Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo três

— Vovó, o que aconteceu? A senhora está bem? — Rebeca foi a primeira a se manifestar mediante o ocorrido, a caçula dos Malter estava visivelmente espantada.

          Guto e Lucas, assustados com o barulho do prato se quebrando, permaneceram calados. Após algum tempo em silencio, a velha senhora Edwirges, enfim, manifestou-se.

— Eu estou bem, meu amor, tá tudo bem, foi apenas a minha mão que estava muito escorregadia. — bradou, abaixando-se para recolher os cacos de vidro. Após, continuou. — Sabe, agora é que estou me lembrando, eu chamei por você sim, durante a noite.

— Eu tinha certeza disso! Ouviu só, Guto? Nossa avó tinha sim me chamado durante noite e você armando a maio confusão. — disse Rebeca, encarando o irmão mais velho.

— Ouvi sim, Rebeca, mas você já parou para pensar que se não tivesse mentido para mim, teríamos vindo até nossa avó? — respondeu Guto, enraivecido. Agora, direcionando o olhar para Dona Edwirges, continuou. — Vovó, tinha acontecido alguma coisa? Já era tarde, não estava se sentindo bem ou algo do tipo?

— Não, não foi nada disso, filho. — Dona Edwirges foi rápida em sua resposta. — Na verdade, eu só iria pedir que ela desligasse o rádio, apenas isso. O barulho estava me incomodando um pouco e eu estava com uma horrível dor na coluna, mal conseguia me levantar. — concluiu, torcendo para que os netos acreditassem.

          Lucas, no entanto, espantou-se com o que acabara de ouvir.

— Ligado? — questionou o garoto. — Mas eu tenho certeza de que havia desligado o rádio antes de irmos para o quarto.

— Creio que esteja enganado, meu filho. — mais uma vez Dona Edwirges foi rápida, embora aparentasse um pouco de constrangimento. — O rádio estava ligado sim, o barulho não me deixava dormir, estava me incomodando.

— Mas, vó, eu... — antes que Lucas pudesse completar sua frase, foi interrompido pela avó.

— Quem aqui quer dar uma volta pela fazenda? — indagou a velha senhora, a fim de mudar o assunto anterior.

— Eu quero, quero muito. — respondeu Rebeca, prontamente, levantando um de seus braços.

— Eu também quero, vovó, essa sempre é a melhor parte das férias. — comentou Lucas, esquecendo o assunto do rádio rapidamente e levando uma xícara com chocolate à boca.

          Guto, por sua vez, ainda que demonstrasse empolgação com o passeio que se aproximava, estava intrigado. De fato, lembrava-se de ver o irmão desligando o rádio na noite passada. No entanto, deixou sua desconfiança de lado e, assim como os irmãos, comemorou.

          Os quatro saíram, então, para o passeio. Rebeca, Lucas e Guto amavam aquilo, principalmente porque, em um determinado momento, repousavam em uma pequena cachoeira de águas bem negras e geladas, que tinha na parte sul da fazenda. Foi naquele local que os dois irmãos mais velhos aprenderam a nadar e, como pedia a tradição, nesse verão, seria a vez de Rebeca aprender e ela ainda tinha alguns dias para isso.

          Após alguns minutos de passeio, apreciando ao máximo a paisagem e os poucos animais que ainda restavam ali, os quatro, finalmente, chegaram até o destino que mais esperavam: a cachoeira.

— Eu mal acredito que já se passou um ano desde a última vez que nós estivemos aqui. — bradou Lucas, nostálgico, enquanto admirava o local. Em seguida, passou a tirar a camisa e o short, estava ansioso para mergulhar.

— Esse lugar parece mais lindo a cada vez que venho aqui. — observou Guto, envaidecido com paisagem formada à sua frente. — Você concorda, vovó?

          A velha senhora Edwirges, no entanto, parecia aérea, distante, como se estivesse com medo ou preocupada com alguma coisa. Trazia em sua fase uma expressão estranha, desconfiada, parecia estar procurando algo... alguém.

— Vovó? A senhora está bem? — questionou Guto, um pouco preocupado. — Ei, vovó? — insistiu o garoto, ainda sem resposta. Após Guto chamar pela avó com um tom de voz um pouco mais elevado, ela, enfim, lhe deu atenção. Era como se aquela velha senhora estivesse despertando de um transe, ou algo parecido.

— Oi, meu filho, perdoe sua avó, eu estava um pouco distante. — afirmou Dona Edwirges. — Não se preocupe comigo, vá brincar com os seus irmãos, eu estou bem, você pode ir. — concluiu, com um leve sorriso nos lábios.

          Antes que Guto pudesse falar mais alguma coisa, foi interrompido pelos berros de Lucas, que, empolgado, correu em direção à cachoeira, pulando para a água em seguida.

— Lucas, isso não vale. — reclamou a caçula dos Malter. — Como é que eu vou tomar banho, se nem nadar eu sei? Se eu pular assim, eu não volto mais.

          Guto e Dona Edwirges observaram toda aquela cena e não conseguiram conter os sorrisos. Consideravam engraçada a maneira como Rebeca se expressava. O irmão mais velho foi ao encontro dos outros dois, enquanto que a avó sentou-se debaixo de uma árvore, olhando os netos de longe. Ainda continuava com uma feição de preocupada, mas buscou acalmar-se.

          Lucas, ainda empolgado, gritava, pedindo que Guto também pulasse da cachoeira. O garoto, no entanto, preferiu dar apoio à irmã, descendo com ela para que, assim, todos pudessem se divertir.

— Fique aqui, Rebeca, está bem? É mais seguro para você. — bradou Guto, dando um mergulho em seguida. Rebeca, mesmo não se sentindo à vontade, aceitou ficar ali, sobretudo porque não sabia nadar.

          Lucas estava distraído, não tinha percebido que o irmão tinha mergulhado outra vez próximo a ele. Apenas se deu conta, quando sentiu uma mão segurar sua perna e puxá-lo para o fundo.

— Aaaaaaaah! — o garoto ainda conseguiu soltar um grito antes de afundar. Rebeca, ao escutar aquilo, desesperou-se, principalmente por não estar enxergando o irmão.

— Lucas? LUCAAAS... — gritou, preocupada e assustada.

          Passado um curto tempo, Lucas emergiu e, em seguida, Guto também. O irmão mais velho ria de toda aquela situação, da peça que pregou em Lucas. Rebeca, ao longe, também se divertia com aquilo, ao mesmo tempo em que respirava aliviada.

          A velha senhora Edwirges acabou adormecendo debaixo da árvore. Fazia um tempo agradável, um vento gostoso soprava, tudo conspirava a favor daquele momento. Os dois meninos ainda brincavam. Lucas, querendo vingar-se do irmão, vinha tentando assustá-lo há algum tempo, mas Guto, sabendo disso, não caia na brincadeira. O irmão do meio, sabendo que não conseguiria o que queria, desistiu e foi nadar um pouco mais longe.

          Rebeca observava tudo, enquanto buscava se banhar sem precisar mergulhar. A caçula dos Malter estava feliz, aproveitando as férias com os irmãos. É certo que quando eles estavam na cidade, brigavam com frequência, mas ela amava tê-los por perto. Há muito tempo que ela não vivenciava um momento como aquele, de tranquilidade, paz, férias, de fato. Folga de toda aquela confusão e estresse que é a vida na cidade e em meio à bagunça urbana que esgota qualquer um. Fugir um pouco daquilo nunca foi uma má ideia e esse era o único pensamento que pairava em sua mente. Em meio a esta reflexão, Rebeca sentiu uma mão tocar em sua perna. A princípio, teve um leve susto, mas depois lembrou-se da ocasião anterior, imaginando que era Lucas quem estava ali, tentando lhe pregar uma peça.

— Ah, Lucas, qual é? Você acha mesmo que consegue me amedrontar? Eu vi você tentando assustar o Guto, não me venha com essa. — bradou Rebeca, ironicamente. — Vamos, Lucas, me solta, que eu preciso aprender a nadar. — pediu com autoridade, tentando se desprender da mão que a segurava, mas não obteve sucesso. Quando a garota decidiu gritar revoltada, sentiu a mão puxar-lhe para o fundo com uma força descomunal. Agoniada, a caçula dos Malter tentava se soltar, remexendo-se sem parar, buscando se desprender daquela mão que agora sabia não ser a de Lucas. Com muito custo, Rebeca segurou-se em uns galhos de árvore que estava na água. Ainda assim, a garota continuou sendo puxada. Sua respiração estava ofegante, seu peito doía cada vez mais à medida que uma maior quantidade de água ia sendo ingerida. Quando já estava completamente sem forças, Rebeca sentiu, finalmente, a mão soltá-la, fazendo-a emergir esbaforida. A garota saiu da água, estava desnorteada. Sentando-se à beira da cachoeira, Rebeca continuou com a respiração ofegante, enquanto observava Lucas e Guto, ambos nadando distante dali.

— Filha, aconteceu alguma coisa? — Rebeca assustou-se com a voz da avó, ao mesmo tempo em que sentiu um alívio em tê-la ali, tão perto. Antes de responder qualquer coisa, a caçula dos Malter, ainda muito assustada com o ocorrido, apenas colocou o rosto entre os braços e começou a chorar. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro