31° - Reencontro!
Kaguya e Katsuo, frente a frente pela primeira vez, já que em seu encontro anterior no meio da região de campina dias atrás, Kaguya não possuía dimensão de tamanho poder que tal shogun exercia. Kaguya esbanjava raiva em seu rosto, seu pai, sua cidade, e seu povo sofriam com o ataque de tal general, e ainda por cima, a garota não havia visto sua mãe por perto, Kaguya pensou que talvez ela estivesse presa em algum lugar, ou que tivesse escapado de alguma forma, porém tais pensamentos de preocupação foram substituídos pela raiva que sentia no momento, ao ver seu inimigo a frente com um sorriso no rosto.
- Vou repetir. Quem é você? - questionou Katsuo.
- Kaguya Ishikawa, membra do Shinsengumi, filha do homem que você matou! - respondia Kaguya.
- Então essa é a garota que dizem ter sido admitida no Shinsengumi? - se perguntava Takanori ajeitando seus óculos.
- Isso é uma surpresa e tanto. - dizia Koga.
- A filha dos Ishikawa... Interessante, e você diz que vai me matar? - questionava Katsuo caindo na risada.
- Você vai pagar pelo que fez aqui! Acha que trazer uma nova guerra vai solucionar todos os problemas? Você é apenas um louco que não sabe o valor da vida de alguém! - dizia Kaguya aos gritos.
- Guerras e mais guerras fazem parte do dia a dia deste país, se não for eu, em outro lugar alguém estaria fazendo o mesmo, o modo de unificar o país instaurado após a guerra civil é uma farsa, eu dominarei todo o país com o poder dos deuses, e trarei comigo um período de verdadeira paz para todos. Esses shoguns que se dizem ser importantes relaxaram demais e ao ver um sinal de nova guerra, eles já não estavam mais prontos, isso é uma lastima para soldados que deram tanto trabalho... - afirmava Katsuo sacando sua espada.
- O poder dos Deuses... O que quer dizer com isso? - questionou Kaguya.
- Você ainda é muito jovem para entender isso garota, mas um dia você conhecerá tal poder. - respondia Katsuo.
- Isso tem a ver com a espada Oculta? Diga agora! - perguntou Kaguya com ainda mais raiva.
- Então você sabe sobre a técnica espiritual... Interessante, mas como eu disse você ainda é muito jovem para entender tudo isso. Quando eu obtiver aquele poder, o poder deixado pelos deuses antigos em suas relíquias, eu irei controlar todo o país, e assim, mostrarei como um verdadeiro líder deve ser... Irei mostrar o que significa a paz de verdade para o povo desta terra, irei controlar tudo, e todos irão me obedecer temendo todo o poder que possuirei... - respondia Katsuo rindo em seguida.
- Você é apenas um louco qualquer... Um louco por acreditar em tais histórias... Ninguém iria obedecer alguém como você, que pensa que pode destruir tudo em busca de poder como bem entender... Eu vou vingar minha cidade, meu povo, minha família... Eu não vou deixar você fazer o que quer! - gritou Kaguya com toda sua raiva avançando.
A garota se aproximou dando cortes rápidos e precisos obrigando Katsuo a se manter na defensiva, Koga e Takanori se afastaram dando espaço para os dois em meio ao salão. Ambos trocavam golpes fortes, porém Katsuo sorria durante a batalha. Kaguya desferia ataques pelas laterais e de cima para baixo, porém Katsuo movimentava sua espada bloqueando com exatidão cada um dos golpes de Kaguya.
A garota tentava acertar ataques precisos que terminariam a luta rapidamente, porém Katsuo se mantinha tranquilamente na defensiva, Kaguya tentou outro golpe cruzado, porém Katsuo bloqueou jogou a espada para o lado direito empurrando a espada de Kaguya e com um movimento, Katsuo desferiu um corte rápido, Kaguya por sorte conseguiu se abaixar, porém sua testa agora sangrava por conta da ponta da espada que lhe acertou. A garota aproveitou o chão e desferiu uma rasteira em Katsuo, porém o tal general saltou por cima de Kaguya e caiu do outro lado dando uma cambalhota e se colocando em pé novamente.
Kaguya correu para confronta-lo, porém novamente teve seu golpe cruzado bloqueado, sua raiva tomava conta do seu ser, e aos poucos seus golpes começavam a vir aleatoriamente, sendo assim fáceis de prever e serem evitados, Katsuo nem mesmo levava a sério tal luta devido à raiva da garota. Após se manter na defensiva, Katsuo bloqueou um golpe que acertaria a lateral de ser corpo, e com passos rápidos, o shogun desferiu um soco no estômago de Kaguya que caiu ao chão com muitas dores.
- Vamos... Eu sei que pode fazer mais do que isso garota samurai, me mostre todo o seu poder criança desonrada! - dizia Katsuo com um sorriso diabólico no rosto.
- Você... Eu ainda... Nem comecei... - dizia Kaguya se levantando aos poucos.
- É assim que eu gosto. - afirmou Katsuo sorrindo.
Katsuo riu e esperou Kaguya se recuperar e quando a garota estava pronta para atacar, tal shogun girou sua espada acertando fortes cortes no corpo de Kaguya, a garota conseguiu defender o primeiro que lhe acertaria pela horizontal na região do peito, porém o segundo cruzado de cima para baixo veio mais rápido lhe acertando, sangue jorrava pela sala real de seu pai enquanto Kaguya caia de joelhos no chão, ao olhar para frente Kaguya viu a espada de Katsuo com um fraco brilho vermelho, Katsuo ainda completou com um chute em seu rosto o que a jogou um pouco para trás com sangue escorrendo por seu rosto, seu uniforme exibia manchas de sangue que caia ao chão. Porém Kaguya mesmo com fortes dores, se levantou segurando sua espada pronta para continuar a luta.
- Eu admiro a sua coragem, a sua força para continuar, seus golpes são poderosos, mas contra alguém experiente você não tem chances garota. - afirmava Katsuo.
- E quem decidiu isso? Não importa se você é mais experiente ou menos experiente... Eu não vou parar até acabar com você. - afirmava Kaguya um pouco ofegante segurando firmemente sua espada.
Katsuo observava com atenção o rosto da garota, e logo partiu ao ataque, com sua espada sendo segurada por duas mãos, Katsuo dava golpes fortes e precisos em Kaguya, porém a garota que também segurava a sua com duas mãos conseguia bloquear alguns, porém não com tamanha precisão. Cada vez mais cortes foram surgindo pelo seu corpo, sua roupa foi rasgando deixando sua pele com sangue a mostra, porém Kaguya não desistia.
A garota tentava se posicionar e após defender sempre dava um ataque rápido e sutil quase sem força, Kaguya e jogou para o lado caindo no jardim lateral do lado de fora, e logo se levantando, Katsuo a seguiu, porém desta vez Kaguya foi ao ataque, à garota dava golpes rápidos com toda sua raiva e força, porém tais golpes não eram o suficiente para acertar em cheio Katsuo que se defendia com tranquilidade, até que por um breve momento, Kaguya lhe acertou de raspão no rosto.
Katsuo estranhou e viu algo que lhe deixou um tanto curioso, pois vindo da espada da Kaguya, o shogun sentiu uma fraco poder espiritual começando a despertar, Katsuo sorriu, Kaguya também sorriu ao ver uma breve chance de vitória, sua confiança aumentou e então voltou a atacar com ainda mais força usando tudo o que podia, porém Katsuo se defendeu de um corte e voltou a atacar com velocidade, primeiro Katsuo golpeou fortemente Kaguya a pressionando a ir para trás, e após se desequilibrar, Katsuo deu outro corte cruzado em Kaguya que caiu ao chão com uma ferida maior no corpo, a garota caiu e seu cachecol manchado de sangue voou para perto de uma moita.
- "Vejo que ela tem potencial para despertar a Espada Oculta, o sangue de Yasunori, acredito que você possa ter herdado a aptidão de seu pai ou algo assim, interessante... Pena que ela não chegará a realizar tal treino..." - pensava Katsuo consigo mesmo vendo Kaguya se rastejar pelo chão. - Adeus garota Ishikawa, mande meus cumprimentos a seu pai por mim! - dizia Katsuo pronto para dar o golpe final.
- M-merda... - dizia Kaguya enquanto Katsuo movia seu braço pronto para acertar a garota.
Quando tudo parecia ter fim, quando Kaguya achou que sua vida seria encerrada ali, e logo se juntaria a tantos outros de sua cidade que morreram nas mãos de Katsuo além de seu pai, algo impediu a espada de Katsuo. O shogun se surpreendeu ao ver tal homem bloqueando sua espada de chegar ao corpo de Kaguya, e com muita força, tal homem conseguiu empurrar Katsuo que deu alguns passos para trás. Koga e Takanori que observavam sem se moverem também ficaram surpresos. Aos poucos Kaguya se virava para ver o que havia acontecido e então se surpreendeu também, aquele velho Kimono marrom com braçadeiras pretas e uma luva em mãos, com seus cabelos cumpridos lhe era muito familiar.
- Sen... Sei? - se perguntava Kaguya ficando sentada no chão ainda com a espada em mãos.
Enquanto isso do lado de fora do castelo, o grupo de Hijikata começava aos poucos a se aproximar da entrada do portão de ferro, os homens do Shinsengumi já haviam resgatado toda a população sobrevivente e agora se dirigiam em peso para a entrada do castelo real, o grupo do governo ainda disputava contra soldados que entravam na frente para intercepta-los, e assim novos combates eram iniciados, e aos poucos os dois lados foram perdendo forças.
Enquanto o time de Hijikata se aproximava, a equipe de Okita chegava como apoio, o samurai de cabelos loiros golpeava com velocidade cada um dos seus oponentes, seus movimentos como um samurai eram precisos, defendia e logo atacava com total maestria, seus golpes rápidos impediam que seus atacantes pudessem se defender, Okita se movimentava atacando no ponto certo na hora certa, e assim, vencendo um a um seus inimigos o segundo em comando se aproximava de Hijikata.
Okita se protegeu de dois guerreiros que o atacaram em conjunto o pressionando e após empurra-los usando toda sua força, Okita desferiu um corte rápido em um dos homens e finalizou o outro com três golpes certeiros em seus pontos vitais. Após o combate, Okita se juntou a Hijikata na batalha em frente à ponte que ligava o portão de entrada do castelo real de Saitama.
Os arqueiros do Shinsengumi davam apoio atacando quem estivesse em cima das casas atirando precisamente em seus oponentes, Hijikata e Okita estavam juntos intercalando seus golpes de espada e derrotando vários Ronins pela frente, logo os dois ficaram de costas um para o outro e então, notaram que mais ao leste o som de passos de cavalos correndo podia ser ouvido, Hijikata sorriu junto com Okita e então partiram ao ataque novamente.
Enquanto isso no castelo, depois de inúmeros dias desde que saiu da cidade, Kaguya tinha ali seu reencontro com seu mestre Homura, que havia lhe salvado de uma morte certa, mesmo cheia de perguntas sobre a aparição de seu mestre depois de tanto tempo, Kaguya sabia que tais perguntas poderiam ficar para depois, enquanto isso, um dos homens adentrou o salão real para falar com os generais de Katsuo sobre um assunto envolvendo a cidade.
- Francamente... Sei que esta com muita raiva, mas invadir o castelo sozinha desse jeito foi irresponsável de sua parte. - afirmava Homura encarando seu oponente.
- Homura... O que veio fazer aqui? Eu já paguei a minha divida com você. - dizia Katsuo rindo.
- É eu notei... Confesso que eu vim aqui fazer o que a garota iria fazer... Mas ao vê-la entrando desesperada neste lugar, minha missão mudou, Kaguya eu vou te tirar daqui. - dizia Homura com seriedade.
- Hahahaha! Ficou sentimental Homura? - questionava Katsuo rindo.
- Se quiser pode pensar assim, eu só vim corrigir um erro que cometi, nada mais. - respondia Homura surpreendendo Kaguya.
- Acho que você não vai... - dizia Katsuo sendo interrompido por Koga.
- Senhor! Recebemos um relatório de um dos nossos homens, parece que tem uma tropa vinda do leste! - alertava Koga.
- Reforços... Vão! Eliminem eles, montem um cinturão de defesa no leste com os melhores arqueiros e guerreiros, impeçam também o avanço de Hijikata e seus homens! E se preparem para uma evacuação de emergência. - ordenava Katsuo enquanto Takanori e Koga saiam correndo. - Agora... Hora de resolver as coisas aqui. - concluía Katsuo encarando Homura.
Os dois generais logo trataram de montar um pequeno esquema, com ajuda de alguns homens que ainda estavam do lado de dentro, os dois generais pegaram diversos moveis e materiais inflamáveis, assim como barris de saquê e os organizaram do lado de fora da entrada do castelo os espalhando formando quase que uma barreira de coisas que posteriormente seriam destruídas pelo plano de tais homens, Koga indicou para trazerem arcos e flechas para os generais e assim o fizeram.
- Consegue ficar de pé? - questionou Homura para Kaguya.
- Um... Pouco... - dizia Kaguya se levantando.
- Então saia daqui, me espere nos túneis. - alertou Homura.
- Não... Não posso deixar o senhor sozinho nessa... - dizia Kaguya ficando ao lado do mestre.
- Nesse ritmo você só vai atrapalhar. - alertou Homura.
- Garanto que não vou... - afirmou Kaguya sentindo dores por todo o seu corpo.
- Se já acabou a reunião de vocês, hora de darem adeus a este mundo. - gritou Katsuo ativando sua Espada Oculta, onde sua espada emitia um intenso brilho vermelho.
- Espada Oculta: Kaminarikatto... O Corte Relâmpago! - dizia Homura ativando seu poder, onde sua espada emitiu um intenso brilho dourado.
Ao se encararem, Homura e Katsuo partiram ao ataque com velocidade, os dois samurais trocavam golpes rápidos usando o espaço que possuíam. Com movimentos rápidos de suas pernas, os dois procuravam sempre uma posição favorável para se defender e atacar, ataques cruzados foram desferidos com uma grande velocidade, ambos tentavam acertar um ao outro, Katsuo dava golpes principalmente pelas laterais, porém Homura conseguia bloqueá-los, e em sequência desferir ataques rápidos, o mestre de Kaguya atacava dando cortes por cima e por baixo, porém Katsuo também se defendia com precisão.
Ao desviar de um corte na horizontal inclinando seu corpo para traz, onde a espada de Homura passou a centímetros de seu rosto, Katsuo foi surpreendido Homura que se movimentou com velocidade e assim desferiu um corte na horizontal por baixo atingindo em cheio seu oponente que sangrava com tal ferimento, após dar um rolamento para frente, Homura ainda acertou mais dois cortes cruzados obrigando Katsuo a dar passos para trás, porém ao mesmo tempo em que atacava, Homura foi acertado sem notar em seu braço esquerdo que sangrava. A espada Oculta de Homura o permitia atacar com tremenda velocidade como se fosse um verdadeiro relâmpago, sua força e velocidade aumentavam se comparando com a de Katsuo, onde sua habilidade aumentava apenas seu poder de ataque e pouca sua agilidade.
Os dois voltaram a se confrontar dando golpes potentes um no outro, seus ataques estavam mais ferozes, mais rápidos, Kaguya mesmo ofegante e quase desmaiando tentava se manter acordada prestando atenção a cada golpe, ao notar os movimentos de Katsuo, Kaguya correu para atacar também. Ao se aproximar logo após ver seu mestre sendo atingido por um golpe cruzado de Katsuo que quase pegou em cheio, Kaguya começou a desferir ataques obrigando Katsuo a se manter na defensiva, mas isso não durou muito tempo e afinal, por conta de seus ferimentos, seus ataques estavam nitidamente muito mais fracos que antes.
Katsuo atacava Kaguya com ainda mais força, a garota não iria aguentar, até que Homura interveio novamente bloqueando alguns golpes que a atingiram fatalmente, em seguida, a dupla de mestre e aluna se movimentaram atacando seu oponente intercalando seus movimentos, seus passos durante o combate eram como se fossem de mais um dia de treino e assim Katsuo possuía dificuldade em se defender de dois oponentes principalmente dos golpes desferidos por Homura, já que a espada de Kaguya não se tornava tão efetiva e neste ponto, estava servindo apena para distrair seus movimentos, porém o shogun inimigo sabia que um deles estava gravemente ferido, e se aproveitando disso, Katsuo bloqueou a espada de Homura, e com um giro de seu corpo. Tal shogun acertou outro corte em Kaguya que foi ao chão caindo de joelhos.
Aproveitando o momento de abertura, Homura conseguiu atingir Katsuo, o corte atingiu em cheio do seu ombro direito a cintura do lado esquerdo, Katsuo sentiu a lâmina de Homura o perfurando, e em seguida, Kaguya se aproximou e pronta para golpeá-lo, a garota conseguiu atingir um corte no rosto de Katsuo que atravessou seu rosto passando por seu nariz formando uma fina linha de sangue. Katsuo por pouco se jogou para traz desviando do golpe da garota que pegou de raspão novamente.
Com muita raiva, tal shogun se posicionou e com sua espada em mãos e sua energia espiritual fluindo por sua espada vermelha, tal shogun atacava com ainda mais velocidade e força, aos poucos Homura era atingido também por fortes golpes, porém ainda conseguindo bloqueá-los graças a sua espada dourada, Kaguya não ficou parada, porém seus ferimentos já a deixavam quase sem forças para continuar, foi quando algo aconteceu, Kaguya sentiu uma energia estranha fluir por seu corpo passando para sua espada, e logo algo como uma mão segurou a sua, Kaguya se assustou e olhou para traz para ver quem era e não viu nada além de algumas folhas lhe tocando, sem entender muita coisa, Kaguya segurou sua espada e correu para ajudar Homura.
Katsuo e Homura lutavam mais a atrás de onde estava Kaguya, a garota se aproximou com velocidade, sua espada emitia um fraco brilho rosa novamente e assim ao se aproximar, Katsuo notou Kaguya, afastou Homura e logo bloqueou o golpe da garota que aos poucos usava toda sua fúria para ganhar espaço na batalha, aos poucos Kaguya conseguia empurrar Katsuo para trás, Homura se surpreendeu com aquilo saindo da espada de Kaguya, o mestre da garota além do brilho rosa conseguia ver pequenas pétalas de cerejeira circulando em torno da espada, porém sabia que nas condições atuais ela não teria chances mesmo com tal fato estranho acontecendo.
Katsuo afastou Kaguya e novamente a golpeou fortemente, porém desta vez, Kaguya não resistiu e caiu desmaiada no chão, Homura então notou que o ataque repentino de Kaguya havia causado uma rachadura na espada de Katsuo, ao ver tal ponto, Homura concentrou todo seu poder na espada, e correu ao ataque, Katsuo se virou e correu para interceptar seu oponente, porém mirando na rachadura, Homura conseguiu quebrar a espada de Katsuo para sua surpresa, porém a de Homura também rachou e mais cortes surgiram em seu corpo o que o levou ao chão, sangue escorria de suas feridas enquanto Katsuo o observava com fúria, durante o impacto das espadas, Katsuo ainda conseguiu desferir ataques rápidos com o pouco de lâmina que sobrou na empunhadura de sua arma.
- Certo a festa acabou... Vocês deram trabalho, ou melhor, você Homura, a garota tem potencial, mas ela não irá além daqui. - afirmava Katsuo pegando a espada de um dos homens mortos por Kaguya que estava no chão próximo.
Do lado de fora, as forças do leste de uma província próxima a Saitama se aproximaram adentrando cada vez mais a cidade, junto com o Shinsengumi, uma enorme batalha se iniciou novamente em Saitama, as forças do enorme exército de Katsuo se concentravam em sua grande parte a frente do castelo e em volta, Takanori e Koga comandavam as tropas de longe dando ordens e mais ordens e assim seus homens conseguiam resistir, o cinturão de defesa foi feito pelos homens de Katsuo no leste e assim conseguiam segurar a maioria dos soldados que chegavam a quase 150 homens com espadas e lanças em mãos, um dos lideres de tal time de guerreiros que conseguiu passar pelo cinturão de defesa feito pelas tropas de Katsuo, indicou para o Shinsengumi seguir em frente, pois iriam segurar as forças inimigas o máximo possível.
Dentro do castelo, alguns soldados do time de reforço adentrou o local pelos tuneis e ao verem Katsuo logo correram para confronta-lo o impedindo de finalizar Kaguya e Homura que estavam caídos no chão. Katsuo entrou em um combate intenso contra tais homens, e mesmo ferido, Katsuo se tornava um oponente mortal. Vendo que Katsuo estava distraído lutando com cerca de 7 homens descansados, Homura viu ali a oportunidade de fugir.
O samurai desativou sua habilidade espiritual embainhando a espada rachada em sua cintura, pegou Kaguya desacordada e muito ferida no colo, e mesmo com ferimentos, ambos aos poucos corriam rumo a saída perto da árvore no jardim, Katsuo viu os dois indo embora aproveitado a confusão, porém ao finalizar seus oponentes com sua Espada Oculta, o shogun não se preocupou com Homura e a garota e sim com as relíquias, Katsuo correu para o salão real e em seguida guardou a Espada do deus Susano na cintura com sua bainha, e prendeu com uma longo pano o espelho da deusa Amaterasu em suas costas como se fosse um escudo e então correu para a frente onde estava seus generais, e assim repassou novas ordens.
Hijikata e seus homens correram para entrar no castelo e salvar a família real, porém logo foram parados por flechas em chamas que foram disparados por Koga e Takanori, ambos aproveitaram a confusão antes dos reforços e Hijikata se aproximarem, e espalharam um barril de saquê perto da entrada junto com pedaços de móveis e materiais inflamáveis como panos e papéis, em seguida ambos atearam fogo impedindo o avanço do esquadrão de Hijikata. As chamas rapidamente se alastraram por toda a entrada formando uma muralha de fogo consumindo a madeira, do outro lado, Koga encarava Hijikata com um olhar de fúria, e Okita olhava atentamente para Takanori que passava um olhar que dizia: "Vocês perderam Shinsengumi".
Logo depois ambos viram Katsuo com armas pelo corpo e bastante ferido, as armas em sua cintura e costas chamaram a atenção de Hijikata que logo se colocou em defensiva, pois Takanori ergueu uma flecha em chamas em sua direção, ao pensar que seria o alvo, Takanori apontou para cima como se estivesse mandando um sinal em meio aos céus.
- O que é isso? - se perguntava Hijikata olhando para cima.
Ao verem a flecha em chamas pelo céu próximo ao castelo, os homens de Katsuo logo trataram de recuar, todos sabiam que se um sinal de fogo fosse visto em meio a uma invasão seja ela feita por qualquer lado, era um sinal para recuar e reagrupar. As tropas de Katsuo no leste logo foram reforçadas e assim conseguiram abrir um caminho em meio aos reforços que resistiam e passar com velocidade usando os cavalos. Os reforços ignoraram tais homens e se concentraram em eliminar os soldados que ainda estavam no centro da cidade.
- Vamos aproveitar a confusão senhor, não temos por que defender essa cidade, já temos o que queríamos. - afirmava Koga.
- Eu concordo, deixem que o governo limpe nossa bagunça como sempre fazem, vamos. - afirmou Katsuo começando a correr.
- Esperem! - gritou Hijikata sendo impedido pelas fortes chamas que queimavam tudo logo à frente.
Katsuo e seus generais correram para dentro do castelo indo para a entrada dos corredores do jardim, Hijikata e Okita se entre olharam e pularam a parede de fogo, porém seus sobretudos logo foram jogados fora, pois queimavam com as chamas, Hijikata e Okita correram pelo castelo procurando Katsuo, até enfim chegar aos fundos e não ver mais ninguém, apenas uma pilha de soldados aliados e inimigos no chão, espadas quebradas no meio do jardim, sangue, e o corpo de Yasunori caído perto do lago.
- Chegamos tarde demais... - dizia Okita.
- Merda Katsuo! - gritou Hijikata fechando seu punho.
Os dois se lamentaram e se irritaram com tudo acontecendo, alguns outros homens das forças aliadas se aproximaram depois de alguns minutos apagando o fogo da entrada com água do rio, e assim Hijikata deu a ordem para um grupo grande adentrar o túnel e seguir Katsuo, aproveitando que tal shogun estava ferido pelo que pôde ver de relance, Hijikata acreditava ter uma chance de derrota-lo. Os homens logo obedeceram e um grupo de 30 soldados adentrou os túneis subterrâneos seguindo por várias direções em busca de seu alvo.
Okita questionou Hijikata sobre Kaguya e logo os dois passaram a procurar por todo o castelo, e toda a região em volta, porém não haviam visto nem sinal da garota, ao olharem no jardim lateral onde a batalha anterior aconteceu ambos viram pedaços do uniforme do Shinsengumi com marcas de sangue espalhados pelo chão e parte de um cachecol rasgado perto de uma moita, Hijikata pegou o cachecol nas mãos e notou ser o mesmo que Kaguya usava no dia a dia.
Hijikata não queria acreditar no ocorrido, porém o paradeiro de Kaguya ainda era um grande mistério, e se Yasunori estava morto, onde estaria Kushina neste momento? Muitas perguntas passavam pela mente do capitão do Shinsengumi, que agora decidiu se dedicar em ajudar suas tropas e assim salvar o povo que aguardava na floresta.
Depois de quase 3 horas após a invasão na cidade, as batalhas se encerraram, as forças do Shinsengumi que vieram a Saitama contava com apenas 15% da unidade que chegou a cidade, os reforços um pouco mais, a maioria dos soldados de Yasunori que não conseguiram fugir, ou estavam mortos, ou havia sido presos pelas forças aliadas. Do lado de fora da cidade, alguns soldados do Shinsengumi e a população que conseguiu escapar, aguardavam ordens com expressões de medo e preocupação.
Ao longe, as tropas de Katsuo que antes somavam quase 900 homens, e devido às três batalhas recentes haviam perdido soldados, somando agora quase 250 se reagruparam ao norte de onde estavam perto da fronteira com outra província, Katsuo e seus generais chegaram logo depois e indicaram para todos seguirem até um conjunto de vilarejos próximos, tais vilarejos segundo Katsuo era de um ex-general que atuava em sua facção durante a guerra civil do passado e secretamente lhe ajudava quando preciso, Katsuo alegou que seus ferimentos poderiam ser um problema e decidiu se recuperar primeiro para depois seguir viagem. Todos concordaram e logo seguiram viagem deixando para trás a província de Saitama.
- Senhor Hijikata! - dizia Kishizawa se aproximando. - Não vimos sinais da família real ou de Kaguya. Procuramos por toda cidade. - concluía o homem.
- Certo bom trabalho, faça outro time procurar nas redondezas fora da cidade e relatar. - alertou Hijikata passando novas ordens.
- SIM! - disse Kishizawa correndo.
- Senhor! Achamos isso aqui perto do salão real. - afirmou outro soldado do Shinsengumi entregando um pergaminho para Hijikata.
Ao abri-lo, Hijikata notou ter dois papéis enrolados juntos, ao observar o conteúdo, Hijikata se espantou principalmente com o segundo.
- Algo de ruim? - questionou Okita.
- Mais ou menos... Precisamos voltar e relatar, se for o que está escrito aqui... Teremos problemas. - respondia Hijikata ficando sério.
Kyoto, fim da tarde.
Enquanto o sol desaparecia no horizonte da capital do país, enquanto a operação em Saitama chegava ao fim, a capital permanecia agitada, cerca de dois times do Shinsengumi patrulhavam as ruas da capital, nas saídas da cidade e no castelo do Daimyo a segurança havia sido reforçada com os soldados reais, outros membros do Shinsengumi cuidavam do enorme quartel do esquadrão enquanto outros saiam em missão.
No meio da cidade, Matsudaira, Yamaguchi e Maeda, caminhavam a passos rápidos pela avenida principal de Kyoto. Matsudaira havia recebido uma mensagem de alguém queria vê-lo na entrada da cidade, e como a segurança estava intensa, viajantes de outras províncias da terra do sol nascente eram barrados e para entrar, teriam que passar por uma revista rigorosa.
- Alguma noticia de Saitama? - questionou Matsudaira.
- Nada ainda senhor! Porém Kondo está retornando, um mensageiro chegou mais cedo vindo de Mie. Kondo conseguiu achar algo, porém preferiu dizer pessoalmente. - respondia Yamaguchi.
- Sem problemas, em breve vamos descobrir o que aquele miserável do Katsuo quer com esses ataques. - dizia Matsudaira.
O trio depois de alguns minutos andando em meio a cidade com olhares sérios, finalmente se aproximava dos portões de entrada da cidade de Kyoto e logo viram um grupo de soldados do Shinsengumi fazendo a guarda de alguém, junto com os guardas algumas mulheres e mais outros dois soldados se faziam presente o que deixou Matsudaira com um olhar de tremenda curiosidade, ao se aproximar mais ainda do grupo, Matsudaira se surpreendeu com quem viu.
- Então você conseguiu fugir... Estou impressionado com isso, bem vinda a Kyoto... Senhora Kushina Ishikawa. - dizia Matsudaira se curvando em respeito.
- Por favor, senhor Matsudaira... Preciso de sua ajuda. - dizia Kushina com uma expressão triste.
- Vamos até o castelo. - dizia Matsudaira.
E assim, o trio guiou Kushina e seus súditos para o castelo do Daimyo onde seria mais seguro, Matsudaira já imaginava que o pior havia acontecido em Saitama e a preocupação com o time de Hijikata aumentava ainda mais.
Enquanto Hijikata e Okita começavam a entender os planos de Katsuo, enquanto o temível shogun reagrupava indo para uma vila em outro lugar. Homura havia conseguido salvar Kaguya bastante ferida e assim, o mestre da garota caminhava lentamente rumo a um lugar desconhecido.
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