Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo quatro

— Rebeca, você tem mesmo certeza do que nos acabou de dizer? — questionou Lucas, desacreditado da história que acabara de ouvir.

— Meu Deus, Lucas, é claro que eu tenho certeza. Qual é? Você acha mesmo que eu inventaria uma coisa desse tipo? — Rebeca estava impaciente e ainda muito assustada com o ocorrido anterior.

— É só que... Na verdade, o que o Lucas está tentando dizer é que você pode ter se enganado, sabe? — Guto buscava acalmar a irmã e amenizar o clima que havia se formado. — O local onde você estava tomando banho está cheio de galhos, quem sabe o teu pé prendeu em algum deles e você imaginou que fosse outra coisa, sei lá. Às vezes o medo e o pânico nos fazem ver coisas que não existem, não é, vovó?

     Dona Edwirges encontrava-se, mais uma vez, aérea, com os pensamentos distantes. Desta vez, no entanto, antes que os netos a questionassem, buscou acalmar os ânimos dos que estavam ali.

— Seu irmão tem razão, meu amor. — aproximando-se um pouco mais da neta, ela continuou. — Eu tenho certeza que foi exatamente isso que aconteceu, você não precisa mais ter medo, está bem? — concluiu, pousando uma das mãos sobre a cabeça de Rebeca.

— Vó, pelo amor de Deus, eu sei o que senti... o que presenciei... Não se tratava de um galho... era uma mão... segurou minha perna, me puxou para o fundo... Eu quase morri, vocês estão me entendendo? — e direcionando o olhar para Guto, a garota repetiu, aos prantos. — Eu quase morri.

— Está vendo? É exatamente disso que eu estou falando. O susto de quase ter se afogado pode ter feito você imaginar coisas e...

Antes que Guto concluísse, foi interrompido pela irmã.

— Chega... não aguento mais... — bradou Rebeca, levantando-se. — Eu sei o que vi e pelo o que passei, está bem? Estou cansada de sempre ver vocês desconfiando de tudo o que falo.

     Após encarar as outras três pessoas que se encontravam ali, a caçula dos Malter saiu em direção à casa da avó. A garota estava praticamente correndo, deixando claro que dispensava a companhia dos demais. Dona Edwirges achou melhor acompanha-la de longe, pois conhecia a neta suficientemente bem para saber que, naquele momento, o que ela queria era ficar sozinha. Enquanto Guto e Lucas caminhavam rumo à casa, a velha senhora Edwirges olhou seriamente para a cachoeira. Instantaneamente, sentiu um calafrio percorrer todo o seu corpo, enquanto em seu pensamento ressoava uma frase:

— É você, não é? ...

     Rebeca chegou na casa da avó extremamente chateada. A garota estava indignada com o fato de ninguém ter acreditado nela. Respirando fundo, a caçula dos Malter contou até dez e dirigiu-se ao banheiro, precisava de um banho gelado para esfriar a cabeça e acalmar os ânimos. Não bastasse o susto na cachoeira, ver seus familiares desacreditando dela mais uma vez a deixou triste, duvidando se, de fato, foi uma boa ideia ter ido para a fazenda. Alguns minutos depois, Rebeca ouviu os outros chegando na casa. Apenas revirou os olhos, indiferente.

    Na cozinha, os três conversavam a respeito do acontecido.

— Talvez a gente tenha pegado um pouco pesado com a Beca. — bradou Lucas, cabisbaixo. O garoto só chamava a irmã pelo apelido quando sentia que tinha errado com ela e queria agradá-la ou se desculpar. — Ela já estava muito assustada, o que ela queria era nosso apoio, não julgamentos ou desconfiança.

— Lucas, já chega. — Guto foi firma nas palavras. Após sentar-se na cadeira de balanço da avó, continuou. — Rebeca têm onze anos, ainda tem que aprender muito com a vida. Nós apenas fomos sensatos e racionais na cachoeira, nada mais do que isso.

     Lucas, ainda preocupado com a irmã, encarou Guto com desdém. Por mais que a história contada por Rebeca fosse absurda, o medo que ela sentiu foi real e saber que ela estava magoada o deixava mal, inquieto.

— Meninos, creio que é melhor encerrarmos o assunto por aqui. — bradou Dona Edwirges. — O que aconteceu na cachoeira já passou. A irmã de vocês está chateada conosco e eu sugiro que façamos algo para agradá-la, não acham? Seria uma pena se ela não conseguisse mais se divertir nessas férias. Não queremos isso, queremos?

    Guto e Lucas apenas assentiram. Estavam cientes que Rebeca poderia querer ir embora antes que as férias terminassem e eles odiariam passar o resto do verão enfurnados no apartamento dos pais. Visando agradar a irmã, os dois sugeriram que fizessem lasanha para o almoço, a comida preferida de Rebeca.

     Do quarto, enquanto arrumava o cabelo, a caçula dos Malter escutava os barulhos vindos da cozinha. Contudo, ainda sentia-se chateada demais para juntar-se aos outros. Além disso, não queria dar o braço a torcer, era muito orgulhosa para isso. Após arrumar o cabelo, a garoa sentou-se próximo à janela e ficou admirando a paisagem da janela. Uma brisa gostosa batia em seu rosto e, naquele instante, ela se deu conta de que, na cidade, jamais tinha vivenciado algo como aquilo. De certa forma, sentia-se privilegiada por poder estar ali, em um ambiente como aquele. Passaram-se alguns minutos e Rebeca começou a bocejar. Tinha acordado cedo demais e o sono estava retornando. Decidiu tirar uma soneca enquanto não aprontava o almoço. Assim que deitou-se em sua cama, reviu em sua mente toda a cena ocorrida na cachoeira, do susto, a agonia, o medo. Mais uma vez, sentiu um calafrio percorrer pelo seu corpo, até se transformar em um nó em sua garganta.

— Calma, Rebeca, é apenas medo, nada mais do que isso, ele prometeu... — falou a garota, tentando acreditar em suas palavras.

     Em seguida, ela colocou o lençol sobre os olhos, fechando-os. Rebeca adormeceu rapidamente e por mais que ainda fosse dia, ela caiu em um sono profundo, como se seu corpo precisasse urgentemente daquele descanso. A garota agora estava sonhando e ali, mais uma vez, passou a escutar aquela mesma voz chamar por seu nome.

— Rebeca... finalmente, Rebeca... veio até mim...

— Quem é que está ai? — indagou a garota, tentando descobrir de que direção vinha a voz que a chamava.

     Rebeca estava em um local escuro, que mais parecia um calabouço. A única claridade existente ali vinha da luz da lua, refletida por uma pequena janela entreaberta. A voz continuou chamando por Rebeca, mas por mais que ela se esforçasse, não enxergava mais ninguém no local. A garota também queria saber de quem era aquela voz e a única coisa que tinha certeza era de que a voz não pertencia a avó.

— Rebeca... eu sabia que você viria... estava certo... tinha que ser você, Rebeca.

— Quem é que está falando? Para, por favor, está me assustando. — suplicou Rebeca, já com lágrimas escorrendo de seus olhos. Após, sentou-se no chão, colocando o rosto entre os braços. — Me deixa em paz... por favor, por favor... — suplicou outra vez.

     Ela estava bastante assustada com tudo aquilo e, em seu íntimo, sentia que não se tratava apenas de um sonho. Tinha algo ou alguém a observando e isso já tinha tempo. A garota começou a lembrar-se do ocorrido na cachoeira e, por um instante, conseguiu visualizar, em sua mente, a mão que segurou sua perna e a puxou para o fundo. Tratava-se de uma mão estranha, toda machucada, coberta de sangue e de símbolos que pareciam ter sido feitos com uma faca ou algo do tipo. O pânico aumentou ainda mais e Rebeca, sem pensar duas vezes, levantou-se e passou a procurar a saída daquele lugar. Girou bastante, tentando encontrar uma porta, mas foi em vão. Os chamados por seu nome começaram a ser mais frequentes e com um intervalo de tempo menor.

— Rebeca... venha até mim, Rebeca.... eu preciso de você....

     A caçula dos Malter deu um grito bem alto e ao virar-se, viu a mão que tanto a atormentou sair da escuridão e grudar em seu pescoço, enforcando-a. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro