Capítulo 12 - Ciúmes
Finalmente! Depois de vários rascunhos excluídos consegui terminar esse capítulo, era para eu ter postado na outra semana, mas não estava achando o capítulo bom, aja eu alterar e mandar para Lana, para Faby, para Karla, minhas amigas e quem sempre estão a par das minhas ideias. Pior que fiquei sem Wifi, mais tive uma ótima notícia, ganhei um Concurso em Primeiro Lugar, com esse Livro, na categoria Fanfic. Todos comemoraram, eu quase desmaiei e fiquei me gabando pro meu irmão durante semanas. Kkkkkkk
Sem mais enrolação, boa leitura, e espero que goste.
Terça-feira, 03 de Abril.
Colin Bridgerton
É impossível não notá-la no movimentado porto de Londres, Penélope é estonteante, chamativa, elegante, e um encanto de se olhar. Ao lado de Sir Pedro, ela orienta o maquinista com suas bagagens, e mesmo que tenha várias pessoas atrapalhando meu campo de visão, não consigo ignorá-la. Tenho que ir até lá, ficar frente a frente com ela, provocar aquele velho, e voltar para a casa de Anthony, em paz, levando más notícias.
Ontem, após a briga, deixaram eu e Dylan, presos em caixotes separados, selas improvisadas, postos no setor da terceira classe e sendo vigiados por um tripulante que dormia mais do que nós. A chave foi um martelo grande e enferrujado. Dylan ficou resfriado depois daquela noite, eu com alguns sintomas de gripe, como febre e garganta meio rouca.
— Sr. Bridgerton, gosta das mais difíceis? — pergunta Freddie bem humorado, retribuo seu sorriso por sentir nele sinceridade e simplicidade. — Gosta da Srta. Penélope Featherington, não é?
Cambaleio para trás, sem tropeçar em nada, ou esbarrar em alguém. Repentina e inesperada demais essa pergunta. Junto as sobrancelhas o máximo que meu rosto consegue, e olho dele para ela.
— Não entenda errado. Ela é especial. Muito querida para minhas irmãs e minha mãe. — Coloco as mãos no bolso sem desviar os olhos dela, viro um pouco a cabeça para ele dizendo: — É como uma irmã.
— Uma irmã? Então seria um caso de incesto, pelo modo como a olha. — Desço o olhar até o chão.
— Uma irmã diferente — contraponho e ele ri, dá tapas no meu ombro.
— Bem que disseram, você tem um ótimo senso de humor. — Rio fraco. Volto a olhá-la, desta vez está conversando com Victor. — Peço para que se junte a mim hoje, para organizar um evento meu, programado para amigos de longa data.
- Sim, sim - concordo começando a andar, sem tirar os olhos dos dois, sinto que ele anda ao meu lado.
Paro em frente a eles alinhando meu terno, o mais novo que tenho, e passado pelas mãos de uma ótima serviçal. Ao meu ver, nem da para notar que esta roupa ficou anos no fundo do baú. Acontece que eu esperava por isso, e ansiava, em relação a circunstância, me sinto um pouco indignado. Ela não foi me ver, e logo quando a encontro, está conversando com esse sujeito.
— Bom dia, Sr. Bridgerton — cumprimenta Sir Pedro, abrindo uma passagem entre os dois, pelo menos nisso ele agiu certo. — Parece meio exausto, desejo melhoras.
— Não será um resfriado a me parar — digo convencido e franzo a testa para ele. — Penélope. — digo calmo, com os nervos meio agitados, estou contente por vê-la e ao mesmo tempo ressentido por ter me deixado, nem um pedido de desculpas por meio de uma sobremesa ela mandou. Ingrata. — Como está? — Fazendo um bico, entortando os lábios, ela parece pensar no que falar, e se deve falar.
— Muito bem — limita-se dizer. Mordo o lábio inferior tão forte que sinto o gosto de sangue.
— Que bom— resmungo irritado. Olho para Sir Pedro e começo: — Ensinou muito bem sua pupila quanto a obediência. Ah — Olho para o céu e semicerro os lábios fingindo pensar —, caráter também, porque isso — Olho para ela, encontrando seu olhar. —, é realmente espantoso para alguém com tantas virtudes, — rapidamente inclino a cabeça para o lado. — Em grande parte me refiro a inteligência e beleza. Com todo respeito. — Sorrio discreto.
Sir Pedro coloca as mãos para trás do corpo, segurando uma na outra, vira um pouco para olhá-la e depois retorna para a mesma posição, está um passo à frente dela, mantendo uma boa distância entre nós, mal consigo sentir o cheiro do perfume que ela está usando.
— Insinua? — pergunta juntando as sobrancelhas.
— Não serei eu à explicar. Penélope entendeu bem — minha voz saí firme.
Estou começando a ter raiva dela, por estar fazendo isso.
- Sir Pedro. - Freddie poe a mão no meu ombro, tomando a atenção para ele. — Vim convidá-lo para se juntar a um evento programado para alguns amigos meus, o tenha como gratidão pela participação na reunião. - Penélope levanta a cabeça e olha para o chão, seus olhos parecem lacrimejar, sua postura ereta muda, evidentemente magoada, e é horrível vê-la assim. - Amigos da região, nada relacionado aos sócios, é algo pessoal e especial para mim. - Continua apertando a mão no meu ombro. - Não ocorreu como eu esperava.
— Não aceitaria pelo o que aconteceu, mas já que o conheço bem, vou aceitar. Penélope e eu vamos comparecer.
— Ah... — ela meio que choraminga — da minha parte, sinto muito, mas vou ter que recusar. — Sir Pedro sorriu de lábios fechados. Arqueio uma sobrancelha. — Preciso de um bom tempo para pensar... organizar minha mente, estudar.
— Uma noite de diversão não te fará burra, Penélope — digo olhando para ela, sinto o olhar dos três em cima de mim, o dela também, mas o dela, por mais que não seja bom, eu adoro.
— Não disse isso — respira estufando o peito, a olhando fazer isso lembro dos decotes, umedeço os lábios e sorrio, quando ela começa a corar, vira o rosto pro lado, levanta o braço chamando alguém. — As malas estão aqui — cantarola e vira-se para Sir Pedro. — O que decidir, para mim está bom. Com licença, senhores. — Sai desconcertada, sendo destinatária de toda atenção.
— O convite se estende ao Sr. Hyman também. — Não escondo meu desagrado, suspiro e maneio a cabeça em negação.
— Alguma oposição, Sr. Bridgerton? — pergunta Victor juntando as sobrancelhas e franzindo a testa com um meio sorriso.
— Nenhuma, ora, ele quem deu a ideia — diz Freddie, fazendo eu encará-lo, calado.
— Desculpe, Sr. Muhammad, bem que eu gostaria, mas não posso — comenta ele, cruzo os braços fazendo pouco caso, e fito a mala ao lado de Sir Pedro.
Penélope mal falou comigo, tem agido estranha desde quando Sir Pedro apareceu, então eles realmente têm alguma coisa.
— Ah...
— Tenho tarefas a cumprir durante toda essa semana, nesta cidade.
— Está bem. Não foi dessa vez, Colin, — ele da tapas no meu ombro, olho para ele presunçoso.
— Outro dia, quem sabe... — diz Victor para mim, com certeza ele percebeu que não foi ideia minha, mas mantenho minha postura, calado, deixando outra pessoa contornar a situação. Nesse momento só uma coisa me interessa, ela, e o porquê de agir assim.
— Agradeço a atenção, Sir Pedro, mas agora tenho que me retirar. O convite será entregue hoje e o evento ocorrerá amanhã, terá que levar o envelope, como identificação.
— Está bem. — Olho para Sir Pedro de esguelha, ele estreita os olhos para mim.
— Vamos, Colin, preciso da sua opinião sobre um tecido e precisa retornar ainda hoje para onde está hospedado.
Se Freddie está omitindo que estou hospedado na residência dele, alguma coisa sabe.
— Bom, com licença, senhores. — me despeço simpático, ignorando o olhar duvidoso de Victor e a cara rabugenta de Sir Pedro.
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Freddie não disse nada a respeito, só me fez andar. Cansado me jogo na cama de casal do quarto de hóspedes, mal sinto meus pés, o único lado bom foi que conheci quase toda a cidade e consegui encomendar um ótimo terno. Loja de tecidos, nunca mais caio nessa.
Viro meu corpo e encaro o teto, descanso as mãos em cima da barriga. Estou preocupado comigo, não comi nada e nem em comida estou pensando, só pensei nela, o dia todo. Pareço tão dependente, como fui ficar assim? Como?! Quando isso aconteceu?! Eu tinha certeza de que era só amizade, e amizade não faz isso com uma pessoa, nem sexo, já me envolvi com outras, sei disso. Parece maior que um simples desejo, e tenho certeza de que se acontecer algo mais íntimo, vai ser ainda mais difícil se afastar.
Estou andando em uma corda não confiável, e o pior, já estou bem no meio do caminho, mas ela também gosta de mim, tenho certeza, só que tem algo que a impede de afastá-lo, acredito que seja questão de interesse, quem dá mais, ganha. Brinco com os polegares das mãos, esfregando um no outro, com os dedos maiores entrelaçados. Finalmente chego a uma conclusão:
— O que tem entre eles tem que acabar — reflito em voz alta. Sento na cama e começo a elaborar um plano, certeiro e decisivo.
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Quarta-feira, 04 de Abril.
Quando busquei o terno, vi ela do outro lado da rua, com uma mulher bem vestida, falando e apontando para as coisas. Fiquei parado olhando, até ela sumir do meu campo de visão, no meio do caminho, a mulher olhou pra mim, mas nem se espichou para falar pra ela. Como posso estar me submetendo à isso? Eu valho mais! Infelizmente, a ação de ser idiota fala mais alto. Voltei para a mansão reformulando o plano. Quando cheguei, conversei com Freddie, em meio a correria de empregados, ele concordou comigo de que eu e Pen precisamos conversar, e ainda deixou subentendido que a indiferença vem de Sir Pedro. Analisava ao longe um dos serviçais nos olhando, logo fui falar com ele.
O evento é hoje, são mais ou menos seiscentas pessoas, convidados de amigos de amigos. Tendo certeza que os dois irão aparecer, pego a chave da biblioteca, e me posiciono na entrada, onde pode-se ver ao longe quem chega. Comprimento amigável, sorrio, brinco, sempre olhando para onde as pessoas vêm, assim que vejo Sir Pedro descer e dar a volta no carro, vou a passos largos para a festa.
— Chame Penélope e Sir Pedro para passear no corredor de artes — digo e puxo os lábios num sorriso sem emoção. Freddie, fica com a boca entreaberta me olhando, mas assente.
Sem Dylan ou Victor para atrapalhar, está tudo ótimo.
Coloco as mãos para trás e balanço o corpo por meio dos calcanhares. Sir Pedro, usando um terno preto, e Penélope, um vestido verde e cheio de detalhes, se aproximam. Olho para os lados, fingindo dar menos importância para vossa chegada. Freddie torce, como se estivesse em crise.
— Que Deus me dê seriedade nesse momento — cochicha do meu lado. Olho para ele, que sorri, estendendo a mão para Sir Pedro. — Bem-vindos, para vocês eu preparei algo especial, podem me acompanhar? Com licença, Sr. Bridgerton. — Eles o seguem, Penélope nem me olha, como forma de demonstrar minha revolta, a direciono um olhar gélido.
Está implorando por isso.
O corredor de artes é cheio de portas, lugares desconhecidos por mim, mas a biblioteca é para onde vou, e também onde tudo irá acontecer. Espero realmente estragar essa relação, e depois disso, conversar um pouco com ela e entrar em um acordo, mas enquanto isso não acontece, Sir Pedro deve ficar afastado.
Pego um atalho, por onde eles irão sair, destranco a porta e entro, me concentro o máximo possível para controlar as batidas do coração, pois antes de pegá-la não posso ser ouvido. Sento no chão e encosto na porta. Ouço Freddie falar um pouco alto, espero sua voz ficar um pouco distante, abro a porta com cuidado e procuro por ela, que está atrás deles, olhando as telas e ouvindo como se estivesse meditando. Em passos silenciosos, vou até ela e seguro seu braço, ela me olha entreabrindo os lábios, vira a cabeça para eles e da passos para trás, deixando eu guiá-la enquanto os observa.
— Não vou mais ficar com você. — Levanta uma das mãos mantendo distância. — Agradeço pelo que fez naquela noite, mas tudo que tivemos acabou no momento em que o navio chegou em seu destino.
Pisco algumas vezes. Levanto os braços ao redor do corpo e mexo a cabeça para trás.
— Tão... simples.
— Ah. Também era sua intenção, não?
— Não vem ao caso. — Meus olhos ardem, o sentimento de grande decepção me toma. — Eu não devia ter feito isso.
— Se não fizesse, jamais teríamos essa conversa. — A voz dela sai tão suave, que todos os músculos do meu corpo relaxam. — Me sinto privilegiada por ter feito isso.
— Não sinta. Faria por qualquer uma conhecida. — Magoado profiro, quase num grito de indignação.
— Está bem — balbucia numa feição meio presa, sem querer demostrar emoção. — Vou indo.
O que eu estou fazendo?!
Próximo à porta, encosto seu corpo na parede. Entrelaço meus braços na sua cintura e a beijo puxando seu corpo de encontro ao meu. Senti tanta saudade disso, não entendo, como consegui aguentar ficar tanto tempo sem ela. Seus lábios tem gosto de vinho, seu cheiro adocicado sem ser enjoativo, sua pele macia... Ela é tudo que desejo pra mim, mesmo não merecendo tamanho reconhecimento. Prejudicar o relacionamento deles é o certo a se fazer, não me importo com o que terá por vir, quando sei que ele abre a porta viro minha cabeça pro lado, num ângulo onde ele possa claramente ver, que ela não só consente, mas também quer. Aperto seu peito, beijo seu pescoço, e ela geme.
— Penélope! — É tudo o que ele diz, depois viramos nossa cabeça para ele. Cumprimento com um aceno o empregado que instrui de trazê-lo para cá. Deu certo, tempo não cronometrado, mas foi na hora perfeita.
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Espero que tenha gostado. 💜
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