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5

Shirley sempre tinha visto a história do pai como uma lenda, algo que ele tinha inventado. Era certo que ele tinha achado aquela coisa no fundo do rio Paraíba, mas aquilo não provava nada, não servia para provar que era uma coisa real.

Mas havia alguma coisa na maneira com que ele contara a história para o escritor, naquela noite, que a deixara intrigada. Parecia haver um ar sombrio no rosto dele enquanto ele falava. E por que exatamente ele dera aquilo ao homem? Era como se quisesse se livrar da coisa.

Um guardião, ele dissera. A coisa o escolhera, como se tivesse vida própria.

Ela sabia de uma coisa: seu pai não era de inventar coisas assim, então, ou ele estava ficando completamente senil, ou estava dizendo a mais pura verdade. E Shirley não podia conceber que uma coisa assim pudesse existir. Era terrível, era macabro e assustador pensar que um mal tão terrível como aquele pudesse estar naquela coisa, aquela coisa que estava no banco traseiro daquele carro.

Shirley olhou para fora e viu o escritor perto da cerca ainda mijando. Ela tinha gostado de conhecer o cara. Quais eram as chances de uma coisa assim acontecer? Eles realmente gostavam dos livros dele, tinham todos eles lá na estante, o cara era realmente bom, e de repente o cara aparecia na sua porta (na lanchonete, mais especificamente).

Seu pai falara de destino. Talvez ele realmente existisse. Ela não tinha a menor ideia de qual era seu próprio destino.

Aos 22 anos de idade, ela ainda era virgem. Tinha tido alguns namorados, mas nada que pudesse chamar de um relacionamento. Aquele escritor era um cara maduro de meia-idade, era atraente, o tipo de cara com quem ela passaria o resto da vida, se ele pedisse, mas também era o tipo de cara que não olharia para uma garota como ela, uma garota que não tinha onde cair morta, por assim dizer, alguém que ainda estava presa na barra da calça do pai.

Ela pensou em seu pai. Era a única pessoa que tinha na vida, e vice-versa. Ela não fazia esforço algum para estar com ele, para ficar com ele e cuidar dele. Amava seu pai. Depois da morte de sua mãe, os dois passaram a ser um o mundo do outro, e isso estava certo. Mas ela se perguntava até quando ficaria presa ali, naquela cidade de interior, trabalhando como atendente de loja, ganhando um salário para ajudar nas despesas de casa. Estava fazendo faculdade, mas não conseguia ver um objetivo concreto naquilo, era como se ele não existisse.

Talvez estivesse pensando em problemas antes do tempo. Ela tinha apenas 22 anos e toda uma vida pela frente. Mas não era seu próprio pai que dizia que o tempo era curto demais para uma vida inteira, e que cada segundo perdido podia significar perdas para uma vida inteira?

Shirley suspirou e olhou novamente para o escritor. Viu que ele estava vendo alguma coisa no celular.

Olhou para trás e viu a caixa. Ficou olhando para ela por alguns instantes como se o que realmente estivesse ali no banco do carro fosse uma cascavel, ao invés de uma caixa de metal.

Segundos depois, ela pegou a caixa e a abriu. A coisa dentro parecia realmente um coco de tucumã.

Shirley ficou olhando para a coisa por alguns instantes como se estivesse hipnotizada. Por um momento, a coisa a estava chamando, ela ouvia o chamado da escuridão. Por um segundo, o carro não existia e ela foi transportada para a escuridão, onde os pensamentos sombrios habitavam.

Ela se viu tocando a coisa. Colocou a mão naquilo e a tirou da caixa, e, na sua mão, aquilo parecia pulsar.

A esfera era repleta do que pareciam ser sulcos estranhos. Shirley tocou a coisa que parecia ser uma trava na parte de cima e cortou seu dedo.

– Ai! Merda!

Levou o dedo instintivamente na boca e então uma coisa aconteceu.

Os sulcos na esfera se acenderam e Shirley soltou a coisa no assoalho do jipe.

Agora a esfera era uma bola de luz pulsante, e estava fazendo um barulho de chiado.

Shirley arregalou os olhos e abriu a porta do jipe.

– Maurício! Temos um problema!

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