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Capítulo 3

   Os guardas não tiveram a menor chance. Em um momento estavam tremendo, mas pelo menos um pouco confiantes que os escravos que sempre os obedeciam iriam cumprir suas ordens, no outro, estavam cercados, engolidos pela turba furiosa. E eles não pegaram leve. Essa era a chance de vingança que com certeza sonharam muitas vezes em praticar, mas foram impedidos por a realidade, por as correntes, as mesmas que não estavam mais em seus pulsos.

   Fiquei parada, a única a não se mover fora o homem estranho ao meu lado, observando o desenvolver da chocante rebelião.

   - Você parece surpresa.

   Observei a violência na minha frente e não respondi.

   - O que você achou que aconteceria quando eles fossem libertados? Que eles iriam fugir? Ignorar todos os maltratatos? Esquecer tudo o que passaram e seguir em frente? Perdoar?

   Eu não sabia o que esperava. Algum pensamento primário meu talvez pensasse em fugir, como um instinto básico para a sobrevivência. Mas é claro que aquelas pessoas não fariam isso. Eu passei só um dia presa aqui e já achei que era o bastante para a vida toda. Mas e quanto a eles? Uma vida cheia de tormenta e privações não se extingue tão rápido.

   - Você esteve aqui por quanto tempo? - perguntou ele em um tom mais brando.

   - Um dia.

   - Então você ainda não sabe, a sensação se ser preso contra a sua vontade e não poder fazer nada a respeito.

   - E você sabe?

   Ele não respondeu.

   Nesse momento os guardas já tinham perdido a vontade de lutar, alguns fugindo para logo ser pegos por uma súbita onda de vento ou por uma lança de gelo enquanto os herdeiros faziam o que sabiam fazer de melhor, o que eram treinados para fazer : lutar.

   Muitos corpos ja enfeitavam o chão , notei e estremecei, era ciente da violência no mundo, mas presenciá-la era uma coisa totalmente diferente. Senti que nunca esqueceria essa cena enquanto vivesse.

   Alguns dos guardas soltaram as armas, se ajoelhado e clamando por misericórdia.

   - Chega! - O homem do meu lado gritou, o som da sua voz revestida de comando dando uma pausa no massacre, e eu agradeci mentalmente.

   - Por que devemos parar? Eles nunca pararam conosco - respondeu um dos herdeiros, com os olhos ainda reduzindo com desejo de vingança.

   - Matar eles não vai mudar o que vocês viveram - um lento sorriso se formando em seu rosto -Além disso eu tenho uma ideia melhor.

   Isso apareceu fazer os herdeiros furiosos se acalmaram um pouco, embora hesitantes, dispostos a ouvir a proposta daquele que os libertou.

   O homem se aproximou lentamente de uma cela e a abriu , estendendo a mão em um gesto convidativo.

   - Por que não damos a eles um pouco do seu próprio veneno?

   Observei os olhares dos guardas mudarem de alívio a horror enquanto observavam a cena.

   - Como vocês ousam? Vocês coisas malditas só foram feitas para servir a nós ! - falou um dos guardas sobreviventes.

   - Pare de falar merda e entre aí dentro - o homem o arrastou pela cela, a fechando com um estrondo que ressoou no silêncio antes de olhar as demais pessoas que o observavam, paradas - E vocês, o que vão fazer?

   Os herdeiros restantes vendo o óbvio horror no rosto do guarda agora prisioneiro seguiram o exemplo, jogando os sobreviventes nas celas vazias e as trancando em seguida. Dando a eles um pouco do que passaram todos esses anos.

   - O que você pensa que está fazendo? Isso é desumano! - falei enquanto me aproximava do homem.

   - O que é desumano? Prender as pessoas que trancaram tantas outras a vida inteira? Que comercializavam seres humanos como se fossem mercadoria? Eu posso falar mais coisas que eles fizeram a esses herdeiros se você quiser, isso é só a superfície.

   - Fazer o mesmo só torna você igual a elas.

   Ele se aproximou de repente, seus olhos reluzindo com raiva. O rosto tão próximo ao meu que eu podia sentir sua respiração.

   - Nunca. mais. me. compare. com. essas. pessoas. de. novo - falou pausadamente - Você não faz idéia do que eles são! não faz idéia do que eu sou, está entendendo?

   - Si..sim - gaguejei a resposta.

   - Ótimo.

   Ele observou conforme os últimos homens eram presos.

   - Desculpe, eu não costumo ficar com raiva facilmente, só que...

   - Tudo bem... você tem razão em uma parte, eu não sei do que essas pessoas são capazes, estive aqui por só um dia e já as achei repugnantes o suficiente.

   - Se faz você se sentir melhor eles não vão ficar presos por muito tempo, seja quem for que mandaram como mensageiro não vai demorar muitos dias para estar aqui de volta.

   - Por que os prender então?

   - Para transmitir o recado - falou enigmaticamente.

   - Que recado?

   Ele sorriu lentamente, olhando os guardas presos e senti que tudo fora parte do seu plano: ser preso, causar uma rebelião e trancar os guardas, tudo já planejado. Mas com qual propósito? era o que eu me perguntava.

   Ele andou lentamente, se aproximando das celas e observou atentamente os guardas.

   - Isso é o que recebem por tudo que causaram, e vai ser, daqui a pouco, o destino de todos que fazem o mesmo - continuou caminhando entre as grades - eu pediria para vocês me agradeceram por ainda não estarem mortos, mas isso não seria justo, já que vocês estão ainda respirando simplesmente poque eu assim desejo. Porque vocês farão algo por mim.

   Ele se aproximou de um guarda em particular, o magrelo, que parecia liderar os demais.

   - Como você se sente sabendo que se você vive ou morre é apenas questão de uma decisão minha? - e se afastou , se aproximando do centro das celas, de modo que estivesse visível para todos os que estavam agora presos - Eis o que vocês farão, quando o mensageiro que vocês mandaram voltar com os reforços, e ele virá, vocês descreverão exatamente o que viram aqui, dirão que Lianof apareceu e libertou os escravos e que vai continuar fazendo isso até que não reste nenhum.

   Todo o ar pareceu de esvair do meu corpo ao ouvir esse nome. O homem que eu confiei para me libertar, o que eu secretamente admirei por dar esperança a todos os que estavam presos e já não a tinham, era meu inimigo, não só meu, mas de toda minha nação, meu continente.

   Lianof, o tirano, o imortal, muitos são os títulos usados para descrevê-lo, e pelo que ouvi, ele merecia cada um deles . Um inimigo poderoso o bastante para não poder ser destruído por meios comuns. O herdeiro mais poderoso já nascido.

   Era de conhecimento comum que quanto mais poderoso um herdeiro fosse, mais ele viveria. Mas viver mais de trezentos anos? Sem antecedentes. Por isso o título "imortal". Se afirmava que ele não poderia ser morto, indepedente dos ferimentos.

   Ele dominava todo o continente Fairiano e agora queria expandir seu domínio para o seu vizinho, Linfaer. E como um dos seis reinos que o compunham, Arabela, minha nação, não ficaria parada esperando. O que se relacionava diretamente com o meu motivo de estar aqui.

   Descobrir sua fraqueza. Eu não havia mentido para Henry quando disse que não iria matá-lo. Entretanto eu não tinha sido totalmente sincera. O que eu faria era parecido o bastante. Tinha que descobrir uma maneira de matá-lo. Isso se ele pudesse ser morto. Esperei do fundo do meu coração que o título imortal não fosse verdadeiro.

   Mas ali estava ele. Na verdade, eu não deveria estar surpresa. Eu usei seu colar para voltar aqui. Para me levar a ele. Se eu parasse para pensar, faria perfeito sentido ele estar aqui.
Mas por que ele está libertando escravos ?

   Percebi vagamente pelo canto do olho a raiva dos guardas. A humilhação de estarem presos e ainda servirem de recado caindo sobre eles.

   - Você deve estar louco se acha que serviremos de garoto de recados pra você - falou um dos guardas presos e cuspindo através da cela em escárnio.

   Observei a cena, diferente de antes, cada movimento desse homem era suspeito, de Lianof, corrigi mentalmente. Ele agora não era mais um desconhecido que me salvou, era um inimigo que eu deveria observar, mas como?

   - Ah não se preocupe, quando seus superiores chegarem aqui e verem esse lugar vazio todos vocês estarão cantando informações.

   A seguir ele se virou para os herdeiros e sua expressão de repente ficou séria.

   - Sei que o que vocês viveram ate agora não foi fácil, alguns de vocês talvez tenham nascido escravos, e nem entendam o significado de liberdade - olhou cada um nos olhos -   Mas agora vocês estão livres, e     deixe-me lhe dizer uma coisa, não há nada melhor.

   Notei agora que havia diferentes reações entre os libertos. Uns choravam, outros tinham expressões vazias, alguns pareciam apenas esperar por ordens do que fazer. Senti pena. Alguns ali provavelmente nem entendiam o que era ser livre.

   - Eu não estava mentindo, vocês encontrarão liberdade em Elaria - ele olhou para o homem velho, o mesmo que tinha conversado antes - Você disse que não nasceu escravo. Sabe como chegar lá?

   O velho o obsevou atentamente.

   - Faz um bom tempo que eu não viajo por aí, mas as cidades não podem ter mudado de lugar, até onde sei, então sim, eu conheço a cidade impenetrável. Entretanto sua entrada é restrita, aquela cidade nunca foi tomada desde a sua formação por uma razão, nunca nos deixarão entrar.

   - Eles deixarão, diga que eu os mandei.

   - E por que isso faria eles mudarem de idéia?

   Lianif o abservou com atenção, então sorriu misteriosamente.

   - Digamos que vocês não são os únicos.

   - Você disse que seu nome era Lianif não é? Você não parece muito velho, um rapaz verdadeiramente misterioso. Não esquecerei do seu nome.

   O velho homem pareceu subitamente cansado.

   - Depois de tantos anos preso eu desisti de fugir, perdi meu orgulho e você me ajudou. Obrigado.

   - Não me agradeça, você ainda tem um longo caminho a seguir.

   - Você não virá conosco - Não foi uma pergunta.

   - Não. Tenho coisas a resolver ainda, mas nos encontraremos de novo.

   Observei a conversa de lado, não esperava que fossem se separar, como eu conseguiria o que eu queria então?
Me aproximei dele decididamente.

   - Me deixe ir com você.

   Isso pareceu chamar sua atenção, ele olhou para mim surpreso. Até eu mesma estava um pouco surpresa, mas tomei minha decisão. Não teria outra oportunidade. Tinha que cumprir minha missão, então não pensei no risco quando tomei minha decisão. Tirei da minha mente que esse era o homem mais perigoso do mundo. Ou viria a ser.

   - Por que não vai com os outros?

   - Não tenho lugar para voltar, nem para onde ir - gostaria que minha voz não soasse tão sincera.

   Ele observou minha expressão cuidadosamente.

   - Sinto muito, mas não posso, é perigoso ficar perto de mim, vá com os outros.

   - Você disse mais cedo que não iria parar de libertar os escravos até estarem todos livres. Era mentira então?

   - Não, não era mentira.

   - Então me leve com você. Também quero ajudar.

   Ele me observou parecendo considerar.

   - Não posso, você é fraca, só irá atrapalhar.

   A sinceridade com que ele respondeu me surpreendeu. Pensei nos acontecimentos anteriores e em como eu não tinha feito nada e notei amargamente que ele tinha razão. Mas não poderia desistir ali, tinha que convencê-lo. Pelo meu reino.

   - Por favor, eu posso fazer qualquer coisa, mas me leve com você - falei desesperadamente. Não sabia porque achei que implorar adiantaria alguma coisa, esse homem não ficou conhecido na história por sua bondade afinal.

   Ele me observou aparecendo me  avaliar e algo nos seus olhos mudou, parecendo ficarem mais intensos, penetrantes, como se pudesse ver todos os segredos de uma pessoa só em ollhá-las . Foi difícil não desviar meu olhar do seu. Tinham algo, uma determinação dura como ferro que fazia com que eu sentisse uma estranha pressão que ameaçava me sufocar. Mas de repente ele sorriu e toda sua expressão mudou, me fazendo questionar se tudo não fora só minha imaginação.

   - Tudo bem.

   Fiquei sem ração por um momento.

   - O quê?

   - Você pode vir comigo.

   - Mas eu pensei...

  - Eu não posso me orgulhar de muitas coisas. Mas julgar as pessoas é algo que eu faço muito bem, você não me parece ser uma pessoa ruim.

   Ele se virou para o homem velho que estava parado observando.

   - Vou te entregar todo o ouro e suprimentos que houver aqui para ajudar sua viagem.

   - Onde você irá? - perguntou o velho.

   - Tebar, tenho pessoas que preciso encontar - depois se virou pra mim - Espero que você não se arrependa da sua decisão.

   - Não me arrependerei - e esperei do fundo do meu coração que fosse verdade.

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