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9. Aliança

Minha sobrancelha se ergueu, e eu me sentei mais ereta. 

— Você quer fazer de aliada a sua concorrente para o trono? — Perguntei.

— Temos um longo tempo antes que a rainha passe o trono, depois disso, os herdeiros que não forem escolhidos serão parte do conselho real de senhores. — Seus olhos procuraram alguma reação em meu rosto antes de continuar. — Só herdeiros tolos criam inimigos ao invés de aliados.

Nira tinha o mesmo ar imponente e sagaz da rainha de Rubi, mas nem de longe, parecia tão ardilosa. 

— E o que é esperado dessa aliança? — Perguntei, e Nira sorriu.

— Entendo que possa estar desconfiada, provavelmente eu estaria em seu lugar. — Ela falou. — Mas tudo o que espero é uma ajuda mútua, desde que ambas as partes tenham a ganhar. Vamos começar com a reunião do conselho hoje. 

Levantei a sobrancelha.

— A rainha vai falar sobre a morte do mago, sobre o ataque na vila da fronteira e sobre a eminente guerra entre o reino do ouro e o reino da madeira. Aquele rei louco mandou seus cavaleiros até aqui, atacaram uma vila de Rubi e assassinaram um dos magos do clã, e tenho certeza que a posição vencedora hoje a noite vai ser contra a declaração de uma guerra.

Engoli em seco, a raiva ameaçou a queimar minha razão. Mas eu não precisava de Rubi ou sua rainha para fazer o que queria fazer.

O campeão tem um exército de aneovados, o rei de Ouro tem um exército de homens e dragões. Pode ser muito boa, e eu muito poderoso, mas nem nós podemos lidar com isso sozinhos.

Modesh estava certo. 

— Eu não entendo... — Começei. — O povo de Rubi foi morto pelos soldados do Ouro. Se não fizerem nada...

Nira deu um meio sorriso, e seu olhar se suavizou.

— Eu concordo, Rubi deveria mostrar força, mostrar o poder de seu povo, de seu exército, não se portar como um fraco território que se submeterá aos caprichos do rei do Ouro. Por que isso não é o que Rubi é. Mas o reino de ouro é nosso maior parceiro comercial, e não reclamou o ataque, nenhum homem vivo presenciou uma guerra, e eles a temem mais do que qualquer coisa. Agora Rubi é prospera, apesar de existir pobreza e desigualdade ainda, ninguém tem fome. A guerra vai destruir tudo o que construiram.

— Mas a guerra é inevitável. — Falei, meu olhar se encontrando os os olhos amarelos de Nira.

— Ela é. Nesse caso, é uma questão de tempo.

Encarei Nira mais uma vez antes de decidir dar a ela o que só tinha entregado a duas pessoas em toda minha vida: Confiança. 

— Estou dentro.

Sentei na poltrona vermelha com displicencia. Ao meu redor várias vozes se misturavam em discuções e debates, por vezes, acalorados. A enorme arena oval estava lotada com ouvintes de todas as partes do reino, desde comerciantes importantes, até mestres de vocações e representantes de classes. Os senhores e suas declarações se sentavam no primeiro setor das arquibancadas separados por divisórias baixas de madeira escura e nobre. Logo atrás estavam os ouvintes e interassados. E no centro era o palco de debates. A rainha, sua delegação e convidados importantes tinham um lugar de destaque, na ponta do setor dos senhores.

— Olá! — Escutei uma voz feminina me chamar, vinda da divisória do meu lado direito. Quando me virei, uma moça pálida, com olhos e cabelos cor de terra sorria timidamente. Uma mulher mais velha com cabelos da mesma cor e sentada em uma poltrona vermelha, como a que eu me sentava.

— Sudane. — Helgan me informou baixinho. — Não é certo que se levante para ir a ela. Não aqui. Basta comprimentar de longe.

Minha cabeça trabalhou rapidamente. Sudane. 6ª Herdeira. Mestre da academia real de história. Ela era uma das herdeiras que tinha se aproveitado das mortes para ser nomeada.

Me levantei calmamente, arrancando de Helgan um suspiro exasperado, enquanto andava em direção a divisória entre as delegações da porção das colinas leste com a porção das ilhas leste.

Sudane pareceu surpresa e a senhora que ostentava seu posto continuou a me observar de longe com as sobrancelhas erguidas.

Quando cheguei perto da herdeira e meu olhar afiado se encontrou com o dela, a senti vacilar, e perder uma respiração. Estendi minha mão, no cumprimento formal que já tinha visto fazerem por ali, e Sudane demorou alguns segundos para retribuir.

— Sou Sudane, é um prazer conhecê-la, senhora. — Ela falou com uma voz fraca, e eu sorri, observando o corpo da herdeira a minha frente ganhar um pouco mais de confiança.

— Lorilae. O prazer é meu, herdeira.

Quando nossas mãos se soltaram as vozes pararam, e a rainha entrou na arena. Depois de uma pequena mesura, Sudane voltou a seu acento, e eu fiz o mesmo. 

Enquanto a rainha e sua corte se ajeitavam, meu olhar viajou pelo salão, e a minha esquerda um herdeiro ainda me observava. Ptamos. Seu olhar era ironico e sádico, ele sorriu e me cumprimentou com um aceno, que eu devolvi.

— Com certeza ela sabe como mandar um recado. — Jadeone falou baixinho atrás de mim.

— Recado? — Foi a vez de um de meus conselheiros perguntar.

— Ela não veio para fingir poses, subir em pedestais, ou cumprir regras veladas de hierarquia e conduta. — Jadeone completou.

— Não sei até que ponto isso é favorável.

— Senhores e convidados. — A voz da rainha ressoou pelas paredes da arena, enquanto ela estava de pé no centro do salão. — Convoquei essa reunião extraordinária, para conversarmos sobre um assunto de extrema urgência e importância. Como devem saber, um mago do clã foi morto dentro do território do reino de ouro, como já foi comprovado pelo clã. E uma de nossas vilas foi alvo de ataques de uma tropa pequena de cavaleiros de dragões há alguns dias atrás. Infelizmente, cinquenta pessoas civis morreram.

Me lembrei do banho de sangue que presenciei assim que Kiram e eu chegamos à Rubi.

— Uma tragédia que seria muito maior se não tivesse sido evitado pela herdeira e senhora das Ilhas lestes, Lorilae. — A rainha continuou, e muitas cabeças se viraram para me encarar.

Mantive minha expressão neutra e olhar de regente.

— Existem indicios de que o ataque tenha sido realizado por cavaleiros do reino do Ouro, mas até agora os diplomatas de Ouro se recusam a reclamar o ataque. E quanto ao mago, alegam que Moreale Kareno foi morto em um acidente enquanto fazia pesquisas em uma das várias minas próximas a capital.

Merda. Aquilo era novo.

Cerrei os punhos, e estalei o pescoço, apertando meus lábios com força. 

Ratos.

— Lorilae. — Ouvi a voz calma de Kiram me avisar.

— Esse é o relatório. — A voz da rainha terminou.

Eu ia matá-lo. Eu ia cortar cada pedaço do rei de ouro e seu campeão, e iria gostar disso.

— Uma guerra neste momento é completamente descabida e impensada. — Ouvi o senhor das planícies centrais dizer com sua voz forte e argumentos irresistiveis, no centro da arena. — Vamos gastar rios de dinheiro, vamos perder vidas, deixar familias sofrendo com a fome e com medo da morte, em um ato de vingança infundada, sem o mínimo de certeza de que realmente fomos atacados. Caso decidam hoje pela guerra, vão decidir pela miséria de seu povo, pelo fim do que foi construído por gerações. E tudo por uma luta que não nos pertence.

Quatro longas horas tinham se passado, quatro horas incrivelmente entendiantes as quais qualquer um presente que se achasse interessado exporia seus argumentos aos senhores, em uma tentativa de convencê-los a votarem da maneira que desejavam.

Por fim, quando ninguém mais se levantou, a rainha proclamou o momento de alegaçõe finais, e dois senhores foram escolhidos, um para defender cada ponto de vista. O primeiro deles Lucian, tinha conquistado várias reações de todos os presentes, alertando-os sobre os terrores da guerra. A segunda, Nira, se posicionou no meio da arena, com uma atitute decidida, e um sorriso amigável.

— Eu entendo que devem estar preocupados, eu também estou. O horror de ver aqueles que amamos morrerem violentamente, de presenciarmos vilas inteiras sendo arrasadas, crianças sendo esquartejadas, dragões caindo do céu, os gritos da guerra e o silêncio da morte, é algo que ninguém deve ser obrigado a se submeter. 

— Ela não deveria ser a favor da guerra? — Ouvi a voz aguda de Alexis atrás de mim sussurar.

Franzi o cenho. Eu me lembrava daqueles horrores, tinha vivido-os quando comi os rolos de corvena, doces alucinógenos que me mostraram lembranças da guerra entre os cinco reinos, há cem anos atrás.

— É algo que temo intensamente, mas existe uma coisa que não podemos esquecer, que aprendemos desde criança: O Reino de Rubi foi concebido da guerra. — O olhar compreenssivo de Nira, se tornou um pouco mais firme, sua voz mais segura e grave. — Com a guerra de mil anos atrás libertamos nosso povo, e construimos nosso reino. Com a guerra de cem anos atrás vendemos armas, rações, e equipamentos de guerra, e nos tornamos o único reino autossuficiente dos cinco. 

Um silêncio bem posto, veio para deixar que as pessoas entendessem as palavras que ela tinha dito. Mas antes que o burburinho ficasse mais alto, ela continuou:

— Não quero monetizar a vida daqueles que vivem nessas terras, preferiria que todos nós vivessemos em paz, felizes, em nossas vocações e famílias, do que o reino ficasse um tolis mais rico com a guerra. Eu também temo o que virá. A guerra entre Ouro e Madeira é certa. Todos os dias ouvimos sobre ataques de anevoados cada vez mais frequentes. O terror já chegou até nós. Dragões caíram do céu. Famílias já choraram a morte de cinquenta pessoas. Cinquenta pessoas. Nossas pessoas. Que confiavam neste conselho para mantê-las seguras. — Ela fez outra pausa. — O reino de Rubi fundado pela guerra, governado pela guerreira mais poderosa que se tem conhecimento, o reino de Alintanie, não pode agir com covardia quando nossoas pessoas estão morrendo. Temos que decidir se vamos ficar sentados, como covardes, esperando que nos massacrem, ou se vamos agir, como o legado de Alintanie, para defender nosso povo.

Nira olhou para mim.

— A guerra é inevitável. — Ela concluiu.

Escrevi meu voto cuidadosamente no papel e dobrei. No mesmo instante, para minha surpresa ele se dissolveu em minha mão. 

— Magia. — Helgan explicou, antes que eu chamasse o resposável e reclamasse da má qualidade do produto. — Seu voto foi contabilizado.

Seis senhores.

— Acabo de ser informada que a contagem foi concluída. — A rainha falou, novamente se posicionando no centro da arena. — Vamos aos números.

No quadro negro atrás na mulher idosa, dois números apareceram, um na cor vermelha, e outro na cor verde. 3x3. Era um empate.

A sala explodiu em expressões indignadas e discussões nervosas quando a rainha chamou a atenção para sí novamente.

— E agora? — Perguntei apressadamente para Helgan. — O que acontece agora?

— A rainha é o voto de minerva.

— Confesso que tenha sido inspirada por um brilhante discurso de minha herdeira Nira. É uma jovem excepcional sem dúvidas. E tenho a certeza que muitos aqui tiveram a mesma experiência que eu. — A rainha falou. —Mas não posso conceber uma guerra por fatos não comprovados, e por isso, eu voto não.

O número 3 em vermelho no quadro negro se tornou um 4, e inflamou novamente as discussões.

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