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Capítulo 36: O tipo certo de arcano

No segundo após a última busca por ar, Iarima olhou friamente para seu adversário. Não havia medo, não havia urgência, não havia ira. Em uma fração de tempo, as pupilas que encaravam seu inimigo se expandiram em fendas negras verticais. A íris verde se espalhou pelo restante de seus olhos engolindo toda a parte branca. A força capaz de esmagar um pescoço humano não tinha mais nenhum efeito sobre Iarima.

O orc que testemunhou o fenômeno abriu as mãos, deixando o corpo da garota cair ao chão. Iarima tossiu buscando o ar ruidosamente, enquanto levava as mãos ao pescoço e se encolhia ao chão. Hanolg deu um passo atrás. Ele tinha o cenho franzido e os olhos arregalados, sua boca abriu, mas dela não saiu palavra alguma. Derek tinha a mesma expressão estampada em sua face. Stozog e Buzain gemiam ao chão próximo ao orc nocauteado enquanto o orc verde, que de seu ângulo não testemunhou o caso, olhava confuso pela súbita reação de Hanolg.

Quando finalmente Hanolg pareceu encontrar as palavras para o que havia em sua mente, uma enorme loba branca surgiu em um salto, abocanhando a lateral de seu pescoço.

Gritos e urros tomaram conta do acampamento. Estacas de madeira brotavam do chão empalando orcs, enquanto bolas de fogo voavam das mãos de um maguinho descabelado. Artus, o segundo a ser solto pelas plantinhas de Dário, cuidou de alcançar as damas para assegurar sua libertação.

No campo de batalha no meio do acampamento, dois orcs jaziam atravessados por varas, um terceiro corria cego, gritando com a cara derretida. Os outros três que sobraram do primeiro ataque, levaram suas mãos às armas e se arremeteram contra os dois conjuradores.

Enquanto Luna acabava de sacudir o corpanzil de Hanolg, o orc verde, Buzain e Derek acharam que era um bom momento para se apressar em direção às suas armas. Stozog levantou-se torto e fugia, mas não foi rápido o suficiente e se tornou a segunda vítima de Luna.

Artus encontrou Edriên sem dificuldade, visto a distração dos demais inimigos. Armado com uma cimitarra orc, cortou suas amarras o mais rápido que conseguiu. Seu próximo objetivo era encontrar Iarima, mas foi interceptado pelo orc verde antes de ter sucesso em sua busca.

A luz do dia não era o mais furtivo ambiente para que Edriên tivesse sua melhor chance, apesar disso, com o circo acontecendo em torno do druida e do mago, a pequena humana não era realmente uma preocupação agora. Não foi difícil enxergar o grande amarrado que carregava quaisquer que fossem os pertences orcs na parte mais extrema do acampamento e, entendendo que seria ali que encontraria suas adagas, Edriên colocou o embrulho como meta.

Iarima se levantou com dificuldade, tonta e débil. Os músculos ao redor de seu pescoço latejavam trazendo uma terrível dor em espasmos. Ao seu redor, dois corpos com suas cabeças praticamente arrancadas de seus pescoços se exibiam em meio a poças de neve rubra. O orc nocauteado, porém, já não estava ali.

Apesar da preocupante palidez de Dário, ele mantinha sua posição bravamente, protegendo a ele e a Camus dos avanços ininterruptos dos orcs. Infelizmente para eles, Carms parecia saber o momento exato de se esquivar, o que abria espaço para que o maior orc de pé investisse intrépido com seu machado de duas mãos. O orc atarracado, por sua vez, devia ter o couro tão grosso que o fazia imune ao fogo, sendo seu antebraço suficiente para protegê-lo quando um dos ataques de Camus finalmente o atingia.

Artus desviou habilidosamente das garras do orc que enfrentava, mas demorou um pouco até conseguir a oportunidade de lhe preencher o peito com a lâmina retorcida que empunhava. Quando o orc verde caiu aos seus pés e o elfo puxou sua arma de volta, ele se surpreendeu ao perceber Derek ao seu lado. O meio-drow lhe apresentou um caloroso sorriso antes de lhe enfiar um punhal entre as amarras laterais de sua armadura de couro.

O elfo encarou os olhos de Derek. Sentindo um gosto amargo na boca, suas sobrancelhas formaram um arco para cima e seus olhos questionaram a face satisfeita do meio-drow. Artus deu um passo incerto para trás. Antes de cair, ele juntou o que havia de suas forças para presentear o estômago do meio-drow com a cimitarra, mas não foi rápido o suficiente. A estranha substância que lhe invadia o ser já havia roubado seus reflexos.

Iarima viu quando Artus tombou e Derek lhe tomou a arma. Ela gritou o nome do meio-drow em desafio e Derek a encarou, perdendo a feição vitoriosa em sua face. Mesmo abatida, a jovem se lançou ao encontro de seu inimigo. Era visível para Derek que ela não demonstrava nem o mesmo vigor, nem os olhos estranhos de antes, mas ele não pretendia enfrentar ninguém, muito menos aquilo, de peito aberto. Olhando ao redor e não encontrando nenhum orc para colocar-se entre os dois, ele virou-lhe as costas e tratou de se enfiar na floresta.

A cautela em se se manter fora de vista e evitar bolas de fogo aleatórias fizeram com que Edriên atravessasse o campo de combate com algum atraso. Apesar dos obstáculos, finalmente ela havia chegado ao embrulho sem um arranhão e o revirava arduamente em busca de suas adagas. Já tinha esbarrado na espada de Iarima, no livro de Camus, com dois bodes mortos e mais uma porção de cordas, mas nenhum sinal de suas adagas, ou qualquer espada curta que conseguisse manusear.

Buzain havia se somado ao número de inimigos de Camus e Dário. O combate pesava desfavorável aos dois, o suor de seus rostos já refletia a exaustão que precedia o findar de suas energias. Dário tinha dificuldade em manter o ritmo de suas defesas, sentindo o corpo pesado. Antes do pior, a grande loba branca se juntou ao embate, fazendo dela a ofensiva que faltava ao grupo.

Iarima alcançou Artus o mais rápido que conseguiu. Ignorando o infeliz que fugia, ela jogou-se ao chão, abraçou o elfo e trouxe seu corpo inerte para cima de seus joelhos, tentando protegê-lo do chão frio da melhor forma que podia. Os olhos do elfo a fitaram tristes com sua íris num tom profundamente escuro. Seu respirar era fraco e seus lábios sem cor se curvavam para cima.

— Prometi dar-te a minha vida. Se não me crias antes, ao menos agora sabes que eu te dizia a verdade — sussurrou o elfo numa fraca tentativa de um sorriso.

A jovem trouxe as mãos trêmulas ao rosto de Artus, limpando-lhe os salpiques rubros que não lhe combinavam com a tez. Seus olhos começavam a embaçar ao brigar com a humidade que brotava contra sua vontade e seus ombros se encolhiam à medida que ela assimilava a cruel realidade.

— Deixa de ser idiota, Artus. De que me serve você morto? — a voz lhe saiu embargada. Engolindo um soluço, ela abraçou o elfo, sem saber absolutamente o que fazer. Levantando o rosto molhado e olhando ao redor, Iarima buscava sabe-se lá qual milagre.

Edriên levantou pela quinta vez daquele emaranhado dos orcs, xingando em seus pensamentos a sua absurda desorganização. Desta vez, porém, ao invés de apenas tomar fôlego e mergulhar no embrulho novamente, uma monstruosa mão surgiu lhe tapando a boca, ao mesmo tempo em que um enorme braço a envolveu, suspendendo-a sem a mínima dificuldade.

Camus continuava jogando bolas de fogo para tudo que era lugar quando, ao tentar desviar e tropeçando sobre o corpo do atarracado ao chão, o maior orc desequilibrou e caiu. Dário aproveitou o tombo para enterrá-lo em centenas de raízes, ao mesmo tempo que as gavinhas lhe tomavam o machado. O último orc de pé aproveitou a distração do druida para decapitá-lo com uma foice de guerra, mas foi atordoado por um clarão, sendo logo em seguida abatido por Luna. Finalmente o embate havia sido concluído.

— Camus! — gritou Iarima em um canto do acampamento. Com o rosto marcado pelas linhas que as lágrimas lhe desenhavam, ela arrastava o corpo inanimado de Artus pela neve.

O pequeno humano perdeu a respiração por um segundo ao deduzir o que acontecia. Seu cenho se levantou enquanto tentava alcançar o braço bom de Dário para lhe chamar a atenção. O druida, ofegante e fraco, se certificava que os orcs ao chão não se levantariam. Ele tornou o corpo para o mago quando Iarima os alcançou.

— Faz alguma coisa, Camus! — suplicou Iarima, caindo aos pés do mago.

O garoto descabelado olhou pesaroso para o corpo de cor azulada em que Artus havia se tornado. O movimentar fraco de seu peito dizia que ainda havia vida nele, mas Camus sabia que não era o tipo de arcano que ele precisava agora.

Dário arregalou os olhos. Ele mal acreditava que havia conseguido sobreviver ao combate no estado em que estava, muito menos que tivesse conseguido ter energia suficiente para sustentar as investidas feitas até agora. Agachando-se próximo de Artus, ele sentiu claramente o veneno que havia tomado o corpo do elfo e temeu o pior.

— O que vocês estão olhando? Façam alguma coisa!

Camus olhou para Dário. O druida suspirou devagar ao ver Iarima escondendo o rosto com as mãos em meio a soluços ao mesmo tempo que Luna andava de um lado para o outro choramingando. Ele cerrou os olhos e se concentrou no veneno que sentia. Ele podia ver o veneno que se emaranhava pelo corpo de Artus como longas e esguias serpentes que se esticavam e se espalhavam nas mais diferentes bifurcações, mas que buscavam apenas um destino: seu coração.

Dário abriu os olhos e encontrou Iarima e Camus lhe encarando silenciosos. Os olhos do druida brilhavam aquele bizarro tom verde e seu punho livre ardia em chamas da mesma cor. Ele fitou o curioso efeito que lhe tomava a mão e ele entendeu que ainda podia fazer algo. Tocando o peito de Artus onde sentia que era seu coração, as chamas lhe abandonaram a mão e se depositaram ali, queimando sobre o peito do elfo. De repente, uma fumaça preta começou a subir das chamas e um cheiro de morte tomou conta do lugar. Iarima olhou assustada para Camus, mas seu semblante admirado lhe tranquilizou de alguma forma.

A chama foi diminuindo à medida que a fumaça aumentava até que se extinguiu, e com ela, a fumaça. No mesmo momento em que Artus abriu os olhos, Dário sentiu uma dor lacerante atravessar seu braço ferido. Quando Iarima gritou de alegria ao ver Artus recomposto, Dário soltou um urro de dor.



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Alguém tem uma poção de cura sobrando por aí?

Não esquece daquela estrelinha marota, tá bom? :)

Até!

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