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Capítulo seis

Amanheceu na fazenda. A noite foi curta. Rebeca acordou cedo. Na verdade, dormiu bem pouco. Olhou para o despertador. Tinha acabado de dar 06h23. Nenhuma batida na porta tinha sido ouvida. A caçula dos Malter estranhou. Geralmente, às 06h00, em ponto, Dona Edwirges acordava os netos, essa manhã, no entanto, foi diferente.

"- Será que vovó perdeu a hora? Ou será que nos deixou dormir ate tarde?" - Pensou.

Em todo caso, Rebeca ainda não queria levantar-se da cama. Por mais que já não estivesse com sono, sentia que seu corpo ainda carecia de repouso e permanecer deitada, talvez, ajudasse. Virou-se para a janela e, pelas frestas, fitou os olhos no sol que já tinha nascido. Em sua memória, vieram recordações de seus pais e da relação conturbada que tinham. Por mais que os amasse, estava evidente que eles quase nunca tinham tempo para os filhos. O trabalho os consumia diariamente, até mesmo nas datas comemorativas onde, geralmente, as pessoas folgavam. A empresa em que os pais trabalhavam não dava trégua nem mesmo nos feriados. Em contrapartida, o senhor e senhora Malter tinham caído no comodismo e aceitavam de bom grado todas as ordens do chefe, eram submissos às suas vontades. Rebeca já nem lembrava qual a última vez que, pelo menos em casa, ela e os irmãos tiveram um momento com os pais. Geralmente os três irmãos almoçavam sozinhos, cada qual em seu canto. À noite, no jantar, sentavam-se à mesa juntos, na esperança que seus pais chegassem para acompanha-los, mas sempre era em vão, acabavam jantando sozinhos ou, por vezes, nem jantando. Aqueles recortes de lembranças dos pais fez com que a saudade apertasse e, sem mais razões, uma lagrima escorreu pelos seus olhos.

O relógio agora marcava 06h54 e a velha senhora Edwirges ainda não havia dado nenhum sinal de vida. O que antes parecia um alívio para Rebeca, agora tinha se tornado preocupação. Dona Edwirges poderia estar passando mal ou precisando de alguma coisa. A caçula dos Malter decidiu levantar-se e, na ponta dos pés, para não acordar os irmãos, dirigiu-se até a porta, a fim de verificar o que estava acontecendo. Ao abrir a porta, a mesma fez um barulho, fazendo com que Guto se mexesse na cama, mas, aparentemente, ele não tinha acordado.

Ao chegar à sala, Rebeca percebeu que a rede da avó estava vazia. Passou a procurá-la pelos outros cômodos da casa, mas não obteve sucesso. Não tinha nenhuma louça suja no fogão ou na pia, a cozinha estava exatamente do mesmo jeito que deixaram na noite passada, o que significava que dona Edwirges não tinha preparado o café da manhã. A preocupação aumentou e Rebeca decidiu procurar a avó no quintal, talvez ela tivesse cuidando dos poucos animais da fazenda. Saiu pela varanda, mas não avistou ninguém, apenas umas galinhas que ciscavam o chão. Lembrou-se da velha garagem, o único local na fazenda que a avó poderia estar naquele momento. Contudo, Rebeca lembrou-se que sempre recebeu instruções para não ir à garagem, não sabia as razões e nunca fez questão de desobedecer. O que poderia ter de interessante em um local velho e abandonado? O máximo que poderia encontrar seriam ratos, morcegos e desses encontros ela queria distância.

Ainda assim, na ânsia de encontrar a avó e certificar-se de que ela estava bem, decidiu que iria verificar a garagem. Pensou em acordar os irmãos, mas não queria incomodá-los, pela primeira vez naquelas férias eles estavam tendo a chance de acordar um pouco mais tarde e ela não queria estragar isso. Rebeca desceu para o quintal pela escada da frente, deu a volta pelo lado direito da casa e, mais uma vez, não encontrou a avó. No fundo da casa, há alguns metros de distância, encontrava-se a velha garagem. Rebeca nunca tinha parado para reparar naquilo, era assustadora, bem velha e com plantas cobrindo a maior parte do telhado e das paredes. Assustou-se, no entanto, quando percebeu que a porta da garagem estava aberta. Dona Edwirges só poderia estar ali. A pequena foi em direção àquele local. Ao aproximar-se da porta, ouviu algo perturbador, era a voz de sua avó, mas Rebeca não compreendia o que ela estava falando. Parecia até outro idioma. Decidiu que não faria barulho, a avó poderia estar ocupada. Esgueirou-se entre a porta, não queria que sua presença incomodasse. Ao olhar dento da garagem, espantou-se com a cena. Dona Edwirges estava de costa, com as mãos e a cabeça levantadas, pronunciando aquelas palavras indecifráveis. Em cima da mesa, à frente, estava uma bacia e, ao lado, uma galinha com a cabeça decepada. O sangue no animal estava escorrendo até o chão. Rebeca sentiu um calafrio percorrer todo o seu corpo. Apenas virou-se e correu de volta para a casa. Ao chegar ao quarto, trancou a porta, deitou-se em sua cama e enfiou-se debaixo do lençol. A garota fechou os olhos e, em sua mente, só conseguia visualizar aquela cena grotesca da garagem. Além disso, a mão assustadora que, em seu sonho, a enforcou, não saia do seu pensamento. Passaram-se alguns minutos, até que caçula dos Malter ouviu algumas batidas na porta.

- Meninos, vamos, já está na hora de acordar, o café está pronto. Eu colhi algumas frutas na fazenda. - Pronunciou Dona Edwirges, do lado de fora do quarto.

- AAAAH! - Lucas acordou-se em meio a bocejos. - Uau, meus olhos me enganam? - Brincou o garoto. - Dona Edwirges nos acordando tão tarde assim? Será que ainda estamos mesmo na fazenda?

- É 08h00, Lucas, qual é o teu conceito de "tarde"? - Perguntou Guto que, também tinha acabado de acordar.

- Aqui na fazenda, qualquer horário depois das 06h00 é mais tarde, você sabe disso, meu caro irmão.

- Aham, agora deixa de baboseiras. - Comentou Guto e, ao perceber que Rebeca também tinha levantado, tentou puxar assunto.

- Dormiu bem, Beca? Aliás, você conseguiu dormir? - Questionou.

- Ahm... Claro, eu consegui dormir sim...

- Você está bem? - Estranhou Guto. - Parece incomodada com alguma coisa.

- Eu só me assustei com as batidas na porta, apenas isso, não se preocupe, eu estou bem sim.

Guto assentiu. Os três irmãos levantaram-se, fizeram sua higiene matinal e foram tomar café. Ao passar pelo corredor, Rebeca parou para olhar-se no espelho e percebeu que estava sem um lado do brinco que ganhou da mãe, no dia do seu aniversário.

- Espero que esteja na cama. - Disse, em frente ao espelho.

Chegando à cozinha, mais uma vez a garota se deparou com Lucas já devorando metade de um mamão. Deu um leve sorriso e sentou-se. Ao fitar dona Edwirges de costa, sentiu, mais uma vez, um arrepio. Lembrou-se da cena na garagem e apenas abaixou sua cabeça. Distraída, não percebeu a avó vindo em sua direção. Assustou-se quando sentiu uma mão em seu ombro e outra estendida em sua frente.

- Isso aqui é teu, não é? O encontrei no quintal, próximo à garagem.


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