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Capítulo 55: Varandas e vitrais (parte II)

A senhora mostrou-lhe um sorriso sereno e curvou a cabeça, gesticulando para que a jovem seguisse seu caminho. Deixando-a ali, caminhou para uma das mesas com menos pessoas e foi recebida com alegres sorrisos entre anuências sussurradas. Iarima continuou seu trajeto sem poder confiar muito bem nas suas pernas. Os olhos do maior homem encontraram os dela e ela sentiu o coração agitar-se. A criança loira jogada de qualquer forma em sua cadeira elevou suas sobrancelhas e sua gargalhada se tornou um sorriso cheio de dentes. Artus e Camus tornaram para traz. Os lábios do pequeno mago curvaram para cima e Artus pôs-se de pé trazendo o punho fechado em frente ao peito.

Iarima arfou, se rendendo ao sorriso que tentava conter e as lágrimas encontraram o caminho por suas bochechas. O elfo abriu os braços e a guerreira riu, agradecendo mentalmente o sentimentalismo de Artus. Alcançando-os em passos incertos, Artus não esperou que realmente chegasse para apertá-la contra seu peito. Ela escondeu o rosto no ombro amigo e os soluços soaram pouco tímidos. Camus e Edriên, entre olhares cúmplices, se levantaram da mesa e jogaram os braços em torno daqueles dois. Uma wisp pousou sobre a cabeça da jovem, sentando-se ali e acariciando seus cabelos em consolo. Dário, vendo que aquilo ia demorar, se rendeu a falta de respeito pelo espaço pessoal e enlaçou boa parte daqueles seres em seus braços. O embolado grupo de humanos, elfo e wisp celebrou sem palavras a volta de um dos seus.

— Dário... menos força, por favor. Tudo dói — riu Iarima em meio à um soluço.

— Já deu, né? Vocês estão me sufocando — reclamou Edriên engolida entre o druida e o elfo.

A pequena se desvencilhou, recebendo de Camus tapinhas no topo de sua cabeça. Entre caretas, sorrisos e implicâncias, o emaranhado se separou e convidou Iarima à mesa, que se sentou ao lado de Artus. Limpando o rosto, ela ainda retomava a respiração quando percebeu as marcas estampadas nos rostos, pescoços e mãos a mostra dos colegas. Arcos e pontos cor de vinho mostravam as mordidas e unhas que os seres do pântano havia lhes enfiado. Dário tinha os mesmos formatos desenhados em si, mas invés do sangue seco, sua pele exibia desenhos marrons claros, similares a madeira vista em seu braço. A leveza do rosto de Iarima deu lugar a um olhar triste e em seguida confuso, já que a cicatrização avançada mostrava que as feridas já não eram frescas.

— Há quanto tempo estamos aqui?

— Você dormiu por quatro dias — respondeu Camus.

Iarima fitou a mesa tentando assimilar a informação. Quatro dias? Quatro dias era tempo demais. Com urgência, mirou o chão abaixo da mesa e os arredores procurando aquela que faltava no grupo. Seus lábios penderam para baixo entendendo o que aquilo significava. Levantando o rosto com pesar, sua voz falhou ao verbalizar seus pensamentos.

— A Luna...

— Ela está bem — adiantou-se Dário, tranquilo. — Está se recuperando.

— O ritual foi deveras eficiente... — começou Artus, mas Edriên arremessou-lhe uma uva na testa, interrompendo a narrativa.

— Não se preocupe, mulher! Luna está na sua melhor forma. Tenho certeza de que concordará quando formos visitá-la amanhã — adicionou com um sorriso travesso.

— Amanhã...?

— Os arcanos são criteriosos em seus processos. Nossa presença seria uma interferência desnecessária, por isso pedem que a visitemos apenas durante as manhãs.

— Chatos, é o que você quer dizer, Camus. Duvido que ela não se adaptaria mais rápido aqui conosco.

— Me pergunto se a repulsa que apresenta pela disciplina e empenho não é, na verdade, medo de descobrir que gosta delas. — O canto da boca de Camus tornou para cima.

Edriên arregalou os olhos e uma gargalhada de criança saiu de sua boca.

— Nos seus sonhos, maguinho.

Artus decidiu entrar na discussão concordando solenemente sobre a importância da concentração nos afazeres e Edriên investiu em novas tiradas sarcásticas. Camus mantinha um rosto plácido respondendo em desafio à pequena e Dário fazia barulhos engraçados, deixando o riso escapar por entre seus lábios toda vez que alguma pérola memorável saía no embate entre os dois.

Iarima fez uma careta. O que poderia ser engraçado naquela situação? Luna estava tão mal que mesmo após tantos dias ainda não podia estar com eles? Não era possível que só ela via que isso estava errado. Ela abriu a boca para perguntar, mas Edriên pigarreou, chamando a atenção do grupo.

De pé, no lado oposto da mesa, a senhora de mais cedo exibia um semblante feliz e os olhava em expectativa. Todos, menos Iarima, inclinaram a cabeça em um gesto de respeito, ao que ela respondeu da mesma forma. Camus apressou-se em apresentá-la:

— Iarima... Lady Toderfort, essa é Mestra Madaleene. Ela supervisionou pessoalmente a recuperação de todos nós.

A mestra sorriu tranquila e a jovem sentiu seu rosto queimar lembrando a forma pouco cordial com que tratou a quem provavelmente devia a própria vida.

— Não de todos. Nosso amigo druida foi assistido pela Feiticeira Lyanne — ela olhou para Dário e ele anuiu —, a milady terá tempo para conhecê-la mais tarde. Magos fingem saber de tudo, minha querida, mas é certo que não entendemos de druidas — riu-se.

— Somos úteis de alguma forma, digna mestra?

— Solícito como sempre, senhor Silverblade. Sim, de fato. Mais uma vez quero expressar o quanto somos gratos por terem protegido e trazido nossa criança até nós. Com Lady Tordefort bem e agora entre o mundo dos despertos, prosseguiremos para a realização da cerimônia de rastreio ainda esta noite. — Camus sorriu e os demais se entreolharam em curiosidade e expectativa. Iarima esqueceu de respirar. — Como devem imaginar, este evento significa muito para todos nós. Por favor, pedimos que estejam de volta aos seus aposentos antes do pôr do sol para que possam se preparar de acordo. As vestes e o auxílio para vesti-las será providenciado.

Os jovens assentiram enquanto a senhora de bom rosto acenou mais uma vez e se retirou. Edriên levantou suas sobrancelhas e se esticou sobre a mesa para alcançar Iarima.

— A feiticeira é aquela dos chifres — sussurrou Edriên pressionando a mão da guerreira contra a mesa. — Muito legal, não é?

Iarima olhou para o outro lado do corredor e notou novamente a mulher dos chifres. Seu cabelo a ornava em ondas e vinhas com pequenas folhas podiam ser vistas entre uma e outra madeixa.

— O Dário insiste em não me contar quando os chifres dele vão aparecer — zombou a pequena.

O druida tornou os lábios em linha e olhou para Camus entediado. Não era a primeira vez que ela fazia aquela piada. Ele percebeu Iarima o olhando genuinamente confusa e o gigante suspirou.

— Os poderes dos druidas não se manifestam desta forma. Feiticeiras, mulheres que nascem com o dom, expressam ainda jovens as características ferais como parte de seu corpo normal.

A guerreira inclinou a cabeça lateralmente e suas sobrancelhas se juntaram.

— Mas... então, seu mestre... como...

Dário suspirou. Já havia perdido a conta de quantas vezes que tinha falado no assunto nos últimos dias.

— Noirebe era um mestre druida completamente desenvolvido. Seu conhecimento permitia que se apresentasse em sua forma feral completa. Os druidas levam anos para aprender o que uma feiticeira faz praticamente por instinto.

— E de todas as possibilidades, por que mesmo você escolheu virar uma árvore? — interrompeu a ladina com a cara mais implicante que conseguiu vestir — De tanta coisa legal por aí... Uma árvore, Dário?!

— Deixes disso, vamos — rechaçou Artus em seus modos ordeiros. — Se Dário quisesse reportar sobre isso, teria o feito nas outras oportunidades em que questionou, não é, nobre amigo?

Um sorriso sem dentes e olhos sérios foi a resposta. Na falta de iniciativa, o elfo tomou para si a missão de trazer paz à mesa com tópicos que todos concordariam e compartilhou com Iarima os últimos acontecimentos. Com toda a pompa que lhe coube, sua primeira história foi como todos haviam sido salvos por Pirita e como ela bravamente havia alcançado os magos na torre no último momento possível. Ainda em sua narrativa animada, ele se orgulhou de ter sido o primeiro a acordar e de já conhecer boa parte dos aposentos daquele andar até seus quartos. Camus aproveitou o falatório para escolher alguns alimentos e servi-los à guerreira e Edriên se serviu pela terceira vez apenas porque podia. Pirita escolheu o pescoço de Dário para se aconchegar enquanto este assistia aos demais em um silêncio satisfeito, seus olhos alegres exibiam seu peculiar divertimento naquela estranha dinâmica de grupo. Quando Iarima terminou sua refeição, Camus sugeriu apresentar a ela as partes da torre que cada um preferia.

Quando os cinco se ergueram da mesa ao mesmo tempo, Iarima se perguntou quando haviam se tornado tão entrosados. Os jovens recolheram as coisas da mesa e Camus explicou que não havia serviçais na Torre de Ignis, que todos eram responsáveis por fazer a sua parte. Artus adicionou em êxtase como havia aprendido a lavar louça esses dias. Enquanto Edriên apresentava-se admirada e cheia de elogios quanto a nova habilidade do elfo, Dário e Camus entreolhavam-se cúmplices em assistir Artus não perceber que ela visava, na verdade, convencê-lo a assumir também o dia dela na escala de afazeres. Atravessando o labirinto que era a torre, eles subiram alguns andares, ainda abaixo dos dormitórios, e chegaram a uma outra parte externa.

As conversas e o entusiasmo em apresentar à Iarima as diferentes áreas que conheciam fez o tempo passar rápido demais. O pôr do sol se aproximava e, mantendo a promessa à Mestra Madaleene, o grupo de amigos se recolheu para seus aposentos. Para a sorte da guerreira, todos estavam alojados na mesma área e foi fácil encontrar seu quarto no mesmo corredor que o de Edriên. As roupas que deveriam usar na cerimônia se apresentavam em cima de suas camas e não demorou muito para uma batida leve ser ouvida na porta de madeira. Diferentes pessoas se apresentaram a cada um dos visitantes e, muito educadamente, lhes prepararam seus banhos e auxiliaram a trajar as vestes de muitas camadas. Em uma diferença de tempo muito pequena entre si, os cinco convidados e a wisp se encontraram no hall à direita do corredor onde eram os quartos das humanas. Todos vestiam diferentes trajes brancos.

Iarima vestia um vestido de gola alta e suas mangas se dividiam em duas partes: a primeira, fofa e bufante. De baixo da primeira, o tecido seguia solto e folgado cobrindo até suas mãos. Na beira de sua gola e mangas, fios dourados davam um acabamento singelo e elegante. Marcando sua cintura, um cinto de metal dourado se fechava a frente e pendia suas peças remanescentes até a altura de suas coxas.

O vestido de Edriên era parecido, mas sua gola permitia a visão das escápulas pálidas da pequena. As mangas seguiam retas e terminavam em um bocal de tamanho desigual, fazendo as bordas inferiores alcançarem o cumprimento das barras de suas saias. Os bordados dourados cobriam as mangas quase por completo e, ao invés do cinto de metal, um tecido de preciosas pedras costuradas lhe marcava a cintura.

Os homens vestiam diferentes tamanhos do mesmo traje. As túnicas brancas eram cobertas com casacos de mangas largas e trançados dourados a frente. Diferente de seus colegas, Camus vestia uma brilhante joia com o brasão de Mestre Hynkel em seu peito, do lado direito.

— Obrigada por se apresentarem pontualmente, senhores. Estão todos muito elegantes — elogiou Mestra Madaleene com o olhar alegre.

Artus curvou a cabeça em agradecimento estampando todos os dentes da boca. Os demais responderam com um ou outro sorriso tímido. Os magos que os haviam ajudado a se vestir formaram uma pequena plateia silenciosa a sua volta.

— Até este andar vocês puderam andar livremente. Por questões de segurança, que tenho certeza de que compreendem, os andares superiores só permitem acesso àqueles que fizeram o juramento dos guardiões.

Camus e Pirita estavam familiarizados com a regra, enquanto os demais expressaram desconforto em diferentes posturas. Tentando processar em suas mentes o que aquela informação representava, Edriên foi quem encontrou a forma mais eloquente de externar seus pensamentos:

— E...?

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