Amistoso
EMILY
Tinha a leve lembrança de como cheguei aqui, e envolvia Matthew, mão sabia o que tinha acontecido depois disso.
Mas como me remexi na cama e não encontrei nenhum outro corpo então respirei aliviada, mesmo estando só de langerie.
Levanto com calma e tiro o sutiã que irrita abaixo do meu seio, pego uma camisa larga branca e coloco.
Cato um short azul escuro com estrelas amarelas e passo pelas pernas, amarro o laço e ouvi a risada de Leslie.
Vou até a porta e abro com as sobrancelhas franzidas, e imagine quem está fazendo bacon e panquecas?
Os dois olham para mim e Leslie pare de comer sua panqueca com calda, traidora, ela disse que nunca deixaria um garoto entrar no nosso dormitório.
Nem Patrick entrava aqui.
-Ele cozinha.- ela fala como se isso fosse tudo.
-Bom dia, gata.- ele fala distraído.- Café?
Leslie olha para mim com as sobrancelhas lenvsntsdsd como se perguntasse "gata?", balancei a cabeça e comecei a me aproximar de pequena cozinha.
-Achei que tivesse ido embora ontem a noite.- observo ele colocar café em uma caneca.
-Eu ia, mas você quase implorou para eu ficar.- ele brincou e Leslie sorriu.
-Eu lembro pouco, mas me conheço bem o bastante para saber que não disse.- paro na frente da bancada.
-Tem certeza? Apostaria nisso?- ele levanta as sobrancelhas e coloca o café na minha frente
Respiro fundo, ele está me irritando logo que acordo, eu tenho duas escolhas, ficar quieta e beber o café e atacar ele com minhas unhas.
Com sabedoria eu escolho a primeira e suspiro quando o café passa pela minha garganta, é tão bom...queria agradecer ao cara que inventou o café...quem inventou o café?
-Pra você nada de panqueca.- ele coloca um prato com ovos mexidos.
-Por que?- percebi que minha voz parece a de uma criança de seis anos.
-Por que temos jogo e ovos tem proteína.- ele explica.- Ou é carboidratos?- pensa alto.- Nunca sei, mas falam que é bom.
-Ótimo.- sento pegando o garfo.
-Como aprendeu a cozinhar?- Leslie pergunta.
-Minha mãe e avó adoravam cozinhar, eu aprendi na marra.- ele encostou o corpo na bancada e tomou um pouco de café.
Olho para ele e percebi que não está falando em um tom sarcástico, coloco o cabelo atrás da orelha e meu celular começa a tocar.
Levanto e arrasto os pés até minha bolsa, assim que pego o celular ouço um aviso e logo Matthew está com meu celular.
-Guadião do celular, lembra?- ele olha e vê que é Patrick.- Sério, oito horas?
-Devia ver quando eles estavam namorando.- Leslie termina de comer as panquecas.- Era no mínimo sete vezes por dia.- ela pega a bolsa.- Obrigada pelo café da manhã.
-De nada.- ele fala distraído.
Ela saiu nos deixando sozinhos e Matthew desliga o celular colocando no bolso da calça, passo a mão pelo rosto e vou até o banheiro que divido com Leslie.
Me curvo por cima da pia e começo a lavar o rosto, sei que Matthew está atrás de mim me encarando com aquela cara séria e o cenho franzido.
-Sabe que é doentio, né?- ele pergunta e eu seco o rosto.- Sete vezes por dia no minino?
-Namoros são difíceis.- tento dar alguns desculpa enquanto passo por ele.
-Eu confiaria na minha namorada e não ficaria ligando de uma em uma hora.- ele fala em tom irritante.
-É, mas você não tem uma namorada, tem?- paro e o encaro.
-Nem você, gata.- ele se aproxima.- Parece que temos algo em comum.
Observo os olhos verdes e teimosos, ele dá um daqueles sorrisos que qualquer garota se derreteria, mas eu não.
-Ah, gato, parabéns, você sempre quis ter uma coisa em comum comigo!- falo em tom alegre e ele não contém o sorriso.
-Boa, mini Drews.- ele fala baixinho e então se aproxima.- Adoro nossos momentos.
-Que bom que eu alegrei seu dia.- falo em tom sarcástico enquanto abro o armário.- Mas eu preciso para minha aula.
-Só começa onze horas.- ele diz e eu o encaro.
-Você pesquisou meus horários?- pergunto.
-Não, isso seria idiotice.- ele riu.- Olhei na sua agenda.
-Matthew!- assumo um tom de surpresa.
-Por que eu gosto quando me chama assim e brigando comigo?- ele se aproxima.
-Você só pode ser idiota.- balanço a cabeça.- Fuçou em mais alguma coisa no meu quarto?- pego a calça jeans e o suéter azul claro.
-Sim, seus iPods estavam dando sopa.- ele apontou para a escrivaninha.- Esperava mais de você, mini Drews, Barbie?
Merda! Por que ele tinha que ser tão xereta?
-É a música de um trabalho.- falo lentamente.
-Claro que é.- ele ri.
-Uma ideia, por que você não pega suas coisas e vai pra sua aula?- pergunto jogando as roupas na cama e arrumando minha bolsa.
-Minha aula é só nove horas.- ele olha para o relógio.- E ainda tenho mais trinta minutos.
-Ótimo, use esses trinta minutos para pegar suas coisas e dar o fora daqui.- sorrio com raiva.
-Minhas coisas estão no carro, vim preparado, gata.- ele se aproxima mais.
-O que está fazendo?- pergunto de repente.
-Não sei, o que eu estou fazendo?- ele vem com outro daqueles sorrisos.
-Parece que está vindo para cima de mim.- falo sem graça e ele balança os ombros.
-Talvez esteja.- fala delicadamente.
-Mas aí vai lembrar que meu irmão é o Josh e que deveria me considerar um homem.- falo lentamente e o olhar dele muda.
Como se lembrasse de Josh, então ele da um passo para trás e coloca as mãos dentro dos bolsos da jaqueta.
-Eu não ia fazer nada.- ele explicou.
-Sei que não.- falo contida.
-Mas se eu fizesse?- a pergunta me surpreende.- O que você faria?
-Bem....eu...bem...- comprimo os lábios e ele sorri.- Eu tenho aula.- balanço a cabeça.- Então você...pode...- limpo a garganta abrindo a porta.
Parece que ele já está satisfeito com o que consegue tirar de mim, então pega o suéter preto que deixou de usar e começa a vir na minha direção.
Engulo em seco enquanto ele vem e percebo que estou queimando, de um jeito que nunca aconteceu antes.
-Vejo você mãos tarde, gata.- ele se aproxima.- A semana ainda não acabou.
-Eu sei.- falo rapidamente e me afasto.
Ele sorri e começa a ir embora, então para na frente da porta e abre a boca, mais eu já fechei a porta na cara dele e tranquei.
-Você trancou?- ele parece surpreso.
-Para previnir!- grito com um sorriso.
-Doeu, gata, doeu.- imagino ele tocando o peito e fazendo aquela cara de cachorro pidão.
Começo a ir até meu quarto e a tirar as roupas, não tenho pressa por que sei que minha aula começa mais tarde hoje.
Por isso começo a rodar pelo quarto pegando as coisas que quero colocar dentro da minha bolsa e pego meu casaco.
Espero que ninguém tenha visto Matthew sair do meu quarto, a fofoca aqui se espalha mais rápido que gripe, vai por mim.
Pego a planta que estava desenhando, na aula de projetos todos tem que desenhar e a professora escolhe os projetos que quer que apresentem.
Estou confiante de que o meu vai ser escolhido, por que além de falar muito eu gosto de desenhar, essas habilidades são perfeitas para o que ela quer, não?
𖣘
EMILY
Estávamos no ônibus indo até o amistoso, jogar fora de casa não era legal, mas sabia que tinha uma galera lá para apoiar.
Sempre antes dos jogos eu sento sozinha, fecho os olhos e ouço um pouco de música, é meu ritual.
Mas não consigo fazer com os caras gritando lá atrás, e muito menos quando alguém senta só meu lado, alguém grande.
-Ouvindo Barbie?- ele pergunta e eu não consigo ficar séria.
-Está atrapalhando.- murmuro calma.
-O que está escutando?- ele pega um fone e coloca no ouvido me fazendo abrir os olhos.
Assim que olho para ele percebi que é um erro, ele está perto demais, os cabelos bagunçados, a barba por fazer, os olhos curiosos.
-Perdeu algo, mini Drews?- ele sorri.
-Não...nada.- puxo o fone.- Pare de me atrapalhar.
-Eu só queria dizer que...- ele tirou meus fones e bufei.- Sabe, somos capitães de times importantes.
-E...?- pergunto.
-Deveríamos conversar mais.- ele balança os ombros.- Trocar táticas.
-Eu acho que não.- balanço a cabeça.
-Adimita, você quer saber minhas táticas.- ele sorri se aproximando.
Sinto meu rosto queimar e percebo que ele vê também, o ônibus para e eu logo me levanto pegando a bolsa.
Mas isso dá errado, por que o ônibus dá uma guinada e eu caio sentada no colo dele, Matthew sorri e eu o encaro.
-Confortável?- pergunta.
-Idiota.- murmuro enquanto levanto, dessa vez com sucesso.
Ele dá risada eu desço as escadinhas sentindo o frio da noite em meu rosto e pernas, começo a ir na direção da quadra.
-Tem algo com Matthew?- Clarisse pergunta só meu lado.
-Não.- falo com certeza.
-Sabe o que eu ouvi dizer?- ela pergunta, Clarisse é a mais próxima de mim ali.
-O que?- pergunto ouvi do os caras atrás rindo e falando alto.
-Que Tiffany Hayes está colecionando os jogadores...
-Que horrível.- a interrompo.
-Foi só o que ouvi.- ela balança os ombros.- E sabe quem falta?- balanço a cabeça.- Anderson.
-Sério?- para mim ele parecia o primeiro da lista.
-Sim, dizem que está tentando desde segunda.- ela explica e entramos na quadra.
As arquibancadas estão lotadas de torcedores dos quatro times que vão jogar hoje, logo subo e encontro Leslie.
O primeiro jogo é o masculino, um colírio para os olhos enquanto nos preparamos, Matthew é o primeiro que entra.
Ele coloca a bolsa de treino em cima do banco e tira a jaqueta, a blusa vermelha e branca do time larga e sem mangas.
Seus músculos ficam a mostra e uma tatuagem no ombro fica escondida, isso começa a atiçar minha curiosidade.
Ele parece perceber que estou olhando e sorri para mim, antes de virar o rosto vejo que ele pisca e então entra na quadra para treinar.
-Ele piscou para você.- Leslie informa.
-Sabia que tinha algo.- Clarisse declara.
-Não tem nada, ele só está me irritando.- explico.
-Claro, e eu estou aqui por causa da torcida.- Leslie ri.
O apito sopra dizendo para os jogares falarem com seus técnicos antes de o jogo começar, o técnico Parker passa as posições e só, eles sabem o que fazer.
Matthew começa na posição de saque, e Josh está já na posição para que ele precisa mudar, as vezes ele é lento em pegar o jogo, mas quando pega...
O juiz da a bola para Matthew e ele bate ela algumas vezes, seus músculos contraem e posso até ouvir os suspiros de todas as meninas da quadra.
Ele olha para o lado e então o juiz apita, não pisco quando ele joga a bola para cima e começa o jogo com um saque perto da rede que exige esforço do adversário.
Leslie está quase babando neles enquanto Clarisse está torcendo fortemente junto com as outras jogadoras.
Quando olho para o jogo de novo Paulson está levantando para meu irmão, e ele ataca em cima da rede fazendo um barulho estralado quando bate.
A bola cai entre o time adversário e todos de Havard comemoram o primeiro ponto, o primeiro ponto de Havard.
𖣘
MATTHEW
O jogo acabab e estamos indo para o ônibus, mais sei que tem alguém esperando por mim lá fora, e não quero vê-lo.
Por sorte Emily está por último e com gelo na mão, nada grave, ela apenas bloqueou uma bola muito forte no último ponto.
Nunca tinha visto Emily bloquear, e deus...eu podia ficar excitado só vendo alguém jogar do jeito que ela jogava.
Nem acreditei quando eu realmente fiquei excitado, quer dizer... Era a mini Drews ali, a irmã de Drews, não podia fazer isso.
-Belo bloqueio.- chego ao lado dela.
-Quase me custa uma mão.- ela brinca e vejo que está de bom humor.
-Mas seria o último jogo mais lindo que você jogaria.- sorrio e ela ri.
-Quer alguma coisa ou só está me elogiando mesmo?- ela pergunta e paramos na porta.
-Te dou vinte pratas se não desgrudar de mim até o ônibus.- falo rapidamente.
-Hummm... Isso é uma brincadeira?- ela pergunta.
-Não, estou falando a mais séria verdade.- a encaro.
-Cinquenta.- ela aumenta e um sorriso escapa meus lábios.
-Fechado.- cedo.
Continuamos a andar e descemos as escadas, logo que fazemos isso meu pai se afasta do capô do carro e começa a andar na nossa direção.
Emily percebe o por que eu queria ela ali, então ajeita o rabo de cavalo e percebi um certo nervosismo da parte dela.
Claro que deve está nervosa, meu pai é o melhor jogador de todos os tempos, mas não é a mesma coisa no quesito pessoa/pai.
-Jogou bem.- ele fala sério.
-Obrigado.
A opinião dele já foi importante um dia, agora eu só aceitava por que era mais rápido de acabar com tudo aquilo.
-Quem é você?- ele encara Emily.
-Emily Drews.- ela tenta sorrir.
-Você joga bem, seu bloqueio no último ponto foi razoável.- e toda a felicidade que ela estava sentindo depois do jogo desapareceu do rosto dela.
Merda, não devia ter puxado ela para isso, porém Emily era educada demais para responder e então puxou outro sorriso falso.
-Obrigada pelo feedback.- ela suspira e eu não evito sorrir.
-Bem, vamos perder o ônibus.- toco no ombro dela e começo a andar.
-Foi um prazer, Sr.Anderson.- ela sorri me seguindo.
Assim que nos afastamos eu tiro cinquenta dólares do bolso e ela encara o dinheiro e depois me encara.
-Eu deixo essa passar.- fala simples.
-Não, eu fechei em cinquenta.- insisto.
-Dê para Josh, então, já viu a cara dele?- aponta e então senta sozinha.
Suspiro quando vejo meu melhor amigo me encarnado sério, não tenho como evitar a conversa, então sento ao seu lado.
-Eu posso explicar...
-Parece que estava apresentando minha irmã para seu pai.- ele fala com raiva.- E estão dizendo que saiu do quarto dela no dormitório.
-Primeiro, eu não queria ficar sozinho com meu pai. Segundo, ela aceito cinquenta dólares para não desgrudar.- ergo o terceiro dedo.- Terceiro, a notícia é verdadeira, mas eu dormi no sofá por que estava caindo de sono.- mentira.
-Não tocou nela?- pergunta.
-Não toquei e nem vou tocar em Emily Drews.- balanço a cabeça.
-Pagou as cinquenta pratas?- ele volta ao normal.
-Não, ela disse que você gostaria.- ofereci.
-Que gentil, está pagando a pizza hoje.- ele sorri e eu rio.
Gosto muito da minha amizade com Drews, e não tenho dúvidas de que tudo arruinaria se eu dormisse com a irmã dele.
E seria ainda mais grave por que ela é virgem, a última vez que eu transei com uma menina virgem foi quando eu era virgem, e faz muito, muito tempo.
Então mesmo que eu quisesse....não conseguiria de qualquer forma, o tipo de transa que eu gosto não é o tipo de uma primeira vez.
Drews me mataria na porrada de toda forma.
Emily Drews não vai conseguir que eu ferre minha vida, então respiro fundo e repito na minha cabeça o que disse para o meu amigo.
"Não toquei e nem vou tocar em Emily Drews."
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