Olá pessoal.
A maioria dos capítulos já foram revisados ou tiveram alterações pequenas. Agradeço aqueles que chegaram até aqui sem me apedrejar, porque, confesso ter quase assassinado o português.

Sou grata pela paciência e o apoio. Fiquem com Deus e uma boa leitura. ♡.♡

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"É para prevenir sobre aquele tipo de assunto Marilu, não induzi-la à ele."

"Fique tranquilo Sir Pedro, vou ensina-lá tudo que precisa saber sobre sexo."

"Pelo amor de Deus! Não seja tão depravada, fale quando estiverem a sós e nós combinamos outra coisa."

"Ah, não venha tentar me ensinar como falar sobre isso, Srta Featherington, sexo é um assunto a ser bem explorado."

Mentalmente travei, enquanto Sir Pedro ficava vermelho, obviamente com raiva.

"Só receberá se fizer o combinado, longe disso haverá perdas no seu orçamento. Bárbara, chame duas empregadas que acabaram de ter filhos para ficar de olho nessa maluca."

Penélope Featherington

Sexta-feira, 29 de Março.

Meu lado racional está sofrendo um sério abalo com a aproximação de Colin Bridgerton. Frequentemente ruborizo diante de seus lindos olhos esverdeados, que a maior parte do tempo estão direcionados à minha pessoa. Faço e falo coisas bobas, ficando desconcertada com frequência. E o que considero ser o pior de todos... É saber que todo meu fracasso como mulher independente está sendo observado por ele, a última pessoa no mundo com quem deveria ter contato, e que mexe comigo de uma forma avassaladora.

Sir Pedro me castigará se souber, mas é inevitável, Colin apenas respira perto de mim e meu corpo reage, parece que meu estômago vira um eco cheio de borboletas voando por ele apenas por sentir sua aproximação e minhas pernas tremem como se de repente não pudesse mais contar com a sustentabilidade delas.

E eu desejo tanto saber como se sente uma mulher tocada de forma íntima por um homem. Especialmente aquele homem. Só ouvi rumores por umas das serviçais da mansão de que é muito bom, e ela é uma das casadas. Não que nunca tenha beijado, em algumas das viagens já correspondi outros homens, para saber e por vontade, mas foi algo nada alarmante, nem caótico demais a ponto de chegar nos ouvidos de Sir Pedro ou correr boatos entre as mulheres da região.

- Srta. Featherington, o Sr. Bridgerton à espera no restaurante - diz do outro lado da porta uma das camareiras, ele sempre manda uma delas para me chamar, nunca é ele e nossos encontros só acontecem em público.

- Sim, agradeço, aguarde um momento que já vou dar sua gorjeta. - pego cinco moedas na minha bolsa e abro a porta, ninguém precisa me falar para saber que essa é mais uma curiosa em relação minha intimidade com Colin, todos são assim, afinal se trata de um homem e uma mulher sem compromisso saindo. - Muito obrigada. Diga a ele que já estou indo. - sorrio e fecho a porta.

Hoje mesmo vou dar um passo importante em relação toda essa proximidade com Colin, não importa o que ele irá pensar, a viagem brevemente terminará e nunca mais nós veremos. Ele também pode estar querendo o mesmo, e pelo o que sei, muitos homens não têm sentimentos verdadeiros por mulheres, a maioria é apenas para o bem estar pessoal então... Acredito que por baixo de toda essa cautela em manter nosso encontro em público, é fachada.

Sorrio olhando para o espelho, enquanto descanso as mãos na cadeira em frente à penteadeira. Respiro o aroma adocicado do perfume que acabei de espirrar pelos quatro cantos do compartimento. O quarto foi preparado exclusivamente para meu conforto, a cama com uma colcha cor dourada, enorme e macia, a penteadeira do tamanho ideal para ficar minha escova e minhas maquiagens, um sofá no canto do quarto bem perto do espelho grande posicionado em pé, e um enorme closet.

Adoravelmente elegante e confortável.

As pontas do meu cabelo encaracolado estão descansando no ombro, minha maquiagem é pesada para a tarde e a roupa social, nada adequada para a ocasião. Desfaço o sorriso na hora, não posso sair assim, tenho que mudar tudo imediatamente.

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Caminho entristecida por estar usando um vestido repetido, mas mantenho a face erguida, como se fosse algo simplesmente irrelevante, afinal, a culpa é de Colin, por ter me escolhido como companhia durante toda essa semana e ser um homem muito festeiro. Pelo menos pude perceber que quatro baús não são o suficiente e que Bárbara terá de ser apresentada como minha irmã nas próximas viagens.

- Tudo bem? - pergunta Colin levantando uma sobrancelha, o garçom que está o atendendo rapidamente sai. - O pedido é surpresa. Notícias de Bárbara?

"Apenas um beijo não engravida ninguém. A única coisa que deve se preocupar é com a mão boba e a agilidade dos homens, pois nesse simples beijo eles têm a incrível capacidade de tirar até a inocência da mais recatada das moças..."

- Sim, estou, e não, nenhuma - respondo sorrindo, ele se levanta da cadeira num gesto cortês e espera que eu me sente bem em frente à ele.

O sorriso contagiante já está lá, na sua boca, mais de um jeito bobo.

"Beijar está bem longe de ser ruim, se fosse as mulheres, não passariam a juventude toda se preparando para casar e ter beijos por toda vida."

- Sr. Bridgerton III. - chamo e ele rir, é a primeira vez que digo isso. - Se o pedido é surpresa então o final deste dia também será, só que por minha parte.

Ele levanta uma sobrancelha.

- O que séria?

"Homens são tão curiosos."

- Ah, diga logo, por favor.

"E muito insistentes quando nós tentamos fazer mistério com eles."

- Não faça isso, diga logo.

O pedido chega. Torta, pãezinhos, suco de laranja, biscoitos, café e sanduíches.

- Envolve velejar? Lugar novo?

- Espero que também tenha vindo algo para mim - comento o fazendo rir.

- Então está bem, vai ser assim, injusto - resmunga passando os olhos pela mesa como se fosse escolher. - Terei que esperar horas enquanto a Srta. só esperou minutos...

- Valerá a pena. - Dou de ombros forçando um traço em meio a um sorriso.

Os olhos dele brilham fitando os meus, no mesmo instante fiquei vermelha e deixei escapar um risinho eufórica. A barriga naquele estado, corpo completamente mole.

"Têm muitas coisas maravilhosas que só podem ser feitas a dois, e é numa delas que terá de ter cuidado, Srta. Featherington, em hipótese alguma deixe qualquer homem tocar no que tem entre as pernas, mesmo que seja algo incrivelmente prazeroso."

Olho para as mãos de Colin, grandes com dedos largos, e entreabro os lábios várias vezes. Se apenas a presença dele arrepia todo meu corpo de uma forma boa, imagine um toque. Acabo suspirando, mesmo sem querer.

- Quer água? - pergunta sem olhar, mas quando o faz, me assusto tanto que afasto a cadeira sem tira-lá do chão, arranhando e fazendo um grande rangido.

Coloco a mão no coração e olho para o chão como se tivesse perdido alguma coisa. Metade das pessoas presentes no restaurante devem estar olhando. Colin apenas deixa escapa um "hum" e é por acontecimentos assim que as vezes eu o odeio.

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O seguir do dia foi como os outros, sorrisos fáceis em meio a conversa, manear de cabeça sutis pela minha parte e um sorriso largo com olhos quase fechando pela parte dele. Passar por isso é como se alma voasse para bem longe do corpo, deixando só o tremor prezeroso da euforia.

Ao anoitecer caminhamos pela borda do convés, ele na ponta e eu bem ao seu lado, nos mantendo com o mínimo de distância possível, braço com braço se encostando por causa do tamanho, mas minha intenção era ombro com ombro. Ninguém fala nada. Ele deixou de falar à quase uma hora, e a última coisa que saiu da sua boca foi o comentário: "Já anoiteceu e nada da minha surpresa".

Após me certificar de que as únicas pessoas que podem nos ver estão tão ocupadas quanto nós nesse momento, flertando e numa boa distância, entrelaço minha mão na dele fazendo o parar. Ele levanta uma sobrancelha e leva a cabeça para trás, sem entender exatamente nada. Paro em sua frente, elevo a outra mão ao seu ombro, acariciando, solto nossas mãos e, delicadamente rápida, coloco a outra no seu rosto. Meu corpo todo tremendo, quase desmaiando, agradeço mentalmente por agora ter onde me segurar. Escuto seu coração bater tão forte e sua respiração se alterar de uma forma espantosa, ele está tão afetado quanto eu pela aproximação, sinto que de um jeito bom. Ele inclina o rosto em direção ao meu.

- Aqui é o último lugar em que a beijaria - comunica, colocando seu braço em volta da minha cintura, e o outro em cima da mão que está em seu rosto. - Não que eu não queira, bem longe disso, mas aqui não é o lugar certo para isso acontecer.

Ignoro suas palavras cortando a distância entre nós, ele não me afasta, apesar de ter sido pego desprevenido e nem reage no início, mas quando o faz, transmite uma sensação deliciosamente calorosa, pois me aperta de encontro ao seu corpo, que está quente devido ao agasalho. Seus lábios estão gelados devido ao clima frio da noite. Acontece de uma forma boa, um grande desejo sendo realizado, muito tempo depois de ter sido pedido, fecho os olhos para focar apenas no momento. As mãos dele vão parar nas minhas bochechas, e o nosso beijo começa de uma forma lenta. Aproveitando, se conhecendo. A garganta pulsando, corpos bem encaixados, coração a mil, esse é o finalizar perfeito da penúltima semana no navio. Nada se compara a isso.

- Não tem ideia do que está fazendo comigo... - diz Colin entre o beijo, com a respiração entrecortada. Afasta nossos lábios, encostando a testa na minha. - Não podemos fazer nada assim em um lugar tão acessível como esse. Ficou maluca, Penélope Featherington? - ele puxa os lábios num lindo sorriso e retribuo.

- Hm. Você beija bem. - me atrevo a dizer, tendo tremores no interior do meu corpo. Não posso deixar passar uma oportunidade desta, tive que falar. - E você é muito útil para aquecer meu corpo numa noite fria como essa. - Ele suspira e me abraça.

- Vamos parar por aqui. Esse não é o lugar - afirma contente.

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Colin me trouxe até a cabine, ficamos um tempo conversando depois de duas sequências de beijos, mas ele ficou por pouco tempo.

Essa noite foi magnífica, se todas forem assim, terei minha felicidade duplicada.

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Pela manhã, sou surpreendida por uma carta de Sir Pedro.

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