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Entre sentimentos e medos

Escrita por KinzYuan

Ooi, meus amores! Aqui estou com mais uma história que adorei de coração escrevê-la, A joia do capitão Kim me trouxe ótimas sensações e eu amei particularmente o desenrolar dela, então espero que vocês gostem também!Agradeço desde já a capa linda que a maravilhosa ggukluvi fez, e a betagem que foi feita pela Cevemo. Obrigada, meus amores, vocês são demais 💜Isso é tudo, espero que tenham uma ótima leitura e até as notas finas!

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A brisa marítima dançava entre as velas do majestoso navio pirata, enquanto Jeon Jungkook, um jovem marujo de vinte e cinco anos, contemplava com determinação e serenidade o horizonte banhado pelo sol, posicionado na borda do convés inferior. Há um ano, ele havia sido recrutado pela temida tripulação do pirata Taehyung, conhecido como capitão Kim, para desempenhar as tarefas mais simples a bordo da embarcação.

Desde a mais tenra infância, Jungkook era cativado pelo espírito aventureiro que o mar inspirava. A imensidão oceânica exercia sobre ele um magnetismo inescapável, seduzindo-o com suas ondas vigorosas e o perfume salgado que permeava o ar. As memórias das pescarias ao lado de seu pai, na infância, permaneciam vivas em sua mente, evocando a sensação da brisa marinha acariciando seus cabelos escuros.

À medida que alcançava a idade adulta, Jungkook optava por uma vida singular e destemida, diferente daquela escolhida por muitos de seus colegas. Enquanto eles se estabeleciam em empregos convencionais nas cidades, formavam famílias e mergulhavam no ciclo monótono da existência cotidiana, Jungkook ansiava por desbravar os recantos mais remotos do mundo.

Diferente dos demais, ele encontrava sua verdadeira essência nos mares abertos, imergindo-se na vastidão azul e infinita dos oceanos. Sua conexão com o mar era tão profunda que ele ansiava por uma vida eterna sobre as ondas. Seus pais entendiam essa paixão arrebatadora e, longe de reprimi-la, apenas pediam que Jungkook os visitasse ao retornar de suas longas jornadas marítimas, sequer pressionando-o quanto ao tempo.

Por fim, ele vivia a liberdade de seguir seu coração, navegando entre os mares a bordo de um navio esplêndido. Entretanto, apesar do privilégio que isso representava, sua relação com o capitão Kim deixava muito a desejar. Jungkook considerava Taehyung rude e excessivamente impaciente, o que frequentemente os levava a confrontos em discussões previsíveis.

No entanto, ao passar dos longos meses desde que Jeon se juntara à tripulação, a dinâmica entre eles havia melhorado significativamente. Todos admiravam Jungkook e frequentemente elogiavam seu esforço e dedicação. Logo, Taehyung precisou reconhecer que o rapaz, seis anos mais jovem, era de fato um excelente membro da tripulação para a sua equipe de homens.

— Jungkook, quero você na minha cabine em três minutos.

Jungkook ergueu os olhos em direção à roda do leme, onde o capitão conduzia o navio no convés superior. Taehyung ostentava seu característico chapéu preto de capitão, fixando seus olhos intensos nos profundos olhos negros de Jungkook.

Um silêncio solene pareceu envolver toda a tripulação quando o capitão falou em voz alta, e, em resposta, o mais novo respondeu logo depois.

— Sim, capitão Kim — ele disse calmamente, desafrouxando e tirando a bandana que tinha sobre a sua testa, que prendia os fios negros da sua franja.

Um murmúrio suave e previsível começou a se espalhar entre os tripulantes. Os cochichos persistentes insinuavam que o capitão Kim tinha um favorito, e tudo apontava que o favorito era o próprio Jungkook. O relacionamento inicialmente marcado por hostilidade entre os dois tinha evidentemente evoluído para algo mais.

Contudo, eram apenas especulações, meros boatos que pairavam no ar, mesmo que Kim Namjoon — homem de confiança e braço direito do capitão — insinuasse sobre o possível amolecimento do coração de Taehyung em relação a Jungkook, como a bela que havia domado a fera.

Isso seria verdade até que a suposta veracidade dos rumores fosse comprovada. Porém, para os demais tripulantes, isso não era visto como algo negativo. Pelo contrário, desde a chegada de Jungkook, Taehyung tornara-se menos carrancudo e mais propenso a sorrir. O jovem era verdadeiramente encantador; não apenas preparava refeições para toda a tripulação a bordo do navio, mas também se responsabilizava pela organização e pelo bem-estar de todos. Era impossível não gostar dele.

No meio do silêncio mal disfarçado dos outros tripulantes após a última frase dita, Taehyung desceu uma das escadas laterais do convés e adentrou sua cabine particular, fechando a porta atrás de si. Os olhares dos demais se voltaram para Jungkook, cujos cabelos escuros dançavam ao vento. Ele passou os dedos pelos fios negros e dirigiu-se à cabine do capitão, parando no meio do caminho ao notar Namjoon olhando em sua direção, um sorriso singelo curvando seus lábios.

— Ele está de bom humor hoje, então vai te fazer uma boa proposta — Namjoon disse após parar ao lado do garoto. — Você sabe que já faz parte da nossa família, não é?

— Obrigado, Nam. — Ele sorriu minimamente, olhando na direção da cabine. — Por acaso iremos arribar em breve?

Namjoon esperou alguns segundos antes de responder.

— Vou deixar essa parte com o capitão, ele está te esperando — disse e deu espaço para que ele continuasse o trajeto.

Jungkook deu quatro batidas na porta antes de entrar, fechando-a silenciosamente atrás de si. Ele observou Taehyung andar de um canto a outro da cabine, o som característico das solas de suas botas ecoando nas tábuas rangentes do piso de madeira, movidas pelo balanço do navio entre as ondas.

O capitão segurava uma garrafa de rum com a mão direita, derramando o líquido em dois copos de saquê feitos de madeira jujuba. Permanecendo em silêncio, ele ergueu um dos copos para Jungkook quando este se aproximou, encontrando finalmente o olhar brilhante do mais novo ao virar-se para ele.

Um leve sorriso adornou os lábios de Jungkook, que aceitou o copo, inclinando-se em uma reverência respeitosa ao capitão. Os dois se entreolharam em sincronia antes de esvaziarem os copos com rum de uma só vez.

De fato, a dinâmica entre eles havia mudado consideravelmente. Jungkook recordava vividamente o primeiro embate com Taehyung, quando o capitão afirmara que o vento sopraria a favor das velas viradas para bombordo, enquanto Jungkook estava certo de que o vento favoreceria as velas viradas para estibordo. Ele foi o primeiro a desafiar o capitão e o primeiro a se revelar completamente correto.

Nenhum dos dois esquecera aquele dia, pois foi assim que se conheceram e começaram a implicar um com o outro. A tripulação observava com admiração e diversão a dinâmica entre o jovem que frequentemente se mostrava correto e o capitão, cujo orgulho e habilidade persuasiva eram notórios. Eles se divertiam com a forma como Jungkook parecia acalmar o temperamento explosivo do capitão, que muitas vezes se via frustrado quando as coisas não seguiam conforme o planejado.

Essa interação entre os dois era uma fonte constante de entretenimento e curiosidade para os demais marujos, que assistiam as reviravoltas dessa relação intrigante a bordo do navio. Era como se estivessem diante de um espetáculo cotidiano, sempre ansiosos para ver como aquela dinâmica peculiar se desdobraria a cada novo dia em alto-mar.

— Está com saudade de casa? — o capitão perguntou após encontrar novamente os olhos de Jeon em sua frente.

Jungkook deslizou a língua entre os lábios, concentrando-se no copo vazio que segurava com ambas as mãos, sem erguer o olhar. Ele permaneceu nessa posição até notar a mão de Taehyung recolher o copo silenciosamente, colocando-o sobre a mesa. Esta, por sua vez, estava repleta de papéis, documentos e mapas, criando uma atmosfera de intensa atividade e planejamento para as próximas jornadas do navio.

— Eu amo o mar, capitão, gosto de viver aqui e poderia–

— A pergunta não foi essa. — Ele cortou a fala dele, cruzando os braços lentamente.

Ninguém de fora poderia compreender o significado por trás daquela conversa e o tom peculiar que a envolvia. A complexidade das emoções e experiências compartilhadas entre os dois era um enigma exclusivo entre eles, um vínculo que só poderia ser decifrado por ambos.

Jungkook também cruzou os braços e suspirou, desviando o olhar dos intensos olhos do capitão. Enquanto isso, os lampiões pendurados no teto oscilavam em resposta aos movimentos do mar. Dentro da cabine, o único som perceptível era o crepitar das madeiras devido aos movimentos das águas, acompanhado pelo som suave das ondas e do vento lá fora. A atmosfera estava impregnada de uma tensão palpável, envolvendo-os em um silêncio carregado de significados não ditos.

— Sinto saudade dos meus pais, mas isso nã–

— Arribaremos hoje à noite em Eimross — novamente Taehyung o interrompeu, dando as costas para observar alguns papéis sobre a mesa.

— Comércio? — Jungkook se dirigiu ao lado do mais velho, buscando seus olhos. — Qual o plano? — Ele esperou que Taehyung o olhasse, mas isso não aconteceu.

— Iremos descansar antes de fazermos uma viagem de seis dias até a vila de Uyamont — ele começou dizendo —, como você já sabe, tem algo lá que pretendo obter há anos e vai beneficiar toda a tripulação. — Taehyung fez uma pequena pausa, soltando um breve suspiro. — Você vai ficar em Eimross e voltar para os seus pais, tenho um grande amigo lá que pode te colocar em um navio de volta.

— O quê?! — Jungkook contestou até mais alto do que gostaria, sentindo algo remoer em seu peito. Taehyung o encarou em silêncio, piscando os olhos algumas vezes, mas sem de fato se pronunciar. — Eu não quero voltar.

— Isso não é uma escolha.

— É claro que é uma escolha! — Novamente ele rebateu, a voz saindo mais alta que o normal.

— Jungkook...

— É importante para mim e você sabe — começou dizendo —, eu amo estar aqui, eu quero estar com os meus companheiros... Eu quero estar com você, Taehyung.

E então, o capitão fechou os olhos, apoiando as mãos sobre os papéis espalhados em cima da mesa.

O impacto daquela frase fez seu coração bater forte, e imediatamente ele reconheceu a complexidade de seus sentimentos. No entanto, sabia que essa situação não podia continuar, especialmente considerando as perspectivas de Jungkook, que poderia ter uma vida convencional na cidade ao lado de sua família e amigos, em contraste com a incerteza do navio que explorava os confins mais remotos da terra.

Apesar disso, Taehyung sentia uma necessidade urgente de proteger o garoto, mesmo que seu próprio coração relutasse em afastá-lo. Consciente do vínculo que havia se formado entre eles, Kim compreendia claramente a gravidade da situação e sabia que precisava agir antes que seus sentimentos se tornassem insustentáveis.

— Você irá voltar e isso não é um pedido, é uma ordem. — A voz do capitão adquiriu um tom sério, sua postura retomando a firmeza ao mesmo tempo em que seus olhos se encontraram novamente com os do garoto de cabelos negros. — Entendido?

Jeon não respondeu. Em vez disso, ergueu o queixo e encarou seriamente o rosto de Taehyung, com o maxilar trincado. Sua respiração tornou-se pesada e ele sentiu uma forte vontade de rebater novamente, mas conteve-se, mordendo consideravelmente a ponta da própria língua para evitar que fizesse isso.

— Entendido, Jungkook? — Taehyung se virou para ele e se aproximou, repetindo a pergunta.

— O que foi? — ele finalmente resolveu falar, sem rebater asperamente dessa vez. — O que aconteceu que você quer me afastar?

— Não quero afastar você.

— Claro que quer!

— Jungkook...

— O que foi que eu fiz de errado?

— Não fez nada de errado, apenas estou zelando pelo seu futuro — disse calmamente, apesar de sentir o próprio coração apertado diante daquela conversa. — Eu sou o capitão deste navio, e amo o que faço, mas não tive a oportunidade de escolher se estaria aqui ou não, comandando uma tripulação e com uma grande responsabilidade nas costas. Portanto, não permitirei que você tome uma decisão precipitada sem antes tentar viver uma vida comum.

— Pra mim essa é a vida comum — falou de imediato. — O mar é o meu lar, capitão.

— Você tem seus pais, Jungkook.

— Sim, e eles sabem que o meu lugar é entre os oceanos. Eu te contei como eu nasci, a minha mãe me deu a luz dentro de uma piscina natural, rodeada de corais e peixes enquanto aguardava o meu pai voltar do alto mar.

— Jungkook...

— Se você me mandar voltar, eu volto novamente e com outro capitão.

Um silencioso contato visual se estabeleceu por alguns segundos. Eles não sabiam, mas os corações batiam forte naquele momento.

Taehyung alcançou novamente a garrafa de rum, suas mãos habilidosas manejando-a com destreza, mesmo sob o contínuo embalo do navio. O líquido âmbar fluía com uma cadência hipnotizante para dentro do copo, enquanto ele se esforçava para evitar qualquer derrame. Jungkook, completamente em silêncio, observava cada gesto com olhos como se buscasse decifrar os segredos por trás daqueles movimentos. Cada gole da bebida forte era observado, assim como a sutil hesitação ao recolocar o copo na mesa que foi capturada como um sinal revelador da inquietação que Taehyung se encontrava.

— Você me quer longe. Por quê? — Jungkook perguntou em um fio de voz, vendo que o capitão evitava olhá-lo. — Está me afastando de você, capitão. Por quê?! — Dessa vez a voz se sobressaiu um pouco mais.

— Porque estou perdendo o controle em relação a você — ele disse de uma vez, finalmente olhando-o nos olhos. — Estou perdendo a droga do controle e não posso ter um ponto fraco, entende?

Jungkook sentiu um nó se formar em sua garganta ao absorver as palavras do mais velho. Seus olhos escuros acompanharam cada movimento de Taehyung enquanto este retirava o chapéu da cabeça e o deixava sobre a mesa. Em seguida, ele observou enquanto Taehyung esfregava os olhos com os dedos da mão direita, como se buscasse afastar algo que o incomodasse.

O gesto simples, no entanto, carregava uma carga emocional profunda, revelando uma certa vulnerabilidade sob uma máscara já quebrada de indiferença.

— Taehyung — ele chamou suavemente, tendo a total intimidade de chamá-lo pelo nome.

O capitão continuou esfregando os olhos, tentando juntar forças para permanecer firme diante daquela situação. Ele soltou um suspiro audível.

— Taehyung, olha pra mim — Jungkook pediu calmamente, esperando que fosse escutado.

Kim jogou a cabeça para trás e prensou os lábios, antes de finalmente olhar para o mais novo. Ele ergueu as sobrancelhas em um gesto silencioso, convidando Jungkook a prosseguir com o que pretendia dizer.

— Você quer que eu me afaste de você? — perguntou seriamente. — Quer que eu vá embora para sempre?

Céus, a última pergunta atingiu Taehyung como um disparo de pistola, uma rajada de incerteza que ecoou por sua mente como um trovão. Ele se viu emaranhado em um turbilhão de pensamentos conflitantes, lutando para articular uma resposta que não trairia seus próprios desejos, mas que também não comprometeria a delicada racionalidade que ele tentava manter.

Taehyung ficou tão absorto naquela pergunta por longos segundos que mal percebeu quando Jungkook deu os primeiros passos em direção à porta da cabine. O semblante do garoto estava carregado de uma tristeza palpável, cada movimento pesado carregando o peso das emoções não ditas.

E então, num instante que parecia durar uma eternidade, o capitão agiu com uma determinação surpreendente e repentina, movendo-se para alcançar Jungkook. Seus passos largos ecoaram no pequeno espaço da cabine enquanto ele agarrava o pulso do mais novo com uma urgência contida, cuidadosamente evitando qualquer gesto brusco que pudesse machucá-lo.

Jungkook mal teve tempo para processar o que estava acontecendo antes de sentir a proximidade repentina do rosto de Taehyung. O calor irradiava entre eles, suas respirações se misturando num ritmo frenético. Um dos braços de Kim envolveu firmemente a cintura de Jungkook, trazendo-o para perto até que suas testas quase se tocassem, formando uma conexão íntima e intensa que transcendia as palavras não ditas naquele momento.

— Eu não quero você longe de mim, mas você sabe muito bem que isso é totalmente o contrário do que eu deveria dizer.

— Eu já sabia, mas queria que você me dissesse...

— Você não pode ficar.

— Eu quero ficar com você.

— Jungkook... — Taehyung fechou os olhos quando sentiu os dedos de Jeon acariciarem sua bochecha, como uma brisa gentil afagando sua pele.

O indicador de Jeon traçou um caminho sutil, deslizando com uma precisão quase hipnotizante até alcançar os lábios do capitão, onde repousou por um instante como se quisesse capturar a essência daquele breve momento.

Aquele era o enigma que ninguém conhecia, apenas tinham suposições. Jungkook e Taehyung estavam envolvidos de uma forma tão evidente que relutavam em aceitar, mas que já estava tão nítido quanto a luz do sol ao meio-dia. Jungkook mal conseguia entender como, em um mundo azul tão vasto, seus destinos haviam se cruzado de maneira tão intensa e até improvável.

Durante aqueles longos meses, eles passaram a compartilhar pequenos sorrisos e olhares. Namjoon e os outros já tinham percebido, é claro, por isso as fortes insinuações a respeito dos dois. A bela que havia domado a fera.

As trocas de olhares com certos significados, os toques raros e sutis que pareciam falar mais do que mil palavras, tudo isso não passava despercebido aos olhos atentos ao redor. Mas Jungkook e Taehyung relutavam em reconhecer o que estava tão evidente para todos. O que estava tão evidente para eles.

Talvez fosse o medo do desconhecido, ou a incerteza do que viria a seguir. Ou talvez fosse simplesmente a beleza do enigma que os mantinha cativos, presos em um jogo de atração e negação, de avanços e recuos, como duas estrelas orbitando em torno de um mesmo centro gravitacional.

Mas, por mais que tentassem negar, a verdade estava ali, diante deles, tão clara quanto a luz do dia. Taehyung já havia perdido o controle que tanto lutara para conter, e Jungkook já estava entregue ao capitão, permitindo que ele penetrasse em seu coração de uma forma que ele sequer pôde impedir.

E então, em meio àquele silêncio e o toque singelo de Jungkook no rosto do capitão, eles se beijaram como se dependessem disso para respirar, como se o mundo ao redor tivesse desaparecido e apenas aquilo importava.

Os lábios se encontraram com fervor, como se estivessem buscando saciar uma sede insaciável. O beijo deles foi como uma tempestade tropical, quente e encharcado de desejo, com um sabor inebriante de rum dançando em seus lábios e o contato era como uma onda que os arrastava para mais perto um do outro. As respirações estavam carregadas com o aroma intoxicante, aumentando ainda mais aquele fervor do momento.

Eles cambalearam após uma forte onda bater contra o navio, fazendo com que os dois dessem passos desnorteados em uma direção aleatória. Jungkook pôde sentir o quadril esbarrar com um pouco de força em um móvel atrás de si, o que o fez soltar um arfar contra os lábios de Taehyung.

— O que foi? — Kim perguntou de imediato, descolando as bocas e parando o beijo. — Se machucou?

— Não foi nada... — Jungkook parecia inebriado e sedento, forçando o rosto de Taehyung para frente do seu após o capitão tentar enxergar onde ele havia se machucado. — Está tudo bem, eu estou bem, viu? — ele disse e mal deu tempo para que Taehyung respondesse algo, juntando novamente as bocas com pressa.

Suas línguas dançavam em um ritmo frenético, como as ondas que acariciam o casco do navio. Eles se entregaram ao momento, perdidos no calor um do outro, enquanto o gosto do rum os embriagava, tornando cada toque mais intenso e cada beijo mais profundo, adicionando uma camada de calor e excitação à experiência.

Era como se estivessem navegando em águas desconhecidas, guiados apenas pela força avassaladora de sua conexão, com o típico gosto da bebida marcando aquele momento como algo único e inesquecível.

O beijo cessou abruptamente com mais uma onda poderosa, que os desequilibrou e os fez cair no chão da embarcação. Então, entre risadas e sorrisos, eles se olharam de forma divertida, como dois bobos apaixonados, e no calor suave da cabine, cercados pela escuridão do mar lá fora, eles se abraçaram em silêncio sobre aquele chão de madeira.

Enquanto se entregavam ao calor um do outro, Taehyung sentiu uma sombra de preocupação pairar sobre ele, uma sensação de vulnerabilidade que nunca antes havia experimentado. Pela primeira vez em sua vida ele tinha algo a perder, algo precioso demais para deixar escapar, e enquanto segurava Jungkook perto de si, Taehyung percebeu que o medo agora se infiltrava em seu coração, uma lembrança silenciosa de que, mesmo nos momentos mais felizes, o mar sempre guardava segredos perigosos.

Jeon Jungkook não retornaria conforme as ordens do capitão, e Taehyung não o forçaria a fazê-lo. Afinal, afastá-lo não era mais uma opção viável — especialmente após aquele beijo intenso e apaixonado que acabou revelando os sentimentos de ambos —, era algo que ele simplesmente não consideraria mais.

Todavia, uma transformação abrupta dos contos felizes para um cenário desolador se desenrolaria.

Assim como os mares têm seus períodos de serenidade e placidez, também estão sujeitos a tempestades avassaladoras e desafiadoras. Taehyung não tinha ideia, mas em breve um semelhante turbilhão se instalaria igualmente em sua vida, deixando-o dilacerado entre os imperativos da razão e as pulsões do coração, tudo graças a uma joia especial que guardava em si os sonhos e ambições do capitão ao longo dos anos.

A promessa dessa joia era mais do que uma simples fortuna para Taehyung; significava a prosperidade de toda a sua tripulação leal de homens, a realização de seus mais profundos desejos de riqueza e conforto. Ela era o tesouro que o seu pai tanto almejava.

Localizada em Uyamont, a joia praticamente já estava no alcance de suas mãos, exigindo apenas a entrega de um objeto pessoal solicitado por outro pirata, vulgo Junwoo, que detinha a joia no momento.

O capitão Kim, meticuloso como sempre, já havia conseguido o objeto exigido. No entanto, Taehyung ainda não sabia que seus planos seriam subitamente alterados por um capricho tão trivial quanto sexual vindo de quem possuía a sua joia. A simples visão do garoto de cabelos e olhos negros, com a pele tão pálida quanto a neve, despertaria um desejo incontrolável no pirata Junwoo, o que transformaria o curso dos acontecimentos de maneira imprevista e perigosa.

Taehyung não podia prever isso, mas em breve ele teria que enfrentar a decisão mais difícil de sua vida, onde os ventos da paixão e os trovões da ambição colidiriam em um confronto épico dentro de sua alma.

No olho da tempestade, ele teria que escolher entre seguir o brilho efêmero da joia que tanto almejava ou abraçar a calma eterna nos braços de Jungkook.

Em breve ele teria que fazer uma escolha.

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E então? O que acharam desse primeiro capítulo, hein? Eu amo quando os leitores interagem comigo nos comentários, então não se acanhem, hum? Irei amar conversar e responder a cada um que puder interagir!Um beijo e até o próximo capítulo 💜

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