Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 20

Bom gente, por onde começo? (Suspiro) Eu passei por muita coisa. Perdi alguém muito amado e importante para mim (não foi covid). Vivi meu luto, tô melhor agora.
Tive uns problemas, muita pouca paciência, faculdade, estudar pra concurso... Enfim, não estava no estado mental certo pra escrever, mas estou me recuperando.
Me sinto até meio mal por escrever só um capítulo ( normalmente quando demoro muito posto 2 pra recompensar) mas é como se diz o ditado: É o que tem pra hoje.
Boa leitura, espero que gostem!

--------------------------------------------------------------

Respirei com dificuldade enquanto encarava Lianof.

- Obrigada pela ajuda.

Ele olhou para mim de cima abaixo com uma expressão duvidosa. Colocou as mãos no bolso como se tivesse todo o tempo do mundo e se inclinou na aparece oposta a que eu estava.

- Seu sangue?

Olhei para minhas mãos vermelhas, a imagem da adaga entrando no peito do homem voltando a minha mente com força.

Engoli em seco, as mãos de repente trêmulas.

- Eu matei um homem hoje.

Lianof não disse nada por um momento, apenas me encarou fixamente antes de assentir.

- Então aqui não é seguro.

Ele olhou de um lado para o outro da rua antes de andar decididamente em uma direção.

- Você não vai perguntar mais nada? - perguntei, ansiosa.

Ele olhou para mim.

- Não se preocupe Ana, com certeza eu terei muitas perguntas daqui pra frente.

Resolvi não dizer mais nada. Os soldados que me perseguiam não eram os únicos. Mais começariam a aparecer cedo ou tarde. Não era o momento para conversas.

Em pouco tempo sons de perseguição nos alcançaram. Paramos mais de uma vez em uma passagem ou outra. Nos escondendo enquanto soldados armados enchiam as ruas.

Lianof olhou para mim em determinado momento.

- Quem você matou, o maldito governador?

Fiquei em silêncio.

- Ótimo.

Continuamos nos esgueirando por ruas agora silenciosas. As pessoas, talvez para preservação, fechavam as portas e janelas rapidamente. Em pouco tempo os soldados e nós parecíamos ser os únicos seres vivos na cidade.

Vez ou outra nos afastamos dos sons de perseguição. Mas era temporário. Eles pareciam dispostos a vasculhar a cidade inteira.

Depois de algum tempo notei que as casas começaram a ficar mais esparsas. Já era noite e a vegetação começava a tomar o lugar das habitações humanas.

- Para onde estamos indo? - perguntei tensa.

- Mais a frente existe uma floresta. Eu sei de um lugar que podemos usar como esconderijo.

Subimos um relevo. As casas agora ficaram totalmente para trás. Olhei em volta. Pude enxergar a luz de tochas se movendo entre as casas abaixo, agora distantes. A perseguição não iria parar.

- Eles não desistiram.

Parei quando a floresta sombria começava a tomar forma na minha frente. Vi árvores gigantesca ao lado de outras que não deveriam passar da minha cintura. Havia palmeiras ao lado de pinheiros. Isso não fazia sentido algum...

Lianof continuou andando em frente, entrando na floresta.

O segui. Grandes árvores começaram a nos cercar, suas copas cobriam o brilho da lua e o céu estrelado, nos cercando com escuridão. Raízes deslizavam pelo chão a nossa frente e eu tropecei mais de uma vez, sem equilíbrio.

Lianof se virou para mim.

- Eu criaria fogo, mas não quero arriscar.

Assenti em entendimento. Ainda poderíamos estar sendo seguidos.

Me aproximei mais de Lianof, arrepios subindo pelos meus braços. Senti um leve sopro no pescoço e me virei, assustada. Não havia ninguém.

Me senti observada. Havia algo de errado nesse lugar. Algo esquisito.

Foi quando notei. Foi mais como se eu tivesse me dado conta da ausência de algo que deveria ser natural. Não havia som. Nenhum cantar de pássaros noturnos ou mesmo o som do vento. Nada.

Era um silêncio mortal.

- Essa floresta... - sussurrei.

Não soube descrever o sentimento.

- Não é natural - Lianof completou para mim.

Olhei para ele confusa.

- Dizem que essa floresta foi criada por um herdeiro.

- Um? - perguntei assustada - Por que?

- Não tenho certeza. Mas há muito tempo existia um clã muito poderoso que dominava essa região. Quando o líder morreu. A floresta continuou. Mas não é viva como as outras. Não natural.

Não soube o que responder. Como uma só pessoa faria uma floresta?

- O herdeiro que criou essa floresta era escravo do líder do clã?

Lianof parou a minha frente, se virando pra mim.

- Não. O herdeiro era o líder do clã.

Parei por um segundo, atordoada.

- Como isso é possível? Os herdeiros não sempre foram escravos?

Não foi ele quem me disse que a escravidão em Fair durava cinco mil anos?

- Tem mais segredos na história do que você imagina, Ana.

Não soube responder a isso.

Foi quando ouvi. Escutei nitidamente, pois não havia outro som ali. Vozes.

- Estão atrás de nós - sussurrei.

Não conversamos mais depois disso.

Depois de algum tempo seguindo em frente silenciosamente, chegamos em um local em que a folhagem era mais densa. Lianof se abaixou, abrindo a vegetação. Foi quando eu notei a passagem. Era uma caverna.

- Vamos ficar aqui por um tempo até as coisas se acalmaram - disse Lianof.

Assenti enquanto o seguia para dentro da caverna. Quando Lianof cobriu de volta a passagem com a vegetação, nenhuma claridade adentrou no ambiente.

Não havia uma única passagem para a luz que mostrasse a pouca luminosidade que a lua poderia oferecer. Existia apenas breu total.

- Odeio esse lugar - murmurou Lianof em algum lugar a minha frente.

- Vamos adentrar mais a fundo na caverna? - sussurrei.

- Não há necessidade.

Olhei em volta antes de sentar no chão. Mas claro. Não havia como ver nada. Apenas escuridão nos cercava. Escuridão e silêncio.

Ouvi Lianof sentar ao meu lado. Não havia mais nada a fazer agora a não ser esperar que os perseguidores fossem embora.

No escuro, percebi depois de um tempo, me virando pra Lianof. Ele ficaria bem?No lugar dele eu com certeza não estaria. 

Ouvi sua respiração se tornar mais rápida.

- Você está bem?

Ele demorou um momento para responder.

- Por que não estaria?

Droga. Como eu responderia? Espiei seu passado, mas só um pouquinho? Encontrei umas lembranças problemáticas?

Não tinha como não soar intrusiva. Mas a questão é que ele estava aqui. E eu não queria que sua mente parasse em lembranças dolorosas.

Tateei o chão em direção a sua mão. Esperava que ela estivesse gelada, é isso que acontecia comigo quando estava nervosa. Mas para minha surpresa estava quente.

- Ana? - ouvi a voz dele ao meu lado.

- Estou nervosa - sussurrei - espero que não se importe.

Somente o silêncio me respondeu, mas senti sua mão apertar a minha. A respiração dele também pareceu se acalmar um pouco. Tentei destraí-lo do cenário em volta.

- Acho que eu matei o líder dessa cidade.

- Isso explicaria muita coisa.

Eu ainda estava suja de sangue? Não pude checar no escuro, mas pude sentir. Estava seco. Me senti parte enjoada parte horrorizada com o feito. Matar alguém era completamente diferente de treinar. Apertei a mão que segurava a minha, precisando tirar algum conforto do gesto.

- Foi sua primeira vez matando alguém? - perguntou Lianof.

- Sim - engasguei com a resposta - Eu nunca pensei que seria tão...

- Fácil?

Sim. Exatamente. Quando eu percebi que era a minha vida ou a do homem, não hesitei. Esse parte sobre mim me horrorizava e eu não sabia o que fazer com o sentimento.

- Na primeira vez que matei alguém vomitei - confessou Lianof.

Olhei para ele surpresa. Mas não era como se eu pudesse enxergar alguma coisa.

- Essa sensação horrível.. vai passar?

- Não - foi sua resposta rápida - Mas fica mais fácil, você para de pensar tanto sobre isso quando passa um tempo.

- Que bom.

Porque eu não queria esquecer esse horror. Esse homem era alguém. Bom ou ruim. Ele tinha família. Talvez amigos. E em um momento ele não tinha mais isso. Por minha culpa. Eu queria lembrar disso. Não acho que me reconheceria se passasse a matar alguém e não sentir nenhum arrependimento.

- Como tudo isso aconteceu afinal?

A voz de Lianof me tirou das minhas divagações internas.

Suspirei. Como falar sobre isso sem mencionar o envolvimento do seu irmão? Eu poderia? Sim, mas não queria.

De uma maneira estranha, eu me senti segura aqui. Na escuridão, onde ninguém poderia me ver. Isso era ridículo, é claro. Estou literalmente, de mãos dadas com meu inimigo.

Mas eu estou tão cansada de ficar de guarda o tempo todo.

- Tenho que confessar algo a você.

- Não acha que está muito cedo? - pude sentir o tom de riso em sua voz subitamente sedosa.

- Não é isso!

Esse cara...

- Quando eu vi seu passado, eu vi uma pessoa, posso ter visto ela de novo - falei rápido, antes que perdesse a coragem.

- Que pessoa? - A voz ao meu lado estava cuidadosamente controlada.

Tentei puxar minha mão, mas ele apertou minha palma na sua, impedindo meu movimento. Torci para que minha mão não estivesse suando e falei:

- Um garoto me pediu ajuda, então eu segui ele...

- Você o quê?! - ele soou incrédulo.

- Ele disse que precisava de ajuda - tentei me defender.

- Essa é a fala patrão dos padrões - ele foi rápido em retrucar - A segunda é se você pode seguí-los, e na terceira você termina morta num beco ou sem um centavo.

- Como eu ia dizendo - resolvi ignorá-lo - Eu segui a pobre criança...

Ouvi um bufar desdenhoso ao meu lado.

- ... E descobri que ele realmente precisava de ajuda. A mãe dele - estremeci com a lembrança - ela era uma herdeira, e descobriram ela.

Engoli em seco, ainda estava meio incrédula que tudo isso tenha realmente acontecido alguma momentos atrás. Era tudo muito surreal.

- Imagino o que tenha acontecido - a voz de Lianof saiu baixa e fria ao meu lado, antes de parecer subitamente cansada: - Infelizmente, isso é algo comum.

- Não terminou como você pensa.

Senti mas do que ouvi, sua movimentação. Sabia que tinha capturado sua atenção e ele estava começando a ligar os pontos da morte do governador a herdeira.

- Eu tive ajuda de uma pessoa, e esse alguém criou uma distração enquanto tirei a herdeira de lá - deixei meu tom de voz cuidadosamente neutro.

- Que pessoa Ana? - sua voz era baixa e perigosa.

- A pessoa que eu disse que vi no seu passado, eu acho que seja ele - engoli em seco - eu acho que seja seu irmão.

Aguardei sua reação, não sei o que estava esperando. Felicidade talvez? O irmão que eu vi em suas lembranças era protetor e destemido, leal e corajoso. De qualquer forma, a reação que eu não pude esperar foi a seguinte:

- Impossível.

Pisquei, incrédula.

- Tenho certeza que era ele. Ele me disse seu nome também.

Ouvi o som dele se levantando ao meu lado.

- Então foi uma coincidência - ouvi claramente o escárnio em sua voz.

- Por que você tem tanta certeza disso? Não deveria estar feliz? Ele é seu irmão afinal.

- Feliz? - dessa vez ele soltou uma risada amarga - querida Ana, seja qual for a memória que você viu de mim, você obviamente tirou as conclusões erradas.

- Erradas? - me levantei também - Eu vi você salvando seu irmão, vi ele te ajudando no julgamento...

- Você viu bastante coisa Ana - senti sua voz tensa.

Tive vontade de bater na minha boca. Por que eu não tinha qualquer filtro? Esse era claramente um assunto delicado.

- Mas não viu o bastante - ele continuou - não tem absolutamente nenhuma chance de ser meu irmão.

- Por que?

- Ele não ajudaria um herdeiro.

Foi minha vez de ficar confusa. Eu estava perdendo algo? Não foi o irmão dele que defendeu os herdeiros em frente a um tribunal cheio de nobres? Não foi ele que desafiou o próprio pai?

- Não estou entendendo...

- Não tem chance alguma de ser ele - explicou Lianof - Por que é ele quem estava nos perseguindo nos navios agora.

Senti minha mente girar por um momento. Isso não era possível, ele tinha acabado de me ajudar a salvar uma herdeira, não tinha?

- Ele que tem me perseguido, esse tempo todo - Lianof continuou - É dele quem eu fujo.

- Mas seu pai...

Minha visão estava errada?

- Meu pai está morto, e já faz muito tempo.

Morto?!

- O novo rei de Morgradet, o maior perseguidor dos herdeiros e meu maior inimigo não é ninguém menos que Darius, meu próprio irmão, então não Ana, não tem como ter sido ele.

Me senti zonza pelo excesso de informação. Mas se Darius é realmente tudo isso, por que ele me ajudou afinal? Tive o pressentimento que não encontraria a resposta pra essa pergunta facilmente.

--------------------------------------------------------------
Nota da Aurora: E aí? Gostaram do capítulo? Ficaram surpresos? Tô ansiosa pelos comentários.

Por favor comentem ಥ‿ಥ

Ps: Eu esqueço o nome de muita coisa e informações e troco por xx até eu verificar. Meu maior medo é postar um capítulo com essas letras aleatórias kskksk

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro