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⚓ CAPÍTULO 04: O Cão Negro


   Dois dias se passaram até que Barnes retomou seu estado normal. Pelas últimas quarenta e oito horas, o capitão apenas ficava deitado e de olhos abertos ao gemer de forma desconexa. Larsson e o ex-militar Watson passaram todo o tempo ao lado do marujo mestre, tomando conta e tentando trazê-lo de volta. O outro oficial, Sullivan ajudava a tripulação em tarefas diárias e em outros âmbitos. Por mais que o homem do mar tentasse acalmar os ânimos, nada era tranquilo. Os tripulantes tinham ainda mais medo, e as fofocas internas se alastravam. Brown havia desaparecido no mar e nunca mais retornado a terra firme, e o capitão sabe-se lá o que viu nas águas, ainda retornava após ficar completamente fora de si. Sem contar, claro, o farol, que por sinal, nunca mais foi aceso.

   Barnes, após acordar normalmente, foi levado pela dupla de outrora até o mar, onde foi refrescado pelos amigos. O restante seguiu para acompanhar, claro. Ele ainda andava meio troncho e seu olhar não era mais voraz e destemido como em tempos passados.

   — Capitão, você está bem? Pode nos dizer o que aconteceu na jangada dias atrás?

   — Dias? Não foram semanas?

   — Não senhor, foram dois, quase três.

   O sol ainda estava radiante quando Barnes foi levado até a areia novamente. Sentaram-se em torno dele, até que o mesmo tossiu fortemente sem parar, como se algo estivesse dentro de sua garganta. Após muito fazer, conseguiu vomitar sebosamente em toda a areia que se fazia presente por alguns centímetros. Imediatamente parecia ter retomado total consciência das coisas.

   — Brown! Onde está?

   Sullivan e Larsson seguraram o capitão que tentara se levantar bruscamente.

   — Capitão, se acalme. Sente-se! - gritaram em conjunto, e Barnes se acalmou morosamente.

   — Então... O Brown se foi. Eu bem me lembro agora... Eu vi! Eu vi ele.

   — Viu quem, capitão? - gritou Watson, sentado ao lado da única moça presente. Todos estavam curiosos e tentavam manter calma.

   — Eu vi... Vi o Kraken. Vi um de seus braços, vi sim. Eu o vi.

   Os presentes levaram suas mãos a boca, chocados com as palavras e revelações do Capitão Barnes.

— Está delirando! O Kraken não existe! – se indignou um camarada de pele oleosa e olhos castanhos claros.

   — Se acalme, Smith. Não é hora para exaltações. – respondeu ao tentar acalmar os ânimos de Harrison Smith, um detetive de São Francisco e primo distante de Sullivan.

   Os olhos de cada um passavam em direção ao mar, em total apreensão e terror sobre o suposto Kraken que habitava as águas em que agora eles viviam em distância por centímetros.

   — Capitão, explique direito o que você viu naquela noite. O que puxou Brown, como foi?

   — Larsson... Jamais vi algo como aquele longo braço e aquele olhar maligno e repugnante. Não sei nem porque estou vivo e aqui. Talvez a maldita criatura tenha ficado com pena de mim.

   — As histórias dizem que o Kraken teria o tamanho de uma ilha e pelo menos cem tentáculos! É loucura, sequer caberia aqui.

   — Só se o Kraken fosse a base da ilha. – sugeriu o cosmólogo Bruce Allen, e o detetive de São Francisco se irritou ainda mais.

   — Loucura! Vocês só podem estar loucos. Veja bem, um cogita ter visto o Kraken, e o outro, sugere que nós estamos acima do mesmo, que serve como base a uma ilha. Por Deus! Nem nos meus piores serviços nas vielas ocultas da América vi tamanha bobeira!

      Harrison Smith saiu em total fúria, e não mais foi visto naquele momento, enquanto todos ainda permaneceram em um círculo e conversando a respeito do ocorrido. Barnes foi levado novamente para a carcaça do antigo barco, onde trocou uma longa conversa com seus amigos oficiais. Do lado de fora, Watson ainda servia como âncora para os mais amedrontados, como era o caso do brasileiro Cláudio, do padre Wilson e da moça, que se chamara Evelyn Jones, uma humilde escritora inglesa de vinte e oito anos que anotava diversas coisas em seu caderno. A tinta da caneta vai acabar em breve, e eu só tenho mais uma, já que perdi toda a caixinha... Ela pensava.

   Estavam tão tomados pelas conversas e a respeito da existência do gigantesco Kraken,que sequer perceberam o desaparecimento de Harrison Smith. Somente duas horas depois, Watson reparou que entre os cinco convidados, só quatro estavam presente. Ele, Nielsen, um demonologista, Allen, o cosmólogo e Petersen, um outro detetive – mas de Los Angeles e de somente 29 anos, estavam ali. Smith não estava com nenhum dos grupos. Logo, o ex-militar reuniu todos próximos ao barco anterior. Questionando um a um, Evelyn disse ter visto quando o homem saiu em fúria para dentro da floresta, ainda quando estava claro. Assim, um grupo foi formado para procurar por Smith. Watson levou consigo Evelyn, que havia sido a última a vê-lo, Petersen, que não tirava sua maldita boina da cabeça, John Louis, um humilde professor de Geografia e Sullivan, consigo para entrar a selva. A verdade é que todos estavam com medo, mas adentraram ainda assim. Wilson, o simpático padre, fez uma reza em cada um antes de entrarem na soturna floresta.

  O quinteto não se separou de forma alguma inicialmente. Watson levava uma sub-metralhadora, mais precisamente uma MP40, dada pelas mãos de Larsson, saindo diretamente do fundo do baú de Barnes. De fato, não sei como Barnes possuía aquela arma, já que a mesma vigorou em serviço de 1939 a 1945 e pertencia a Alemanha Nazista.

   A gibosa lua estava estupenda naquela noite, e os cinco caminhavam pacientemente pela mata. Não se separaram em momento algum, espertamente, já que não tinham total conhecimento da região e do que se encontrara por aquelas bandas. Também evitaram gritar ou chamar pelo nome, com medo de manifestarem algo. Mas isso durou pouco, já que Louis resolveu chamar o nome de Smith em voz alta, mas fracassou miseravelmente. Parecia mais gélido a cada momento. A noite era densa, e qualquer passo em falso poderia gerar algo que nenhum deles gostaria de presenciar. Quando Evelyn pisou em uma folha seca – curiosamente a única em todo lugar, saltou quase que no colo de Watson, tamanho susto. Louis, Sullivan e Petersen se arrepiaram por completo. O detetive, então, era bem mais jovem que o desaparecido, e não tinha tamanha experiência, em que pese tentar analisar cada centímetro, cada coqueiro e arbusto.

   Depois de uma longa caminhada, Sullivan não resistiu e sugeriu. Vamos nos separar. O marujo permaneceu com Petersen e Louis, enquanto Evelyn se manteve com Watson. Sem conhecimento, deveriam buscar por apenas dez minutos, e imediatamente tentar o retorno ao início da ilha, com ou sem Harrison Smith.

   A busca foi mais angustiante do que se imaginara, ainda mais quando um maldito corvo sobrevoou raspando a cabeça de Petersen. A jornada consumia menos energia a noite, é verdade, mas o terror e o medo eram triplicados naquele contexto. O trio, havia retornado para a areia logo, mas Evelyn e Watson não. Ambos encontraram alguém, ou algo, melhor por dizer.

   Viram uma longa distância, Smith. Ele caminhava lentamente. Evelyn e Watson se olharam, mas manteram cautela. A moça lhe pediu silêncio, e ambos seguiram o detetive de São Francisco pacientemente. Parecia andar em uma direçãomisteriosa, como se buscasse ou soubesse exatamente onde estava indo. Após quase dez minutos, era hora de retornar para as areias, mas eles ainda estavam lá, na cola do detetive, perseguindo o coitado. Watson respirou fundo para chamá-lo, mas Evelyn viu algo, notou algo, observou algo. Ela estava com total razão, e segurou a boca de Watson com a palma da mão. Um animal de pelos negros e amedrontadores passou pela selva verde, e Smith andava por trás dele. Era como um guia para o homem. Watson ficou mais apavorado que a dama, que passou a frente, seguindo-os. Assim que a mata se abriu, estavam acima de uma pequena elevação,  e ela concatenou com cerelidade. Que lugar alto é esse? Estava, novamente, com total sapiência a respeito do monte de rocha que se pôs a sua frente. Na ilha, não parecia ter aquele local de fato.

      Smith caminhou de forma reta e consistente na elevação. A frente dele, uma certa altura altura que levava ao mar. Que loucura era aquele lugar. Smith, então, deu dois passos adiante e se jogou para a morte. Evelyn estava tomada por um medo que subia sua nunca e lhe descia como um soco no estômago. Virou-se novamente para Watson, que estava travado. Ele agora via o guia de Smith. Era um animal, ou melhor, um cachorro negro e cumprido, com cabelos escuros que se estendia em sua enorme cabeça protuberante. Seus olhos eram como duas maçãs e sua calda se alongava duas vezes o tamanho de um cachorro comum. Gytrash. Sussurrou a inglesa. Ela esmurrou o peito de Watson, que num lapso, acordou. Quando viu a figura sórdida de quatro patas, afundou o dedo no gatilho e disparou com a moça. Era correr ou morrer, eles logicamente ficaram com a primeira das opções. Chegaram a areia em momentos depois. Estavam cobertos por medo,  por suor e por uma sensação asquerosa. Quando puseram seus pés na área, notou que todo o resto estava a postos a dormir. Pareciam tranquilos, e desligados de todo o ambiente.

   Sullivan, Petersen e Louis estavam arrumando os lençois velhos para dormirem. Disseram não ter visto nada de errado e que Smith provavelmente voltaria em outra ocasião. Em seguida, foram até os outros oficiais, mas já estavam a dormir. Em desespero, os dois se enfurnaram na embarcação para descansar lá dentro. Já que ninguém lhes davam ouvidos e explanar a situação era impossível, se trancaram no antigo barco para dormir de forma segura. A mente dos outros não está no mesmo lugar que a nossa, disse o ex-militar. E não estava mesmo.

📊 1690 palavras. 

⏱ 08 minutos. 

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