28° - A Batalha por Saitama!
Momentos antes de Yasunori ficar sabendo do ataque, o exercito de Katsuo marchava a toda velocidade rumo à entrada da cidade, inúmeros soldados portando suas armas rumo a mais uma batalha, a mais uma conquista de seu líder. Há três dias, o grupo de Katsuo havia interceptado dois times do Shinsengumi, enviados para que pudessem identificar a localização deles e relatar depois ao esquadrão principal em Kyoto, porém tais guerreiros não sobreviveram aos ataques das forças de Katsuo que inevitavelmente entraram em confronto, após o ocorrido Katsuo e sua tropa prosseguia seu caminho com tranquilidade.
Além de tal interrupção por parte das forças de Kyoto, Katsuo ainda invadiu a capital de uma das províncias que faziam fronteira com Saitama, tal cidade estava no caminho, e Katsuo não pôde evitar o combate. O líder de tal cidade realizou uma investida surpresa contra Katsuo e contra as ordens de se manter em espera do Shinsengumi e assim, uma batalha que durou alguns dias se iniciou, porém Katsuo e sua tropa se saíram vitoriosos perante tal ataque surpresa, e depois de reagrupar por mais dois dias, Katsuo enfim seguiu seu caminho.
Porém alguns membros do pequeno esquadrão do Shinsengumi que sobreviveram aos ataques de Katsuo conseguiram escapar e agora, se mantinham escondidos apenas vigiando os movimentos de seu inimigo, ao saberem a direção que seu oponente estava tomando os dois sobreviventes correram de volta para Kyoto.
O temido general das terras do sul agora estava um pouco mais a frente dos portões de entrada de Saitama, a observando atentamente do alto de uma colina junto com seus dois generais, logo atrás seu exercito se posicionava pronto, apenas aguardando suas ordens.
- Como faremos senhor? - questionou Takanori.
- Koga? - questionou Katsuo.
- Pelo que sei desse lugar pelas informações de Homura, a cidade tem inúmeros pontos de escape subterrâneo, são vários se comparados as outras cidades, porém a cidade inteira tem aberturas pela floresta e pelo parque das cerejeiras, a quantidade de soldados que eles tem possuem força considerável porém comparado ao exercito que montamos em outras províncias acredito que possamos atacar pelos lados e depois usar uma investida frontal, deixaremos homens vigiando cada uma das entradas escondidas para evitar fugas e depois os moveremos para dentro da cidade para vigiar quem conseguir sobreviver. - respondia Koga formulando seu plano.
- Interessante... A relíquia está em algum lugar do castelo, se eu fosse alguém como Yasunori, eu a esconderia no lugar mais obvio possível. - dizia Katsuo.
- O salão de reuniões do castelo. Um lugar onde o shogun sempre fica, um ótimo esconderijo tendo em vista que mais ninguém entra no lugar sem autorização. - dizia Takanori.
- Exato meu caro... Pelo que eu me lembro desse castelo ele não guarda esconderijos no subterrâneo, ele sabe que alguém poderia usar as entradas da cidade e roubar algo, então à relíquia ficaria sob sua vigília, de um lugar seguro, onde apenas o mesmo poderá ver. Usaremos a tática que usamos em Wakayama, não vamos poupar esforços, iremos com força total, e teremos aqui uma gloriosa batalha... Vamos homens! Ergam suas espadas, o inimigo está a nossa frente! Destruam Saitama! - gritava Katsuo enquanto seus soldados gritavam empolgados.
Em seguida, Katsuo sacou sua espada, e com seu cavalo, o general seguia em frente a toda velocidade, seus generais vieram depois indo para lados opostos enquanto o exercito se dividia seguindo seus três lideres.
Nos portões da cidade, os guardas de vigília viram a movimentação e começaram a gritar ordens sobre invasão, o sino da cidade perto do portão foi tocado indicando inimigo. As pessoas da cidade de Saitama começavam a correr de medo desesperadas, os soldados guiavam a todos indicando para saírem da cidade usando outras partes da mesma, dentro do castelo, Yasunori foi alertado sobre a invasão e logo tratou de pegar sua armadura de guerra e assim suas espadas.
Rapidamente o exercito de Katsuo ganhou espaço adentrando os limites da cidade, seus homens atravessaram os portões tendo seu líder a frente, e assim a batalha de Saitama teve início. O exercito da cidade contra as tropas de Katsuo disputavam uma batalha intensa, espadas e lanças ganhavam espaço no meio das ruas de Saitama, em meio ao caos as pessoas tentavam se proteger de alguma maneira, as crianças corriam junto com seus pais, todos estavam assustados demais com tudo aquilo, o que era para ser mais um dia normal em suas vidas acabou virando do avesso com uma pequena guerra sendo travada no local.
Enquanto Katsuo seguia reto rumo ao castelo, Koga e Takanori dominavam as outras áreas da cidade, o parque perto da arena de batalhas, e os subúrbios de Saitama, onde a escoria da cidade se localizava, rapidamente virou um campo de batalha mortal, os dois generais lideravam suas tropas rumo ao castelo, determinados a fazer um cerco no lugar, e encurralar seu líder de forma com que a invasão no castelo se fizesse mais fácil.
No castelo de Yasunori, os portões foram fechados, os arqueiros se posicionaram prontos para interceptar seus alvos que aos poucos, começavam a ganhar espaço em meio a enorme cidade, do alto do último andar do castelo, Yasunori observava toda a destruição tomar conta de sua cidade, seu ódio e sua fúria vendo seu povo sofrer lhe deixava com um sentimento que não podia explicar, ao seu lado, Kushina se aproximou, desta vez, a mulher usava um Kimono diferente do habitual, tendo mais espaços para suas pernas se movimentarem lhe dando um pouco mais de mobilidade para correr.
- Isso é terrível... - dizia Kushina olhando a cidade.
- Sim... Katsuo finalmente chegou até aqui... - dizia Yasunori.
- Aquele temido shogun que causou danos no sul do país? O que ele quer atacando Saitama? - questionava Kushina.
- Sim ele mesmo, e eu não sei o que ele busca aqui... - respondia Yasunori. - Kushina... Saia daqui pelos túneis o mais depressa possível, leve quantos você conseguir e fuja da província, não podemos permitir que os Ishikawa caiam todos aqui... Vá para Kyoto, lá você estará segura... - dizia Yasunori.
- Não, eu não posso deixar você aqui... Não sozinho... - insistia Kushina.
- Não se preocupe, eu sei me virar, e tenho a melhor guarda comigo... Vá, siga reto pelo corredor, que você sairá dentro das montanhas ao norte, de lá siga para onde Matsudaira está e o avise. - dizia Yasunori abraçando sua esposa.
- Eu não vou! Não posso sair sem fazer nada! Já não basta sobre Kaguya agora isso! - dizia Kushina às lágrimas.
- Não se preocupe! Agora vá! Eu protegerei nossa terra, você e meu povo, e se eu cair precisamos de alguém como você para liderar! Por favor, escute o último desejo deste velho que vos fala. - insistia Yasunori. - Às vezes... Eu penso nela sim... Porém... Não posso voltar atrás nos meus princípios, nas minhas decisões, esse é um caminho sem volta... Mesmo com tudo isso... Eu fico feliz que ao menos ela esteja longe de tudo isso. - concluía o homem olhando atentamente para Kushina.
- Y-yasunori... Você...
- Vá Kushina! Seja o futuro que nosso povo espera! - dizia Yasunori enquanto dois guardas levavam Kushina para fora.
A mulher deu uma última olhada para seu marido e logo depois de pegar algumas roupas, Kushina e suas empregadas foram acompanhadas por cinco guardas até a saída que ficava atrás da cerejeira no jardim, rapidamente o grupo de mais ou menos 15 pessoas adentrou os corredores subterrâneos seguindo com pressa até as montanhas descritas por Yasunori.
Enquanto isso, Yasunori segurou firmemente suas espadas em sua cintura enquanto olhava atentamente para frente, de longe, o shogun líder de Saitama via seus homens lutando bravamente para proteger seu povo, suas casas, seu lar, lutando para salvar vidas de um temível inimigo que ameaçava a vida de todos ali presentes.
- "Com vocês longe daqui... Eu não terei por que me segurar... Nunca pensei que algo de ruim, que sua desonra viria ser a sua salvação neste momento..." - pensava Yasunori enquanto lembrava-se de Kaguya.
Enquanto isso, Katsuo se aproximava do castelo com um enorme sorriso no rosto, no caminho alguns soldados tentaram impedir o avanço do shogun, porém nenhum deles foi páreo para a força de Katsuo, os soldados caiam mortos no chão. Os arqueiros em cima das torres do enorme portão de ferro que separava Katsuo do castelo, atiraram em direção ao shogun acertando seu cavalo que caiu no chão, porém Katsuo deu um salto pousando no chão após dar um rolamento para frente, evitando assim danos na queda, porém o shogun logo tratou de usar o corpo do cavalo como escudo para se proteger das flechas.
Katsuo sabia que de onde estava enfrentar os arqueiros poderia ser um perigo quando em grandes quantidades, porém tal samurai não precisou esperar muito, pois de cima das casas próximas, seus arqueiros logo trataram de acertar suas flechas revestidas com veneno em seus oponentes, uma batalha de ataques a distância se fez presente, tendo aliados e inimigos caindo conforme as flechas cruzavam os céus. Após quase 10 minutos de uma chuva de flechas os portões se abriram, para surpresa de Yasunori.
Alguns soldados da entrada haviam invadido o castelo pelos túneis subterrâneos e assim derrotado os guardas da entrada, a batalha foi intensa, porém os guardas de Yasunori foram pegos de surpresa, e assim, os portões de ferro foram abertos, permitindo a passagem de Katsuo que caminhava tranquilo com um sorriso no rosto.
Enquanto isso, o grupo de Kushina seguia firme pelos corredores indo em linha reta em direção as montanhas, três dos cinco guardas ficaram para trás, pois viram um grupo se aproximando e assim uma batalha nos túneis se iniciou, os guerreiros com suas espadas lutavam bravamente tentando ao máximo ganhar tempo para os outros fugirem, o som das espadas ganharam espaço no silêncio do escuro corredor subterrâneo iluminado por tochas que carregavam consigo, Kushina e algumas das empregadas logo trataram de seguir o mais rápido possível seus caminhos, se afastando o máximo que podiam do lugar, por mais que a preocupação com Yasunori e seu povo estivesse elevada, Kushina sabia que agora, o melhor a se fazer para alguém não combatente era correr e se salvar..
Do alto do castelo, Yasunori não ficou parado vendo tal cena, rapidamente, o shogun líder de Saitama sacou suas duas espadas e caminhou até a beirada da varanda onde estava olhando atentamente para seu oponente logo abaixo. Em seguida, ao ver Katsuo apontando a espada em sua direção, Yasunori deu meia volta e começou a descer as escadas, no caminho alguns homens de Katsuo começavam a entrar no castelo, enquanto descia as escadas, Yasunori usava toda sua habilidade como samurai de lâminas duplas, e golpeava um a um seus inimigos.
Um deles sofreu um corte duplo que quebrou sua lâmina ao meio ao mesmo tempo em que caia no chão, em seguida, outro se aproximou, porém Yasunori deu um giro desviando do golpe e assim ,desferiu uma estocada nas costas de seu oponente, seguido por um corte cruzado. Ao descer as escadas do segundo andar, mais dois surgiam a sua frente, porém Yasunori pulou direto das escadas caindo no chão do primeiro andar e em seguida começou a confrontar os homens, os três guerreiros trocavam golpes rápidos, porém Yasunori possuía certa vantagem. Não demorou muito para que os dois homens caíssem mortos no chão golpeados por golpes rápidos das espadas de Yasunori.
Após mais cinco minutos de combates dentro do castelo, onde Yasunori conseguiu derrotar os que entraram no local, o shogun agora se encontrava do lado de fora, em frente ao jardim frontal, onde seu oponente lhe espera com um sorriso no rosto, Katsuo observou atentamente o olhar de fúria de Yasunori, sua armadura azul estava com sangue de seus oponentes derrotados e suas mãos seguravam firmemente suas espadas.
- Yasunori Ishikawa... É um prazer revê-lo. - dizia Katsuo.
- Katsuo Nobuhara... Desde a guerra civil que não nos vemos... - dizia Yasunori apertando fortemente a empunhadura de suas espadas.
- Sim, a guerra... Quase saímos vitoriosos naquele dia... Se não fosse por vocês, liderados pelas forças de Toyotomi Hideyoshi... Quase dominamos esse país com nossa força... Estávamos tão perto... - dizia Katsuo.
- Sua loucura acaba aqui Katsuo, o que você quer? - questionava Yasunori se pondo em posição de combate.
- Você sabe o que eu busco, afinal ela está com você não? A Segunda relíquia dos três tesouros Sagrados... Será minha... E assim, eu conquistarei a gloria de ter esse país na palma de minhas mãos, com tamanho poder espiritual dos deuses que possuirei. - dizia Katsuo com um sorriso malicioso.
- Como você soube disso? Que seja! Nem mesmo você aguentaria tanta força assim... Você está louco... E eu irei por um fim a sua loucura! - gritava Yasunori correndo ao ataque.
- Essa eu quero ver... Nem mesmo você poderá me impedir! - gritou Katsuo pronto para a batalha.
Yasunori se aproximou desferindo um golpe duplo que fez com que Katsuo posicionasse sua espada na horizontal bloqueando os golpes, Yasunori pressionava Katsuo com golpes rápidos, suas lâminas se movimentavam cortando o ar e a tingindo com força o shogun inimigo a sua frente. Katsuo bloqueava com exatidão cada golpe, porém alguns arranhões foram feitos em seu rosto o que lhe arrancou um sorriso. Após bloquear mais de golpes seguidos, Katsuo girou seu corpo se esquivando de outro corte duplo, em seguida, o samurai começou a atacar.
Desta vez mesmo tendo a vantagem de duas espadas, Yasunori era pressionado fortemente, pelos poderosos golpes de espadas de Yasunori, a lâmina de seu oponente se tornava rápida e feroz a cada golpe dado. Com seus pés Katsuo se movimentava bem usando o espaço que tinha para golpear com ainda mais força, mantendo assim um equilíbrio quase que perfeito durante seus ataques.
Já Yasunori, tentava se movimentar para os lados desviando dos golpes e assim, achar um meio de voltar a atacar, porém Katsuo se movimentava bem e desta vez impedia qualquer avanço por parte de seu oponente, porém Yasunori não desistia, com uma de suas espadas, o shogun de armadura azul bloqueou um forte golpe que o deixou de joelhos no chão, em seguida, com sua mão esquerda, o samurai conseguiu desferir uma estocada rápida em Katsuo que o obrigou a pular para trás para se esquivar. Aproveitando o momento, Yasunori voltou a atacar, desta vez o shogun se movimentava com velocidade, seus golpes duplos deixavam a luta em pé de igualdade, porém Katsuo também não cessava seus ataques.
Os dois shoguns trocavam golpes intensos percorrendo toda a extensão dos jardins e adentrando agora o corredor lateral do castelo que levava ao jardim dos fundos. Katsuo e Yasunori trocavam golpes com velocidade, aos poucos danos foram surgindo em seus corpos e armaduras, marcas de sangue se tornaram cada vez mais presentes.
Não demorou muito para que os dois samurais tomassem certa distância um do outro, e logo depois de se encararem, os dois voltaram a trocar golpes intensos, o barulho das espadas ecoava pelo local os dois entraram em uma luta cada vez mais feroz a cada golpe trocado, porém aos poucos a vantagem das lâminas duplas de Yasunori foi se perdendo, e Katsuo começou a ganhar mais espaço, mesmo recebendo inúmeros golpes de seu oponente, Yasunori conseguia ainda atacar e se manter ativo no combate.
Após a intensa troca de golpes, os dois shoguns se afastaram novamente se encarando friamente, os capacetes de tais guerreiros havia caído no chão, Katsuo estava com ferimentos pelo corpo, sua armadura ainda possuía poucos pontos atingidos, porém os golpes que acertaram eram fortes se comparados a outros com quem já lutou, ao contrário de Yasunori que possuía mais ferimentos, porém a batalha era difícil para Katsuo, mesmo em vantagem, lutar contra alguém usando duas espadas e especialista em tal arte não era nada fácil, Katsuo sabia que para vencer teria que superar e derrotar uma das armas para efetuar golpes mais precisos.
Já Yasunori sabia que possuía certa vantagem por usar duas espadas, mas isso não significava vitória pelo contrario, o shogun sabia das habilidades de Katsuo e de toda sua experiência, enfrentar alguém como Katsuo era difícil, pois tal samurai se tornava imprevisível a cada golpe, desde a guerra civil que se alastrou pelo país no passado, Katsuo já era temido por muito guerreiros por ser uma espécie de gênio quando se tratava da arte da espada, e após dominar sua Espada Oculta, tal shogun se tornou ainda mais perigoso. Por outro lado Yasunori dominou sua Espada Oculta alguns anos depois, antes de Kaguya nascer, porém tal samurai nunca teve a oportunidade de testar suas habilidades contra um oponente digno do mesmo.
Sem que falassem uma só palavra os dois voltaram se enfrentar, a cada golpe era como se suas espadas falassem por eles, cada choque das lâminas se tocando os permitia sentir toda a força dos golpes tentando acertar seus corpos de maneira rápida e violenta, após alguns instantes, Yasunori se afastou novamente e posicionou suas lâminas uma para trás e outra para frente, com seriedade no rosto, o shogun avançou com mais velocidade desferindo golpes mais rápidos que antes em seu oponente.
Katsuo se defendia, porém os golpes de Yasunori encaixavam mais rápidos e logo ferimentos foram surgindo com mais frequência o que lhe deixava de certa forma irritado, porém após bloquear dois outros golpes que lhe acertariam nas laterais do corpo, Katsuo se afastou e segurou sua lâmina com as duas mãos.
- Espada Oculta: Tsuinburedo! O Golpe das Lâminas Gêmeas, um ataque duplo em alta velocidade, fico impressionado por ter desviado. - dizia Yasunori.
- Interessante, terei que pegar pesado então. - dizia Katsuo sorrindo enquanto sua espada ficava com um brilho vermelho. - Espada Oculta: Doragon Baito! A Mordida do Dragão! - concluía Katsuo.
- Eu não vou deixar você conseguir o que quer! - dizia Yasunori.
- Quem decidi isso... Sou eu. - afirmou Katsuo avançando ao ataque.
Os dois shoguns trocavam golpes ainda mais rápidos e poderosos, suas espadas se chocavam com ainda mais intensidade e velocidade, seus movimentos estavam mais rápidos, mais precisos, os dois se movimentavam bem durante o embate, porém a espada vermelha de Katsuo conseguia se sobressair em questão de força contra as Lâminas Gêmeas. Logo após a intensa troca de golpes, uma das espadas de Yasunori rachou para sua surpresa e quebrando logo em seguida, a lâmina de Katsuo atravessou sua armadura e quase arrancou seu braço esquerdo, o corte havia sido profundo, sangue escorria pelo braço, Yasunori percebeu que utilizá-lo já não era mais preciso.
Yasunori não recuou e foi ao ataque usando sua única espada, seu único braço, seus golpes havia sido reduzido pela metade, porém ainda conseguiam ser poderoso o suficiente para obrigar Katsuo a se manter na defensiva, para surpresa do shogun inimigo, Yasunori conseguiu desferir um corte um pouco mais forte em Katsuo lhe arrancando um pouco mais de sangue de seu rosto e de parte de seu braço direito. Katsuo se irritou e começou a atacar com mais precisão, mais força, e aos poucos Yasunori sofria ainda mais golpes, os ataques de seu oponente, se tornavam ferozes como se um temido dragão o encarasse.
Yasunori sentia sua força se esvaindo aos poucos, seus golpes não possuíam a mesma potência, conforme a batalha avançava, Yasunori sofria ainda mais com os ataques de seu oponente, mesmo conseguindo atacar, Yasunori recebia ainda mais golpes, após tentar dar um golpe cruzado, sua outra espada foi retirada de sua mão pelo golpe de Katsuo. Yasunori caiu de joelhos no chão com ferimentos intensos pelo corpo, suas forças estavam no limite, Katsuo estava um pouco ofegante devido à batalha, porém como uma última tentativa de ataque, Yasunori avançou e com o pedaço da espada que sobrou da outra lâmina o shogun desferiu uma estocada em seu oponente.
Katsuo recebeu o golpe, porém por sua sorte a lâmina era pequena demais para perfurar sua armadura e tocar sua pele, com um movimento rápido e cruzado, Katsuo desferiu um corte preciso em Yasunori que caiu ao chão perto do lago das carpas.
- Devo admitir... Você se saiu melhor do que antes, me deu trabalho, me causou mais ferimentos do que os outros que enfrentei. Parabéns Yasunori. - dizia Katsuo enquanto Yasunori se arrastava no chão, observando as carpas a sua frente.
- "Esse é... O meu fim? É aqui que tudo acaba? Hahahaha... Morrer em batalha como um samurai de verdade... É esse o espirito de um guerreiro... Espero que você já esteja bem longe daqui... Obrigado Kushina, você me proporcionou momentos felizes ao seu lado... Momentos que me lembrarei para sempre em meu túmulo... Você me deu uma joia rara... Alguém tão bela quanto às cerejeiras... Kaguya... O nome que eu escolhi em homenagem a uma das deusas antigas descritas nas lendas que possuía o mesmo nome... Um nome apropriado para você, uma garota forte e determinada assim como a deusa Kaguya das lendas foi um dia... Você ainda vai apreender muita coisa minha filha... Espero que você viva seguindo os seus sonhos... Sinto muito por tudo o que fiz, eu fiz achando o que era certo... Para sua segurança, acho que no fundo eu possuía medo por você querer abandonar as tradições e jogar o nome da família na lama... Porém agora vejo que eu estava errado... Quando soube que estava se saindo bem no Shinsengumi, acho que parte de mim se sentiu orgulhoso do que você se tornou... Espero que você cresça e se torne uma árvore tão bela como as árvores de cerejeira... Sei que o que eu fiz foi algo horrível, mas espero que me perdoe, perdoe essa velha cabeça dura... E espero que no futuro, você seja a mulher que sempre sonhou em ser... Eu te amo minha flor de cerejeira... Minha princesa Kaguya..." - pensava Yasunori recebendo o golpe final de Katsuo que o matou.
- Obrigado pela revanche velho Yasunori... - dizia Katsuo limpando o sangue de sua lâmina e a colocando na bainha novamente.
Em seguida, Katsuo observou os céus e viu chamas começando a se elevar na cidade, os gritos dos soldados em suas batalhas tomavam conta de Saitama e podiam ser ouvidos de toda parte. Depois de alguns minutos, Koga e Takanori adentraram ao castelo se aproximando do jardim e vendo toda a cena a sua frente, seu líder com ferimentos pelo corpo, enquanto seu oponente estava morto com sua mão esticada em direção as carpas no lago.
- Senhor? Seus ferimentos... - dizia Koga sendo interrompido.
- Não se preocupe... São ferimentos causados por alguém digno de ser lembrado... Agora vamos... Temos uma relíquia a conquistar. - dizia Katsuo adentrando o castelo.
Com Yasunori derrotado e Saitama em chamas, Katsuo se aproximava mais uma vez de seu objetivo, enquanto isso, Kushina havia conseguido escapar, a batalha na cidade continuava sem parar, e Kaguya, nem imaginava o que havia acontecido com sua mãe, com seu pai, e nem com o povo de Saitama.
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