conseguira. Finalmente ela seria como sua mãe. Katrina Maicá acabara de se tornar uma Viúva-Negra aprendiz, agora o castelo dentro da montanha era o seu lar. E logo ela estaria pronta para acabar com todos os vampiros que ousassem atormentar Porto Alegre ao lado dos irmãos Bonetto: Bruno e Lorenzo.


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Prontos pra entrar nesse mundo de fantasia urbana ambientada em Porto Alegre - RS. E chorar, roer as unhas, sorrir e suspirar por nossos três protagonistas e esse mundo cheio de lobisomens e vampiros? 

Descubra as curiosidades sobre o mundo e os personagens no meu instagram @autorasgconzatti. 

Sejam bem- vindos em mais essa saga maravilhosa. Amarei ler seus comentário. 

Abraços, S.G. Conzatti


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