Sofá ou Cama?
EMILY
Sopro com cuidado o café e sinto o valor quente no meu rosto, o cheiro do café me faz ficar nas nuvens.
É domingo a noite e todos os jovens anti-sociais estão nesse café, não me leve a mal...mas eu tinha marcado isso desde quinta.
Eu tinha amigos, tinha uma vida social, mas Leslie era minha melhor amiga e era bem diferente de mim, por isso sempre ficávamos mais afastadas.
-Então você vai ficar fora por uma semana.- ela chegou com o chocolate quente.
-Sim, meu irmão precisava de ajuda na República.- tive que inventar uma história, pessoas demais sabiam já.
-Ok, mas no próximo domingo vamos ter nossa festa particular, não?
Domingo seria aniversário dela, e sempre fazíamos uma festa entre nós duas, apenas cupcakes e pipoca, salgado e doce.
-Claro que sim.- tomo um pouco do café.
-A notícia de espalhou rápido.- ela olha para alguns meninos no balcão.
-Que notícia?- pergunto distraída com a porta, olhando toda hora para ver se Patch aparece, já tenho minhas saídas em mente.
-Que você terminou com Patrick.- ela informou.- E então saiu do dormitório com Matt Anderson.
-Ah.- a encaro.- O primeiro é verdadeiro, e Matthew só me ajudou a levar a mala.
-Eu acredito, do jeito que seu irmão é...- ela riu.- Ele mataria Anderson na porrada se tocasse um dedinho em você.
-Não é para tanto.- pensei um pouco.
-Lembra daquele amigo dele? Que tentou beijar você quando estava bêbada?- Leslie perguntou.- Você pode não se lembrar, mas eles quebraram a janela brigando.
-Sério?- pergunto.- Não me lembro....
-Claro, você estava bêbada.- ela suspirou.
-Bem, os dois tem um código ou sei lá o que.- explico.- Irmãs são proibidas, e ex namoradas.
-E você está tão triste com isso...- ela brincou e bati no ombro dela de leve.
-Se me lembro bem, da última vez que chequei, você tinha uma queda por Anderson.- minhas sobrancelhas se franziram.- O coitado ainda tem chance?
-Eu acho que uma chance mínima.- ela colocou um pouco o indicador com o polegar.- Mas não sou caída por ele, o cara é um gato, todo mundo tem uma paixonite por ele.
-Nem todo mundo.- destaco e ela ri.
-Emily, o cara é bonito, forte e joga vôlei.- ela levanta três dedos.- Precisa de mais?
-Ele pode até ser essas coisas, mas como você sabe se ele não vai ser grosso ou mal educado?- falo com um sorriso convencido.
-Dizem que ele é muito bom de cama.- ela rebate e eu começo a rir.- Aí, amiga, você não transaria com ele só uma vez para saber como é?
-Não, para ele eu sou um homem.- explico e ela faz uma careta.- Meu irmão e ele combinaram que eu seria um homem e ele nao gosta de homens, então...
-Ah, é tipo uma metáfora.- ela entendeu e assenti.
-Podemos parar de falar dele?- pergunto bebendo mais do meu café.
-Ok, então falamos sobre o que?- ela come um biscoito amanteigado.
-Sobre....sei lá.- balanço os ombros.
-E os treinos, como estão?- ela perguntou.
-Bons, a treinadora Peaks me fez falar o joelho hoje de manhã.- passo a mão pelo rosto.- Vamos jogar contra Maine junto com os caras. Ela quer tudo de nós.
-Ótimo, eu vou pro seu jogo.- ela se anima.
-Você vai pro meu jogo ou vai dar a desculpa que vai pro meu jogo pra ver homens gostosos e suados?- pergunto com um sorriso.
-Vou totalmente por você.- ela falou na maior cara de pau.
Leslie era a melhor coisa que eu tinha ganhado quando entrei na universidade, agradecia por ter ela todos os dias.
Era bom conversar com ela, mesmo depois do que tinha acontecido, os contar para ela sobre a agressão, mas ainda não.
𖣘
MATTHEW
Coloquei a menina contra a porta e voltei a beijá-la, não sabia seu nome e nem como tinha conhecido ela.
Mas sabia que ela era uma gostosa e que estava levando ela para meu quarto, assim que fechei a porta atrás de mim ela tirou minha camisa a jogando no chão.
Rapidamente eu procuro o zíper do vestido e ela joga meu cinto em algum canto, e fico surpreso quando há uma resposta.
-Aí.- uma voz feminina.- Puta merda.- Emily revira os olhos.
-Por que você está no sofá?- pergunto.
-Josh chegou primeiro que eu, está acompanhado.- ela coça a sobrancelha.
-Vamos lá pra cima.- a garota falou com um biquinho.
Emily volta a deitar no sofá e por um momento eu quero ir até o quarto e transar com aquela gostosa, mas....
Sei que o sofá não é confortável, já dormi várias vezes quando chegava em casa e não conseguia subir as escadas.
-Outro dia.- vou até a porta e abro.
-Sério?- ela fica surpresa.
-Sério.- falo direto.
Ela bufa e coloca os cabelos para trás recuperando seu orgulho e passa por mim, fecho a porta e giro a tranca.
Vou até o sofá e vejo Emily deitada e com gelo nas costelas, um ruído de raiva involuntário sai de mim e ela me encara.
-Matthew Anderson recusando uma transa.- ela comprimiu os lábios começando a me atacar.- Que...Aí!- ela grita quando eu coloco ela no ombro.
Meu braço passa pelas pernas dela e evito reparar que minha mão está bem perto da bunda generosa de Emily Drews.
Sinto o valor do seu corpo concentrado em meu ombro e as mãos dela se apoiam na parte inferior das minhas costas.
Ela joga a cabeça para cima e os cabelos dela batem em minhas costas nuas, cortesia da menina que jogou minha camisa em algum lugar.
O roçar dos cabelos dela me arrepia e eu tento permanecer normal enquanto levo pelas escadas e chego no topo.
-Que merda.- ela desiste de se debater.- Você é um idiota.
-Já me falou isso.- falo calmo enquanto abro a porta do meu quarto.
-Pois estou...- eu a sentei na minha cama e ela me encarou.- Estou falando de novo, idiota.
-Eu sou um cavalheiro, não deixo mulheres dormirem no sofá.- falo fechando a porta.- Principalmente as que me xingam.- um sorriso galanteador passa por meus lábios.
-Ótimo, você vai dormir no sofá?- ela levanta as sobrancelhas em tom divertido.
-Não, eu vou dormir na minha cama.- falo óbvio e tirando meus sapatos.- Não sou tão cavalheiro a esse ponto, mereço meu sono da beleza.
-Eu não vou dormir com você!- ela levanta indignada.
-A cama é grande, mini Drews.- suspiro tirando as calças e ficando só de cueca.- Nem vai notar minha presença.
Ela cora e eu a observo.
-A menos que queira minha presença.- ameacei dar um passo na direção dela.
-Não quero presença nenhuma.- ela cruzar os braços dando um passo para trás.- Muito menos com você.
-Sabe como machucar os sentimentos de um homem.- toco o peito.
-Você é apenas arrogante demais e quebra a cara quando jogam a verdade em você.- ela falava convencida e eu rio, não evito.
-Bem, tem essa cama livre pra você.- aponto para a cama.- E ainda com um brinde, eu.
-Ótimo brinde.- ela murmura.
-Rá!- aponto.- Admitiu que eu sou ótimo.
-Foi sarcasmo.- ela semicerrs os olhos.
-Não importa.- balanço a cabeça.- Bem, tem a cama ou o sofá, mas sabemos qual vai escolher, mini Drews.
Ela parece pesar qual é o melhor, minha cama muito confortável ou o sofá duro, isso me faz pensar que deveríamos comprar outro sofá, mas agora não.
Afundo na cama e me cubro até o queixo, arrumo minha posição de costas para o outro lado vazio da cama.
-Deite logo, gata, vai parecer um zumbi amanhã se não dormir cedo.- explico.
A ouço bufar e um sorriso se abre quando sinto a cama afundar ao meu lado, ela se remexe e puxa um pouco meu lençol.
De alguma forma consigo sentir o cheiro de perfume...parece um leve cheiro de jasmin....pera... como eu sei o cheiro de jasmin?
-Meu irmão vai matar você, sabe?- pergunta e meu sorriso se alarga.
-Preocupada?- levanto as sobrancelhas mesmo que ela não veja.
-O jeito como você é convencido me diverte.- ela suspira.- Não quero ter que ir visitar meu irmão na prisão.
-Não se preocupe, gata.- me remexo e sinto ela tensa.- Eu saio antes dele acordar e vou para o sofá.
-Que cavalheiro.- ela fala irônica.
-Sou mesmo, de nada.- fecho meus olhos.
-Pare de me chamar de gata.- ela pede irritada.
Bem, realmente Emily não sabe como funcionam as relações entre pessoas que se odeiam, porém eu sei.
Isso só vai me fazer chamar ela de gata mais vezes, além do mais não estou mentindo, ela é gata, não é como se fosse um palavrão também.
É quase um elogio.
Então lentamente eu me viro e vejo que ela está de costas, os cabelos castanhos escuros e lisos caindo pelo travesseiro e seus ombros descobertos pela camisa de alcinhas branca.
-Boa noite, gata.- murmuro e sinto ela se irritar.
-Boa noite, idiota.- ela rosna de volta e puxa mais o lençol.
Uma risada divertida sai de mim e fico de barriga para cima encarando o teto, coloco os braços embaixo da cabeça e apenas espero.
O sono vem rápido, vamos treinar no máximo todos os dias até o jogo no sábado, então é melhor descansar bem.
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