Expondo Sentimentos.
💥 Leiam esse capítulo devagar e com atenção porque ele é para ser lido com sentimento, tá? É um dos mais importantes psicologicamente falando. Vamos ter um pouquinho de angústia porquê vamos entrar na mente da Naomi, mas nada muito pesado. Porém, fica o aviso! 💥
Me tranquei no banheiro cinco minutos depois, quando Bucky se distraiu, esfregando o rosto de novo. Ignorei a maçaneta mexendo e os pedidos dele para que eu abrisse a porta.
Foquei apenas em mim. No meu rosto. Eu estava um pouco mais magra que o normal e com bolsas roxas embaixo dos olhos. Meu cabelo estava super desgrenhado e com certeza, já precisava de retoque. Engoli em seco.
-Naomi, por favor... Abre essa porta! Eu juro que não vou obrigar você a falar comigo, mas não fica em silêncio! Pelo menos, responde alguma coisa!
Não conseguia. Eu mal conseguia respirar. Mal conseguia raciocinar.
Sim, era óbvio que eu sei que a Hydra estava atrás de mim. Precisam de mim.
E é obvio que eu estava com muita raiva naquele momento. Mas eu tinha que tentar ser racional. Eu não podia entrar em pânico.
Me encarei de novo.
Mas e se alguém se machucasse por minha causa? E se...
Bem, segundo Steve, Bucky quase matou alguém. E se foi por minha causa? E se ele ou a Nat, ou qualquer outra pessoa, acabarem morrendo porque eu não voltei para a Hydra?
Eu sabia qual era o meu destino e eu abominava isso. Era uma coisa a qual eu não havia contado nem mesmo para Bucky.
Eu não queria voltar. Mas também não queria que ninguém se machucasse.
E a única solução, seria se eu não existisse.
Olhei para meu pulso e estremeci. Tão perto, tão simples.
Mas eu seria covarde, não seria?
-Naomi...
O tom de voz de Bucky saiu cansado. Abafado. Ele devia estar cansado de mim. Não tinha nem cinco horas que ele voltou e eu já estava dando trabalho para ele.
Sentei no vaso.
E se fosse melhor eu terminar isso tudo?
Meu coração doeu. Fechei os olhos contendo as lágrimas. Eu não podia arriscar que ele se machucasse por mim. Eu não podia mais colocar o peso da minha felicidade nos ombros dele. Bucky merecia e podia ser feliz.
Mas não comigo.
A intensidade da dor de pensar em encarar ele e ter que dizer aquelas palavras rasgaram meu peito. Doía demais pensar em não ver mais ele.
Mas eu estava sendo egoísta, Não estava?
Respirei fundo e enxuguei as lágrimas que caíram sem que eu percebesse.
Notei o silêncio. Bucky tinha desistido.
Desistido.
Respirei fundo.
Eu não daria muito tempo para ele desistir de mim também.
Cinco minutos depois, ouvi a voz de Sam.
-Naomi? Você está aí? Eu preciso muito usar o banheiro. De verdade. Bebi muita coca, sabe?
Fiquei quieta.
-Naomi, por favor! - Sam insistiu. - Eu vou acabar fazendo xixi nas calças!
Levantei do vaso e caminhei até a porta, girando a chave e destrancando. Abri.
Sam entrou como um furacão e percebi Bucky parado na parede, em frente a mim, de braços cruzados.
Cansado. Ele realmente estava cansado.
Mas antes que eu pudesse pensar, Sam fechou a porta do banheiro e encostou nela, me analisando.
-O que você ouviu, Naomi?
Engoli em seco.
-Eles sabem onde eu estou. - Comecei a falar, baixo. - Eles sabem com quem. Eu tenho que voltar, Sam. Eu não posso arriscar a vida de vocês dessa forma...
Sam tampou a minha boca com a mão e se abaixou para ficar na altura dos meus olhos. E negou.
-Naomi... Você não tem que voltar...
-Eles vão matar vocês até vocês me entregarem!
Sam voltou a tampar minha boca e me encarou, seriamente.
-Olha, que você não queira escutar o Bucky, tudo bem! Ninguém quer escutar ele... Mas me escuta! Ninguém vai te pegar, ninguém vai morrer...!
Me desvencilhei dele e gritei:
-Vai, sim! Vai todo mundo morrer e vai ser a minha culpa!
Virei para a pia e me encarei no espelho de novo. Sam suspirou.
Ele se aproximou devagar. Vi pelo espelho Sam levantar a mão e pousar, gentilmente, nas minhas costas.
-Naomi... Me escuta... Não vamos morrer. Você não vai voltar para aquele lugar. - Ele abaixou o tom de voz e sussurrou, na minha orelha, me encarando pelo espelho. - Eu li seu caderno, Naomi. Me desculpe. Mas eu te prometo, a não ser que você vá andando, com seus próprios pés, por mim... Por Bucky, Nat, Fury... Por todo mundo aqui!... Você nunca mais volta para lá.
Neguei, ainda o encarando pelo espelho e retruquei, baixinho:
-E se eles vierem atrás de mim?
-Não vão vir...
-Se vierem...
-Então, você também luta! Não se entrega. Não deixa eles controlarem você, Naomi.
Sam pegou minha mão em cima da pia e me virou de frente para ele.
-Você não pode deixar que eles controlem seu medo. Sua mente. Só você pode controlar isso. Quando eu estava na Guerra, muitas vezes, eu paralisava, sabe? Eu literalmente, queria ficar parado, esperando uma bomba ou um tiro acertar minha cabeça porquê era mais fácil. Era mais prático. Um a menos para o pelotão se preocupar. Mas eu não fiz. Não fiz porque eu sabia que muitas vidas podiam acabar dependendo de mim. Porque existiam pessoas que iam sentir minha falta, pessoas que me amam. Como você tem pessoas que vão sentir sua falta e te amam. E se elas querem lutar por e com você, Então você tem sorte. A Hydra pode ter muita coisa e ser muita coisa, mas ela não é sua família. Sua família é aqui, com a gente, comigo, com o Bucky.
Desviei o olhar. Ele suspirou.
-Vocês brigaram?
-Eu não quero ser mais um peso para ele, Sam. Eu não quero que ele... Ele tenha que me carregar nas costas ou achar que tem que fazer de tudo para eu ser feliz. Eu queria... Eu queria poder oferecer o mesmo amor que ele me oferece, mas eu tô quebrada! Eu sou quebrada! Eu não queria que ele tivesse que aturar as minhas crises de ansiedade ou ficasse preocupado se eu vou me matar ou não. Eu queria ser uma pessoa normal.
Sam me abraçou, com força e eu notei que estava em lágrimas. Quando consegui me acalmar, a camisa de Sam estava encharcada de lágrimas e ele sorriu.
-Tá se sentindo melhor?
Acenei que sim. Sam sorriu de novo.
-Ótimo! Então, se importa se eu deixar o Bucky entrar? Ele está preocupado, sabe? A ponto de ir me chamar...
Abaixei a cabeça, corando de vergonha.
Sam abriu a porta e comentou:
-Prontinho, Soldado de lata! Achei sua namo...
Ele olhou de um lado a outro. Bucky não estava no corredor. Senti meu coração quebrando. É, ele tinha mesmo desistido. Sam coçou a cabeça e deu de ombros.
-Bem, vai ver ele foi dormir...
-Tanto faz. - Dei de ombros. - Ele não tem que suportar minhas crises. Eu tenho que aprender a lidar com isso sozinha.
Ia virar na direção do meu quarto, mas Sam me pegou pela mão e fez sinal para eu ficar quieta.
O apartamento estava silencioso. Deu para ouvir a voz de Bucky vindo da cozinha. Sam me arrastou. Tentei recuar, mas ele puxou minha mão e fez a gente andar até lá. Espiamos pela fresta da porta.
Bucky estava sentado na bancada, de costas para a porta. Bruce estava no fogão e parecia preparar um chá. Bucky tinhas as duas mãos apoiadas no queixo.
-... Ela perguntou isso? - Bucky parecia meio chateado. - Eu não entendo...
Bruce se virou e eu e Sam nos escondemos.
-Bucky, dá um desconto para a menina? Deve ser a primeira vez que ela sente isso tudo... Ela deve estar confusa.
Bucky soltou o ar audivelmente.
-Eu sei, Bruce. Eu sei. É só que... - Ele voltou a suspirar. - Ela abriu a porta para o Sam. Teria aberto para a Nat e para o Clint. E acho que até Steve teria conseguido convencer ela a abrir a porta. Mas ela não abriu para mim.
Ouvi Bruce suspirar.
-Isso faz diferença?!
-Faz! É claro que faz! - Bucky retrucou. Comecei a sentir lágrimas pinicarem meus olhos. - Eu sinto que ela não fica confortável comigo, não importa o que eu faça...
-Achei que você era a pessoa que ela mais gostava.
-Eu também achei. - Bucky suspirou. - Eu achei até... Até beijar ela.
Silêncio. Olhei para Sam. Ele franziu a boca e deu de ombros.
-Eu amo tanto ela, Bruce! Tanto! Até sugeri da gente não se ver mais se for melhor para ela, sabe? Eu só... Que droga!
Ouvi um barulho de uma louça se espatifando. Estremeci. Ele estava chorando.
-Bucky, mantém a calma. Você viu a forma que a Naomi te beijou mais cedo? Na frente de todo mundo? Ela só tem que se acostumar...
-Eu sei! - A voz dele saiu embargada. - Eu sei... É só... Não é isso! Não me importo que ela não me beije ou não me trate carinhosamente na frente dos outros. Não me importo se vai levar dez, vinte anos para a gente transar ou para ela falar que me ama ou qualquer outra coisa! Não me importo de cuidar dela numa crise ou nada disso! Ela não é um peso pra mim, nunca foi!
Silêncio.
-O problema é... É que ela ficava tão a vontade comigo quando a gente era amigo, que eu podia ficar pelado na frente dela e a Naomi não ia ligar. Eu fiquei pelado na frente dela e ela não ligou. Mas desde que eu beijei ela, a Naomi estremece todas as vezes que eu passo a mão em qualquer lugar do corpo dela, recua quando eu tento abraçar... Eu só tirei um cinto e uma blusa e ela ficou branca, como se eu fosse abusar dela...
Acabei soltando um soluço, o que fez Bucky calar a boca. Sam me olhou e eu não tive outra opção, se não, sair correndo e me esconder no quarto.
Eu não via outra solução.
Eu teria que terminar com ele.
Não dava. Eu nunca ia conseguir corresponder o Bucky da forma que ele me amava. Eu nunca seria normal.
Sentei no chão e chorei até faltar ar nos meus pulmões. Chorei como eu nunca tinha chorado antes.
Pensar em terminar o pouco que a gente teve acabava comigo. Destroçava meu coração.
Senti duas mãos puxando meu rosto para cima. Encarei Bucky.
Ele tinha tanto os olhos quanto o nariz vermelhos. Tinha chorado. E chorado muito.
-Por favor... - Bucky enxugou os olhos com a manga da camisa. - Por favor... Me escuta... Antes de... Antes de falar...
Engoli o choro e o encarei. Assenti.
Bucky se jogou no chão, ao meu lado. E ficou em silêncio até conseguir voltar a falar.
-Você deve ter entendido tudo errado... Eu não sei... Não sei como, entende? Falar sobre isso. Eu escutei sua conversa com o Sam. Eu...
Bucky suspirou.
-Você não é um peso e eu não acho que sua felicidade depende de mim. Desculpe se eu passei essa impressão. Eu só... É que você me faz mais feliz do que eu já sou, Naomi. Eu queria fazer você mais feliz também. E quando eu escolhi te proteger, Não foi para você pensar que eu quero me sacrificar por você. É que eu te amo. Eu te amo muito, assim como todo mundo aqui. E porquê eu te amo, que eu não quero que nada de mal aconteça.
Eu não consegui falar. Bucky suspirou.
-O que eu falei para o Bruce é verdade. Eu tô um pouco chateado, mesmo que eu saiba que a culpa não é sua, que eu não devia ter tirado a roupa daquela forma, mas... É que você nunca ligou antes. E... E eu sei que é involuntário, que você não sente que faz. Mas me machuca toda vez que eu ponho a mão em você e você estremece, porque...
Não deixei ele falar. Pulei no colo de Bucky, ignorando a tremedeira nas minhas mãos.
Não, não era culpa dele eu estremecer.
Não era culpa minha.
Não era culpa de ninguém.
Era culpa deles. Da Hydra. Do meu pai.
Eles estavam fazendo a gente sofrer. Eles estavam me privando de viver um amor. De ter amigos. Me privando de uma vida.
Dane-se que eles saibam onde eu estou. Que venham me buscar, se tiverem coragem. Eu não era mais a mesma Kaya. Nem a mesma Naomi.
Eu tinha amigos. Eu tinha um amor. Eu tinha uma família.
O Sam estava certo. E acho que eu precisava ouvir tudo que eu ouvi do Bucky para entender que sim, eu o amo.
Não havia outro motivo para meu peito ter doído tanto de saudade. Não havia outro motivo para eu ter dilacerado meu coração só de pensar em nunca mais ver ele.
Não havia outro motivo para ter me sentido a pior pessoa do mundo, por ter feito Bucky sofrer.
Bruce tinha razão: É a primeira vez que sinto isso e é por isso que eu recuou, que eu afasto ele. Porque eu tenho medo.
Mas se eu deixar esse medo dominar, eu nunca vou aprender a maneira correta e normal de amar. Eu nunca vou aprender a enfrentar.
Eu ainda não conseguia entender como e porquê esse amor todo por mim. Mas eu podia aceitar, acreditar e, aos poucos, tentar retribuir. Aprender a retribuir.
-Naomi? O que você está...?
Peguei o rosto dele com as minhas mãos, enquanto eu apoiava o quadril nas coxas dele. O encarei, no fundo dos olhos dele:Supresa, tristeza, susto, medo...
Amor.
Dei um leve sorriso, apertando mais ainda as bochechas dele. Bucky respirava com dificuldade e estava estático.
-Eu amo você.
Saíram com tanta naturalidade que só reparei que tinha dito quando ele arregalou os olhos.
-O que?!
-Amo... - Dei um selinho nele. -Você.
Bucky não teve reação. Nenhuma. Comecei a ficar preocupada e o larguei. Ele ainda me olhava, igual um apalermado, com a testa franzida.
-Você está bem? Te machuquei? -Indaguei, levantando das pernas dele.
Ele continuava imóvel. Puxei o rosto dele para mim. Bucky engoliu em seco.
-Você está bem? Pelo amor de Deus , homem! Diz alguma coisa?!
Ele piscou e respirou fundo fechando os olhos. Fiquei imóvel. Ele os abriu e me encarou.
-Achei que ia terminar comigo...
O encarei e neguei.
-Ia, mas... Pensando bem... Se eu tenho que romper com alguém é com a Hydra, não com você.
Busquei a mão dele e voltei a olhar nos olhos dele.
-Eu te amo. E não queria magoar você.
Ele deu um sorriso. Um sorriso lindo e largo. Um sorriso que me fez sorrir junto. E que se extendeu até os olhos dele, brilhando, apaixonadamente.
-Pode repetir, Abelhinha?
Sorri, me jogando entre as pernas dele de novo e o abraçando pelo pescoço. Bucky continuou com as mãos no chão, do lado do corpo. Eu até ia reclamar sobre ele ser um exagerado, mas eu não queria estragar o momento.
Sussurrei, bem na orelha dele.
-Eu amo você.
Bucky, lentamente, segurou a minha cintura. E depois, foi me envolvendo em um abraço firme, forte e seguro. Um abraço que me fez sentir amada, acolhida.
Sentei sobre minhas pernas e me virei, me encaixando entre as pernas dele e apoiando minhas costas no peitoral duro atrás de mim. Bucky empacou minha cintura com os braços e fiz questão de segurar os braços dele.
Bucky beijou minha bochecha. Depois, meu pescoço. Ombro. E voltou para a minha orelha.
-Eu te amo mais.
-Não exagera... - Reclamei.
Silêncio. Ficamos vários e vários minutos em silêncio. Eu sentia o calor do corpo dele contra o meu, sentia todas as vezes que ele beijava minha cabeça, ou qualquer parte que a boca dele alcancasse. Sentia o nariz dele roçando meu pescoço e a boca na minha orelha, beijando, mordendo...
-Naomi?
-Hm?
-Se você não vai mais terminar comigo... É pra valer?
Virei o corpo para Bucky, apoiando as costas na perna levantada dele. Bucky enfiou meu cabelo para trás da minha orelha, passando a mão no meu rosto e me puxando para dar um beijo na ponta do meu nariz. Suspirei.
-É. Eu... Tô morrendo de vergonha de admitir isso, mas... Não tem nada que eu queira mais do que não me separar de você.
Bucky franziu a testa.
-Morrendo de vergonha ? Por quê?
Dei de ombros, desviando o olhar e encarando a janela.
-É que... Parece bobo, sabe? Parece que... Eu... É que eu não quero que você pense que eu dependo de você, sabe?
Bucky riu e esfregou a ponta do nariz no meu pescoço, de novo, me deixando arrepiada, até parar na minha bochecha e me dar um beijo demorado.
-Isso é o problema todo, não é? Eu achar que sua felicidade depende de mim porquê você se sente mais feliz comigo. Não é?
Corei de vergonha e Assenti.
Ele foi até a minha orelha e falou, bem baixinho:
-Naomi... Isso é... Normal. Você me ama, não ama?
Assenti e o olhei. Ele sorriu.
-Ai, Meu Deus! Você está mesmo corada por isso? Você é tão fofa que eu tenho vontade de te colocar num potinho... - Bucky me apertou contra ele e começou a me beijar em vários lugares e eu não consegui reprimir o riso.
-Eu não sou fofa! - Protestei como deu, segurando ele e tentando manter a boca dele longe de mim. - Deixa eu respirar, Bucky!
Ele riu e parou.
-Olha... Vamos fazer assim? Todas as vezes que você tiver uma dúvida se deveria ser assim ou se tem algo errado com tal sentimento... Me fala. Eu te explico.
Assenti.
Bucky suspirou e voltou a beijar minha bochecha, mas eu virei para ele e busquei a boca.
Não demorou muito para a língua dele estar embolada na minha e para os dentes dele estarem na minha boca, mordendo.
Nos beijamos até ficarmos com a boca dormente. Até suspirarmos e nos separarmos com mil beijinhos discretos.
Então, voltei a beijar ele. Mais segura. Mais objetiva. Mais apaixonada.
Senti minha temperatura subir e Bucky fazer força para não mexer as mãos. Tanta, que ele apertou minha cintura com força. Bastante força.
Mas não me machucou. Só me deixou com mais vontade de sentir esse aperto.
-Naomi... - Bucky se afastou. - Preciso de ar.
Assenti. Entendi porquê ele precisava de ar segundos depois, quando ele se remexeu, desconfortável.
Eu o deixava assim ou era qualquer pessoa que o beijasse?
Sem querer, acabei externalizando o pensamento, o que o fez arregalar os olhos e ficar vermelho igual um tomate.
Mas ele respirou fundo e respondeu:
-Bem, eu ficaria assim com qualquer pessoa me beijando dessa forma. Mas... Quando é você... Eu fico pior. Mil vezes pior, Então, por favor... Não me faz pensar nisso!
Comecei a rir da cara de desesperado que ele fez. E suspirei.
-Bucky?
-Hm?
-Quando a gente... Bem... A gente vai... Transar?
Ele arregalou os olhos novamente e ficou imóvel, esticando as costas contra a parede.
-Que?
-É que eu quero saber o que vou ter que esperar, sabe? Porque eu já vou me preparando...
Bucky colocou a mão em cima da minha boca e sorriu, como se pedisse desculpas.
-Olha, nós vamos fazer isso. Um dia. Não agora, nem amanhã. Um dia. Não se preocupa porque...
-Eu quero saber! - Tampei a boca dele também. - O que acontece? Como? Qual a diferença entre transar e fazer amor e no que isso influência? E porquê todo mundo diz que vai ser melhor para mim?!
Bucky estava roxo como uma berinjela.
-Você quer que eu te explique?! Eu?!
-Claro que sim! - Exclamei. - É você que vai fazer isso comigo, Bucky!
Ele deu um tapa na própria testa e suspirou.
-Pode ser outr...?
-Agora!
Cruzei os braços e o encarei.
Ele cruzou também e fez um bico.
-Não vou explicar!
-Frouxo!
-Não sou frouxo!
-É, sim!
-Isso é constrangedor!
-Não acha que é mais constrangedor fazer?!
Levantei do colo dele sentindo todos os músculos doerem em protesto ao tempo que fiquei parada.
-Além do mais... Não é como se eu não tivesse sonhado com a gente fazendo enquanto você não aparecia...
-O que?!
-Vou tomar um banho! - Avisei, correndo para fora do quarto e deixando Bucky com cara de idiota.
Ooie, Pessoal! ❤
Vocês pediram e eu voltei! Então, eu estive pensando... Acho que vou atualizar três vezes por semana, o que acham? É muito ou um número bom? Eu pensei, já que Adore You acabou, que A Herdeira poderia ser nos mesmos dias dela, sabe? Terça, quinta e sábado... Mas se for muitas atualizações, é só me dizerem! 👀
Imagino que esse capítulo deva ter sido um pouco angustiante para vocês, certo? Mas a mente da Naomi é complicada assim mesmo...
Agora, vamos ter um pequeno salto temporal, está bem? Eu amo essa parte da fanfic! ❤ E tô doidinha para vocês lerem! Hehehe
Até o próximo capítulo e obrigada pelo apoio! 💕 Vocês são tudo para mim!
Beijos
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