Toque
EMILY
Alguém estava batendo insistente na minha porta, e eu estava com mais preguiça de ir atender do que medo de ser alguém que eu não conheço, ou até pior.
Ele não vai embora e eu tenho que me levantar, visto o short e tento prender meus cabelos com um elástico, mas minha preguiça ainda e muita.
Passo a mão pelo rosto espantando o sono e respiro fundo quando me aproximo da porta e o som fica mais e mais alto.
Me apoio nas pontas dos pés e vejo pelo olho mágico que é Matthew, dou alguns passos para trás e meu coração começa a disparar.
-Vamos, Emily, sei que está aí!- ele continua.
Minhas mãos começam a tremer e eu tento não começar a entrar em pânico e sair pela janela, não quero fazer isso aliás.
Travo o maxilar e continuo ouvindo ele bater, os vizinhos vão acordar e chamar a polícia, então eu desisto de tentar fingir que não estou.
Viro a chave e tiro o pega ladrão, abro a porta e Matthew apoia os braços nas laterias da porta enquanto percebi que ele está bem cansado.
-São três horas da manhã.- falo séria.
-Você está mentindo para mim.- ele começa a entrar.
-Todos alguma hora mentimos...
-Pare com isso, Emily!- ele fala quando fecho a porta.- Eu quero a verdade!
Fico calada e nos encaramos, ele bufa e começa a ir até meu quarto, arregalo os olhos e o sigo.
Ele entra no meu banheiro e olha para o box, então a expressão dele se torna calma, olho para onde ele olha e não sei dizer o que ele vê.
Matthew então vem até mim e segura minha nuca, fico parada quando ele aproxima o nariz dos meus cabelos, minha garganta fica seca.
-Eu fico lembrando de momentos.- ele sussurra.- Ela tem sua voz, tem seu cheiro.
-Você lembra ou inventa?- tento escapar e me afasto.- Você deve estar confuso...
-Matt....
-Você vai me falar tudo.- ele senta na cama.- Eu não vou sair daqui.
-Eu tenho trabalho. Bem cedo.- cruzo os braços.
-Ótimo, quanto antes me contar, mais cedo saio.- ele sorri forçado.
-Estou morrendo de sono, Matthew.- suspiro.- Podemos conversar amanhã?- tenho esperança que ele aceite.
-Não, Emily, não podemos.- ele levanta de novo.- Por que eu fico lembrando de coisas com você! Por que toda vez que me lembro meu coração acelera! Por que toda vez que me lembro, você esta comigo e eu gosto disso!
Fico parada e ele observa meu rosto, não sei o que dizer, não sei por onde começar, não sei como dizer tudo de uma vez.
Matthew levanta a mão e toca minha bochecha, fecho meus olhos e sinto a palma da mão dele roçar minha bochecha enquanto os dedos dele entram nos meus cabelos.
Então ele me puxa e colamos nossos corpos, sinto os lábios dele na minha testa e minhas mãos vão até os quadris dele.
-Emily...
-Eu tenho que trabalhar amanhã.- me afasto.- Se você quiser conversar amanhã, ótimo, mas eu vou dormir agora.
Matthew então bufa e olha para cima como se estivesse tendo uma ideia, ele então começa a tirar os sapatos e jogar eles no canto.
-Matthew!- grito quando ele começa a tirar o casaco e a blusa.
-Você não fica tímida.- ele fala terminando de tirar a camisa.- Já deve ter visto tudo várias vezes para não ficar tímida.
-Por que eu ficaria tímida com um louco tirando a roupa na minha frente?- abro os braços.
-Não vê o quanto eu estou desesperado?- ele pergunta.- Eu... Emily...
Vejo que ele está confuso, então abaixo a cabeça e passo a mão pelos cabelos os colocando para trás.
Comprimo os lábios e volto a encará-lo, não sei o que mais posso fazer para levar ele para longe, então...
-Na universidade, foi onde tudo começou.- explico e ele parece prestar atenção.- Patrick, meu namorado da época, me agrediu...
-Eu falei para Josh que aquele cara não era bom pra você...- Matthew cruza os braços.
-Que seja, você, ele e Spencer foram ameaçar ele mesmo.- balanço a mão.- Mas eu fiquei por uma semana na República.
-E...
-E você descobriu que eu...- limpo a garganta.- Eu era virgem.
Matthew parece perceber o que aconteceu, então eu abraço meu corpo e tento não contar tudo de uma vez, não consigo contar tudo de uma vez.
-Você foi meu primeiro.- balanço a cabeça.- Então começamos a nos aproximar...
-Mas...- ele encara a parede.- Mas eu tenho lembranças de você no apartamento.- ele aponta para qualquer canto.- Você tem um shampoo ali...
Minha garganta começa a ficar seca, então eu não tenho mais como falar isso, não agora, não quando ele está me olhando daquele jeito.
-Matthew, terminamos a conversa amanhã.- falo calma.
-Sim...- ele concorda.- Conversamos amanhã.
-Ótimo.- sorrio.- Agora junte suas coisas e...
Matthew avança com tanta rapidez que quando sou colocada contra a parede fico surpresa por ainda estar em pé.
As mãos dele seguram meu rosto e os lábios dele avançam contra os meus, um calor inexplicável toma meu corpo e mexo meus lábios junto com os dele.
Matthew fica roçando o corpo contra o meu, abro os lábios para a língua dele minhas mãos descem para seu peito.
A língua dele explora minha boca enquanto desço as mãos pelo abdômen dele e começo a abrir seu cinto rapidamente.
Ele leva a mão até minha nuca e me tira da parede, começamos a ir até minha cama e ele começa a subir minha camisa com bastante pressa.
Levanto meus braços e ele tira minha blusa a jogando para longe, Matthew segura minha cintura e se afasta enquanto ajoelha.
Abaixo a cabeça acaricio seus cabelos enquanto começa a beijar minha barriga, comprimo meus lábios e ele começa a descer meu short lentamente.
-Matthew.- seguro os pulsos dele.
-Você não quer?- ele levanta e nos encaramos.
-Não, é que...- respiro fundo.- Você...
-Eu...- ele sorri esperando eu completar.
-Você está aqui mesmo.- toco o peito dele e Matthew fica parado.- Não estava acreditando até...- balanço a cabeça.
-Eu estou aqui.- ele parece o mesmo.
Seguro seu rosto e o beijo novamente, Matthew segura minhas pernas e me deita na cama rapidamente.
Levanto os quadris e ele tira o short com a calcinha, não estou com vergonha, mesmo sabendo que para ele é a primeira vez que transamos, a primeira vez que ele possa lembrar.
Ele vai beijando minha coxa e fecho os olhos agarrando a colcha da cama, sinto seus lábios e a respiração quente contra minha pele até ele ficar entre minhas pernas e me puxar para a borda.
Solto um gemido rouco quando ele passa a língua pela minha entrada, me fazendo ficar mais molhada do que já estou.
Medo minhas pernas e ele as segura com força, mordo a parte interna da minha bochecha e ele me abre com os dedos enquanto passa a língua envolta do meu clitóris.
Coloco a cabeça e vou mexendo o corpo lentamente, vários arrepios tomam meu corpo e sinto as mãos dele apertarem minha pele com força.
Lentamente ele vai mexendo a língua, como um castigo, ele fazia isso antes, sabia que eu gostava mais quando ele era lento com tudo.
Ele tira uma não da minha coxa e começa a passar dois dedos pela minha entrada, travo meu maxilar e ele me penetra lentamente.
Matthew geme contra mim e se afasta beijando minha coxa, abro os olhos e levanto a cabeça, ele observa minha reação quando encontra o ângulo certo e eu deixo minha cabeça cair.
Os gemidos se tornam mais altos e ele se concentra exatamente naquele ângulo, passo as mãos pelo rosto e coloco os cabelos para trás enquanto ele continua com os dedos.
-Matthew...- sussurro.
-Assim?- ele finge não saber o que está fazendo.- Gosta assim?
-Gosto.- meu corpo começa a tremer.
-Vou fazer ficar melhor.- ele sussurra.
Matthew se curva de novo e acelera os dedos enquanto chupa meu clitóris, meu gemido sai tão alto que não me importo se acordei alguém.
A onda do orgasmo me toma e meu corpo continua tremendo enquanto Matthew vai subindo os beijos até ficar em cima de mim gentilmente.
Ainda estou com os olhos fechados, Matthew beija minhas bochechas, então beija minha testa e depois beija meus lábios.
-Ainda estou em forma?- ele pergunta e eu sorrio.
-É, está bom.- balanço os ombros.
-Ah, então eu tenho que me esforçar mais.- ele segura meus quadris.
-Isso seria....- ele me vira de costas e sorrio quando morde minha orelha.- Assim está melhorando.
-Está?- ele sai de cima e ergue meus quadris e apenas eles.- Já transamos com você se quatro?
-Já transamos de todas as formas...- murmuro contra a colcha.
-Alto, Emily.- ele manda.
-Sim.- assinto.
-Nunca pensei que eu teria que me superar.- ele começa a passar o pau pela minha entrada.- Mas você deve estar adorando isso, não?
-Mais do que você imagina.- murmuro.
Ele me penetra de uma vez até a base e agarro a colcha enquanto minhas costas ficam tensas com as mãos dele colocando meu corpo para baixo.
Sinto minhas pernas falharem enquanto ele começa a estocar lentamente, sinto como se tudo fosse acabar ali mesmo.
Matthew começa a juntar meus cabelos e enrola no punho enquanto os puxa, me fazendo ter que me apoiar pelos antebraços na cama.
Então ele começa a estocar mais forte e eu sinto meu corpo inteiro arrepiar enquanto meus cabelos são puxados daquela forma.
A mão dele aperta minha bunda e então dá um tapa dolorido, aperto ainda mais a colcha e tento controlar meus gemidos, mas está quase impossível.
Ergo ainda mais os quadris e Matthew da outro tapa, tento abaixar a cabeça e ele puxa meus cabelos para me manter bem firme naquela posição.
Ele começa a ir mais rápido e a área em que nos chocamos enquanto ele estoca começa a ficar dolorida, mas não mais que onde ele está dando tapas de segundo em segundo.
-Matthew!- agarro a coxa.
Ele solta meus cabelos e agarra meus quadris com força enquanto coloca ainda mais força nas estocadas, deixo minha cabeça cair e minhas pernas começam a falhar.
Abafo meus gemidos com a colcha e sinto tudo dolorido enquanto ele estoca cada vez mais rápido e forte.
Alcanço meu orgasmo e sinto meu corpo todo contrair para depois relaxar, estou completamente destruída.
Matthew goza e solta um gemido baixo que consigo ouvir, ele se afasta e então deita ao meu lado arrumando os cabelos como sempre faz.
Estico meu braço e pego um lenço para me limpar, dou outro para ele e jogo no lixo, logo depois continuo deitada na mesma posição.
-Você...
-Eu tomo a pílula.- murmuro.
-Ok.- ele volta a olhar para cima.
-O que?- pergunto percebendo que ele está confuso.
-Foi como se eu soubesse exatamente onde tocar.- ele explica.- Exatamente o que fazer.
Apoio minha cabeça no punho fechado e ele afasta meus cabelos, então seus dedos passam pelos meus lábios lentamente.
-Foi como antes?- ele pergunta.
-Foi.- assinto.- Exatamente como antes, talvez até melhor.
-E por que parece triste?- ele sussurra.
-Por que eu não contei tudo a você.- falo culpada.
-Não conte agora.- ele suspira fechando o olho.- Estou morrendo de sono.
Observo ele acalmar a respiração, passo os dedos pela tatuagem no ombro dele e lembro de beijar ela várias vezes depois de terminarmos de transar.
Olho para Matthew e ele está ali, parece que nunca aconteceu, parece ainda como antes, mas eu lembro o que aconteceu, ele pode não lembrar, mas eu lembro.
Mesmo assim apenas me cubro e o cubro, aproximo meus lábios do ombro dele e beijo levemente a tatuagem, logo depois viro de costas para ele.
Agora é oficial, se eu já comecei a contar, tenho que ao menos falar o resto, mesmo que ele vá se afastar de mim depois que souber o que eu omiti dele.
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