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Sombras do Passado

Diana

Achei muito estranho que minha tia-avó não atendesse o celular e não estivesse em parte alguma da mansão. Mas a mãe de Seb também não estava, portanto, as duas deveriam estar juntas. Eu perguntaria a Seb mais tarde...

Depois do banho, troquei de roupa e pensei em esperar no meu quarto até a hora do jantar. Contudo, senti-me agitada. O coração estava acelerado. Senti dificuldade para respirar, como se algo comprimisse o meu peito. Não conseguiria ficar confinada por nem mais um minuto. Assim, decidi dar um passeio a pé.

Desci as escadas silenciosamente, rezando para não encontrar ninguém. Especialmente, Ruth.

Por sorte, não havia ninguém em meu caminho. Exceto pelo barulho de louça e alguns móveis sendo arrastados em um canto distante. Assim, eu abri a porta da frente e saí para o ar puro do entardecer texano. Respirei fundo, percebendo que tinha prendido a respiração desde a escada.

A minha frente, o sol era um bola de fogo grande e pesada, derramando-se no horizonte como um ovo frito. Pelo menos, foi como Seb definiu para mim, certa vez. Achei graça no seu modo tão "romântico", e acabei gravando a definição. Toda a vez que eu olhasse para o por do sol, eu me lembraria de um ovo frito.

Caramba! Ri da ideia e comecei a caminhar pelo cascalho da alameda. A caminhonete monstro de Seb estava na garagem aberta. Lá tinha espaço para uns cinco ou seis veículos. Era uma garagem de respeito, pensei. Continuei andando até alcançar o cercado. Percebi que ainda tinha gente trabalhando; pelo que entendi, estavam treinando os cavalos.

Avistei uma mulher de uns cinquenta ou sessenta anos. Não dava para ter certeza, por causa do chapéu stealth e a agilidade com que manuseava a corda de laçar. O cavalo estava preso, e não tinha escapatória, mas a mulher emitia um sons tranquilizadores com a boca, até o cavalo cor de caramelo se acalmar. Ele parou de se debater e começou a correr em círculos, com a treinadora no meio, conduzindo-o pela corda.

-Isso mesmo, bom garoto! - elogiou a mulher, parando o movimento do animal com um puxão que tensionou a corda. Ela se aproximou dele e fez um carinho em seu focinho. O cavalo baixou a cabeça e ela tirou uma cenoura da bolsa de flanela pendurada no ombro.

Ela deixou o animal ir e, só então, virou-se para mim. Seus olhos se estreitaram - primeiro com animosidade, depois com curiosidade. Caramba! Que olhos tinha aquela senhora! Eram prateados como os de AJ. Eu julguei que ela fosse... da mesma natureza. Os olhos prateados pareciam ser uma característica. Seb, Diego Navarro, Vidal Staniak, e AJ os tinham, na mesma cor e tom.

Ela se aproximou de mim e eu senti um súbito arrepio de medo.

-Seu charme de adestradora não funciona comigo, sabia disso? - ela questionou a título de cumprimento. - Quem é você?

-Eu... Sou Diana. Não compreendi o seu comentário.

Ela estava mascando chicletes; os lábios se distenderam num sorriso malicioso, mas ela não deixou de mascar.

-Claro que não entendeu. Igualzinha a ela.

-O quê? Ela quem?

-É... - disse lentamente. - Tapada como uma porta. Seb sabe que está zanzando por aí sem proteção?

Levantei o queixo.

-Não preciso de permissão para ir onde quero ir.

-Ouch! - ela riu. - Agora eu gostei um pouquinho de você. Não precisa de permissão, mas precisa de proteção.

-Não preciso nem de uma coisa nem de outra. Nem de proteção nem de sua aprovação. Com licença...

Eu girei nos calcanhares e me afastei. Não demorou nem dois segundos, e a mulher estava caminhando ao meu lado.

-Acho que não fomos apresentadas.

Ergui as sobrancelhas. - E eu vou querer ser?

Ela nem se abalou, apenas riu. - Não sei, mas acho que seria bom.

Ela estendeu a mão para um aperto. - Sou Stella MacEwan.

-Eu sou Diana Sinclair.

-Prazer, Diana. Ou assim espero. Alguém já lhe disse que você é a cara dela?

-Já sim. Várias vezes.

-Você não parece nada contente com isso. É, no seu lugar, eu também não estaria. - Ela começou a rir como se recordasse de algo pitoresco. - Vou te confessar uma coisa. A primeira vez que eu vi Maria Júlia, tive vontade de matá-la. Não lembro se tentei algo assim. Acho que tentei...

Ouvimos um latido. Ainda impactada pela revelação de Stella, eu assisti a chegada intempestiva de um cãozinho pequeno e peludo. Ele ou ela correu para Stella, que se abaixou e o pegou no colo. - Este é Monkey!

-Nossa, que cãozinho diferente!

Ela riu e fez um carinho na cabeça dele, que ergueu os olhos em adoração para a dona. - Sim. Eu roubei o tataravô do tataravô dele de um capitão de navio.

Arregalei os olhos.

-Eu era meio impulsiva naquela época - explicou, com uma careta brincalhona. - AJ me ajudou a controlar meus impulsos. Coitado do meu marido. que Deus o tenha.

-Ah, você é viúva.

-Sim, sou. No meu coração não existe lugar para nenhum outro. Só para o meu Monkey - disse ela, afagando o cão novamente.

-Mas venha! Quero te apresentar a uma pessoa que gostaria muito de conhecê-la.

-Quem?

-Você logo vai saber!

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Nós caminhamos por um bom trecho da estrada, até avistarmos uma casinha encantadora, com sacada e balcões transbordando de flores.

-Ele mantem a casa como a esposa deixou.

-Ele quem?

-Você deve ter conhecido o bisneto do bisneto dele, Sony Wayo. Essa é a casa da família. A casa que Wayo construiu para Sioban.

Aqueles nomes... Minha memória não era boa para guardá-los, e sim para guardar imagens. Mas eu me lembrei de ter visto esses mesmos nomes nos versos de algumas fotos. Então, eu me lembrei dos rostos.

-Impossível! Wayo tem que estar morto há mais de cem anos.

-Mas você sabe que AJ também deveria estar, não sabe?

Sim, eu sabia. Mas como não sabia quem era essa mulher, achei prudente calar.

-Você sabe quem nós somos, não sabe?

Stella não era do tipo que deixava a conversa morrer. Ela queria uma resposta e me encarou com uma seriedade assustadora. Então, me ouvi respondendo:

-Sim, eu sei.

-Ótimo - ela sorriu, inesperadamente. - Assim não vai ter um ataque cardíaco quando conhecer Wayo.

Então, o sujeito da foto estava vivo. Ainda. Ai Jesus Cristinho!

A gente caminhou um pedaço pela relva para alcançar a casa. Havia movimentação lá dentro. Avistei duas silhuetas pela janela aberta. De repente, uma delas desapareceu como um tufão e a outra se aproximou lentamente da porta, abrindo-a em seguida. Era a cópia fiel de Sony Wayo, só que envelhecida. Deduzi então que fosse... o próprio Wayo.

Eu estava certa.

Ele esbugalhou os olhos quando me viu. Mas foi só por um momento. Logo se recompôs e se aproximou.

-Nossa, devo dizer que acabei de levar um susto - ele comentou, cumprimentando Stella com um aceno de cabeça.

-Wayo, esta moça é uma descendente de Maria Júlia e, pasme, uma adestradora como ela.

Eu me senti desconfortável só com o jeito de Stella, e ainda mais com o silêncio que recaiu sobre nós.

-Então, você é descendente de AJ também.

Eu não tinha pensado sobre isso. Abri a boca, mas Stella se adiantou.

-Não... Eu acho que ela não é da linhagem dos Quint!

Não?

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