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11. O homem que assuntava...

E o novo gerente foi além...

Decidiu ir à comunidade, conhecer as pessoas, suas necessidades, suas lideranças; descobrir o que a comunidade produz e, principalmente, o que consome.

Dona Eulália já tinha lhe dado um panorama geral, mas ele achou que precisava conhecer os "sonhos de consumo" também. A patroa gostou da ideia e pediu que ele procurasse sua boa amiga Jandira, para que o apresentasse aos moradores.

Quando Jandira o levou até os idosos pescadores que estudavam na escola, Yago ficou muito interessado em saber o que pensavam da professora. Todos foram unânimes em elogiar as aulas. Um deles disse que estar na escola era o ponto alto de seu dia. Outro aluno mencionou a lição que Danika lhe passou para fazer em casa.

Yago quis saber mais a respeito, pois ficou curioso (não conseguia imaginar idosos tendo lições, como crianças e adolescentes). O idoso lhe explicou, com todo prazer:

– Comecei a fazer a minha árvore genealógica. Procurei os documentos dos meus pais e avós. Escarafunchei tudo, mandei buscar informações em cartório, até encontrar meus antepassados, e encontrei de onde vieram meus parentes. Foi maravilhoso conhecer a história da família – disse com emoção na voz.

De todos os comentários a respeito das aulas, e da professora, um deles o intrigou, bastante. O velhinho era um carpinteiro aposentado e muito idoso. Mencionou que conheceu os pais de Danika... O casal que adotou a menina, quando ainda tinha quatro anos de idade.

–E ela sempre foi rabugenta assim? – Yago brincou.

O velhinho sorriu, franzindo todas as dobras de pele e lhe apontou o dedo ossudo. Yago imaginou que ele tivesse uns oitenta ou noventa anos, mas não ousou perguntar, assim como não ousou perguntar como fazia para chegar à escola sozinho, em idade tão avançada.

O idoso estava adorando ser o centro das atenções, de modo que fez uma volta enorme para contar que o casal Bete e Alaor foram à capital a fim de comprar uma geladeira e voltaram com uma criança de quatro anos.

Aparentemente, a menina estava vagando perdida às margens de uma rodovia que cortava a praia de Governador Celso Ramos.

– Conhece a região? – O idoso indagou.

Yago fez que sim. Conhecia, lógico, já surfou por aquelas bandas. Alguns surfistas conhecidos seus, moravam lá. Seu pai o encontrou não muito longe daquela região.

– O que aconteceu? – Ele incitou o idoso a prosseguir.

– Eles levaram a menina para as autoridades, pois não encontraram os pais verdadeiros. Ela não parava de dizer que escapou de um homem mau. E como estava traumatizada, as autoridades consentiram que Bete e Alaor ficassem com a pequena até que os pais verdadeiros fossem localizados. Porém, eles nunca foram localizados. O casal acabou adotando oficialmente a menina.

Danika foi tudo para eles.

Como Bete nunca pode ter filhos, iluminou–se para a maternidade. A vida deles passou a girar em torno daquela criança, tão abençoada.

O idoso mal conseguia acreditar que Danika fosse sua professora. Pois é, a pequena Danika cresceu!

E o mundo dava muitas voltas!

– Ela não se lembra de nada referente aos pais verdadeiros? – Indagou Yago, fazendo gentilmente com que o idoso retornasse ao foco da conversa.

– Não se lembra de nada concreto. Sabe, seu gerente...

Era assim que o estavam chamando; inclusive Jandira. Ele ficava desconfortável a cada vez, mas tentou levava na boa, concluindo que se seu pai soubesse, iria morrer de rir.

– ...Danika teme o mar em igual medida em que teme os estranhos que vêm do mar.

Agora Yago começava a entender a animosidade gratuita que ela nutria por ele. Era traumatizada, a coitada.

O carpinteiro prosseguiu na narrativa:

– À época em que chegou à ilha das Guirlandas, a garotinha estava tão apavorada que só lembrava do próprio nome.

De repente, ficou todo arrepiado sem saber ao certo o motivo. O velhinho já estava falando do passado de outros conhecidos seus, mas o gerente ficou tão impressionado com o relato, que não prestou mais atenção. Fingiu um interesse educado até conseguir organizar suas ideias.

Com Dona Jandira, a líder comunitária que o acompanhou em seu tour pela vila, ele conseguiu informações adicionais sobre Danika, sem parecer estar xeretando. Ele pretendia rever esses fatos mais tarde.

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Quando deu por si, Yago encontrava–se no bar do Seu Setúbal, envolto em conversas de pescador. Sereias, OVNIS, tempestades, peixes monstruosos... Ele ouviu de tudo. Divertiu-se a valer, enquanto compartilhava uma boa cachacinha.

– E aí, Demétrio? – Provocou Arlindo, atendendo às mesas. – Conta ao seu gerente, aqui, sobre os seus amigos estranhos da ilha da Amizade.

Demétrio, que tinha acabado de chegar, olhou tão feio para Arlindo, que este voltou correndo para trás do balcão. O seu Setúbal, por sua vez, olhou mais feio ainda para o rapaz.

Arlindo deu meia-volta e foi para a cozinha, resmungando: – Credo, estamos sensíveis hoje!

E ninguém esclareceu Yago dos motivos.

–––

Jandira não levou Yago para conhecer a moradora da cabana, no alto da falésia. Cabana, a qual, dava o nome à praia que tinha as melhores ondas. Dona Jandira, sabendo que ele surfava, avisou–o para que não fosse lá, muito menos sozinho. Nara, a mulher que lá vivia, jogava garrafas e latas em quem passasse pela trilha.

Por essa razão, ele decidiu que deveria ir até lá, tão logo pudesse. Ninguém merecia viver isolado, acreditando que os outros são inimigos. Mesmo depois de tudo o que passou na vida, Yago acreditava que o bem gerava o bem.

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Do bar, Yago foi conduzido direto para a pousada. Um conjunto de chalés dispostos um ao lado do outro, formando um conjunto coeso. Dez, no total, distribuídos em linha horizontal, grupos de cinco. Uma fileira a frente e outra atrás. Um grande Bangalô ficava no centro, e entre as duas fileiras. Ali ficavam a portaria, a administração, o restaurante e o bar com karaokê.

Dona Zoraide recebeu Yago pessoalmente e lhe apresentou seus funcionários. Foi onde ele ficou sabendo mais das necessidades de compra da Pousada. Das toalhas aos ingredientes para o cardápio do restaurante.

Quando voltou ao supermercado flagrou uma conversa entre Aline e Danika:

– Ao invés de estar aqui resolvendo problemas – dizia Danika – ele está passeando como um turista, pela vila.

Aline abriu a boca, mas ele não deixou a conversa continuar.

– Por que, Danika? Aconteceu alguma coisa que eu tivesse que resolver?

As duas se voltaram para ele com os olhos arregalados. Pegas no flagrante! Quase riu da situação.

– Não, não aconteceu – disse Danika, tentando manter a pose. – Mas poderia ter acontecido.

– Ah... – ele balançou a cabeça. – Bom, se prepare, pois amanhã vou sair novamente. E conto com a competência de vocês para lidar com o básico. Afinal, sempre fizeram muito bem!

Deixou–as de boca aberta e subiu as escadas.

Danika foi a primeira a se recuperar. Correu atrás dele, falando sem parar:

–A dona Cassandra passou aqui para dizer que vai trazer, amanhã, as panquequinhas de banana e de maçã.

– E...?

– Eu disse a ela que só pode ser um engano. Nós não temos padaria, nem confeitaria.

Yago parou no meio dos degraus e se virou para ela, mais abaixo.

–Pois vamos ter. Dona Cassandra, a chefe das guirlandeiras, faz essas panquecas divinas, que eu provei! Ela acha que não vão vender, mas estou certo que vão.

– E se não venderem? – Danika levou as mãos a cintura.

– É minha responsabilidade, não sua, Danika... – ele respondeu num tom seco.

– Vai ter pão, também? – Ela o questionou.

–Vai! Caseiro e feito na hora. Fechei um acordo com a cozinheira da pousada, para atender os moradores, não só os hóspedes. Mas logo pretendo ver se arrumo um padeiro.

Virou–se para continuar a subida.

–Mas...

– Se não vender, Danika, eu prometo que compro e como tudo sozinho.

Aline se controlou para não rir da cara impagável que Danika fez.

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