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Capítulo 28: A jornada de uma morte

Quatro dias antes

O pilar de fumaça negra que subia aos céus naquele fim de tarde anunciava que um destino cruel havia se tornado realidade para almas infortunadas. A grandeza da mancha que destoava o branco celeste sugeria que aquele cenário perdurava há algumas horas, preconizando que pouco havia a ser feito àquela altura. Mesmo assim, o Cavaleiro Negro instigava sua montaria a ainda dar o melhor de si mesma após a longa viagem.

O cheiro de madeira, carne e cabelos queimados receberam o viajante no que havia sido um simples vilarejo até pouco tempo. O ar seco e as cinzas que passeavam por todos os lados tornavam difícil manter os olhos abertos, fazendo lágrimas involuntárias desenharem seu caminho na face cansada. O solitário barulho de estalidos de madeira que ainda teimavam em queimar diziam que quem tinha feito aquilo já não estava naquele local. Olhando ao redor, as poucas casas que existiam ali já não mais eram, ficando representadas pelo que sobrou de sua estrutura que ainda sustentavam algumas labaredas. A visita da morte era vista por todos os lados, fosse através dos pequenos rebanhos de cabra inertes ou pelos corpos humanos ornados de vermelho. A violência desnecessária claramente administrada no ataque fez o cavaleiro identificar seus algozes: 'Orcs'.

Teimosamente em busca de alguma vida, o viajante atravessou o local confiando mais em seus ouvidos do que em seus olhos, mas nenhum de seus sentidos mostrou sua esperança próspera. Tudo dizia que sua jornada tinha terminado, que a tão esperada Chave havia sido tomada por mãos inimigas... Antes de lamentar os próximos passos, porém, sua confiança tomou um novo fôlego ao enxergar uma fina linha escura ao longe subindo aos céus.

Mais que depressa o meio-drow mergulhou avidamente na possibilidade, o Teeren abaixo de si bufando seus pulmões investido na missão de seu mestre. Não demorou muito até que encontrassem um simples casebre embrenhado na floresta. Como seus precursores, este também estava coberto pelas chamas, mas há poucos metros à sua frente, um casal jazia jogado sobre uma poça de tom agourento.

Tremblor apeou devagar confiando em seus sentidos para localizar alguma presença inimiga. Caminhando praticamente sem fazer qualquer ruído, mesmo aparatado em sua intimidadora armadura negra, ele seguiu cauteloso até os dois infelizes. Sua postura precavida se perdeu, porém, quando ouviu um dos corpos tossir no que sobrava de suas forças. Em poucas pernadas, o meio-drow alcançou o homem e o tomou em seus braços.

Argmud era a sombra do que havia sido. As marcas escuras e inchaço que lhe cobriam a pele descreviam os momentos que havia enfrentado. Seu pescoço mostrava um corte lateral e mal servido que explicava como sua vida ainda se prendia por um fio. Argmud encarou Tremblor, seus olhos cansados se arregalaram ao enxergar o elmo que lhe fitava, compreendendo enfim ver um aliado. O homem trouxe com dificuldade o punho fechado ao peito em uma referência ao clã que servia. As palavras lhe saíram fracas e cuspidas, mas era a mensagem mais importante a entregar ainda em vida e ao menos isso faria dignamente.

— Ela... fugiu. Ela fu-fugiu... — A tosse que lhe continuou a frase declarou o fim de seu tempo entre os vivos.

Ver um de seus irmãos de propósito partir tão vilmente fez os olhos vermelhos do meio-drow estreitarem-se, seus lábios curvando em uma carranca. Não havia tempo a perder. A Chave poderia ainda estar a salvo, mas as marcas no chão mostravam que os assassinos seguiam em seu encalço. Tremblor reclamaria o sangue inocente derramado e impediria o sucesso daqueles que buscavam a Chave para o mal. A defesa do destino que havia jurado proteger ainda pendia em suas mãos.

Moatah iniciou sua cavalgada em um ritmo desesperado, o meio-drow que o montava acompanhava aflito o caminho que se desenhava a sua frente, marcado pela neve pisoteada. Seriam ao menos cinco orcs avançando a pé, mas a presença de cascos nos rastros mostrava que não eram apenas orcs que seguiram naquele caminho.

O cavaleiro alcançou a estrada sem demora e após alguns quilômetros cobertos ele vislumbrou as silhuetas em meio às arvores. Confiando em sua habilidade e na do Teeren abaixo de si, não havia preparações prévias a serem feitas, seus inimigos já sabiam que ele estava ali. O cavaleiro e seu animal dobraram o último arco que os separava de uma visão limpa de seus oponentes há poucos metros de distância.

A partir daí, toda a cena transcorreu lenta. Tremblor ainda não tinha concluído o desvio quando jogou seu ombro direito para trás deixando um machado curto passar voando há poucos centímetros de quase levar seu braço. Os seis orcs que os aguardavam com armas em riste gritaram em desafio iniciando sua corrida, já diminuindo a distância entre eles e o meio-drow. Moatah, indiferente, mostrou o valor dos anos de treinamento, avançando bravamente como se nenhum daqueles seres de troncos ornados com palmas douradas existissem a sua frente.

Em uma fração de tempo antes de se encontrarem, cavaleiro, cavalo e carrascos, Tremblor apoiou-se na aba frontal de sua cela e, jogando a perna direita para trás, a cruzou por cima do torço de Moatah e já estava ao chão, puxando as duas espadas curtas de suas costas.

Moatah continuou seu galope dando alguns segundos extras de separação entre o meio-drow e os adversários do lado oposto do Teeren. Isso foi tempo mais que suficiente para Tremblor cruzar suas lâminas contra o pescoço do orc marrom que lhe veio ao encontro primeiro. Em um movimento continuado, sem nem olhar a cabeça que rolava, o meio-drow girou o corpo de costas para o falecido, enquanto abaixava-se flexionando os joelhos. O orc encardido que vinha no encalço do primeiro se confundiu ao ver a cabeça de seu colega e o meio-drow desaparecerem de sua frente, mal tendo tempo para reagir quando sentiu a parte de trás de seu joelho ser atravessada pela espada curta já tingida de vermelho. Caindo sobre a perna ferida, o cavaleiro atrás dele enfiou a outra espada em seu crânio, em um movimento de cima para baixo.

Os quatro orcs restantes avançaram furiosos. Desviando do pesado martelo que mirava suas costelas, Tremblor jogou o tronco para trás. Ainda na inércia da força do golpe, a arma dirigiu-se à próxima vítima em seu raio de alcance, acertando o peito de outro orc e arremessando-lhe longe. Aproveitando a abertura de guarda de seu oponente, Tremblor trouxe seu tronco de volta a posição inicial já mirando a espada direita contra a lateral do orc de martelo, que tombou com o grande corte desenhado da axila ao ventre. Desviando das investidas dos dois que permaneciam de pé, o meio-drow mergulhou, saltando por cima dos dois primeiros caídos e, aterrissando em uma rápida cambalhota, já estava de pé novamente. Enquanto o de machados curtos se lançou contra Tremblor, o de espada urrou um grito de fúria e seguiu os passos do anterior. Em poucos giros e estocadas, os dois orcs já jaziam ao chão cuspindo um suco de orc vermelho escuro.

Sem soltar a espada, Tremblor levou a mão até o elmo e o tirou, mostrando seus curtos cabelos brancos encharcados de suor. Numa caminhada cansada, ele seguiu até o orc que tentava se colocar de pé, ainda lutando para repor o ar que o martelo lhe havia tomado. Num corte limpo, mais uma cabeça ornou o chão. O último ainda respirando parecia tratar com apreço o interior que tentava lhe escapar pelo grande corte lateral, sua boca adornando o momento com xingamentos em sua língua materna. Tremblor não se ofendeu. Olhando nos olhos arregalados e vítreos que o fitava, o meio-drow ajustou uma de suas lâminas em um ângulo específico. Sem muito cálculo, ele se assegurou de deixar naquele pescoço um corte que lhe prometia uma morte demorada.

O cavaleiro caminhou até o meio da estrada, voltando a analisar os rastros que viu. Podia enxergar claramente as pegadas dos orcs e onde pararam quando ouviram sua aproximação, mas também marcas que continuavam pelo caminho lhe dizendo que um cavalo havia seguido por ali com pressa. Juntando os lábios, ele assobiou fitando o chão e o que as marcas lhe contavam. Pouco tempo depois, um galopar veio ao seu encontro.

Deixando os corpos para trás, Tremblor e Moatah voltaram a seguir pela estrada, desta vez seguindo os indícios frescos de um cavalo desembestado. Depois de não muitos quilômetros, as marcas saíam da estrada e adentravam a floresta, parecendo seguir em uma velocidade menor. O cavaleiro achou o desvio incoerente e apurou seus ouvidos buscando os sons a seu redor. Seguindo mais cautelosamente, ele manteve Moatah em um trote moderado, ainda seguindo as evidências claramente desenhadas, mesmo em meio às árvores. Mais um curto período se passou até que percebeu um destoante som do que até então ouvia naquele cenário. Um ruído baixo e inofensivo alimentou expectativas melhores, mas que talvez fossem muito boas para serem uma realidade. Tremblor diminuiu ainda mais o ritmo de forma que o aproximar não fosse denunciado antes da hora. O som foi aumentando sutilmente de intensidade e nenhum outro lhe adicionava pistas ao que previa. Àquela altura, podia ver a distância entre as marcas do cavalo que rastreava se alterando drasticamente, e um vestígio bem maior ao lado, trazendo depois pegadas de sapatos aparentemente humanos a partir dali. Alguém leve e não muito grande havia caído de um cavalo. Tremblor apeou em silêncio. O que quer que encontrasse, seria melhor que o fizesse furtivamente. Além disso, subtrair o som do trote de Moatah excluía qualquer possibilidade de distração aos seus ouvidos.

Não havia ninguém ali, nem corvos, nem roedores. A noite fria havia mandado os moradores da floresta se esconderem profundamente em suas tocas, fazendo do vento fraco e o tímido ruído, os únicos sons dali. A visão superior do meio-drow não se prejudicava a noite, fazendo-o enxergar com clareza a fonte do ruído há alguns metros de distância:

Uma moça chorava baixo encolhida junto de uma árvore, fungando com a umidade em suas vias respiratórias. Ela era um montinho dentro de uma capa de frio surrada, sua cabeça baixa deixava visível apenas seus cabelos lisos e curtos.

Tremblor sabia que ela estava sozinha, sua audição lhe garantia isso. Poderia tranquilamente ser uma armadilha. Ou, poderia ser o destino finalmente entregando ao cavaleiro o que ele buscava há tantos anos. De qualquer uma das possibilidades, poucas coisas eram capazes de intimidar o meio-drow e aquele pequeno ser não era uma delas.

— Lady Tordefort? — chamou Tremblor em tom amigável.

A moça se assustou, arrastando o corpo para trás do tronco. Escondida pela árvore, sua cabeça surgiu parcialmente, revelando grandes olhos redondos e bem humanos. Ela olhou assombrada na direção de onde veio a voz, mas a escuridão não lhe apresentou coisa alguma. Levantando-se com dificuldade, ele fez uma tentativa de corrida. Seus movimentos debilitados mostraram que uma de suas pernas estava ferida, possivelmente por conta da queda de seu cavalo.

Tremblor se aproximou sem se apressar, seu caminhar normal era mais rápido do que aquela tentativa de se locomover da garota. Colocando-se num ponto onde a luz da lua brilhava, ele a chamou novamente:

— Vim protegê-la, milady. Não precisa mais fugir, ninguém a persegue.

A moça ainda em seu movimento olhou para trás e viu o cavaleiro em uma brilhante armadura completa com traços finamente trabalhados. Ela deteu-se com a visão, seu cenho se elevou tornando o meio de suas sobrancelhas mais alto que todo o resto. Seu rosto já molhado trouxe de volta as lágrimas que ela tentou esconder com o antebraço. Em um misto de alívio e resignação, seu corpo foi ao chão, o som de seu choro soando muito menos sutil dessa vez.

Tremblor se aproximou rapidamente. Abaixando-se ao lado da jovem, ele segurou sua outra mão:

— Por favor, não chore. Agora está segura comigo.

Ela soluçou por algum tempo. Parecendo finalmente conter-se, a moça levantou os suplicantes olhos verdes, levando as mãos ao elmo do meio-drow. Ele a deteve rapidamente, o que a fez encolher-se assustada. Trazendo as mãos dela de volta para o colo, Tremblor tirou o elmo ele mesmo, mostrando os cabelos brancos curtos e brilhantes olhos vermelhos. Uma nova feição tomou o rosto da jovem, seu cenho franziu e seus olhos se estreitaram. Ela analisou o rosto do drow num misto de curiosidade e fascinação. De seus lábios bem desenhados, uma harmoniosa voz feminina se fez ouvir:

— Você tem um nome?

— Tremblor, milady. É uma grande honra conhecê-la. — No que ele tomou uma de suas mãos e a beijou educadamente.

Um suspiro fez o peito da jovem elevar-se momentaneamente. Ela secou seu rosto com o antebraço sujo, deixando-o marcado de lama. Tremblor achou a nova ornamentação adorável, mas o respeito pela milady não lhe permitiu deixá-la assim. Ele levantou o dedo indicador e ao assear sua face, o cavaleiro percebeu as sardas na jovem que lhe atribuíam um ar jovial e acrescentavam à sua aparência gentil e indefesa. Ele notou que a moça o olhava admirada, sorrindo um sorriso de timidez e alegria, de delicadeza e gratidão. Tremblor correspondeu o gesto com olhos bondosos e honrados.

Uma hora depois, o meio-drow estava novamente montado em Moatah, seguindo agora para o vilarejo vizinho. Junto dele, nem sinal de uma suposta Lady Tordefort.



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Aberta a temporada das teorias da conspiração! hohoho!

Bj, deixa uma estrelinha e xau!

Tay.

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