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Enquanto isso...- Parte 1

Resolvi fazer uns capítulos com Dean e April para amenizar um pouquinho a história antes de continuar com a do Ethan e da Harper :)))
Aproveitem e boa leitura!!!
❤️❤️

Dean Copeland

Bato dias vezes na porta e coloco as mãos dentro dos bolsos do casaco, espero que pelo menos Harper queira ouvir o que eu tenho para falar.

Ouço a tranca e então April está me encarando, o apartamento está cheio de caixas e ela parecia estar arrumando algumas pelas bochechas vermelhas.

-Harper está?- pergunto.

-Não, nesse horário ela está na biblioteca.- April explica.

-Ok.- começo a me distanciar.

-Dean.- ela me chama e paro.- Harper está bem sensível, acho melhor você não ir lá.

-Eu só quero conversar com ela.- aperto o botão do elevador.

-Espere ela procurar você.- April pede.- Ela realmente está mal.

-Ótimo, eu vou animar ela um pouco.- o elevador abre e vejo um cara.

Ele olha para April e então para mim, um sorriso furioso aparece em seu rosto e April abraça o corpo se encolhendo.

-Achei que tinha tomado jeito, April.- ele balança a cabeça.- Mas pelo visto você ainda continua transando com todo mundo.

-Ele e eu não transamos.- April fala baixo e percebo o medo.

Então lembro que ela passou alguns dias lá em casa por causa de um cara que tinha agredido ela, desconfiava que ele estava na minha frente.

-Vamos conversar melhor lá dentro.- ele começa a passar por mim.

Não sei por que mas seguro o braço dele, nos encaramos e sorrio do jeito que faz meu irmão querer me matar e deixa as meninas caidinhas.

-Que tal voltar mais tarde? Acho que esqueci alguma coisa lá dentro.- passo por ele.

April parece surpresa quando vou na direção dela e seguro sua cintura, ela deixa eu puxá-la para dentro e tranco a porta de uma vez.

Olho ao redor e suspiro vendo aquelas caixas, Harper não precisaria ter todo esse trabalho se eu não tivesse sido um idiota.

-Obrigada.- ela parece muito surpresa.

-As vezes eu faço boas ações.- começo a andar pelo apartamento.- Tem alguma coisa para beber?

-Ainda não compramos comida.- ela fala e percebo os cardápios dos restaurantes perdi da universidade.- Mas tem tequila.

-Aceito.- começo a tirar o casaco.

Ela vai até a cozinha e pega dois copos de bebida, então pega a garrafa em um armário e enche até a metade.

Me aproximo da bancada e pego o copo, viro tudo de uma vez e ela vira ainda olhando para mim.

-O que?- pergunto.

-Queria continuar achando que é um idiota.- ela murmura.

-Não se preocupe, futuramente vou fazer algo para voltar a achar isso.- sorrio de lado e ela revira os olhos.

-Sabe quantas amigas tive que consolar por sua causa?- ela levanta as sobrancelhas.

-Muitas?- pergunto e ela enche os copos de novo.

-É, você tinha razão.- ela bebe de uma vez e sorrio mais.

-E então, qual é a história?- aponto para a porta.

-Namoro ele desde o colégio.- ela começa a explicar e a beber do gargalo.- Nossos pais são amigos e eu...eu não tenho coragem para terminar de vez.

-Só esteve com ele?- pergunto curioso e ela me encara com um sorriso de raiva.

-Não, eu já estive com outros entre os términos.- ela coloca o cabelo atrás da orelha.

-Está entre um término e outro?- bebo mais um pouco.

-Sim.- ela olha para a garrafa.- Olha , obrigada por me ajudar, mas você precisa ir, não quero que Harper tenha outra crise de choro.

-Quero que me ligue se acontecer algo. Se ela estiver disposta a falar.- começo a falar mais rápido enquanto ela me empurra.- Ou se você estiver em apuros com o Sr.NamoradoDesdeOColegial.

-Nossa, como você é engraçado.- ela fala irônica e eu paro encostado na porta.- O que está fazendo?

-Quer tomar uns drinques?- levanto as sobrancelhas.- Conheço um lugar...

-Agora?- ela parece surpresa e não canso de ver o rosto dela assim.

-Já começamos.- aponto para a cozinha.- E não faz mal você vir...- balanço os ombros.

-Isso é gostar de Harper?- ela pergunta.- Você realmente gostou dela ou... Ethan gostou dela...

-Eu e meu irmão temos uma história complicada.- falo sério.- Você pode me julgar, mas eu sei o que eu passei e não vou cair nessa provocação.

-Você não respondeu...

-Nem você.- me aproximo.- Sim ou não, April?

Ela bufa e então pega o casaco, pego o meu e abro a porta, ainda bem que o cara não está mais ali, ia ser um grande pé no saco.

Iria estar mentindo se disesse que a intenção por trás de convidar ela para um jantar não era transar, por que era, então...

-Primeiro as damas.- seguro o elevador.

-Você não me engana.- ela passa por mim e sorrio.

Adoro o jeito dela, talvez nos demos bem, geralmente garotas com a língua afiada assim costumam ser as melhores na transa.

♥︎

April Jones

Eu não sabia como tinha aceitado isso, Dean podia convencer alguém com aquele sorriso e com os olhos azulados de cachorrinho pidão.

Agora estava entrando em um bar universitário perto do apartamento, o cara do bar pareceu conhecer Dean, chegou com duas cervejas já.

Pego a minha e tomo um pouco enquanto olho para os cantos, Dean segura mijar cintura e me puxa para perto quando um cara grandão passa bem perto.

-Eles não gostam de pessoas no caminho.- ele explica perto do meu ouvido.

-Ótima desculpa para isso, não?- levanto as sobrancelhas.

-Está funcionando?- ele pergunta divertido.

-Precisa de mais cem cervejas para eu transar com você.- me afasto e sento em um banquinho.

-Que tal...- ele senta ao meu lado e encosta o braço no meu.- Um jogo de dardos?

-Ah, não, você não vai vir com isso, vai?- bebo mais cerveja.

-É inofensivo.- ele balança os ombros.- Se eu ganhar, você transa comigo.

-E se eu ganhar?- levanto as sobrancelhas.

-Eu transo com você.- ele sorri safado e eu rio.

-Se eu ganhar, você tem que deixar de ser um idiota por um dia.- o encaro.

-Muito difícil.- ele suspira.- Mas, acho que tenho que arriscar.

♥︎

Dean Copeland

Estou encostado na parede enquanto ela arruma os dardos vermelhos, percebo que está bem concentrada.

-Você é bem competitiva, não?- pergunto relaxado.

-Eu gosto de ganhar.- ela arruma a pose e desço meus olhos.

A bunda dela naquele jeans é maravilhosa, começo a imaginar sem o jeans, tento imaginar que cor é a calcinha dela e sorrio comigo mesmo.

Adoro fazer esse jogo.

-Com quantas já fez esse jogo?- ela pergunta na mesma hora e levanto o olhar.

-Ah, perdi a conta.- balanço a cabeça e ela sorri.

-Quantas vezes ganhou?- gosto da curiosidade dela.

-De cinquenta vezes....quarenta e nove.- falo com naturalidade.

Ela assente e atira o primeiro, sorrio vendo que acertou vinte, ela realmente é boa nisso, metade das meninas acerta na parede.

De propósito ou sem querer, eu não sei.

April bebe um pouco de cerveja e volta para a posição, então lança de novo e vai para o vinte e vindo.

-Está contando?- ela pergunta.

-Sim, senhora.- bebo minha cerveja calmamente.

Então ela lança o último dado e acerta no trinta e dois, ela se aproxima e começa a tirar os dardos do alvo.

-Setenta e sete.- eu pego os dados.

-Consegue fazer melhor?- ela senta em um banquinho alto.

-Não sei.- levanto as sobrancelhas.- Vamos ver.

Bebo mais uma vez e apoio a cerveja em cima da mesa, olho para ela e April apoia o rosto no punho fechado.

Então eu sorrio e levanto o primeiro dado, eu já joguei muito dardo para não estar calmo enquanto atiro o primeiro.

Cinquenta pontos, olho para ela e April não parece impressionada, resolvo brincar um pouquinho com April.

Levanto o dardo de novo e atiro, dezesseis, olho para April e ela está sorrindo, sei que acha que vou errar o próximo.

-Onze pontos para alcançar.- bebo um pouco de cerveja.

-Vamos ver o que sai.- ela fala calma.

-Estou até achando que quer que eu ganhe.- me aproximo.- Ninguém resiste a mim por muito tempo.

-Não tenho certeza.- ela comprime os lábios.

-Ok, então vamos.- volto para o canto.

Olho para April e ela mexe o queixo, então sorrio e vou na sorte, atiro o dardo e sorrio quando vejo que acertou o cinquenta.

-Então...- em me viro para ela.- Ganhei.

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