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Uma discussão inevitável.


Já era a quinta loja que Natasha me obrigava a ir. E eu, sinceramente, já não aguentava mais. 

Mas, pelo que entendi, Natasha não tinha uma amiga há muito anos, então, engoli a irritação e a acompanhei. Afinal, ela parecia mesmo empolgada. 

-Nat... - Tentei argumentar quando ela me enfiou um sutiã vermelho com renda na altura dos peitos. - É sério... Não precisa gastar tanto dinheiro comigo. Isso que já compramos já está bom. 

-Vermelho Não? - Natasha me ignorou. Pegou outro e encaixou novamente nos meus peitos. - Que tal azul? 

-Natasha, você tá escutando o que eu disse? 

-E você ouviu que não vamos pagar por essas roupas? 

Bufei. Ela tinha afanado o cartão de crédito de Tony e, segundo ela, fazia isso sempre, afinal, ele nunca dava falta e sempre pagava sem nem olhar a fatura, de tanto dinheiro que tinha. 

Calei a boca novamente e acompanhei ela até o caixa. Ela virou, sorrindo para mim, enquanto passávamos as lingeries. 

-Tem tanto tempo que eu não tinha uma tarde de compras... Ainda mais acompanhada de outra garota. 

-Wanda nunca veio? 

-Ah, já! - Natasha entregou o cartão. - Mas ela ficou muito chata depois que o Pietro morreu. Claro que ninguém pode culpar ela, mas... 

Pegamos as novas sacolas e Natasha me guiou entre as pessoas no shopping. Eu estava um pouco em pânico. Na verdade, muito em pânico. Coração acelerado, boca seca, mãos suando... 

Respirei fundo pela milionésima vez, tentando me acalmar. 

-Qual o lance entre você e a Wanda? 

Dei de ombros sem vontade alguma de contar. Natasha voltou a insistir. 

-É particular... 

-Somos amigas, Naomi. - Ela se corrigiu quando eu ergui uma sombrancelha. Não tinha a menor chance de sermos amigas com só 24 horas de contato.- Ou vamos ser. De qualquer forma, eu gosto de você. Me conta... 

Andamos algum tempo até eu falar. 

-Ela... A Wanda não gosta de mim porque ela teve um envolvimento com o Soldado Invernal antes de escapar da Hydra. Acabou descobrindo sobre o que era para eu fazer com ele e, por isso, me odeia. - Falei em um fôlego só, fazendo Natasha estacar no lugar. 

Ela abriu a boca, impressionada. Depois riu e balançou a cabeça. 

-Bem que eu achava que ela tinha um olho no Bucky! - Natasha voltou a rir. - E olha que ela namora o Visão! 

Dei de ombros, sem achar graça. Fomos para um salão. Todas as mulheres me olharam quando entrei. Ergui o queixo e encarei a parede. Natasha arranjou um dos cabelereiros e começou a falar com ele sobre o meu cabelo. 

Fui sentada em uma cadeira de frente para um espelho, enquanto o rapaz ia correndo de um lado para o outro. 

-Nat... Isso é necessário? - Tentei me esquivar do garoto quando ele voltou com uma tesoura. 

Natasha levantou da cadeira dela, sorrindo falsamente, e me empurrou de volta. Chegou bem perto de mim e sussurrou: 

-Você quer que a Hydra te reconheça? - Neguei com a cabeça. - Ótimo! Fica quieta e deixa ele fazer a mágica! 

Bufei, mas deixei o cara começar a mexer no meu cabelo.  

Quase seis horas depois, quando finalmente terminou, eu não me reconhecia no espelho. 

-Viu? Mais linda ainda! - Natasha sorriu. 

Ela também tinha ido ajeitar os cabelos e estava com eles mais ondulados e curtos. 

Os meus, agora, eram compridos e ondulados, iguais ao dela. Mas a cor era diferente: Natasha pediu para fazer o que chamaram de Californianas com mechas platinadas no final. Ou algo assim. Mas até que estava bonito. 

-É... - Concordei. - Não tá chamando muita atenção? 

-Não! - Natasha afirmou. - Tá linda! Vou pagar a conta, já volto. 

Voltei minutos depois. Pegamos as compras e fomos comer na Praça de alimentação. Escolhemos uma cadeira no meio e Natasha foi comprar a comida, dizendo que ia me fazer uma surpresa. 

Suspirei, tentando manter a calma e não olhar para o lado, já que parecia que todo mundo me encarava, mas quando eu olhava, não via ninguém me olhando. Eu estava paranóica. 

Quando Natasha voltou, me apresentou a um treco chamado hambúrguer e era a coisa mais gostosa que eu já tinha comido no mundo todo. Não que eu tivesse comido muitas coisas gostosas, só quando eu saía da Hydra e a missão exigia. 

Depois de algum tempo, eu me acalmei. Não muito. Mas o suficiente para manter uma conversa regular com Natasha sobre minha habilidades em luta e línguas. 

Acabei me distraindo com uma formiga na mesa e observando o caminho dela até uma batata frita na bandeja. 

-Você é sempre assim? 

Ergui o olhar e a observei. 

-Perdão? 

-Séria, compenetrada. Não sorri. 

Assenti, lentamente. 

-Sou. Fui treinada para isso. Brincadeiras são perda de tempo e sorrisos não impõem respeito. 

Natasha assentiu. 

-Entendo. - Ela olhou para o relógio. - Já são cinco da tarde, nossa! Quer voltar para casa? Você parece cansada. 

Assenti. Eu, realmente, me sentia cansada. Talvez, não fisicamente. Mas mentalmente, parecia que eu tinha segurado um peso enorme durante várias e várias horas, sem uma pausa sequer. 

Como as sacolas não iam dar na motocicleta da Nat, pegamos um táxi até uma rua atrás da Shield. Entramos no prédio pela entrada principal, o que fez muita gente olhar para mim e para ela, curiosos. Natasha ignorou os olhares e continuou andando. Me forcei a abaixar a cabeça e me concentrar nos meus pés. 

Entramos no apartamento alguns minutos depois, porque ela estava procurando a chave no meio das bolsas, mas não achava. Só então, lembrei que tinha a minha no bolso e consegui abrir a porta. 

-Pessoal! Chegamos! Tem alguém em casa?! - Natasha berrou, deixando as bolsas caírem no chão da sala. - Ah, Naomi... Deixa as bolsas aí, eu peço para algum daqueles brutamontes vir pegar. 

Deixei as bolsas no canto do sofá e segui Natasha até a cozinha, após Sam gritar avisando onde estavam e que tinham visitas. 

Natasha entrou na frente e saiu correndo para abraçar alguém. Fiquei atrás da porta analisando o ambiente. 

Sam, Steve e Bucky estavam sentados em volta da mesa redonda, tomando cerveja pelo que parecia. Havia uma mulher do lado de Steve e Bucky, e ela tinha as pernas jogadas por cima das de Bucky. Devia ser a Sophie. 

Me senti nervosa, de repente, e joguei o cabelo para o lado, tentando esconder ele. Queria ter como prender, mas não lembrei de comprar uma presilha. 

-Cadê a Naomi? - Bucky perguntou para Natasha. - Não vi ela hoje. 

Natasha não respondeu de imediato. Deu um pequeno sorriso, puxando uma cadeira e sentando, enquanto colocava as pernas em cima de Steve. 

-Atrás de você. - Natasha fez um sinal com a cabeça. - Sai de trás da porta, Naomi! 

Respirei fundo e saí. E vi a cena em câmera lenta. Sam e Steve deixaram o queixo cair, sendo que o primeiro deixou o celular cair da mão, em cima das pernas. 

Como Bucky estava de costas, ele virou, bebendo a cerveja. A tal da Sophie sorriu, gentilmente. Bucky arregalou os olhos e engasgou, cuspindo cerveja para todo lado, o que fez Natasha cair na risada e Sophie levantar do colo dele. 

Senti o pescoço ficar quente. Respirei fundo e entrei na cozinha, adotando uma postura informal. 

-Ai, caramba! - Bucky exclamou. 

-Nossa, me molhou toda, amor! - Sophie reclamou, mas ria. Parecia não ter ficado chateada. Olhou para mim. - Você deve ser a Ka... Naomi, né? É um Prazer conhecer Você! Escutei falar muito bem. 

Ela esticou a mão. Suspirei, pegando e apertando. 

-Ah, é? Bem... 

Eu não sabia o que dizer. Ela riu. 

-Não se preocupa, ele avisou que você era tímida. Leva o tempo que precisar para se acostumar comigo. Vou no banheiro, tenho que secar a idiotice que ele fez. 

Ela saiu, rindo, junto com Natasha e Sam. Os dois encararam Bucky, que ainda olhava para mim. Encarei ele. 

-O que foi? 

Bucky ficou hiper vermelho. E desviou o olhar. 

-Nada. 

Sentei do lado de Natasha e Sam. Começamos a conversar sobre o que fizemos hoje até Sophie chegar. E aí, começamos a conversar sobre como era ser uma Agente da Shield, já que ela era também. 

Eu gostei dela, mas não acho que ela e Bucky fizessem um casal tão bonito. E como eu não tinha nada a ver com isso, eu desviei do assunto "namoro deles" e avisei que ia tomar banho e dormir. 

E realmente, fui. Só que não consegui dormir. De novo. 

Eu ficava rolando na cama de um lado a outro. Não conseguia acostumar a ficar alí. Era evidente que todos tentavam ser agradáveis e receptivos por pedido do Bucky. E que eu só estava dormindo lá, para que pudessem me controlar e tomar conta de mim. Não que me incomodasse, afinal, eram as condições para um passaporte de liberdade. Mas eu me sentia desconfortável. 

Comecei a traçar um plano. Se eu ficasse muito tempo no mesmo lugar, a Hydra ia acabar descobrindo. Mas eu não podia sair pelo mundo sozinha, sem rumo ou dinheiro. Eu seria descoberta mais rápido ainda. 

Eu teria que juntar alguma coisa e fugir, sumindo do mapa. 

Encarei o teto. Seria justo com Bucky e Fury? E Natasha? Bem, eu mal os conhecia. E quanto a Bucky... Ele não era o cara que eu conheci, isso era óbvio. Portanto, eles teriam que entender e eu não podia me permitir sentir remorso ou me apegar.

Teria que vê-los apenas como uma ferramenta. 

Me peguei pensando que eu queria muito que Ellen estivesse por aqui. Seria tudo tão diferente... 

-Abelhinha? Você tá acordada? 

A voz de Bucky na porta fez com que eu pulasse de susto. Pensei em fingir que estava dormindo, mas acabei espirrando e tive que levantar para abrir. 

Coloquei metade da cabeça na fresta da porta. E olhei para Bucky. Ele coçou a nuca. 

-Você tá bem? 

-Tô. 

-Tá precisando de alguma coisa? 

-Não. 

Ele assentiu. 

-Não consegue dormir? 

Neguei. 

E só então minha ficha caiu: Bucky não estava fazendo aquilo tudo por gostar de mim. Ele mal devia se lembrar, afinal, não se lembrava nem o porquê do apelido. Ele estava fazendo aquilo tudo como uma dívida de gratidão por eu ter ajudado ele a escapar. 

Sem saber porquê, comecei a me sentir triste. 

-Você quer alguma coisa? - Indaguei, o Tom de voz saindo mais duro do que eu pretendia. 

Ele piscou, confuso. Depois sorriu. 

-Eu só queria saber se você está bem. Eu devo estar atralhando, né? 

Pensei em responder "É", mas fiquei calada. Bucky suspirou. 

-Naomi, sério... Você não deve estar bem. Aconteceu muita coisa nos últimos dias, você deve estar confusa... 

-Vou sobreviver. - Afirmei. 

Ele suspirou. 

-Eu posso entrar? Queria conversar um pouco. Sabe, se você puder me fazer companhia hoje, seria ótimo. 

Também pensei em dizer não. Mas eu não podia levantar suspeitas, então abri a porta e o deixei entrar. Bucky foi direto até a minha cama e sentou, com as mãos cruzadas na frente do corpo. Quase como o Soldado fazia. 

Fechei a porta e o encarei. 

-Vem cá. - Bucky bateu do lado da cama. Sentei. Ele sorriu. - Eu sei o que você tá pensando. 

Revirei os olhos e o encarei. Ele continuou sorrindo. 

-Você não sabe quem eu sou. E preferia o Soldado Invernal. E é por isso, que está nessa postura defensiva desde que se deu conta disso, quando saiu da sala do Fury. Mas é sério, eu sou legal. E ainda sou eu... 

-Não é, Não. O Soldado nunca sorriria, ou participaria de rodinha de amigos ou namoraria. Infelizmente, eu também não sou a mesma. Não sei quem sou, mas aquela garota que o Soldado conheceu, ela não existe. - Falei. -Não precisa fingir que lembra tudo sobre mim, porque você não lembra. Você só tem esse sentimento de gratidão por mim e a Ellen. 

Bucky piscou. Pareceu um pouco magoado, mas supus que feri o ego dele. 

-Aliás, ela morreu. - Informei. - Um tiro na cabeça. Era para ter sido para mim. Mas ela assumiu a culpa. 

Bucky abaixou a cabeça e ficou um tempão encarando os pés. Por fim, falou: 

-Sabe, você tem razão, Kaya. - Estremeci à menção do nome. - Eu não me lembro de tudo sobre você. Eu nem consigo me lembrar como a gente se conheceu! 

Desviei o olhar. Se chorar não fosse demonstrar fraqueza, eu estaria chorando nesse minuto. Bucky recontinuou. 

-Mas sabe o que eu me lembro? De ficar feliz quando te via, da sensação de saber que eu teria alguém para ficar do meu lado nos últimos minutos antes de me botarem naquela cadeira. Eu lembro que gostava, de verdade, da sua companhia. Nunca liguei para o que você era ou fazia. E desculpe se você acha que ter gratidão por isso é uma coisa ruim, mas não é. Não pense que eu não sei que você planeja ir embora... 

Meu queixo caiu, enquanto ele levantava da cama e ia para a porta. 

-Não é fugindo que você vai ter paz. É enfrentando os problemas e ajudando a acabar com a Hydra. Mas você é livre, Kaya, para ir e vir e não voltar, se quiser. Só é uma pena que a gente só conheça as piores versões um do outro e as ache melhor do que nossas versões normais. Boa noite. 

Bucky saiu do quarto, batendo a porta com força. E uma vez na vida, me permiti ser fraca.

Ooie, Pessoal!

Voltei com mais um Capítulo e eu amo demais a construção da relação da Nat com a Naomi!
Também amo muito essa briga dos dois e o quanto ela é importante para eles!

Então, espero que tenham gostado!

Obrigada por estarem acompanhando e votando!

Bjs

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