Harper Burns

-Consegui.- Cassie levanta balançando o celular.- Uma especialista vai depor a nosso favor.

Uma dessas era muito difícil, especialistas na área de estudo de comportamento, mas Cassie tinha conseguido de alguns forma.

Ela iria estudar como era a tática de Nelson e os padrões nos crimes dele, com isso poderíamos ter ainda mais peso na decisão do júri.

Já eram mais de vinte garotas saindo e entrando da casa de Elisa, procurando pessoas para apoiarem o movimento ou distribuindo cartazes.

Iríamos fazer um protesto na em frente a empresa de Nelson um dia depois de abrir o caso na Corte, e acho que daria certo.

-Deviamos dar um nome ao movimento.- Elisa fala distraída.

-Harper que começou com isso tudo.- Cassie olha para mim.

-Não quero crédito.- balanço a cabeça.- Afinal, eu nem posso advogar ainda, vocês podem...

Cassie e Elisa iriam ser a nossa frente de acusação, as duas eram muito boas no que faziam, tinham conseguidos ótimas evidências e tinham contatos.

-Eu vou criar um nome em breve.- Cassie balança o lápis com qual está na mão.- Acho que acabamos por hoje.

-Bom, eu tenho que ir.- pego minhas coisas.

Minha aula era em vinte minutos e ainda tinha que encontrar April antes para dar as roupas que tinham caído na minha roupa suja que tinha mandado para lavar.

Saio da casa de Elisa e cumprimento algumas meninas que estão na varanda, vejo que o vizinho parece estar incomodado com tanta presença feminina.

Não queria me achar nem nada, mas isso estava fazendo com que eu fosse os homens de forma diferentes, pelo menos os tipo de homens iguais a Nelson.

Eles eram uns ratos nojentos que podiam ficar na superfície por um tempo, mas depois eles voltavam para o esgoto de onde tinham vindo.

Coloco o óculos escuro e entro no carro, dou a partida e coloco o pé no acelerador, a casa de Elisa não é muito longe da universidade, então não me preocupo com o tempo.

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Ethan Copeland

Estou quase conseguindo resolver o problema de semanas que os técnicos da TI tem com a publicidade.

Confesso que é algo chato quando tem una briga entre alguns setor, parece que eu sou o diretor de uma escora e terro que resolver puxando a orelha da criança.

-Sr.Copeland.- a minha assistente abre a porta.

-Eu disse que não queria...

-Que entrassem aqui, eu sei.- ela repete o que eu disse.- Mas tem um homem querendo falar com você...

-Se for aquele que eu disse, mande para Dean...

-Não, não é ele...

-Ah, deixe eu falar logo com ele.- a porta abre.

Vejo um cara de vinte e poucos anos, os cabelos pretos estão bagunçados e vejo que tem uma tatuagem escondida perto do pescoço.

A jaqueta de couro e os cordões e anéis não me fazem lembrar se conheço esse cara, franzo as sobrancelhas me levantando, pronto para chamar o segurança.

-E quem seria você?- pergunto.

-Meu nome é Nate.- ele coloca as mãos dentro dos bolsos.- E eu sou seu irmão.

Fico calado, olho para minha assistente, ela sai e fecha a porta atrás de si, Nate olha envolta e começa a andar pela sala.

-Escritório legal.- ele sorri sarcástico.- Vou ganhar um assim também?

-Acha mesmo que foi acreditar nisso?- levanto as sobrancelhas.- Sabe quantas pessoas me dizem isso? Já aconteceu...

-Eu sei.- ele suspira.- Pode pegar um fio de cabelo, sangue, saliva, tanto faz.- ele para de mexer na decoração.

-Por que está aqui?- pergunto curioso.

-Bem, eu fui dado para a adoção ainda bebê.- ele explica.- Passei anos em lares adotivos e essas babaquices todas.- balança os ombros.- Agora descobri que meu pai...era seu pai.

-Como descobriu isso?- não consigo acreditar nele.

-Essa carta...- ele tira do bolso e estende entre nós.- Chegou para mim há quatro meses atrás.

Pego a carta e vejo que a letra é do meu pai, o encaro e então começo a ler, lá tem toda uma explicação detalhada de por que esse tal de Nate foi dado para a adoção.

O cara era filho de uma das namoradas antigas dele, ótimo, quantos filhos ele tinha tido além desse tal de Nate?

-Você não sai daqui.- devolvo a carta para ele.

-Sim, senhor.- ele senta no sofá.

Saio do escritório e me aproximo da mesa da secretária, ela parece tentando disfarçar o que tinha acabado de ouvir.

-Quero que chame o advogado do meu pai.- murmuro.- Agora.

-Mais alguma coisa?- ela começa a pegar o número.

-Eu quero um teste de DNA, para ontem.- falo baixo.

-Sim, senhor.- ela começa a pegar as coisas.

-Se isso vazar, você está demitida.- começo a me virar.

Volto para a sala e vejo ele brincando com uma esfera de vidro, aquele cara realmente não pode ser meu irmão, pode?

Ele nem se parece comigo, ou com Dean...e se .eu pai tivesse tudo outro filho...ele contaria para mim, não?

-Então, vamos ficar por aqui?- ele levanta as sobrancelhas.- Estou morrendo de fome.

Observo ele e então percebo que é quase hora do almoço e também estou com fome, respiro fundo pegando meu casaco e as coisas.

-Vamos.- falo sério e ele levanta.

Ele me segue e vamos até o elevador, ficamos lado a lado e ele olha para mim percebendo que estou olhando muito para ele.

-Está se perguntando por que eu não parecia com você?- ele levanta as sobrancelhas.- Eu tive outra mãe, sabe?

-Eu sei.- falo com raiva e entro no elevador.- Você consegue ficar calado enquanto não descobrimos?

-Não, eu falo para aliviar a tensão.- ele coloca as mãos dentro do bolso.

-Estou vendo.- aperto o botão.

-Ja é algo comum entre nós, usamos o sarcasmo.- ele murmura para si mesmo.

-Por que veio para cá?- pergunto mais baixo.

-Não quero dinheiro, nem nada.- ele limpa a garganta.- Eu queria conhecer meu pai...

-Não sabia que ele tinha morrido?- franzo as sobrancelhas.

-Só soube chegando aqui, e como já tinha gastado tudo na passagem, resolvi ir em frente.- balança os ombros.

-Pode estar enganado...

-Posso, mas por que o cara me mandaria uma carta?- ele pergunta.

-Só...fique quieto.- o elevador abre e começo a ir até meu carro.

Ele me segue e entramos no carro, não sei como vou contar isso a Dean, acho que vou deixar saber se isso é verdade primeiro, seria uma preocupação a toa...

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Harper Burns

-Ethan...eu acabei de...

Entro na cozinha e vejo que não tem só Ethan ali, olho para o cara dele e depois olho para Ethan.

O cara está encostado na parede, a blusa preta não esconde o corpo musculoso e os braços tem várias tatuagens, assim como mais perto do pescoço.

Ele tem uma semelhança incrível com alguém, eu só não consigo me lembrar...mas ele lembra alguém...

-Quem é esse?- pergunto.

-Nate.- ele estende a mão.

-Harper.- aperto a mão dele.

-Estava correndo?- Ethan pergunta me observando.

-Sim, com April.- me aproximo dele.- Por que Nate está aqui?- cruzo os braços.

-Eu sou irmão dele.- Nate fala e Ethan fecha os olhos tentando ficar calmo.

Olho entre eles e percebo que tem semelhança, ele me lembra um pouquinho Ethan por causa dos olhos e nariz.

Levanto as sobrancelhas e realmente parecem irmãos, não sabia que o pai de Ethan tinha tido mais filhos....

-Ah...

-E você é?- ele sorri para mim.

-Minha namorada.- Ethan fala ciumento.

-Vocês tem que resolver algumas coisas.- percebo.- Já pediu o teste?- pergunto para Ethan.

-Já tiraram o sangue.- ele explica e me aproximo mais.

-Vou tomar um banho.- seguro o ombro dele.- Não bata ou grite com ele.

-Concordo com ela.- Nate fala.

Ethan bufa e sorrio, então dou um selinho em seus lábios e saio da cozinha, começo a subir as escadas indo até o quarto.

Acabei de dar várias voltas naquele parque e eu tenho certeza de que machuquei alguma coisa nessa corrida.

Mas ainda estou muito surpresa com Ethan ter outro irmão, agora eu queria ver o que já acontecer, mas tinha que deixar eles sozinhos.

Nate parecia ser o tipo de cara que tirava a paciência de Ethan e ficaria bem amigo de Dean, infelizmente seria outro irmão para ele se culpar de não saber cuidar e proteger.

Vou ajeitar tudo isso essa noite, os três vão estar aqui e podemos até fazer um jantar, vou falar com Daisy para isso, com certeza ela vai me ajudar com isso.

Afinal, Nate é família, nem precisa de um teste de DNA para saber disso, Ethan sabe disso, e Dean vai saber disso.