24 de fevereiro

Judith Hunt Ballard

O elevador abriu e eu comecei a andar rapidamente, talvez ele nem percebesse que eu tinha passado vinte minutos da hora.

Coloquei minha bolsa na mesa e firie o casaco rapidamente, peguei o café que ele gostava e bati duas vezes na porta.

Assim que entrei vi Fred sentado na cadeira com um olhar assassino, faziam dois dias que eu estava ali e ele já me odiava.

Fred era um homem de cinquenta e poucos anos, já tinha experiência nessa ramo a muito tempo, meu pai mesmo tinha escolhido ele a dedo.

Apesar de ser ranzinza e debochado ele parecia ser um homem legal, ou pelo menos era legal com meu pai, comigo ele ainda continuava ranzinza e debochado.

-Não é só por que é filha do dono da empresa que pode se atrasar, Srta.Hunt.- ele explicou.

-Eu sei...

-Qual é a desculpa agora, o trânsito ou o elevador?- ele sorriu e o encarei com raiva.- Pelo menos trouxe meu café.

-Dessa vez eu não esqueci.- sorri tentando permanecer controlada.

-Devia ganhar uma estrelinha dourada.- ele debochou e eu tentei não rir.

-Eu dormi tarde, por isso me atrasei.- expliquei.

-Não quero nem saber o que aconteceu para a senhorita ter dormido tão tarde.- ele balançou a cabeça.- Não é do meu interesse.

-Mas eu sei que vai falar pro meu pai, está sempre atualizando ele, não?- levantei as sobrancelhas e nos encaramos.

-Vamos começar, Srta.Hunt.- ele arrumou os papéis.

-É Ballard.- coloquei o café em cima da mesa.

-Como?- ele franziu as sobrancelhas.

-Não é Hunt, é Ballard.- falei novamente e ele sorriu um pouco orgulhoso.

-Muito bem.- ele tomou o café.- Ainda está quente, melhor que ontem.- abri a boca.- Sente, vamos começar a estudar os gráficos.

-Eu sei estudar gráficos.- sentei mesmo assim quando ele me deu vários papéis.

-Mas não da forma como eu sei.- ele apontou para o primeiro.- Isso não parece importante, mas pode mudar o lucro...

-Eu sei...

-Ótimo.- ele pegou a cópia dele.- O que vê no primeiro?

E de novo eu iria ficar apenas falando sobre gráficos por várias horas, já não aguentava mais, porém meu pai achava que aquele homem podia me ensinar algo.

Então eu olhei para o primeiro gráfico e comecei a falar as informações que eu conseguia extrair dele.

Iria ser um longo dia.

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Judith Hunt Ballard

"-Talvez consiga amanhã.- Hannah falou do outro lado da linha.

-Eu só não sei o que ele tem comigo.- falei esperando o café.

-Judith, venhamos e convenhamos, você tem uma expressão mimada.- ela falou divertida.

-O que?- franzi as sobrancelhas.- Eu não sou mimada!

-Não estou dizendo que você é.- ela enfatizou.- Estou dizendo que você tem um rosto, uma forma....

-Bem...- pensei.- Só um pouco.

-Você tem um Porsche.- ela falou mais séria e eu não consegui evitar sorrir.

-Foi presente.- tentei explicar.

-Claro, do seu papai rico.- ela riu.- Mimada.

-Mas eu trago o café dele.- fiz bico.

-Já é um começo para ele gostar de você.- ela olhou pelo lado positivo.- Mas tem que ganhar a confiança dele.

-A cada duas frases ele fala "Só por que é filha do dono da empresa..."- revirei os olhos.- Eu não queria trabalhar pro meu pai, sempre fui independe.

-Prove a ele que está errado.- peguei o café e agradeci.- Sei lá, chegue cedo.

-Isso vai ser difícil.- sai do café e comecei a andar pela rua.

-É, talvez leve um bolinho para ele.- ela deu a ideia.

-Ele vai achar que estou tentando matar ele por açúcar.- pensei.- Ele é o tipo de cara que diria isso.

-Seu chefe é muito complicado.- ela suspirou.

-Obrigada!- sorri mexendo a mão.

-Onde você está?- ela parecia estar vendo TV só fundo.

-Na rua.- olhei para os lados.- Voltando para casa sem meu Porsche.- brinquei.

-Ah, coitada.- ela falou com uma voz divertida.- Onde está Link?

-Eu dei uns dias de folga para ele, parece que Alice ficou carente.- balancei a cabeça.- Dava para ouvir ela gritando de longe.

-Coitado dele, então.- ela riu.

-Hannah.- tentei não sorrir.

-Desculpe, crueldade.- ela repsirou fundo.- Vai ficar sozinha hoje?

-Acho que sim.- estava me aproximando da rua do meu apartamento.- Talvez eu ligue para alguém.- bebi um pouco de café.

-Lembra a menina do piercing na sobrancelhas?- ela perguntou animada.

-Sim.- olhei para os lados.

-Ela pediu seu número, quer que eu dê?- pensei um pouco.

-Ok.- balancei a cabeça.- Eu vou desligar...- um carro parou bloqueando minha passagem.- Tenho que ir, tchau."

Coloquei o celular na calça por já saber quem era e apenas continuei a andar, ele moveu o carro para frente me trancando de novo.

Respirei fundo vendo a porta abrir e James sair do carro, ele ainda estava com alguns cantos do rosto roxos.

-Podemos conversar?- ele perguntou.

-Não.- balancei a cabeça tentando passar.

-Judith, não seja infantil.- ele segurou meu braço.- Vamos conversar como dois adultos.

-Não quero conversar com você.- falei irritada.

-Seu pai apareceu de surpresa, eu não queria falar aquelas coisas, não queria mentir para você...

-Eu disse que não queria conversar.- rosnei deixando o café cair e então chutando o saco dele.

James gemeu se encolhendo e eu segurei seu braço o torcendo levemente e fazendo ele ficar de costas para mim.

Coloquei ele contra o capô do carro e pressionei seu rosto contra o capô molhado da chuva.

-Me fez perder o café, feliz?- perguntei me afastando.

-Sua maluca.- ele levou as mãos até o saco.

-Se me tocar de novo quebro seus dedos.- ajeitei meus cabelos.- E me certifico de estar usando um salto agulha pra pisar no seu saco!

Ele arregalou os olhos e voltei a seguir com meu caminho, minhas bochechas ficaram vermelhas com aquilo tudo e eu só comecei a andar mais rápido.

Link me ensinava golpes apenas para quando eu precisava, e eu não precisava fazer tudo aquilo, mas dar uma surra sozinha em James foi bom.

Subi as escadas do prédio rapidamente e logo apertei o botão, torcia para que nenhum dos seguranças a paisana tivessem visto.

Entrei no elevador e abracei meu corpo com frio, peguei o celular vendo uma mensagem da amiga de Hannah.

Decidi responder quando o elevador abriu, agora mesmo que eu estava precisando de alguém para me distrair.

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Gabriel Callahan

Sabia que minha intuição estava certa, na verdade eu nunca errava sobre algo assim, Judith não era tão indefesa assim.

Decidi seguir ela por algum tempo, e quando aquele cara mais velho parou na frente dela percebi que tinha algo errado.

Primeiro que o suposto segurança dela não estava ali, segundo que não havia nenhum outro segurança.

Mas entendi o por que de ela não andar com seguranças quando ela simplesmente acabou com aquele cara em um estilo policial.

Me fazendo perceber que o treinador ela era ou da polícia ou do exército, e Thomas Lincoln tinha tido treinamento militar, assim como eu.

Judith não era uma menina mimada e indefesa, ela sabia se defender e parecia que apenas eu via que isso podia ser algo mais no futuro.

Parado na frente da rua dela vi uma mulher toda arrumada e um homem a acompanhando chegarem, não evitei pensar que devia ser para Judith.

Observei aqueles dois entrarem no elevador e então fiquei brincando com um canivete que tinha no bolso.

Tinham duas coisas muito erradas, o segurança de Judith não fazia o trabalho direito, ele era mais amigo do que segurança.

Facilmente ela poderia ser sequestrada, e segundo, eles deixavam qualquer um entrar no apartamento dela.

Desisti de tentar ficar adivinhando e liguei a moto, amanhã era o dia que a segunda fase entraria em ação realmente, tinha que descansar.

Guardei o canivete no bolso e coloquei o capacete, acelerei a moto e sai de lá tão rápido quanto tinha chegado.

Era melhor Judith Ballard aproveitar as últimas horas de solterice, e sendo assim, eu também aproveitaria a minha.

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Judith Hunt Ballard

O dia já tinha sido estressante demais, e eu sabia que se chamasse a amiga de Hannah não iria conseguir flertar direito.

Então eu decidi jogar para o lado mais seguro, chamei minha amiga, Chloe, ela sempre vinha pronta para a ação direto.

E ela sempre trazia um amigo bom, como achei que tivesse namorando eu não estava chamando muito ela, mas soube que o namorado dela também curtia.

Abri a porta do apartamento e Chloe surgiu me abraçando, senti o cheiro do perfume dela e já comecei a ficar animada.

-Acho que não conheceu Steven.- ela apresentou o namorado.

-Só vi de longe.- sorri abraçando ele.

-De perto eu sou mais bonito.- ele brincou e eu olhei para Chloe.

-É só ignorar o humor dele.- ela sorriu.

-Você sabe onde ficam as coisas.- falei para Chloe enquanto fechava a porta.

Ela foi até a geladeira e tirou apenas uma cerveja, observei Steven sentar no meu sofá e ela sentar em um diferente.

-Chloe fala muito de você.- ele murmurou se acomodando.- Muito mesmo.- sorri para ela.

-Estava querendo convidar você desde que comecei a namorar com ele.- Chloe falou com um sorriso enquanto abria a cerveja.

-Agora eu estou completamente livre.- falei andando até eles, tinha colocado um vestido para facilitar.

-Sorte nossa.- Chloe sorriu.

Ela então levantou e ficamos na frente de Steven enquanto ela segurava meu rosto e me beijava levemente.

Coloquei o cabelo curto e loiro atrás da orelha dela e capturei seus lábios com voracidade, ela sorriu contra meus lábios e mordeu a parte inferior.

Então ela deu dois últimos selinhos e se afastou sentando novamente e pegando a cerveja, e aí ela assentiu dando um sinal.

Eu e ela já tínhamos feito isso várias vezes, sabia os sinais, ela gostava de ver até querer participar.

Sentei no colo de Steven e ele sorriu levantando a mão até minha bunda enquanto eu segurava o rosto dele e o beijava dando selinhos.

Coloquei os cabelos todos para um lado e voltei a segurar o rosto dele o beijando, Steven subiu meu vestido e gemeu apertando minha bunda.

Me afastei e olhei para Chloe, ela estava sorrindo enquanto eu beijava a nuca do namorado dela e o fazia gemer com os chupões.

Sorri quando ela abaixou os olhos e depois voltou a me encarar, esse era outro sinal, abri as pernas de Steven e fiquei entre elas.

Ele sorriu me ajudando a tirar a calça e a cueca, e então tirou a blusa rapidamente a jogando em qualquer canto.

Segurei a base do pau dele e comecei a chupar, de canto de olho vi Chloe levantar e sentir ela ficar atrás de mim.

Tirei o pau de Steven da boca enquanto gemia sentindo os dedos dela pressionando meu clitóris com delicadeza.

-Continue.- ela murmurou rouca.

Voltei a chupar o pau dele até onde eu conseguia e vi ele contorcendo o rosto em prazer, gemi franzindo as sobrancelhas quando ela começou a acelerar.

Senti os beijos dela na minha nuca e abaixei a cabbs masturbando Steven enquanto ela fazia o mesmo, uma série de gemidos me tomou e deitei a cabeça no ombro dela.

Senti os seus lábios na minha orelha e aumentei a velocidade da minha mão no pau de Steven, ele gemeu alto.

Gozei na calcinha e Chloe afastou meus cabelos do rosto enquanto se agachava atrás de mim e começava a beijar meu pescoço.

Steven começou a se masturbar por contra própria enquanto eu virava o rosto e tomava os lábios de Chloe nos meus.

Levei as mãos até o cabelo dela e apertei em meus dedos, ela desceu as alças do meu vestido e apertou um dos meus seios me fazendo contorcer o corpo.

Perdi o chão quando ela se afastou e pegou a cerveja de novo indo até uma das gavetas perto da TV, eu sabia o que ela queria.

Olhei para Steven e o puxei para um beijo de novo, ele agarrou meus cabelos e me sentou no colo dele passando os dedos pela minha entrada.

Mordi seus lábios enquanto arqueava o corpo contra o dele e sentia sua pele na minha, ele desceu a cabeça e colocou um dos meus seios na boca.

Apertei a nuca dele e gemi baixinho olhando para trás, Chloe estava voltando com uma camisinha texturizada.

Ela me deu e eu abri colocando no pau dele e cuspindo na mão para lubrificar, Chloe ficou atrás de mim e lambeu os dedos me penetrando.

Abri os lábios em um gemido silencioso e ela empurrou um pouco minha cabeça me fazendo beijar Steven.

Voltei a beijá-lo e ela o penetrou em mim, afastei o rosto para soltar um gemido necessário e senti ele e aquela camisinha texturizada me preenchendo.

Comecei a mexer meus wuaddis lentsmme e Steven gemeu agarrando minhas coxas, olhei para trás e Chloe sorriu segurando meu queixo e me beijando.

-Com força, Steven.- ela mandou e ele obedeceu.

Gemi contra os lábios dela e apertei minhas unhas nos ombros dele enquanto sentia ele estocar cada vez mais forte.

Meu corpo estava balançando com violência enquanto ele abraçava minha cintura para dar base, não conseguia controlar mais meus gemidos.

-Pare.- ela pediu.

-Chloe.- ele gemeu estocando.

-Pare.- ela falou de novo e ele parou.

Ela me ajudou a sair de cima dele, fui sentada no sofá e ela abriu minhas pernas, coloquei a cabeça para trás quando a língua dela roçou na minha entrada e entrou.

Levei a mão até os cabelos dela e apertei gemendo feito uma louca quando ela sugou meu clitóris.

Steven foi para trás de chloe que estava de quatro e tirou a calcinha dela sem mais preocupações, mordi o lábio quando ele começou a estocar em Chloe.

Umideci os lábios e voltei a olhar para ela, aqueles firuclos lentos que ela fazia entorno do meu clitóris tão delicadamente.

Agarrei a nuca dela e a puxei para cima colando nossos lábios, Chloe gemeu contra meus lábios e eu desci a mão até o clitóris dela.

Steven estava metendo sem dó, ela gemia no meu ouvido enquanto eu também estimulava o clitóris dela.

Sorri mordendo o lábio e olhei para Steven, ele gemeu uma última vez e Chloe gozou, então ele saiu de dentro dela e avançou contra mim.

Fechei os olhos quando ele me penetrou e afastou minhas pernas, gemi sentindo a mão de Chloe fazer a mesma coisa que estava fazendo com ela.

-Em quem, Steven?- Chloe perguntou com a voz rouca mordendo o ouvido dele.

-Nela.- ele continuou estocando em mim.

Chloe sorriu e me beijou novamente, nossas línguas estavam roçando uma na outra e eu sentia que iria gozar a qualquer momento.

Desci a mão pelas costas dela até o meio de sua pernas e ela gemeu aumentando a velocidade dos dedos.

Deixei minha mão cair e coloquei a cabeça para trás enquanto gemia loucamente, finalmente gozei e abri os olhos vendo Chloe sorrir e então me dar um selinho.

Steven saiu de dentro de mim e me colocou de joelhos, tirei a camisinha e voltei a chupá-lo, Chloe beijou o namorado nos lábios e então sentou novamente pegando a cerveja.

Curvei meu corpo sentindo o pai dele preencher minha boca e afastei meio desorientada enquanto mexia minha mão rapidamente em movimentos vai e vem.

Ele gemeu alto e então afastou meus cabelos enquanto eu voltava a colocar o pau dele na boca, senti o pré-gozo dele e aumentei a velocidade.

Senti os dedos dele apertarem meus cabelos e o gozo quente dele na minha boca, me afastei sugando até a última gota e olhei para ele com um sorriso.

Steven tocou meu queixo e abri a boca mostrando que não havia mais nada, ele caiu sentado no sofá e eu sentei no chão me recuperando.

-Judith, amor.- Chloe sorriu.- Agora é minha vez.

Estávamos apenas no aquecimento.

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25 de fevereiro

Thomas Lincoln

O elevador abriu e terminei de tomar meu café, estava trazendo um para Judith e também um bolinho como sempre.

Depois desses dias eu tinha conseguido fazer Alice me perdoar e agora estávamos relativamente bem.

Abri a porta de correr e dei alguns passos para dentro, quando olhei para a cozinha vi Judith apenas com uma blusa preta e calcinha beijando uma outra menina.

As duas estavam bem acomodadas na bancada da cozinha, Judith abriu os olhos e me observou enquanto beijava a menina.

Ela então se afastou e a menina finalmente me viu ali, eu não sabia o que fazer a não ser ficar parado ali.

-Seu amigo?- a menina perguntou.

-Sim.- Judith cruzou os braços.- Sempre em horas inoportunas.

-Ele pode se juntar.- um cara apareceu de não sei onde e ficou atrás de Judith beijando o pescoço dela.

-Caramba.- murmurei desacreditado.

-Ele tem namorada.- Judith sorriu.- Não quer voltar depois, Link?- perguntou enquanto o cara lambia a orelha dela.

-Eu acho melhor.- assenti colocando as coisas em cima da bancada.

A menina sorriu e Judith riu baixinho enquanto virava e beijava o cara, não queria nem mais ver nada daquilo por que não sabia o que faria.

A última coisa que vi foi a menina chegando atrás de Judith e beijando o pescoço dela enquanto apertava a sua bunda.

Fechei a porta rapidamente e pisquei tentando esquecer o que eu tinha acabado de ver, talvez fosse muito cedo ainda.

Ouvi um gemido lá dentro e andei rapidamente até o elevador, talvez fosse melhor eu forçar minha cabeça a esquecer tudo que eu tinha visto antes de ficar duro.

Entrei no elevador arrependido de entrar sem avisar, então apenas imaginei ter deixado as coisas e ido embora, pronto, nada tinha acontecido.