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Capítulo 51: Bom demais para ser verdade (parte I)

Edriên foi a primeira a despertar na manhã que se pronunciava. Se havia restado alguma dúvida devido à pouca iluminação na noite anterior, a penumbra do alvorecer confirmou que o conveniente abrigo não tinha nenhum tipo de conforto. Era um simples recuo de pedra em meio ao fim de uma colina, sem qualquer vestígio de vegetação ou solo em seu interior. Folhas e terra rubra na mata lá fora formavam uma nítida separação entre a floresta e a formação rochosa. A luz esverdeada de Perita dava um tom desconexo à paisagem vermelha à frente e definia claramente o contraste do tom negro da pedra contra o lugar em que o abrigo estava edificado.

Levantando as costas mal aparadas na elevação de pedra, a pequena de cabelos bagunçados ergueu ambos os braços para massagear o pescoço dolorido pela posição ruim com que havia caído no sono. Olhando à sua volta, todos, com exceção de Camus, dormiam de forma parecida com a dela, mal aparados entre o chão e a parede da caverna. Fazendo uma careta enquanto esfregava os olhos, o ajuntamento de embrulhos no canto rochoso lhe despertou o pensamento que não teve oportunidade de explorar na noite anterior: Comida.

A ladina arrastou-se pelo chão e alcançou a bolsa que Iarima carregava. Erguendo-a do chão, nada mais era que um saco vazio. Edriên torceu a boca e partiu para as outras bolsas, ignorando o óbvio emaranhado de raízes que já sabia não se tratar de alimento. Sua expedição gerou menos resultados do que esperado. Além dos odres vazios, uns amarrados menores mostravam pedaços de carne em quantidade tão ínfima que, pela fome que seu estomago começava a reclamar, ela mesma comeria tudo.

— Artus — sussurrou a garota sacudindo o pé do elfo. — Cadê a sua bolsa?

Artus espremeu os olhos meio perdido pelo interromper abrupto de seu sono. A insistência em lhe sacudirem a perna o fez procurar de onde vinha tal importuno.

— Bolsa...? Ficou... na lagoa.

Edriên tapou o rosto com uma das mãos e espremeu os lábios. O movimento dos corpos em volta dizia que em breve todos estariam tão despertos quanto ela e seu estômago protestou. Se ela queria resolver sua fome, deveria agir rápido. O fato era que ninguém iria se lembrar de quanta comida havia ali. Além disso, o elfo era quem havia ficado responsável pela carne que havia restado. Se ele havia perdido a comida dos outros isso não era problema dela.

A pequena se lançou de volta às bagagens e ajuntou em cima de um dos amarrados os pedaços que havia encontrado. Pensou em quantos conseguiria colocar dentro da boca de uma vez e encheu as mãos nos que cabiam entre os pequenos dedos. Ela ouviu um sonoro bocejar de Artus e tornou os olhos de soslaio, vendo o grupo levantar em seus ruídos e espreguiçamentos. A ladina torceu a boca ao ver Artus descabelado com uma marca branca de baba num dos lados do rosto. Suspirando pesadamente e apertando os lábios, ela levantou-se trazendo o que encontrou para o centro da caverna, apoiado em um dos embrulhos.

— Seres vivos, só sobrou isso. É um pedaço para cada um — rosnou. Dos cinco pedaços ali, pegou o maior e sentou-se de costas para o grupo, à saída da caverna. Ignorando um ou outro agradecimento por separar o café da manhã, a ladina mastigava com fúria. Sabia que iria ficar com fome depois.

A carne dura foi difícil de engolir para todos. A saliva pegajosa pela desidratação e os lábios que ficavam colando pouco ajudaram. Ainda assim, os estômagos roncando foram encorajadores o suficiente para aceitarem aquele desafio.

A noite havia sido peculiarmente confortável e os jovens haviam acordado descansados, apesar da sede. Àquela manhã estavam todos bem cientes de que em poucas horas o segundo dia do prazo para ressuscitar Luna, e o único motivo para aquele descabido caminho, seria findado. Praticamente a um dia para seu sucesso ou fracasso ser determinado, e já cientes que ninguém ali sabia o que esperar daquela jornada, nenhum fardo extra era bem-vindo. Abandonando as bolsas vazias e se resumindo a um odre cada um, na esperança de ainda encontrarem água, o grupo tomou suas armas e decidiu enfim deixar seu abrigo.

Edriên se deixou sair por último, avaliando se ainda cabia levar alguma coisa ou se, por sorte, encontraria alguma alavanca secreta que lhes abriria um portal para uma cachoeira. Sem descobrir nada diferente, ela finalmente foi atrás dos demais.

Um estrondo seco e oco reverberou trazendo o olhar de todos para trás. A rocha negra, que há pouco era visível, desmoronou, engolida pela terra vermelha da colina que a abrigava. Há alguns passos à frente do colapso, Edriên encolhia a cabeça entre os ombros com o corpo ainda sobressaltado. A caverna em que dormiram tão tranquilamente não existia mais. Secando uma gota de suor que lhe brotou na têmpora, ela exibiu um meio sorriso, enquanto gesticulava para que continuassem a caminhada.

— Não se fazem mais cavernas como antigamente.


A pouca luz do início do dia parecia acomodar alguns resquícios dos sons da noite. Piados agourentou repetiam-se ao longe e o cricrilar compassado poderia até soar reconfortante se não fosse o lugar onde estavam. O cenário ao redor não era muito diferente do que haviam visto até ali. Atentos e desconfortáveis, o caminhar não seguiu tão rápido como poderia, não por alguma dificuldade física, que existia, mas pelo afinco em se manterem cuidadosos depois dos últimos percalços.

— Se Dário não tivesse chutado o chão, aquela lagoa não teria reagido — disse Camus para ninguém em específico.

— O que quer dizer? — Dário tornou para a petulante miniatura de homem que andava atrás de si — Eu precisava testar o solo. Se não tivesse feito aquilo, Artus teria dado um mergulho naquela coisa.

— Prezados, ninguém pareceu menos entusiasta. Responsabilizar-me ao tentar sanar um problema é pouquíssimo elegante.

Edriên decidiu que aquela era a hora de reclamar o descuido dos rapazes com as plantas no início da floresta enquanto Pirita zumbia fervorosamente em pé no ombro de Dário, gesticulando as mãozinhas brilhantes. Iarima fez uma careta e mirou o chão. Tinha alguém mais culpado que ela naquela história toda? Pressionando os nós dos dedos, ela torceu para que aquilo acabasse logo.

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