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Capítulo 50: Velhos amigos (parte II)

As sombras se mostravam mais densas. Pirita já forçava sua fosforescência, iluminando o caminho dos quase pegos pela bolha assassina. A sede e a baixa moral pela quase derrota aplacava seus espíritos e o dilema de como dormiriam tornou a situação ainda mais desanimadora. A vegetação fechada se somava às trepadeiras rubras que tomavam boa parte dos troncos das árvores, sumindo com o pouco do que exibia outra cor no local. Os últimos raios de luz adentravam a floresta e em pouco tempo a noite tomaria os céus. A baixa luminosidade pareceu instigar alguns dos moradores ocultos e, ao longe, sutis sons começaram a preencher o ambiente.

Um breve luzir chamou a atenção de Camus. Entre as árvores, a alguma distância, algo refletiu a pouca claridade que ainda achava lugar entre as folhas.

— Vocês viram aquele brilho?

— Brilho? Ah, não, chega de brilho — assustou-se Edriên.

— Não avisto nenhum resplandecer — certificou Artus.

O refletir de fato havia sumido. Camus pressionou os lábios e manteve os olhos atentos na direção em que havia visto aquilo. Era um ponto apenas, nada grande, mas ele havia visto. Então, novamente, num balançar das folhas e o penetrar da luz, o reflexo ressurgiu.

— Ali! Ali na frente!

Camus apressou os passos e Pirita o acompanhou. O restante do grupo não pareceu tão animado. Puxando suas armas, Edriên, Iarima e Artus caminharam menos apressadamente, com joelhos semi-flexionados. Dário, por sua vez, tratou de apertar o passo. Ficar longe da wisp não lhe era uma opção.

— Eu disse. Olhem — disse o mago apontando o vazio. — Ilumine aqui, Pirita.

Com a nova intensidade da luz da wisp, o grupo viu a coluna negra que Camus apontava. A rocha tinha forma quadrangular e ligeiramente afunilada na parte mais alta, formando uma pequena pirâmide no topo. A ponta triangular se revestia de um metal dourado e sua altura pouco passava da cintura do pequeno mago. Suas laterais exibiam pequenos vincos esculpidos estranhamente.

— O que é isso? — perguntou Iarima.

— É um obelisco arcano, vê essas runas nas laterais? A luz que vi foi um reflexo nesta ponta de metal.

— O que isso faz aqui no meio do nada? Boa coisa é que não é — advertiu Edriên.

Pirita pousou no ombro de Camus enquanto esse agachava-se avaliando as escritas na pedra. Ele mordeu a boca e estreitou os olhos.

— O que diz? — quis saber Dário.

— Hum... Iarima, coloque a mão aqui. — Camus apontou para a parte de metal.

— Para que? — perguntou ela com olhos atentos.

— Para ativá-lo. É um feitiço de proteção. Ou... de aniquilação, não dá para entender a última runa.

Iarima fez uma careta e os demais reagiram de forma mais sonora. Camus gesticulou para que o deixassem continuar, mas sem colaboração, ele elevou a voz:

— Ora, vamos. Tenho quase certeza que é uma magia da Resistência. De todos nós aqui, a última pessoa a quem fariam algum mal é alguém ligado à magia do juramento. Ainda que seja uma magia ruim, é segura o suficiente para não fazer mal a você, Iarima. Infelizmente, não posso garantir o mesmo quanto ao resto de nós.

Iarima suspirou torcendo a boca. Edriên estreitou os olhos, enquanto Dário ficou em silêncio. Artus, concentrado nos barulhos ao redor, anuiu de forma apressada. A moça de cabelos escuros fitou o mago mais uma vez, que respondeu gesticulando em reforço à sua ideia. Esticando o braço, ela fechou os olhos e pousou a mão sobre o topo do obelisco.

A sensação gelada do metal logo desapareceu. Em um piscar, o tom dourado resplandeceu, alastrando a luz pelas letras através da coluna. Abaixo dos pés de Iarima apareceram letras cor de ouro, semelhantes às runas, formando uma linha reta de símbolos iluminados.

Iarima abriu os olhos encontrando os demais a encarando em expectativa. Celebrando ainda estar viva, ela sorriu sem mostrar os dentes e abaixou os olhos avaliando o estranho caminho dourado formado atrás de si.

— Vamos — instruiu Camus.

A guerreira afastou-se da pedra florescente e, assim que deixou de tocá-la, o obelisco se consumiu em partículas ao vento. As letras, porém, continuaram fortemente marcadas ao chão, contrastando com a penumbra que já havia se estabelecido. A esperança e a tensão exibiam-se em diferentes intensidades nas fisionomias dos viajantes. Conforme progrediam, os escritos que cruzavam apagavam-se no solo, desaparecendo como se nunca tivessem existido antes.

As runas não os levaram em um trajeto muito extenso. Quando o terreno deixou de ser um declive, eles contornaram a base da colina e, atrás de frondosas árvores, deram de cara com uma bocarra de pedra que resplandecia a mesma cor que as demais luzes.

— Uma caverna! — alegrou-se Camus.

Dário torceu a boca e Edriên cruzou os braços. Iarima olhou a resplandecente entrada meio boquiaberta e Artus suspirou. Camus, com Pirita flutuante sobre sua cabeça, foi o primeiro a entrar. Percebendo que não era seguido, tornou para os que relutavam com a ideia.

— Se o objetivo fosse nos engolir, teria acontecido no próprio obelisco. Andem logo, vamos.

Artus deu de ombros e foi o primeiro a ceder a ideia. Apesar de não gostar de estar embaixo de uma porção de terra, os barulhos que alcançavam sua sensível audição eram intimidantes o suficiente para convencê-lo. Ao ver que nada aconteceu aos três primeiros, os três seguintes não demoraram a segui-los.

A caverna não era profunda, sendo apenas grande o suficiente para que, após poucas passadas, coubessem todos deitados. Sua altura permitia que Dário se mantivesse em pé em sua maior parte. O resplandecer da entrada se apagou assim que Iarima chegou ao fundo da caverna. Com as sobrancelhas formando um leve arco voltado para cima, Camus percebeu uma suave nota de canela misturada aos cheiros trazidos pela brisa externa. Também vindos do exterior, diferentes sons se faziam perceptíveis como zumbidos e pios, o vento entre a vegetação e o arrastar das folhas ao chão. Com a noite já tendo tomado a floresta, coube a eles apenas a iluminação que Pirita proporcionava.

Desconfiados, mas cansados, o grupo avaliou o local com certo mau-humor. Desejosos de qualquer conforto que fosse, abriram mão de suas bagagens com certa facilidade e, rendidos, um a um foi se sentando em cantos diferentes. Camus, por sua vez, parecia recomposto e estimulado. Com a ajuda de Pirita, ele se colocou a estudar as paredes, vez ou outra passando por cima de alguma perna ou afastando alguém de seu encosto. Os demais assistiram quando ele parou em um ponto da rocha próxima a entrada e se deixou olhar aquele pedaço por algum tempo. Por fim, ele voltou-se ao restante do grupo com olhos brilhantes.

— Estaremos seguros aqui — declarou.

A penumbra da lua abraçou a floresta. Os quatro viajantes, sentados ao chão de costas para a parede rochosa, olhavam o exterior de forma suspeita e eriçada. Camus, num dos cantos, era o único deitado despreocupadamente, usando os braços cruzados por trás da cabeça em apoio. Pirita acomodava-se sobre a barriga do pequeno mago, encolhida e brilhante. Escolhendo o momento em que todos finalmente pareceram relaxar, sons menos inofensivos ecoaram à distância, fazendo olhos arregalados se encontrarem sob a luz verde.

— Camus? — perguntou Iarima.

— Vá dormir, Iarima. Vamos todos. Teremos o suficiente para nos preocupar amanhã — respondeu ele de olhos fechados.

Abatidos demais para pensarem em outra solução, os demais mantiveram-se escorados às paredes, preferindo acompanhar os próximos acontecimentos antes de realmente se entregarem ao sono. Demonstrando um desfecho diferente para seus planos de cautela, o ressonar tranquilo e coletivo não demorou a se fazer ouvir.

Acordado em seu canto, apesar dos olhos fechados, um suspiro de alívio e tristeza saiu dos pulmões de Camus. A compreensão de quem havia providenciado aquele abrigo lhe apertou o peito. O que mais ele sabia e havia lhe guardado segredo? De todos os caminhos que sua mente poderia percorrer, Camus escolheu aquele em que a lembrança do que leu lhe trouxesse um sorriso saudoso. Aparente apenas para olhos treinados a questionar magias de ilusão, o escrito na parede próxima à entrada da caverna acalentou os seus sonhos. A mensagem era simples, mas, seu significado, deveras profundo.

"Algumas pessoas estão destinadas a terem seus caminhos cruzados". Com uma lágrima escorrendo pelo canto de um dos olhos e com os lábios tornados para cima, o jovem mago logo adormeceu.

Alcançando a Estrada Vermelha, um enorme tigre levantou o focinho do chão e colocou-se sobre as duas patas traseiras. O rastro que seguia estava tão óbvio que, mesmo que fosse incapaz de farejá-lo, teria conseguido descrever exatamente os passos tomados pelo grupo de jovens que procurava. A terra revolvida com que se deparou pouco atrás lhe trouxe um misto de orgulho e irritação. Seu antigo pupilo havia progredido tanto no domínio de suas habilidades... para desperdiçá-las assim, em uma missão infantil e descabida. Um homem esguio, de cabelos muito bem penteados e olhos agudos parou ao seu lado da fera, admirando a floresta à frente. A cara rajada enrugou-se, avaliando as sombras do peculiar cenário sob a lua. O mago pareceu pouco impressionado. Sua voz melodiosa e de tom entediado se fez ouvir:

— Vejo que seu protegido perdeu o interesse pela vida — constatou Lakatos com uma das sobrancelhas mais alta que a outra. — O que essas crianças acham que vão conseguir entrando neste covil de bestas?

— É uma boa pergunta — avaliou Noirebe, sentindo claramente a inexistência da energia da natureza naquele solo. O que faria Dário se enfiar em um lugar como aquele? — Talvez acreditem que consigam nos despistar lá dentro.

— Que adoráveis — disse. O mago elevou a mão aberta com a palma virada para baixo até a altura de seu peito. O orbe, que repousava preso às costas de sua luva, se elevou no ar, banhando a noite ao redor com seu brilho cor de sangue. — Mal posso esperar para desapontá-los.

Andando em passos determinados, mestre druida e mago adentraram a floresta sem delongas. Com eles, não apenas seus poderes, mas quatorze homens bem treinados e armados prometiam dar fim àquela que guardava o destino do protetor da pedra de Cális de uma vez por todas. 

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