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Capítulo 54: O que as águas guardam (parte I)

O bolsão de líquido turvo em que caíram não era realmente fundo, não chegando aos joelhos de Dário. Agora de perto era possível ver o quanto Noirebe estava ferido. Sua grande cara rajada apresentava um corte de cima a baixo e seu corpo não estava em condições muito melhores. O tigre rugiu e, já de pé, mandou uma patada sem unhas em Dário, afastando-o de si. Pirita, flutuante a pouca distância, zumbiu agudamente. Dário fez uma careta e, cuspindo a água imunda, voltou em um pulo para a parte seca.

— Mestre, você não precisa fazer isso.

O tigre subiu em um salto curto a trilha em que Dário estava. Ele olhou para o antigo pupilo com olhos frios, levantando os lábios felinos, deixando as grandes presas a mostra. Sua voz rouca soou cansada:

— Vocês trarão a morte sobre todos nós se eu não o fizer. — As unhas em suas patas se tornaram visíveis, mostrando que havia duas a menos em uma delas. Sem tirar os olhos de sua presa e com a cabeça mais baixa que os ombros felinos, ele deu dois passos à frente.

Dário sentiu seus ombros tencionarem pelo que sabia que viria em seguida. Ele apertou os punhos com força, como se o esforço pudesse ser capaz de despertar as raízes que não lhe atendiam. Por mais que quisesse, elas não vieram ao seu socorro.

Noirebe investiu levantando uma das patas contra Dário. Sem recursos, ele pode fazer nada além de fechar os olhos e trazer o braço parte árvore para frente do corpo em proteção. O homem esperou o impacto, mas ele não veio. Ao invés disso, o rugido estridente de dor que se seguiu fez o druida sentir um calafrio lhe atravessar da base da espinha até o topo da cabeça. O que encontrou ao abrir os olhos fez seu coração parar.


Correndo sem se interromper, Edriên viu de soslaio quando o segundo capataz alcançou o mesmo espaço de terra que ela estava. Ouvindo o barulho da espada sendo desembainhada, ela se jogou em um caminho lateral, fazendo seu perseguidor precisar perder dois segundos para ajustar-se à nova direção. Um dos lados da boca da garota levantaram-se ao confirmar que seu trajeto era bloqueado por uma estranha árvore curva, com galhos iniciando a uma altura acima do dobro da sua. O obstáculo a frente não intimidou e ela colocou o máximo de velocidade que conseguiu nos pés. Usando a base curva do tronco deformado, subiu-o como uma rampa e, ao chegar ao limite que a formação permitia, saltou, agarrando o galho imediatamente acima de si. Aproveitando o impulso, ela girou o pequeno corpo no ar e, habilidosa, agarrou outro ramo logo acima dela. Num impulso coordenado, a menina já havia escalado três destes quando se agachou sobre um quarto e encarou o homem ao solo. Seu algoz a fitou com uma carranca e a ladina respondeu mostrando-lhe a língua. Bufando pesadamente, ele lhe tornou as costas e olhou ao longe. A menina planejou entre saltar sobre as costas dele com a faca em mãos ou mirar-lhe uma escarrada bem no meio de seus cabelos sebentos. Antes que decidisse seu plano de ação, o horrendo lamento de Noirebe ecoou pelo pântano.

Artus estava congelado sobre suas pernas. Ele havia visto Edriên escapar de seu algoz com uma destreza que não imaginou que ela tivesse, mas manteve sua corrida para dar fim ao covarde que a havia escolhido como alvo. Contudo, quando o terrível som ecoou pelo pântano, seu corpo estremeceu. Parando onde estava, com o peito desesperado, ele buscou pelos demais companheiros. O que viu quando encontrou Dário foi algo que nem seus piores pesadelos trouxeram à vida.

Das águas escuras, corpos magrelos e ressequidos erguiam-se. Semelhantes a esqueletos sem carne, recobertos por uma pele de cor semelhante à das águas, seus crânios exibiam dentes sem lábios e vazio no lugar das órbitas. O que Iarima havia suposto se tratar de plantas, na verdade eram porções de cabelos agarrados aos crânios. Os tamanhos dos seres e diferentes formatos de cabeça e presas eram semelhantes ao que poderiam ter sido um dia humanos, gnomos, elfos, orcs e outras tantas diferentes raças humanoides. O odor pútrido invadiu os narizes, terrível o suficiente para fazer os estômagos revirarem em espasmos involuntários. Os membros ossudos alcançavam o estreito solo e agarravam-se ao enorme tigre, enfiando as unhas enormes em sua carne e abocanhando-lhe o couro. Noirebe os derrubava em mordidas e patadas e os monstros do pântano caíam sem resistência, apenas para serem substituídos por outros.

O druida estacou esquecendo-se de respirar, seu coração queria saltar-lhe a boca. Seu corpo travou e sua mente foi incapaz de processar uma resposta ao terror que assistia. Pirita zumbiu aos berros acima de sua cabeça, mas ele só reagiu quando sentiu a fisgada em uma das panturrilhas.

Dário bradou de dor, enquanto agarrava pelos ombros o ser que havia fincado as garras em suas carnes. Outros daqueles se erguiam atrás do homem, que usou as costas do punho parte madeira para jogar de volta às águas os que se aproximavam. Os esqueletos não eram ágeis, mas eram resilientes. Não importava o quão longe fossem arremessados, eles voltavam em seu caminhar constante e obstinado contra seus dois alvos.

Noirebe saiu em disparada, ignorando se pisava em área seca ou molhada, saltando desembestado, tendo sucesso em seu objetivo de derrubar a maior parte dos que haviam lhe alcançado. Para seu azar, dos lugares que suas patas haviam tocado as poças do pântano, novos seres emergiram ao seu encalço.

Dário estava cercado. Sem vida alguma ali para invocar em sua defesa, coube a ele usar seus braços e pernas para defender-se dos inimigos que insistiam em se lançar contra ele ao mesmo tempo que canalizava a energia de Pirita para a cura dos ataques que não conseguia impedir a tempo. As mãos revestidas em chamas verdes queimavam onde acertassem e arremessavam os seres mais longe, mas não pareciam fazer mais do que isso. O amarrado de Luna havia sido abandonado em meio a luta, uma das alças arrebentadas pela mordida de um dos monstros. Por mais que a wisp tentasse avisar dos novos algozes que emergiam em diferentes lados, Dário não era rápido o suficiente para defender-se de todos. Ele suou, grunhiu, distribuiu murros e investidas, mas o número de seus oponentes era grande demais. Ele olhou uma última vez para cima, procurando a única companheira que lhe havia sobrado e suas sobrancelhas tornaram arcos para cima em uma despedida muda. Antes de ser encoberto pelos seus algozes, uma esfera de fogo explodiu quase perto demais de si, levando uma dezena de monstros consigo.

Camus finalmente havia alcançado uma distância que permitia que seus poderes fossem úteis e, de uma trilha paralela ao druida, o mago pôs-se em sua defesa quase ao mesmo tempo em que Artus e Edriên apareceram ao seu lado em socorro.


Iarima chegou ao outro lado do pântano e, aliviada, olhou para trás buscando o elfo que havia prometido seguir após ela. Ao invés de encontrá-lo, viu-o a distância correndo em sentido contrário ao dela. Com o pântano margeado por brumas, ela tentou enxergar para onde Artus se dirigia e um rugido tenebroso a fez encolher-se entre os ombros. O que havia sido aquilo? Procurando a direção do som, ela distinguiu manchas escuras subirem sobre o corpo amarelo de Noirebe e, quando dois focos de chamas verdes se tornaram nítidos, soube que Dário estava em perigo. Ela desembainhou sua espada e dirigiu-se ao caminho pelo qual tinha vindo, mas antes de saltar para alcançá-lo, um raio vindo da neblina a arremessou para trás.

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