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A Véspera do Natal.

Entrei no quarto, automaticamente, sentindo que, aos poucos, eu ia recuperando o controle. Mais ainda me sentia fraca das pernas, de forma que, enquanto Bucky trancava a porta, eu quase caí. 

Ele percebeu isso e me pegou no colo, me levando com facilidade até a cama. As mãos dele procuraram o zíper do meu vestido e eu agarrei a mão dele. 

Bucky piscou e falou com a voz mais calma do mundo. 

-Não vou fazer nada... Só vou abrir o zíper, você precisa respirar e está apertado. 

Soltei a mão dele, deixando o zíper ser aberto e me deixando cair nos travesseiros. Bucky foi até os meus sapatos e desamarrou as cordinhas que o prendiam. 

Eu já respirava normalmente, embora a dor de cabeça fosse real. Bucky puxou meus pés para o colo dele e começou a fazer massagem neles. Fechei os olhos, sentindo uma enorme vergonha por saber que ele me olhava tão intensamente. 

-Você teve uma crise de pânico. - Bucky constatou. - Não teve? 

Assenti. 

-Provavelmente, foi provocada por ansiedade, não é? 

Assenti novamente. 

-Por quê? 

-Ruffles e Jaden... Sabe quem são? 

Me surpreendi da minha voz sair firme, apesar do aperto na garganta. Bucky assentiu. 

-São os assistentes do Secretário, por quê? 

Tomei coragem, apertando lençol do colchão. 

-Eles estão procurando "A Herdeira". 

O aperto de Bucky no meu calcanhar cessou. Ele ficou pálido. 

-Eles sabem...? 

-Eles deduzem que eu esteja com os Vingadores, e por consequência, com você. Mas não aqui. Parece que o Furu acabou de salvar minha vida me chamando de Naomi... 

Bucky assentiu e pediu para eu esperar um minutinho. Vi ele sair do quarto e ouvi algumas frases soltas, quando ele devia estar andando pela sala. 

Aparentemente, ele tinha ido avisar Fury. E depois, tinha ido falar com alguém para tentar descobrir algo sobre esses caras. 

Aproveitei para trocar de roupa, já que era desconfortável ficar com um vestido aberto (o que deixava a frente totalmente frouxa). 

Bucky voltou minutos depois. Franziu a testa, me encarando. 

- Você não estava de vestido? 

-Eu troquei, né, gênio? - Revirei os olhos e o encarei. - Vai voltar para a festa, né? 

Bucky negou. 

-Não mesmo. Você acabou de ter uma crise de ansiedade e tem gente te procurando... Vou ficar aqui... 

-Mas e a Sophie?! 

-Não vamos voltar, meu Jesus Cristo! Para de insistir nisso, que merda, Naomi! 

Calei a boca e cruzei os braços, ficando em silêncio. Oh, Deus... O que me impedia de pular no colo dele e o agarrar alí, naquele instante? Absolutamente nada! 

Eu precisava arranjar uma namorada para ele ou Bucky ia acabar sendo estuprado por mim... Não literalmente falando, claro.

Bucky deve ter interpretado meu silêncio como algo negativo, já que se jogou na cama e se esticou até apoiar a cabeça no meu ombro e segurar minha mão. 

-Desculpe, eu tô nervoso... Não quero e nem vou deixar que nada aconteça com você, Naomi. 

Dei de ombros. 

-Você Não pode impedir tudo que acontece de ruim comigo, Bucky. Não pode e não deve! 

-Mas se eu puder ajudar, ao menos, eu vou ajudar! 

-Você já ajuda,James. 

Ele deu um sorriso e me deu um beijo estalado na bochecha. 

-Que bom! - Depois de uns segundos em silêncio, Bucky indagou. - Hey, quer tomar um vinho? É Natal... Eu tenho uma coisa para te dar... 

Arregalei os olhos e fiquei vermelha. 

-Eu não tenho nada para você... Esqueci completamente! - Admiti, baixinho. 

Bucky sorriu e se ajoelhou na minha frente. 

-Você está me dando seu primeiro Natal! Não preciso de mais nada! - Beijando o topo da minha cabeça, ele saltou da cama, igual uma criança empolgada. - Fica aí, não se mexe! Eu vou pegar! 

Bucky correu até a outra ponta do quarto e tirou, detrás do armário, um sacolinha branca e voltou para a cama, pedindo para eu fechar os olhos. 

Morrendo de vergonha, ouvi ele abrir  o que parecia um plástico e depois, o som suave de uma caixa abrindo. Bucky pulou para trás de mim e passou as mãos pelo meu pescoço. 

O peso suave de um pingente preso em um cordão fez pressão contra o meu colo, enquanto Bucky fechava o fecho, atrás.  Tirou meu cabelo de baixo da corrente com suavidade e me abraçou, apoiando a cabeça no meu ombro. 

-Eu sei que é a sua favorita... Quando eu vi, só consegui pensar que ele devia ficar ainda mais lindo em você. 

Abri os olhos e levantei para olhar no espelho. Era uma única florzinha de brilhante. Na verdade, uma margarida com as pétalas todas incrustadas de pontinhos brilhantes e o miolo, parecia feito de ouro. 

Perdi o fôlego. 

-Ai, meu Deus! Caramba, Bucky... É lindo! - Virei para ele e dei de cara com Bucky bem pertinho de mim. - Tô me sentindo mal de não ter comprado nada para você. 

Ele deu de ombros, segurando uma das minhas mãos. 

-Não tem problema. 

-Ele foi caro? Se foi, não posso aceitar... 

Bucky rolou os olhos, sorrindo. 

-Não foi caro. 

-Jura? 

-Juro! - Bucky se aproximou mais. Eu conseguia ver as pintinhas liláses no azul dos olhos dele. - Mesmo se tivesse sido, você merece. Fez tanto por mim, Naomi... Não sabe nem da metade! 

Assenti, sem raciocinar muito bem o peso daquelas palavras. Meu olhar desceu para os lábios dele durante segundos. 

Quando voltaram para os olhos dele, Bucky tinha o olhar perdido nos meus lábios. 

Meu coração acelerou e eu sentia que ia começar a ter outra crise de pânico, mas essa era diferente. Eu não conseguia respirar. E nunca imaginei que isso fosse  tão bom! 

Bucky não se mexeu. Mas parecia fazer uma força sobre-humana para isso. 

Um som alto nos assustou, fazendo a gente dar um pulo para trás e ele sorrir, completamente sem graça, enquanto eu desviava o olhar e saía de perto dele, em pânico. 

A gente ia se beijar? Ah, meu Deus... 

Era por isso que o Steve me odiava?! Não é possível, é? 

Então, finalmente, minha ficha caiu. 

Ah...

Estava na cara o tempo todo, claro como água.  Eu que não vi. 

Ouvi quando Bucky bufou ao atender, justamente, Steve. Me concentrei em avisar que ia para a sala e forçar a atenção em um especial de Natal de um filme qualquer. 

Cerca de quinze minutos depois, Bucky apareceu na sala vestido com uma calça de moletom cinza e uma blusa de manga comprida. Enquanto ele pulava no sofá, Pronunciou: 

-Era o Steve. Ele ligou para saber como estava sendo nosso Natal. Parece que o Thor apareceu por lá e queimou o peru deles.... Ah, ele te mandou um Feliz Natal! 

Assenti, sorrindo. Bucky anunciou que ia pedir o vinho para agente. Esperei ele voltar. 

-Pergunta, Naomi! 

Encarei ele, que tinha o cotovelo apoiado no joelho dobrado e a cabeça na mão, sorrindo. 

-Perguntar? O que? 

-Não sei o que, mas sei que você quer perguntar algo. 

Comecei a rir e, em um impulso, deitei no sofá , com a cabeça nas pernas dele, enquanto segurava meu pingente. A mão de Bucky começou a percorrer, gentilmente, o trajeto dos meus fios. Foi quase impossível não pensar no contraste enorme que essa cena tinha: Um armário de músculos, com mais de um metro e oitenta, que ostentava um braço de metal e habilidades de lutas perfeitas... Esse mesmo cara que conseguia meter medo um alguém só de olhar, tinha a mão suave e um carinho incrível. 

Verdade seja dita, Bucky sabia (mesmo) como tratar uma mulher. Quase perdi o foco refletindo tamanha ironia, enquanto seus dedos continuavam percorrendo o trajeto da minha testa até quase a nuca, seguindo até o fim dos fios, puxando de leve para desembaraçar uma ou outra mecha de cabelo embolada.  

Com uma força de vontade enorme, percebi que a outra mão dele (a de metal) estava repousando, gentilmente e quase sem peso algum, em cima da minha barriga. Eu podia dormir alí mesmo... 

Na verdade, eu cheguei a fechar os olhos. Talvez, durante um dez á vinte minutos? E estremeci de susto quando a campainha tocou . Bucky riu, enquanto se levantava do sofá e sumia, na porta. Voltou segundos depois, destampando a garrafa e servindo o vinho em duas taças. 

Sentei no sofá e peguei a taça que ele me esticou. Bucky me encarou demoradamente, enquanto erguia a taça dele. E sorriu. 

-Ao seu primeiro Natal! E que eu sempre esteja presente em todas as suas datas comemorativas, porque eu sei que você me ama, não sabe viver sem  mim e eu sou irresistível, bonito, gostoso, divertido... 

Comecei a rir, sacundindo a cabeça em incredulidade. Acho que eh já sabia porque ele e Sam brigavam tanto: Os dois disputavam o título de palhaço dos Vingadores ! 

Encostamos nossas taças e bebemos um grande gole. A taça ficou vazia segundos depois. 

-Bucky? 

-Sim, Abelhinha? 

-O Steve e você... - Bucky me olhou, com curiosidade e me puxou pela cintura. Respirei fundo, me aconchegando no calor dele. - O Steve não gosta de mim porquê você e ele tem alguma coisa e ele achava que eu atrapalho, não é? 

Bucky não teve muita reação, apenas deu um sorriso nervoso e passou a mão pelos cabelos. 

-É complicado... 

-Me explica? 

Bucky agarrou minha cintura com as duas mãos e eu abracei os braços dele. 

-Há uns dois anos atrás, teve uma briga entre os Vingadores bem séria, mas depois conseguimos resolver. Acontece que, nessa briga, enquanto esperávamos os nervos acalmarem, eu e ele ficamos em um albergue na Sibéria. Alguns dias só... Veja bem, isso é uma coisa que eu sei desde antes da Segunda Guerra, mas nunca incomdou, para falar a verdade. 

Bucky fez uma pausa, mexendo no meu cordão e sorrindo de leve. Passei a mão no braço dele. Bucky voltou a falar. 

-Nesse tempo que passamos lá, eu tinha tido uma briga com a Sophie, era o início do namoro e eu tinha terminado com ela. O Steve viu uma oportunidade e contou o que eu sempre soube. E como eu era grato a tudo que ele tinha feito por mim... Enfim, eu acho que... Acho que confundi os sentimentos, entende? 

Bucky coçou a nuca e sorriu. 

-Vocês ficaram? 

Ele deu de ombros. 

-Se três beijos for considerado "ficada", então, sim, ficamos. 

Inclinei a cabeça para o lado, sorrindo. 

-Por quê vocês não estão juntos? 

Bucky bufou e deu de ombros. 

-Eu nunca tinha beijado outro homem, Naomi. Nem tido vontade. Na verdade, eu não senti nojo ou repulsa nem nada assim, entende? - Bucky pegou uma mecha do meu cabelo e começou a brincar com ela, enquanto suspirava, cansado. - Eu só não senti nada. Foi... Foi roçar de línguas. Só. Não me deu vontade de beijar ele de novo. Steve notou e não nos beijamos mais. 

Bucky fez uma pausa. 

-Entende? Ele tem... Dificuldades para aceitar que é bissexual. Sempre teve. 

-Então, ele tem ciúmes de mim? - Indaguei, quase rindo. 

Bucky sorriu, assentindo e enrolando o dedo no meu cabelo. 

-Sim, ele morre de ciúmes de Você. O que é engraçado porque ele nunca teve da Sophie.Talvez, o Sam também provoque ciúmes nele... Claro que ele diz que já seguiu um frente e não é mais apaixonado por mim... 

-E claro que é mentira! - Falamos juntos e começamos a rir. Bucky acenou positivamente. 

-É, é uma enorme mentira. Embora... Muitas vezes... Bem, às  vezes acho que o Steve tem uma queda pelo Tony. 

Meu queixo caiu. 

-Pelo Tony?! Que mal gosto! 

Bucky riu, concordando. 

-Acho que ele faria um par legal com a Natasha... - Bucky comentou. - Claramente ela ficaria com ele. 

-Eu ficaria com a Natasha... - Admiti. Bucky riu. 

-Quem não ficaria com a Natasha? Só o idiota do Steve mesmo... Parece que todo mundo é meio "Natashassexual"... - Bucky ficou quieto, depois me olhou de lado. - Hey, espera... Você é lésbica?! 

Bucky arregalou tanto os olhos que quase saltaram das órbitas. Comecei a rir, negando. 

Vi ele soltar o ar dos pulmões e me apertar contra ele. 

-Ah, ufa! Seria um desperdício uma sereia dessas... 

Corei, enquanto ele ria. Dei um tapa no braço dele. 

-Mas... - Falei. - Acho que não veria problema algum em ficar com uma garota. 

Bucky sorriu, concordando. 

-Eu também não veria problema algum em ficar com uma garota. Inclusive, até, acho que já está na hora... Tô solteiro há dias e ainda não beijei ninguém! Talvez, eu esteja perdendo o jeito... 

Eu dei uma risada quando entendi o que ele disse. Era um palhaço mesmo... 

Continuamos conversando direto, aleatoriamente, sobre diversas coisas como carros voadores até o jeito certo de dobrar uma calça jeans. A garrafa de vinho foi esvaziada rapidamente, de forma que Bucky ligou pedindo uma nova. 

Eu me sentia extremamente relaxada e tranquila. Não parecia nem mesmo que horas antes, tive uma crise de pânico e estive pertinho de dois homens da Hydra. 

No fim da noite, quando bateu meia noite, talvez eu estivesse um pouco bêbada. Ou muito bêbada. Mas sei que estávamos deitados espalhados no tapete da sala. Óbvio que Bucky não estava bêbado, mas era doido, então compensava. 

Eu tinha a minha cabeça na barriga dele, enquanto o resto do meu corpo estava espalhado no tapete. Comecei a rir enquanto olhava para ele, já que eu tinha conseguido o convencer a me deixar brincar com o cabelo dele (inclusive, foi assim que paramos no chão). Fiz algumas tranças embutidas, mas como não tinha elástico, estavam começando a soltar. 

Rindo, ergui meu corpo e cambaleei até alcançar ele e desfazer as tranças. Bucky não se mexeu, apenas me encarou. 

-Naomi? Por quê "Abelhinha"? 

Eu ri, enquanto tirava a terceira trança. 

-Não lembra mesmo, zangão? 

Ele franziu a testa e mordeu a boca. 

-Talvez eu faça uma noção, sabe? Mas lembrar, eu não lembro... 

Encarei ele, sorrindo. 

-Então me conta! Por que você acha que me chama de Abelhinha? 

Bucky riu, desviando o olhar.

-Acho que alguma vez você se vestiu de abelha? - Soou mais como uma pergunta. 

Bati palmas e ri. Bucky riu com a minha empolgação. 

-Só por isso? - Bucky questionou? 

-Não! É claro que não! - Eu quase chorava de rir agora. A verdade seja dita, eu era uma bêbada alegre e animada. - Quem me dera o problema tivesse sido todo a fantasia sexy de abelha! 

Bucky não aguentou segurar muito tempo a risada. 

-Acho que combina com você... - Ele enxugou o olho, já que riu tanto que uma lágrima escapou. - Então... Qual o problema? 

Enterrei o rosto nas mãos, rindo. Depois o encarei. 

-Ai, sério! Por que quando a gente é adolescente, mesmo sendo uma super assassima, sempre tem que pagar algum mico na frente do Crush? É alguma regra aleatória do UNIVERSO?! Tipo, uma regra para virar adulto?! Quem determinou isso? Tipo "Vai lá e faça papel de bobo na frente do seu crush! Confie no seu potencial!"... - O encarei, me jogando no tapete. - O que foi? Por que você está sorrindo assim? 

Bucky tinha as duas mãos embaixo da cabeça e sorria tão abertamente que parecia que o rosto dele ia se partir em dois. Notei um pequeno brilho nos olhos dele. Bucky negou com a cabeça e riu. 

-Então... Por que Abelhinha? 

Encostei um dedo no peito dele. 

-Só vou te contar porque é Natal e porquê eu não te dei nada de presente, tá? Eu... Bem, eu estava apavorada, óbvio, na primeira vez que te vi e quando entrei no seu quarto, eu esperava tudo, menos um sorriso seu. E foi o que eu ganhei. Você cruzou os braços e a primeira coisa que falou foi " Devo supor que eu tenha que ser o Zangão?". Eu fiquei tao idiotada que comecei a rir e enquanto tirava a roupa, respondi "Só se você me deixar ser sua Abelhinha, senhor Zangão!". 

Bucky tentou. E tentou muito. Tentou tanto que até seus óculos ficaram embaçados. 

Mas não aguentou muito tempo. Caiu na gargalhada e eu acompanhei. 

-Eu não creio...! - Bucky exclamou, sem fôlego! - Jura? 

-Juro! 

-Queria tanto ter essa lembrança! Ai, Deus... - Ele foi parando de rir aos poucos. Me olhou e puxou para ele. - Bem, teoricamente... Você é a  minha Abelhinha, então... 

Corei até a raiz dos cabelos. Não tinha bebedeira que aguentasse. 

-Do que você se lembra? - Indaguei.  - Da gente, quero dizer... 

Bucky fez uma pequena careta. 

-Não lembro de tantas memórias assim... Mas suponho que tenham tido outras tão engraçadas quanto, não? 

Tampei meu rosto. 

-Tão vergonhosas, você quis dizer? Sim! Teve uma vez que eu me embolei com os saltos e caí deitada em cima de você. Me lembro de pensar "Fudeu, eu vou morrer!" Mas a única coisa que você fez foi revirar os olhos e perguntar se aquele era um novo tipo de feitiche... 

Bucky voltou a gargalhar. 

Essa tinha sido a primeira vez que nos tocamos. Esperei ele terminar de rir. Apenas para acrescentar. 

-Foi nessa ocasião, Bucky... - Cheguei mais perto e sussurrei, para "ninguém " escutar. - Que você estava saindo do banho e eu te vi pelado. Na verdade, você não ligou muito para o fato de que tinha uma garota estendida em cima de você, enquanto você estava pelado... Achei que você era gay. 

Bucky parou de rir e ficou quase roxo e aí foi minha vez de rir histéricamente. 

Bucky revirou os olhos. 

-Não era gay, mas deve ser bem difícil ficar excitado deitado no chão frio porque uma mulher te derrubou... 

-Garota! - Corrigi. - Eu tinha 16. 

Ele tampou o rosto com as mãos. Me dei conta de que ele não tinha respondido a minha pergunta e a refiz. 

A resposta dele provocou lembranças no meu cérebro e me perdi, enquanto relembravamos alguns momentos aleatórios: Ele me ensinando a usar uma faca, eu contando uma história para ele dormir ou cantando uma canção, o dia que contrabandeei chocolate para dentro do quarto dele... 

Mas o dia favorito dele, foi uma enorme surpresa para mim. Uma enorme surpresa mesmo. 

*Flash Back On* 

Eu tinha acabado de ser informada que o Soldado tinha voltado de uma nova missão e que tinha acabado de ser reiniciado. Acharam que ele estava tenso demais, agredindo todos as redor, e como sempre, sobrava para mim. 

O que, a verdade, não era nenhum sacrifício. 

Andei até o quarto dele e nesse dia, tiveram a decência de não me pedir para vestir nada ousado. Fui de blusão  e calça moletom mesmo. 

Abri a porta do quarto. A mesma cena de sempre se repetia. 

O Soldado estava sentado na cama de ferro, com as mãos cruzadas, apoiado sobre os joelhos e deixando os cabelos longos tamparem o rosto. O cheiro de sabonete de côco empestiava o ar e supus que ele devia ter acabado de tomar banho. Parei na porta. Havia algo errado. 

-Soldado! O seu pedacinho de diversão chegou! - O homem que me acompanhou me empurrou para dentro do quarto, ansioso para sair de perto da maior arma da Hydra. - Aproveita ela, mas deixa para os outros também... Daqui à uma hora eu volto e... 

-Não. 

Olhamos para o Soldado. Ele não ergueu os olhos. 

-Ela fica. 

-Ela vai ficar durante uma hora... 

O Soldado fez um barulho com o braço, quando se levantou da cama. Perdi o fôlego. Ele estava todo machucado... 

Senti o homem atrás de mim me usar como escudo e tremer quando o Soldado parou na minha frente, o olhar fixo. 

-Ela fica. Vai ficar comigo a noite toda. - Ele me puxou rápido, mas sem me machucar, e me jogou para trás dele. - Ela é minha! Só minha, ouviu? 

O cara tentou manter a calma. 

-Soldado, você sabe que não é assim que a banda toca aqui.... 

Ele pegou o homem pelo colarinho. Algumas pessoas que passavam pelo corredor olharam, curiosas. O Barão Von Strucker parou na entrada do quarto. 

-Oram, mas vejam só... O que está acontecendo? Soldado, o largue! 

O Soldado largou e parou na minha frente de novo. 

-Senhor... O Soldado quer ficar com a garota para ele. A noite toda. Não posso deixar porque... 

-Calado, verme!

Abaixei a cabeça. Alguns segundos apenas. 

O Barão olhou para o Soldado e sorriu. 

-Ela é gostosa, não? 

-Ela vai ser minha hoje. - O Soldado falou. - Só minha. 

O Barão suspirou. 

-Não quer dividir? Nem um pouco? 

-Não. 

-Ótimo, é toda sua! Mas vê se não acaba com a garota, ela é a única coisa interessante aqui dentro! 

O Soldado não respondeu. Assim que eles saíram e a porta foi trancada, corri até ele e o abracei. O Soldado apenas esperou, com as mãos nos meus ombros. 

Eu o empurrei até a cama. Onde ele deitou, com dificuldade devido aos machucados. 

-Sabe quem eu sou? - Perguntei. Ele assentiu. 

-Minha Abelhinha. 

Sorri, correndo para o banheiro e pegando água gelada e toalha. Alguns cortes ainda sangravam. 

-O que aconteceu com você? 

-Uma Missão. 

Suspirei. O Soldado deu um pequeno pulinho quando limpei um dos cortes. 

-Abelhinha? 

-Soldado? 

-Eu vou fugir. - Ignorei. A mão de metal dele segurou a minha antes que eu pudesse mudar de corte. - Eu vou embora, Kaya. Eu me lembro de algumas coisas do meu passado. Eu não quero mais matar. Eu vou embora. 

Sentei do lado dele, na cama e fitei meus pés. A mão metálica dele puxou meu queixo para cima. 

-Eu vou embora. 

-Eu ouvi. 

-E eu volto para buscar você. Te tirar daqui. Você não merece isso, Kaya. Eu prometo, assim que eu estiver bem, eu volto e te levo. 

Desviei o olhar. 

-Não faça promessas que não vai cumprir. 

-Eu prometo. Eu volto e te levo comigo. 

Desviei da mão dele e o Empurrei. 

-Fica quieto, preciso terminar...

-Dorme comigo, Kaya? 

Paralisei. E o encarei lentamente. Ele tinha muitos roxos na cara e muitos cortes. Respirei fundo. 

-Dormir no sentido de...? 

-Dormir. 

Concordei. Minutos depois, eu realmente dormia. Essa foi a primeira vez. Depois disso, deixavam eu passar cada vez mais tempo com ele e acabei dormindo muitas vezes em oito meses que se seguiu a essa conversa.  






Flash Back Off. 



Ooie, Gente!

Voltei com um Capítulo especial de comemoração do primeiro 1k de visualizações nessa história! Mano... MUITO OBRIGADA! 🥺💖😭

E eu amo demais esse FlashBack... Não só o Flashback mas o cuidado do Bucky com a Naomi, a cena da entrega do cordão, o Bucky descobrindo o porquê do apelido... AI ISSO É TUDO PARA MIM!

Espero que tenham gostado! E lembrem-se de deixar a estrelinha aqui se gostaram ou um comentário, por favor! Me anima demais! 🥺💖

Bjs

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