Antes do fim.
Quando cheguei na torre, a primeira coisa que fiz foi procurar Bucky para saber porque ele não atendia o telefone. Nem tive muito trabalho. Na verdade, achei ele dormindo em cima da mesa da cozinha, com uma garrafa de cerveja pela metade, já quente.
Enfiei o hambúrguer e as batatas no microondas e, assim que esquentou, coloquei em um prato, sentando do lado dele. Metade do rosto de Bucky estava visível e eu sorri, enquanto fazia um carinho leve nos cabelos dele.
Ele era tão lindo! Eu nunca me cansaria de olhar para o rosto dele, de ver ele sorrir...
Engoli a vontade de chorar e comecei a beijar a bochecha exposta dele, até que Bucky se remexesse.
-Hum?
-Acorda, Zangão. - Chamei, beijando o cabelo de Bucky quando ele enfiou o rosto no braço. - Deixa de ser preguiçoso! Acorda, Bucky!
Ele se remexeu até quase cair da cadeira e acordar assustado, olhando para os lados.
Os óculos estavam completamente tortos e embaçados. Estiquei minha mão e os tirei, enquanto ele sorria.
-Ah, você chegou!
-Estava me esperando?
Bucky assentiu, beijando minha mão e entrelaçando nossos dedos.
-Eu não ia conseguir dormir se você não estivesse aqui.
Arqueei uma sombrancelha.
-E o que você estava fazendo agora mesmo?
Bucky estreitou os olhos e cruzou os braços.
-Eu não estava dormindo!
-É claro que não!
Ele sorriu. Expliquei que tinha trazido um lanche para ele e troquei a cerveja por uma nova que nós dois dividimos.
Bucky me contou que a arma que Tony estava preparando estava feita e que ele só tinha que ajustar sob o meu pulso. Assenti, ouvindo.
Ficamos conversando sobre o filme que eu tinha ido ver e sobre o campeonato de arroto contra Sam. E outras coisas completamente aleatórias.
Decidimos, já que estávamos sem sono, irmos para o sofá, para assistirmos um filme. Decidimos ver um de ação, já que eu não quis, de jeito nenhum, ver romance. Especialmente, romances água com açúcar e clichês.
Kitty entendeu em algum momento, que aquilo também se aplicava com um convite a ela, enquanto Bucky me abraçava pelos ombros logo depois de me beijar.
-Mas olha só! Nem é abusada igual a mãe!
Dei uma risada, pegando ela no colo e...
Acabamos levando um pequeno susto quando vimos um flash no canto da sala. Olhamos para Sam, que deu de ombros e explicou estar uma cena muito fofa para não ser capturada.
Bucky bufou.
-Mas é um imbecil mesmo!
-Deixa eu ver? - Pedi.
Sam andou até o sofá e se jogou ao meu lado, mostrando a foto. Tinha ficado tão linda! E eu quase chorei ao perceber que eu olhava para Bucky da forma exata como ele olhava para mim.
Acabei dormindo no sofá mesmo, por cima de Bucky e Sam.
Os dois dias seguintes, o clima da casa mudou e eu me surpreendi demais de ser eu a estar otimista e levantando o ânimo de cada um deles. Até mesmo Visão, que era quem eu tinha menos contato, estava triste e melancólico.
Deixei Tony enfiar um nanochip tecnológico embaixo da minha pele, que, ativado em um dispositivo posto no meu peito, fazia uma pequena adaga aparecer.
Sabíamos, pelo contato mago de Bruce e Tony, que eles tinham um pouco de pressa por causa da Lua de Sangue. Portanto, eu tinha dois dias para tentar acabar com eles e não morrer.
Como eu não estava aguentando aquela melancolia e tinha passado, literalmente, as últimas 48 horas sem Bucky (ele trabalhou o dia inteiro, suspeitava eu que de propósito), assim que tive oportunidade, o sequestrei para mim.
-Naomi, você não quer passar mais um tempo com o pessoal? Você vai amanhã...
Bucky tentou argumentar enquanto eu o arrastava para a academia da Shield. Eram onze da noite e eu surrupiei a chave da sala de segurança mais cedo depois de jogar um pequeno charme para o segurança.
Ninguém ia aparecer por lá tão cedo.
-Eu fiquei direto com eles, Bucky. Agora eu quero você.
Bucky ergueu aa sombrancelhas quando eu tirei a chave do bolso e abri a academia. Dei de ombros o puxando para dentro.
-Eu vou devolver amanhã!
Bucky deu uma risada. Tranquei a porta de novo e pulei no colo dele. Literalmente. Bucky chegou a desequilibrar e cair. Começamos a rir.
-Shhhh! Fala baixo, Bucky!
-Eu?! - Ele sussurrou. - Olha só, quem me sequestrou foi você!
Levantei do chão e o puxei até o tatame. Bucky me seguiu, deitando ao meu lado e encarando o teto escuro comigo. Ficamos longos minutos em um silêncio total.
-Sabe? Foi aqui que eu pensei pela primeira vez, como seria beijar você. - Falei, segurando a mão dele.
Bucky entrelaçou nossos dedos e percebi que ele sorriu quando os dentes refletiram a pouca claridade.
-Jura?
-Juro.
-Foi aqui que quase perdi a cabeça e te beijei. - Ele riu. - Se o Sam e a Nat não atrapalham naquela hora, eu tinha jogado tudo para o alto e teria te contado tudo que eu sentia.
Dei um pequeno suspiro.
Ele se inclinou sobre o braço e fez carinho na minha bochecha e na minha boca. Nos olhamos intensamente.
-Ainda bem que eu não fiz.
Dei um pequeno sorriso, sentindo a boca dele na minha. Levei minhas mãos para a nuca dele e o puxei para perto. Bucky se equilibrou sobre os braços e me beijou com vontade e paixão, despertando meu lado mais apaixonado e ardente.
O puxei mais para mim, com as pernas e Bucky perdeu o equilíbrio, fazendo um peso gostoso sobre o meu corpo. Minhas mãos exploraram todas as costas dele e começaram a tirar a blusa. Bucky se livrou dela e do cinto em segundos, ao mesmo tempo que eu tirava a calça e os meus sapatos.
-Espera...- Bucky pediu. - As câmeras...?
-Eles desligam depois que fecham. - Apontei. - Olha, não tem nenhum pontinho vermelho.
Ele assentiu e voltou a beijar minha boca com afinco. Minhas unhas arranhavam a carnes das costas de Bucky, o fazendo gemer baixinho. Bucky esfregava a intimidade dele dentro do jeans, sobre a minha, que tinha apenas uma leve calcinha de algodão.
Senti quando os beijos de Bucky desceram para o pescoço, com pressa. Eu também não estava no clima para uma coisa lenta e sensual como tinha sido nossa primeira e única vez até aquele momento.
Eu sentia que se não tivesse Bucky dentro de mim naquelea minutos, explodiria.
Assim que os beijos alcançaram meu decote, Bucky arrancou minha blusa e puxou meu sutiã para fora do meu corpo com uma velocidade incrível.
Bucky parou de morder e chupar meus seios, apenas para tirar os sapatos e a calça. Rodei e fiquei por cima, tirando a cueca dele com pressa. Mas Bucky não deixou eu continuar.
Apenas rodou, ficando por cima novamente. Os beijos dele pelo me corpo me arrepiavam e eu sentia o quão excitado ele estava, se esfregando entre as minhas coxas. Eu mesma puxei minha calcinha e o envolvi com as pernas.
Me segurando firme, Bucky estocava lenta e fortemente. Meus gemidos não eram controlados e eu não estava nem aí com quem poderia escutar.
Existia a possibilidade de eu não sair viva e nunca ver minha família, meu amor. Eu precisava dele como eu precisava de oxigênio.
Os carinhos dele e os ofegos fortes e roucos no meu ouvido me enlouqueciam. Consegui mantero controle sobre ele durante vários minutos. Bucky mal sabia o que pensar, o que pedir. Ele não passava de grunhidos.
Estávamos desesperados um pelo outro. Eu estremeci pela primeira vez naquela noite após um beijo forte e alguma estimulação da parte dele. E depois, quando ele interrompeu para levar à boca no meu ponto mais sensível. E mais uma vez quando os dedos de metal me invadiram em uma sincronia que me enlouqueceu.
Eu já estava ofegante, suada, trêmula e fraca quando me estremeci pela quarta vez. Bucky estocou mais algumas vezese eu senti que ele estava no limite, latejando e tentando manter certo controle.
Mas foi só eu pedir, baixinho, no ouvido dele, e Bucky relaxou, grunhindo tão alto que eu poderia ter confundido com um rosnado.
Senti ele se derramar completamente dentro de mim e cair com a cabeça sobre o meu peito. O tapete estava encharcado de suor e eu mal conseguia me mexer.
Não tinha sido rápido. Ficamos quase uma hora e meia. Tinha sido forte, sensual e intenso.
Bucky me abraçou e ficou brincando com o meu cabelo até que nós dois nos recuperássemos. Então, me olhou e sorriu.
-Onde foi parar a Naomi toda envergonhada?
Dei um tapa no peito dele e fui na direção do vestiário.
-Ela volta para você assim que voltar da Hydra.
-Que fique claro que isso não foi uma reclamação! - Bucky riu e me seguiu até o vestiário. - Eu ia amar ter essa Naomi mais ousada assim que você voltar para mim.
Sorri, tentando evitar pensar que eu poderia não voltar. Eu tinha que voltar.
Tomamos um banho rápido e saímos correndo da academia, para entrarmos no apartamento e irmos direto para o meu quarto.
Deitei completamente em cima de Bucky, mas ele não reclamou. Estávamos abraçados tão fortemente, que podíamos ter nos fundido um no outro.
O calor do corpo dele contra o meu, a rigidez, o cheiro, o aperto... Eu ia sentir falta disso. Bucky era a minha melhor parte.
Eu não consegui dormir essa noite. E os dedos de Bucky denunciavam que ele também não fechou os olhos por um segundo. O relógio se arrastava e, ao mesmo tempo, corria igual a um louco.
Quando a luz do sol estava evidente e começamos a ouvir o barulho das pessoas se deslocando pelo apartamento, Bucky me puxou contra ele, com a voz embargada.
-Promete que vai voltar para mim?
-Prometo. - Assegurei e me virei para ele, o beijando. - Promete que vai seguir em frente, caso eu não volte?
Ele respirou fundo.
-Assim que seu coração parar de bater.
Assenti e voltei a me agarrar contra ele. Não queria voltar. Eu estava com medo.
Só por garantia, ativei algumas vezes o dispositivo no meu pulso e vi a placa o envolver, até que uma lâmina afiada estivesse de fora.
Treinei durante alguns minutos movimentos de defesa e ataque com Bucky. E quando não deu mais para enrolar, me vesti e peguei Kitty no colo, avisando que era para ela me esperar porquê eu voltaria.
Entrei no avião da Shield sentindo meu sangue martelar nos meus ouvidos, meu peito parecendo que ia explodir e minhas mãos tremendo. As pernas estavam fracas e meu cérebro tinha derretido. Pânico.
Eu estava em pânico.
Forcei a lembrar dos momentos bons. Dos sorrisos de todo mundo. Forcei a canalizar a minha raiva. Meu ódio. Meu medo.
Vi a cara do meu pai na minha frente. Tão real como se estivesse mesmo na minha frente. E consegui visualizar o momento exato em que eu cortaria a garganta dele.
Tão rápido e ágil, que nem ele, nem ninguém saberia o que aconteceu. Eu podia sentir o sangue escorrendo, quente e viscoso pelas minhas mãos e braços.
E o prazer que eu senti imaginando essa cena foi tanto, que cheguei a me assustar quando Fury apareceu na minha frente e me perguntou se eu estava bem.
Acenei positivamente.
-Eu vou ter uma vida normal. Longe da possibilidade de voltar para isso tudo. Eu estou bem.
Fury suspirou.
-Vingança não alimenta a alma.
Refleti durante alguns minutos.
-Não é vingança, Fury. - O encarei. - É justiça.
-Queria só ter certeza se estava lutando pelos ideiais certos, Naomi.
Superei o orgulho e o abracei, bem apertado e forte. Fury retribui, claramente, sem graça diante de tantos olhares.
Depois disso, consegui me despedir de todo mundo sem chorar ou fazer cena. O avião desceu em uma floresta gelada, na Alemanha, horas depois do embarque.
E só Bucky desceu comigo. Eu pedi para ninguém mais ir. Ao longe, depois de andarmos durante uns vinte minutos, eu conseguia ver a base da Hydra. A partir daquele ponto, eu estaria sozinha.
Sem soltar minha mão, Bucky me puxou para um beijo intenso e apaixonado que parecia não ter fim nunca. Até que teve.
Bucky engoliu o choro e encostou a testa na minha.
-Eu quero que você saiba, minha abelhinha, que essa vai ser a coisa mais difícil que eu já fiz na minha vida inteira:Soltar sua mão e te deixar ir. E eu sei que é só por alguns dias e que em breve, eu vou te ter de novo, mas eu te amo, e vai parecer uma eternidade para mim. Então, espero que saiba o quanto é importante e o quanto eu confio em você e no seu potencial. Só por favor, não se machuca.
-Não vou. - Garanti. - Eu te amo, Zangão.
-Eu te amo muito! Vai antes que eu perca a coragem. - Bucky soltou minha mão. - Vai, amor! Volta para mim!
Assenti e virei de costas, sem conseguir mais controlar as lágrimas. Comecei a andar sem olhar para trás. Eu tinha certeza que se eu olhasse, eu desistiria. E eu não cheguei tão longe para desistir ou morrer na praia.
Só uma pessoa morreria.
E seria Johan Smidcht.
Ai, gente... Eu tô nervosa! Nunca fiz um Capítulo tão grande e importante como o próximo e tô louca para vocês lerem! 🙃😫
Espero que tenham gostado desse capítulo que estava bem sentimental 🤧❤
É AGORA QUE O PARQUINHO PEGA FOGO PESSOAL! 💥💥💥
Espero vocês nos próximos!
Bjs 💋💋
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