Capítulo2: A Caçada Cruel
Nota Da Autora: Vim pontuar duas coisas aqui 1- Quando eu falo casas, quero dizer aquelas casas mais antigas estilo Japones na era feudal, onde quem era mais pobre não tinha porta e quem é mais rico tem porta de puxar para o lado, onde o chão é de madeira e vc entra em casa sem sapato, 2- Quando eu falo dos templos dos clãs, to falando dessas casas mais ricas só que MUITO grandes em volta uma da outra com uma muralha de madeira em volta, como se fosse um minusculo condominio.
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Pov. Kurama
Eu estava em minha morada, não muito entretido enquanto observo o fogo crepitando no carvão, estou faminto e entediado, não sei o que fazer, a imortalidade as vezes pode ser um saco, suspiro enquanto uso meus dedos para brincar com as brasas que dançavam com o vento, alguns de meus empregados passavam para limpar alguma coisa, ou deixar roupas, minha barriga ronca, faz anos que não me alimento, mas prefiro passar fome ao invés de me submeter a possibilidade de ser comparado a ter emoções humanas.
Suspiro sentindo como se minha barriga estivesse se fechando, isso está ficando ridiculo, eu sou quase um deus, sou um grande e orgulhoso youkai, como este maldito universo ousa me punir com a fome?! Ultrajante. Suspiro frustrado, minha barriga se aperta com força e revira, parecia que eu estava sendo espancado por dentro e uma dor forte e densa invade meu corpo de dentro para fora, como se estivesse se digerindo, logo me levanto, abro a porta de minha casa para ver a floresta, talvez se eu roubar a energia vital de algum animal essa dor passe um pouco.
Pego um ou outro animal, a dor não passou, ficou mais fácil de lidar, mas não acabou, suspiro enquanto fico sem saber muito o que fazer, olho para o céu, como se pedisse uma resposta e ela veio, era óbvio, tinha que me alimentar, mas correr o risco de possuir uma emoção humana, era tão... Vergonhoso, suspiro e entro em casa, vou para meu quarto e me olho no espelho, meus cabelos eram grandes e ruivos, laranjas fortes quase indo para o vermelho, meus olhos vermelhos rubis com irís estreitas, meu corpo em forma mais humanizada musculoso mas não de forma exagerada e nove caudas atrás de mim, além de minhas orelhas, hoje eu estava trajando um kimono vermelho com detalhes de fios dourados pretos.
Suspiro enquanto me olho, esse espelho não é algo banal apenas para se ver a sua própria imagem refletida, humanos estúpidos, achando que a aparência de algo se é realmente importante, o corpo não é nada, a única coisa no corpo que pode ser considerada bela são os olhos, pois os olhos muitas vezes demonstram o que está dentro da mente, são nos olhos, que vemos as reais emoções, uma pessoa pode disfarçar um sorriso, não um olhar.
Mas voltando ao espelhos, esse espelho é grande com moldura negra, sua moldura possui a forma de uma grande árvore florida e sua flores são feitas de rubis, esse espelho é chamado de "O Espelho Maligno", não, ele não é nada de mal, quem o olha que é, esse espelho sugando os piores pensamentos do subconsciente daquele que o olho e ajuda a juntar esses pensamentos e sentimentos da pior forma possível, quando você está com dificuldade para decidir algo ou sem saber o que fazer sobre determinada situação, ele lhe mostra o que você faria com seu pior lado, como você faria da pior maneira possível se não tivesse medo de punições, se não tivesse honra ou bondade no coração, para os mortais, olhar esse espelho é assustador, ou até mesmo perigoso, mas para um grande youkai como eu é realmente útil para me dar alguma ideia de como resolver minha vida quando entro em uma encruzilhada, e de qualquer forma, se eu não gostar da ideia, posso fazer vir outra ainda mais cruel.
Me encaro no espelho e me apoio nele colocando minha mão na parte de cima o segurando enquanto aproximo meu rosto de meu reflexo.
- Espelho mais terrível que os piores pesadelos mortais, mostre-me, mostre-me como me alimentar, mostre que alma devo tirar sem misericórdia para acabar com minha dor e saciar minha vontade? - Pergunto e logo o espelho reflete minha aparência de uma forma diferente, apoiado da mesma forma que eu com um grande sorriso no rosto.
Meus cabelos estavam em forma chanel, a parte de trás mais curta que a da frente, minhas roupas eram branca e encharcadas de sangue, atrás de minha eu podia ver uma vila destruída e gente gritando, mas havia ainda pessoas vivas.
- Não espelho... Fazer uma pequena bagunça na vila não me é suficiente, daria trabalho demais e renderia pouco. - Digo e logo ele faz uma expressão irritada e se enche de rubor de vergonha. - Já me conhece, me de o seu pior. - Digo frio ele sorri, logo a imagem se escurece bastante e me mostra agora nu com pouco sangue.
Observo atento o lugar mais escuro já que não conseguia ver muito bem e tinha muito silêncio, vejo logo atrás de mim uma linda mulher de seios fartos e corpo esbelto degolada jogada na cama suja e suada, reviro meus olhos.
- Seduzir homens e mulheres para matá-los e roubar sua vitalidade já me é entediante. - Digo irritado, meu reflexo faz uma expressão contrariada e logo sorri largamente, a imagem fica mais clara, mas meu reflexo não estava próximo, estava mais atrás com um pequeno bebê que chorava e gritava, me irrito com a cena. - QUE PALHAÇADA É ESSA?! Era para saciar minha fome! Não me mostrar uma insanidade dessas! Eu jamais cuidaria de uma criança! - Grito com ele.
Ele coloca um dedo sobre os lábios e me pede silêncio, então ele chacoalha a criança com tanta força que ela começa a ficar tonta, o seu pequeno cérebro devia ter virado papinha, o bebê começa a vomitar e ficar sem fôlego, me vejo arranhado seu pequeno rosto macio, logo ele volta a chorar, meu reflexo sorrio e eu sorrio de volta, logo ele se levanta, pega o bebê pelo pés e começa a bater sem misericórdia a cabeça do bebê no chão e erguendo novamente o batendo no chão novamente, sangue se espalhava por todos os lugares do teto e parecia até que não havia mais cabeça na criança, seu crânio já havia rachado e parte de seu cérebro escorria para fora, logo meu reflexo se senta e começa a comer o que escorria da cabeça da criança, eu sorrio.
- Conseguiu me surpreender, muito bem, não conseguiria ter achado essa opção tão cedo sem sua ajuda, roubar a alma de uma pequena criança recém nascida, é fácil já que sua alma não está tão presa no corpo, é menos trabalhoso já que ela não tem como fugir e se defender, como sua alma é nova e sem experiência não me afetaria tanto e não me daria tantas emoções, além de que, quando mais jovem a vida, mais doce. - Digo sorridente, então lembro de um nome, um nome que odeio, será que ele já superou? - Espelho, me mostre Uchiha Madara, quero ver se quem são seus descendentes mais novos, vou devorá-los para fazer ele pagar por ter ousado me submeter ao seu domínio. - O meu reflexo sorri imensamente e mostra duas crianças treinando, logo depois mostra uma mulher com uma grande barriga, óbvio que estava grávida. - Ele tem filhos demais... Se eu pegar a alma de todos terei emoções... - Digo pensativo, então sorrio. - Vou ficar machucando eles devagar. - Digo decido.
O meu reflexo sorri parecendo animado, eu largo o espelho fazendo ele voltar ao normal, então saio de casa e caminho sutilmente até a vila, eu não me importo muito de me esforçar em excesso para me esconder, meus passos são muito leves e sou rápido demais para eles me acompanharem, corro leve e rapidamente até aonde me lembro ser a casa daquele Uchiha maldito e logo sinto a energia da mulher carregando uma energia mais pura dentro dela, sorrio e entro na casa em silencio vendo que ela não me percebe, me aproximo devagar e aperto um ponto em seu pescoço para que ela demaie, a deito na cama, tinha que ser cauteloso, não queria ter muitas complicações em fazer esse trabalho, aperto de leve e barriga dela e logo vejo um grande caule escuro espiritual com flores de orquideas roxs escuras, a maioria das pessoas possui sua energia vital mostrada como flores, suas cores, formas e tipos mostram sua essência, algumas flores são mais cumuns que outras, órquideas apenas não são comuns, mas não são nada muito unico, não me é imprecionante, não me intereço tanto por ver essas coisas.
Logo arrancou uma flor e vejo a mulher inconsciente ter um leve espasmo, havia apenas 5 florzinhas, se eu arrancar todas, o bebê morrerá dentro da barriga da mãe, como a energia e sinto minha barriga se aliviar da minha dor faminta, não me importo de matar o descendente de Madara, aquele verme merece por tudo que me fez, não era como se eu me importasse em matar uma criança inocente, contanto que atingisse Madara, não me importaria.
Ser um Kitsune é assim, nós não temos sentimentos, nenhum, apenas somos capazes de sentir raiva, ódio e dor, é um inferno, mas... Esses quase nenhum sentimentos se aliviam quando eu devoro uma alma, não é minha culpa ter nascido assim, eu não sou um humano que nasce tendo sentimentos de alegre e outras bobagens, eu sou um poderoso Kitsune, não preciso dessas emoções.
Não preciso entender o que é a felicidade ou o sentimento de possuir algum sentimento carinhoso.
Eu não preciso saber como é sentir o amor de um pai, ou como é ter um relacionamento de cumplicidade com um "amigo", eu não preciso entender o que é aquela teimosia que os tem quando vêm alguém que dizer "amar" se machucar e serem capazes de se sacrificarem para salvar outro, isso é inútil...
Eu... Eu não preciso entender o que é isso, estou melhor sozinho...
- Que irritante, odeio quando começo a comer e esses pensamentos ridículos invadem minha mente. - Digo arrancando mais uma flor e logo a devorando, me sentia quase sem dor, suspiro aliviado, se sobrar só uma flor, a mulher sofrerá um aborto, é provavel que a criança não subreviva, vai ser mais natural se ela morrer assim.
Pego uma terceira florzinha, engulo ela faminto, mas enquanto minha barriga se enchia meu coração se apertava, com um sentimento de vazio, como se faltasse algo... Me sentia... Sozinho.
- Ha!... Que ridículo! - Digo rindo de leve. - Solidão?! Patético! Sentimentos são estúpidos e imundos! Os desejos carnais repugnantes de vocês humanos! Essa solidária banal ridícula! Esse desespero por viver irrelevante! - Falo rindo e com certa raiva, estava prestes a arrancar a 4 flor de 5, a mulher morreria junto com a cria, eu ia me divertir assistindo. - Vocês humanos, nasceram com essa doença que chamam de emoções... - Falo agarrando a quarta flor, estava com fome ainda, com tanta, tanta fome, não doía mais, mas ainda estava faminto, mas não me movo ao sentir uma espada em meu pescoço.
- Se fizer mais algum movimento, eu lhe matarei. - Olho para o lado e vejo aqueles malditos olhos que conheço há anos.
- Madara Uchiha. Sabe muito bem que posso te matar aqui se assim eu quiser. - Digo logo desviando o olhar para não ter risco de ser afetado por seus olhos, os Uchihas estranhamente possuem esse poder nos olhos, é estranho um humano ter algum tipo de poder...
- Então porque você não vem lá fora comigo tentar?! - Ele pergunta irritado, eu rio debochado enquanto ameaço retirar uma pétala.
- Vocês mortais... Possuem esse instinto esquisito de proteger as crias custe o que custar... Esse sentimento nojento faz vocês mais fracos. - Digo enquanto cravo minhas garras na pétala, ele enfia mais a espada fazendo um corte superficial.
- Se fizer mais um movimento contra minha família, não hesitarei em cortar sua cabeça fora. - Ele diz me olhando estreito, suspiro aborrecido, então solto a flor e vejo o caule com as outras duas flores desaparecendo lentamente.
- Que irritante... Apenas vim atrás de um lanchinho, não estou com paciência para lutar. - Digo pegando sua espada entre os dedos a apertando com tanta força que a lâmina quebra ao meio. - Por hoje irei embora, mas não se preocupe, eu volto. - Digo sumindo dali, indo em um único passo para outro lugar com facilidade, afinal, minha velocidade é infinitas vezes maior do que a dos mortais, não me preocupo.
Inda estou faminto, preciso comer mais, um pouco mais, talvez eu devesse pegar um dos outros filhinhos de Madara, mas por enquanto é melhor não, eles iriam resistir, quero presas fáceis, não quero ficar perdendo tempo caçando, suspiro aborrecido, bem, me alimentei o suficiente para não sentir tanta dor, mas estou com fome e isso é muito incômodo, agora ex a questão! Ficar com fome por mais alguns dias até que eu sinta tanta dor que volte a caçar, ou ir pegar uma última presa e ter que lidar com ficar com um ou outro pequeno sentimento mortal? Ambas as opções são vergonhosas, mas eu acho que não vou ficar aguentando por muito mais tempo essa fome que me incomoda todos os dias, é muito mais humilhante algum dos meus servos me vendo me contorcendo de dor do que tento alguma emoção, pelo menos emoções são compreensíveis.
Olho para o céu, que tedioso, isso já está ficando irritante, mas pelo menos não tenho que lidar com ninguém me perseguindo com tochas e machados, pelo menos eu posso me alimentar em paz sem causar muito transtorno, Madara é orgulhoso demais para falar que permitiu que sua casa fosse atacada por mim e ele conviveu comigo por um longo prazo, sabe que quando eu não estou com vontade de ter trabalho, não há quem me faça fazer bagunça, menos claro se "certo alguém" me encha a paciência ou roube minha alma.
Fecho meus olhos e respiro fundo, preciso de uma pessoa cheia de vitalidade, o clã Senju e o Clã Uzumaki são os melhores nesse sentido, possuem vitalidade forte, mas o Clã Senju tem o Hashirama 24h por dia, não, não quero ter que lidar com aquele cara, melhor eu ir no clã Uzumaki, BEM melhor.
Começo a correr silenciosamente para uma área mais afastada até ver muros com o símbolo do clã Uzumaki dou um pequeno sorriso, minha fome poderá ser finalmente saciada, farejo com força o ar, então sinto um cheiro forte, vivido, cheio de energia e dois outros cheiros familiares.
- Hum... Uma criança com descendência Uzumaki e Senju, deve ter uma grande quantidade de vitalidade, deve ter mais do que o suficiente para me alimentar sem eu ter que me preocupar se vai acabar matando ou não a criança, não que eu me importe, mas uma morte repentina de uma criança de um clã poderoso pode me trazer muito trabalho depois. - Digo em tom satisfeito.
Logo entro no local e vou até uma grande casa me guiando pelo cheiro, observo por fora pela janela de fora a doce família, havia uma mulher de cabelos grandes e vermelhos, obviamente a Uzumaki e tinha um homem na qual me parecia familiar... É a energia dele é muito semelhante a de Tobirama Senju, esses humanos... Fazendo filhos feito animais, não me surpreende, será que foi um casamento arranjado? Não me parece, raramente os casamentos arranjados são felizes de verdade e eles parecem estar bem sorridentes.
A mulher parecia bem grávida, não tanto quanto a esposa de Madara, mas dava para ver uma boa barriga de grávida, fico observando eles comerem enquanto me mantenho à espreita me escondendo e mantendo oculta minha presença. Depois de um tempo, finalmente a mulher está sozinha.
- Vai ser uma presa fácil... - Digo sorridente.
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